Belém, Pa, em 02 de novembro de 2004.
Vontade Popular
Aqui neste espaço
democrático de O Liberal, ao longo desses meses que antecederam o pleito
municipal, a sociedade se manifestou ora registrando seus aplausos às
ações
administrativas executadas em prol de seu interesse e, ora reclamando e
discordando quando a inconsequência, a arrogância e os
desmandos atropelavam-no e, mesmo a despeito do "jus esperneandi" aqui
também
registrado, os agentes públicos fizeram ouvidos de moucos e, numa
demonstração
de aminésia democrática, esqueceram que é a vontade e a liberdade de
escolha do
cidadão é que os coloca e os tira da cadeira do poder.
Graças a Deus, a cada eleição o eleitor toma ciência de que sua força é tamanha
e que nem mesmo o poder econômico é maior que ela e nem, que o circo que lhe é
ofertado em palanque através de milionárias contratações de artistas a supera,
pois é com a grandiosidade e importância de seu sufrágio que hoje ele inicia a construção de seu amanhã e principalmente de sua
descendência. É no presente que ele determina aos seus representantes que quer
educação, segurança, saúde, salário digno, oportunidade de trabalhar e prover
seu sustento com equidade e que, não dá mais para conviver no dia a dia com as
sistemáticas noticias reais de corrupção, malversação do erário,
enriquecimentos ilícitos e a impunidade propiciada pelo manto de um mandato
eletivo.
O cidadão brasileiro sabe que vivemos num País abençoado e que, se administrado
com seriedade e competência, temos potencialidades naturais de reduzirmos a
níveis aceitáveis a miséria humana, retirarmos das ruas as crianças
pedintes, colocando-as na escola dando-lhes a noção do exercício
da cidadania e com isso nos igualarmos aos países ditos de primeiro mundo, nos
quais o ser humano tem e recebe algum respeito.
O homem público, por sua vez, deve saber de que somos cientes que a fragilidade
dos investimentos em educação, visam manter a sociedade como massa de manobra
politica e curral eleitoreiro e que, não mais aceitamos e não mais queremos
essa situação, pois já sabemos até que democracia é governo do povo para o povo e pelo povo e que, pretender enganar a sociedade
com circo é perda de tempo e jogar dinheiro público fora.
Portanto, é imprescíndivel que os eleitos colham a lição das urnas de que: é o
cidadão quem lhes delega e também lhes retira poderes e que, suas ações
devem visar os interesses do homem e da sociedade como agregação desse
individuo.
Lúcio Reis
Aumento de Salário
O Liberal de 13.09.04.
Não há super-mercado, farmacia, sapataria, onibus, escola ou
universidade de uso exclusivo dos militares ou de seus dependentes. Seus soldos
e proventos são pagos em reais e não em dolares e muitos alcançaram
qualificação e capacitação profissional, após muitos anos de permanência numa
academia para se tornarem oficiais quer da Marinha, quer do Exército ou da
Força Aérea Brasileira.
Ao longo de muitos anos paciente e compreensivelmente os militares
como funcionários públicos da União, vem esperando com o cumprimento da
disciplina e respeito as leis, que os poderes constituidos desta Nação
tomem a decisão de atender a necessidade básica de qualquer trabalhador ou de
qualquer profissional, que é ter sua remuneração digna e que represente pelo
menos o respeito para com o ser humano e com os mínimos requsitos para uma
sobrevivência digna e humana.
A imprensa noticia que o reajuste de 10% que seria votado em
27.08.04 para vigir a partir de setembro, não o foi porquê o Deputado Celso
Russomano (PP-SP) e da base governista ameaçou obstruir a sessão com a
solicitação de quorom e assim a mesma foi suspensa e retarda-se mais uma vez e
por mais tempo uma decisão de interesse de uma grande coletividade deste País,
posto que o assunto só retorna a plenário na semana de 13 a 17 setembro. O que aliás,
não é novidade para nenhum brasileiro, independente de estar ou não fardado,
que invariavelmente os representantes do povo e no povo estão os militares
inclusos independente do posto ou graduação, votam ou tomam medidas contra os
interesses da sociedade e portando do cidadão, como recentemente ocorreu em
relação ao salário mínimo e que se destina ao sustento de uma família
mensalmente com R$260,00.
O que intriga é que esse mesmo cuidado de verificação de quorum
não é tomado quando a majoração dos salários e verbas para as mordomias dos
parlamentares, inclusive o reajuste do sapateiro que lustra os sapatos dos srs
deputados e senadores, estão para serem votadas e todas passam e são aprovadas
em tempos recordes.
Militar é instruido a cumprir normas, leis, regulamentos e o faz
por ter disciplina e ate mesmo amor a Pátria. Não faz greve porquê não lhe é
permitido e, há um ditado que diz: soldado é superior ao tempo. Ou seja faça
sol, chova, caia neve ele está a posto. No entanto, sua farda não é a prova
d'água e seu estomago precisa de alimento para digerir e seus filhos de escola
para serem educados.
E, possivelmente nenhum militar fuma charuto cubano de R$200,00 a
unidade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 09 de setembro de 2004.
Próximo a Terra do Nunca
Situado às proximidades da Terra do Nunca, onde nasceu e vive
Peter Pan, há um país estranho sem denominação e que, ao analizarmos suas
peculiaridades, tem-se a sensação de que ele nunca será uma terra própria a que
pessoas nela possam viver e morar dignamente.
Lá de dois em dois anos, seu povo compulsoriamente vai às urnas
escolher alguns de seus habitantes, que o representarão com o intuito ou com a
promessa de agir e implantar medidas e providências, que tenham como
objetivo o melhor e o bem estar dos cidadãos do país.
No entanto, já há muito tempo que esses cidadãos ao serem
escolhidos e eleitos, passam a sofrer de uma virose, que os torna insensíveis
aos anseios do povo e passam por uma transformação em que apenas interesse de
grupos são levados em consideração e assim, quem está fica mais rico e quem é
pobre mais pobre fica.
Com o decorrer dos sucessivos pleitos e, em função dos
desmatamentos que vem ocorrendo naquele país, no qual a vegetação tem uma
prevalência da árvore denominada peroba, da qual se extrai um óleo que lustra e
oferece uma camada protetora sobre a pele e que, em virtude de
um maciço uso pela classe dos homens com cargo eletivo, está a mesma em
fase de extinção, alguns politicos passaram a ser atacados por um tipo
virus e que lhes provoca uma amnésia, cujos sintomas são os seguintes:
"quando eles estão nos palanques e em campanha, pronunciam discursos nos
quais declaram com todas as letras, dirigindo-se aos eleitores: nós vamos
enganar voces outra vez; vamos votar medidas só de interesse do poder
econômico; saúde e segurança para vocês nem pensar, pois se vocês ficarem
fortes, como é que vamos ganhar dinheiro corrompendo laboratórios e quanto a
segurança, como é que voces querem que prendamos e exterminemos a
marginalidade, pois se os bandidos não matarem vocês, haverá explosão
democrafica; educação? para que? depois voces ficam politizados e não vão
mais querer engolir nosso lari lari e vão exigir mudanças nas leis, vão querer
acabar com o voto obrigatório, ou seja vão matar nossa galinha dos ovos de
ouro". Em função dessa situação complicada e inusitada, pediram ajuda a
Cininho amiga do Peter Pan e ela através de um pozinho mágico, descobriu que
eles estavam sendo atacados por uma proteina, que foi denominada de "horessepina", ou
seja ho
de honestidade, res
de responsabilidade e se
de seriedade e que, atuava na personalidade higienizando-a de toda a
sujeira acumulada desde o berço até a fase adulta, fazendo com que o
cérebro do cidadão funcionasse com a inocência e limpeza com que veio ao mundo.
Mesmo assim, como o povo já estava saturado de ser enganado e
vilipendiado em seus direitos, aprendeu a lição e passou a escolher com mais
cuidado, renunciando a todos aqueles que pretendiam se manter no poder e, a
partir daí, aquele país passou a conhecer e a conviver com mais igualdade e seu
povo foi se fortalecendo e então concluiram que sem povo não há país e que sem
país não há politico e assim o povo é o elo mais importante da cadeia. E então
criaram um nome para o país que se passou a chamar Brasil Paraiso da Igualdade
e da Felicidade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 30 de outubro de 2004.
PRAGA
No campo da medicina e portanto da biologia, pragas entre tantas como pólio,
sarampo, varíola, tuberculose, há muito foram erradicadas através da descoberta
de vacinas e assim, em muito ficou melhor o viver das pessoas e em percentuais
consideráveis foram reduzidos os índices das estatísticas de óbitos por esses
males. O que fez com que o Brasil passasse a ocupar posições melhores nas
colocações mundiais no aspecto saúde pública.
No entanto, no campo da moral, da honestidade e dos bons costumes está
dissiminada uma praga resistente e que, até agora não foi encontrado antídoto
capaz de segurar seu avanço e contaminação de mais pessoas, mesmo a despeito
das ações positivas dos agentes de segurança do estado brasileiro e que, têm
colocado muito bandido atrás das grades. O pior é que muitos não são nem
principiantes, pois já viveram a mesma experiência, logo reincidentes.
A imprensa noticia a prisão dos carteiros que roubavam o dinheiro das
financeiras se apoderando dos cartões de crédito de terceiros e que pelo
correio deveriam chegar a seus destinatários. Noticia novamente o golpe
aplicado pelos hackers - ladrões via internet -, no qual há bandido que já
foi apanhado no mesmo golpe. Informa a prisão em flagrante do Fiscal da DRT e
ainda nem esquecemos a quadrilha de funcionários do INSS recém presa em
Castanhal e, para variar o golpe no Programa Bolsa-Família do governo federal,
sendo que este já de se esperar.
Mas, não é de estranharmos essa avalanche de roubalheira e outros desmandos. A
policia prende, e daqui há pouco haverá um juiz a relaxar a prisão em flagrante
e deferir um habeas corpus. Portanto fica criado e instituido que
circunstancialmente o crime compensa, pelo menos aqui no Brasil e, os exemplos
estão aí a cada dia na imprensa: é só observar o tempo em que está em discussão
a questão de
corrupção e evasão de divisas envolvendo o Sr. Paulo Maluf e o Sr Celso Pitta,
para citar apenas um exemplo dos milhares que conduzem o Brasil à colocação
deplorável no âmbito mundial no aspecto sem vergonhice e falta de ética e de
moral.
Em função de tudo isso é que a Transparência Internacional
vai levar um longo
tempo para indicar que o Brasil saiu da 59º colocação de um ranking de
um total
de 146 países mais corruptos, para uma posição mais decente e assim,
poder ser visto com mais seriedade, respeito e confiabilidade lá fora.
Ou será que vamos,
assim como no futebol, querer ser o primeiro em roubalheira, corrupção, e
imoralidade?
Lúcio Reis
Novo Remédio - Blindagem
O Liberal de 29.08.04
À minha época de estudante, curso ciências biológicas foi
ministrada uma informação que dizia o seguinte: uma bactéria patogênica - que
produz danos a saúde da pessoa - ao sentir que o meio ambiente em que está
se desenvolvendo e se multiplicando ficou impróprio para essa função, em
razão da presença de um bacterecida, ela se encapsula e assim em forma de
esporo adquiri resistência ao antibiótico e, quando o meio ambiente volta a ser
propicio às suas funções causadoras de doenças ela retorna a sua forma
original com mais resistência e mais prejuizos ela promove.
Essa passagem na área de CB, me pareceu na prática, familiar
e bem semelhante ao que está acontecendo em nosso País em
termos de administração pública, mas precisamente em referência a Presidência
do Banco Central do Brasil. Pois o Presidente do órgão ao ser levantada a
suspeita ou a informação de suas ações impróprias e incompatíveis com nossas
leis e com a função que o mesmo vem desempenhando junto a administração do
Brasil no momento e, para evitar que ele tivesse de dar explicações ao pessoal
do Poder Legislativo, o Presidente da República ao transformar o status da
função ou cargo de presidente do Banco para o de status de ministro,
envolveu-lhe por uma blindagem, encapsulando-a, assim como o fazem as bacterias
patogênicas.
A questão é que tanto na biologia quanto na administração quer
particular ou pública, a presença de agentes maléficos em nada contribui para o
desenvolvimento e bem estar da comunidade e, no caso comparativo quem perde é a
sociedade, pois não é possível que em nosso vasto território, não exista algum
profissional competente e isento de mazelas que lhe retirem a idoneidade
necessária ao desempenho de função.
O certo é que a sociedade brasileira está no limite de sua
resistência, de tanto ser atacada, massacrada, prejudicada pela presença de
bactérias nocivas, ora nos municipios, ora nos estados e ora na união e que, ao
longo dos anos vem deixando o tecido social em precárias condições, onde a
miseria se alastra em proporções e abrangência incalculáveis.
Como o agente adquiriu mais resistência, so resta aumentar a
dosagem do remédio e assim combater com mais eficacia as consequências de sua
presença no organismo. Caso contrário o paciente ainda vai terminar numa UTI e
daí para o óbito é um pequeno passo.
Lúcio Reis
Sucessão
Presidencial
Publicado no Jornal O Liberal de 13.08.2004.
Há alguns anos, década de 80 neste espaço, foi-me dado
guarida e tornado público o meu entendimento e alerta de que pelo fato da
Igreja Católica, via clero progressista ter escolhido como opção a pregação
de cunho social, revolucionária e que, no púlpito deixava de lado o
evangelho da paz, da fraternidade, do perdão e enveredava mais pela escolha da
guerra entre as diferentes classes e camadas sociais, - lembram do tema
da Campanha da Fraternidade: muitos com pouco e poucos com muito - e,
dentro dessa linha de ação provocou insatisfações no seio de seus fieis
e assim promoveu o afastamento de muitos, os quais foram em busca de
outros templos e pregações, e com isso e contando com a astúcia de membros de
outras denominações diferentes da católica e que, também têm em sua base de
doutrinação o evangelho de Cristo, arrebanharam milhares de fieis e que hoje
lotam seus templos e as tornaram em verdadeiros poderios econômicos.
Pois bem! Olhando a história pela outra face da moeda, houve uma
determinada época em que, quem queria conseguir uma cadeira no poder e
principalmente no legislativo, atirava pedras e pedregulhos no telhado dos
governos militares e se apresentavam como aqueles que salvariam nossa Nação. E
assim, vieram pós Figueiredo: Tancredo Neves, Presidente na UTI, José Sarney,
Collor, Itamar, Fernando Henrique e paralelamente corria o PT, que ao longo das
sucessivas derrotas às administrações que sempre deixavam e deixam o
trabalhador e o cidadão comum, ora a mercê de altas taxas de inflação,
ora compondo os altos índices de desemprego, e sempre vitima dos preços abusivos,
da falta de segurança, educação precária, insuficiente segurança pública e
atendimento médico hospitalar precário ou inexistente
Toda essa situação concreta fortaleceu e se tornou bandeira de
mais uma campanha do metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, à presidência da
República do Brasil e assim, a maioria da sociedade brasileira, acreditando que
poderia modificar anos e anos de uma politica que só privilegia quem tem mais e
massacra quem tem menos ou nada tem, conduziu aquele cidadão ao cargo de mandatário
máximo do nosso País. Ledo engano! Os resultados esperados não vieram e
sintomaticamente não virão. Que baita decepção. Mais uma.
Em função dessa realíssima situação, vem aí no final de 2006 mais
uma eleição presidencial e então, os políticos que andam com a Bíblia na mão e
coração no dízimo dos fieis que lotam seus templos e que proliferam um a cada
esquina, se apresentarão, a exemplo do PT, como opção de livramento e salvação
desta Nação, e para que outra vez o povo venha a sustentar benesses, mordomias
e continuar catando sustento de sua família nos monturo de lixões, tirando
parte desse sustento do bico de aves de rapina.
A solução é dar um cartão vermelho para todos aqueles que já estão
acostumados nessa vidinha e substituí-los por caras novas e assim dizer a
eles, que queremos politicas que privilegiem o mais fraco, concretamente.
Lúcio Reis
Belém do
Pará em 03 de agosto de 2004.
Nova Av.
Almirante Barroso
A edição desse matutino - O Liberal - de
03 de agosto, neste espaço - Voz do Leitor - com o título acima, o Sr. Paulo Sergio Coutinho de
Oliveira, tece considerações a cerca da obra que a PMB sob a égide do PT vem
realizando nessa importante via de trafego desta Capital e, em seu preambulo
ele registra que o assunto tratado técnicamente não será compreendido pela
maioria dos leitores por serem leigos.
Entre esses leigos incluo-me,
pois não sou técnico em edificações ou estradas e nem engenheiro mas, quando se passa de
meio século de vida e que diariamente se observa as ações públicas custeadas
por verbas do erário e portanto oriunda dos impostos de todos nós e,
constata-se que as mesmas normalmente tem fundo eleitoreiro e politico,
pode-se, com um pouquinho de atenção concluir o que virá e sempre vem para o
desgosto e irritação do cidadão.
Em referência ao tema abordado,
junta-se ao fato ser eu morador do bairro do marco e em via próxima a
Almt. Barroso. E aí já podemos citar alguns fatos concretos: quando a empresa contratada
para atuar nos bueiros das laterais ao longo da A. Barroso próximo a
entrada para o Hospital Belém, retirou uma grelha de ferro, fez o que tinha que
fazer mas, não repos aquela proteção (grade de ferro) - que foi mandada
colocar inicialmente ou pelo Posto de Combustível ou pelo referido hospital -,
tornando o acesso de veículos a passagem alí existente perigosa. Quanto ao
serviço de asfaltamento nos dois sentidos, em que os bueiros centrais foram
tampados e que, o serviço de prevenção da rede de esgoto não será executado a
contento e em tempo amiúde, o deve ser realizado em virtude que o fluxo de
veículos na via é muito grande, haverá com certeza uma obstrução das galerias,
mesmo parcial, sendo que para isso o cidadão contribui de maneira impar jogando
na rua copos, garrafas descartáveis, cocos e outros detritos solidos e, aí já
se pode imaginar que no dia em que um desses aguaceiros que desabam em Belém e
que, perduram por longas horas, o caos em que se transformara a Av Almt Barroso
e, a consequência seguinte após a complicação no trânsito, será sentida pelos
imóveis construidos às margens da mesma, pois com o volume de água pluvial sem
ter por onde escoar por falta de vasão na rede de esgoto, vai invadir casas
comerciais, residenciais e aqueles que lá estão. Como sou leigo, tomará
que esteja equivocado e, neste aspecto consulto o Sr. Paulo Sergio C de
Oliveira, pensei, conclui e escrevi asnice?
O pior de tudo, caso venha a
acontecer é que o "pepino ou o abacaxi" deverá ser descascado
pelo próximo gestor municipal e que, sintomáticamente, não será do PT, posto
que o belemense não aguenta mais 04 anos de incompetência administrativa.
Lúcio Reis
Belém do Pará 03.08.04
COBRANDO A FATURA
Quando ouvimos declarações de cunho politico de atores,
atrizes, cantores, em fim cidadãos e cidadãs que compõem o mundo artístico
deste País e que, o fazem em prol da parcela da sociedade mais necessitada
e portanto, contrarias aos interesses dos homens públicos, tem-se a sensação de
que algo de bom pode vir a ocorrer, pois suas influências e carisma junto a
massa é inquestionável, em virtude de suas artes.
É lógico que todos: ator, interprete, compositor e etc...,
democraticamente tem o direito de apoiar ou não, concordar ou discodar e
criticar ou elogiar qualqier partido politico e qualquer um de seus
representantes, tanto em palanques de campanha, quanto depois quando os mesmos
já estejam no poder.
Os dois paragrafos com as considerações acima, têm como finalidade
discordar e condenar na condição de cidadão e democraticamente, a cerca dos vergonhosos,
deploráveis, condenáveis e imorais procedimentos tanto do Presidente do Banco
do Brasil, quanto do BNDES e do PT e, da dupla de interpretes da música
sertaneja Zeze de Camargo e Luciano.
Pela ordem, refiro-me: 1º - ter o Banco do Brasil
adquirido R$71 mil reais, destinados a aquisição de 71 mesas para um show
daquela dupla, cujo evento visava angariar fundos para construção de uma nova
sede para o PT. 2º - Estar tramitando no BNDES, segundo a imprensa um
processo que visa ser concedido a dupla de cantores um emprestimo de R$5
milhões de reais, a ser amortizado a perder de vista e sabe-se lá com que
juros.
Ninguem ignora que os artistas subiram no palanque do candidato
Luis Inacio Lula da Silva, o que lhes é um direito, mas agora, vir querer
"cobrar uma fatura" altíssima e através de um órgão público, sob a
administração de seu preferido politico, é no mínimo imoral, incoerente e para
não dizer, ser uma pornografia explicita, de vez que o dinheiro que lá está,
não é de Sua Excia o Presidente e nem do PT mas, da sociedade brasileira
e portanto do cidadão, nos dois bancos.
O BNDES juntamente com a SUDAM já foram palcos recentes de
indecências, imoralidades, desvios de condutas e outros atos condenáveis, que
ainda se encontram sob investigações e cujos protagonistas continuam
transitando para lá e para cá, como nada de anormal tivesse acontecido e
protegidos por uma imunidade indecente.
É bem verdade que a turba há muitos séculos desde o império
romano, é enganada com a oferta de circo pelos dirigentes e governantes, mas
não é menos verdade que em pleno século XXI, na era da informática e da
clonagem, há muita gente que não engole mais essa pilula e que já está saturada
de enganação e brincadeiras com o direito do cidadão. Chega de semvergonhice.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 02 de novembro de 2004.
Vontade Popular
Aqui neste espaço democrático de O Liberal, ao longo desses meses que antecederam o pleito municipal, a sociedade se manifestou ora registrando seus aplausos às ações administrativas executadas em prol de seu interesse e, ora reclamando e discordando quando a inconsequência, a arrogância e os desmandos atropelavam-no e, mesmo a despeito do "jus esperneandi" aqui também registrado, os agentes públicos fizeram ouvidos de moucos e, numa demonstração de aminésia democrática, esqueceram que é a vontade e a liberdade de escolha do cidadão é que os coloca e os tira da cadeira do poder.
Graças a Deus, a cada eleição o eleitor toma ciência de que sua força é tamanha e que nem mesmo o poder econômico é maior que ela e nem, que o circo que lhe é ofertado em palanque através de milionárias contratações de artistas a supera, pois é com a grandiosidade e importância de seu sufrágio que hoje ele inicia a construção de seu amanhã e principalmente de sua descendência. É no presente que ele determina aos seus representantes que quer educação, segurança, saúde, salário digno, oportunidade de trabalhar e prover seu sustento com equidade e que, não dá mais para conviver no dia a dia com as sistemáticas noticias reais de corrupção, malversação do erário, enriquecimentos ilícitos e a impunidade propiciada pelo manto de um mandato eletivo.
O cidadão brasileiro sabe que vivemos num País abençoado e que, se administrado com seriedade e competência, temos potencialidades naturais de reduzirmos a níveis aceitáveis a miséria humana, retirarmos das ruas as crianças pedintes, colocando-as na escola dando-lhes a noção do exercício
da cidadania e com isso nos igualarmos aos países ditos de primeiro mundo, nos quais o ser humano tem e recebe algum respeito.
O homem público, por sua vez, deve saber de que somos cientes que a fragilidade dos investimentos em educação, visam manter a sociedade como massa de manobra politica e curral eleitoreiro e que, não mais aceitamos e não mais queremos essa situação, pois já sabemos até que democracia é governo do povo para o povo e pelo povo e que, pretender enganar a sociedade com circo é perda de tempo e jogar dinheiro público fora.
Portanto, é imprescíndivel que os eleitos colham a lição das urnas de que: é o cidadão quem lhes delega e também lhes retira poderes e que, suas ações devem visar os interesses do homem e da sociedade como agregação desse individuo.
Lúcio Reis
Aumento de Salário
O Liberal de 13.09.04.
Não há super-mercado, farmacia, sapataria, onibus, escola ou
universidade de uso exclusivo dos militares ou de seus dependentes. Seus soldos
e proventos são pagos em reais e não em dolares e muitos alcançaram
qualificação e capacitação profissional, após muitos anos de permanência numa
academia para se tornarem oficiais quer da Marinha, quer do Exército ou da
Força Aérea Brasileira.
Ao longo de muitos anos paciente e compreensivelmente os militares
como funcionários públicos da União, vem esperando com o cumprimento da
disciplina e respeito as leis, que os poderes constituidos desta Nação
tomem a decisão de atender a necessidade básica de qualquer trabalhador ou de
qualquer profissional, que é ter sua remuneração digna e que represente pelo
menos o respeito para com o ser humano e com os mínimos requsitos para uma
sobrevivência digna e humana.
A imprensa noticia que o reajuste de 10% que seria votado em
27.08.04 para vigir a partir de setembro, não o foi porquê o Deputado Celso
Russomano (PP-SP) e da base governista ameaçou obstruir a sessão com a
solicitação de quorom e assim a mesma foi suspensa e retarda-se mais uma vez e
por mais tempo uma decisão de interesse de uma grande coletividade deste País,
posto que o assunto só retorna a plenário na semana de 13 a 17 setembro. O que aliás,
não é novidade para nenhum brasileiro, independente de estar ou não fardado,
que invariavelmente os representantes do povo e no povo estão os militares
inclusos independente do posto ou graduação, votam ou tomam medidas contra os
interesses da sociedade e portando do cidadão, como recentemente ocorreu em
relação ao salário mínimo e que se destina ao sustento de uma família
mensalmente com R$260,00.
O que intriga é que esse mesmo cuidado de verificação de quorum
não é tomado quando a majoração dos salários e verbas para as mordomias dos
parlamentares, inclusive o reajuste do sapateiro que lustra os sapatos dos srs
deputados e senadores, estão para serem votadas e todas passam e são aprovadas
em tempos recordes.
Militar é instruido a cumprir normas, leis, regulamentos e o faz
por ter disciplina e ate mesmo amor a Pátria. Não faz greve porquê não lhe é
permitido e, há um ditado que diz: soldado é superior ao tempo. Ou seja faça
sol, chova, caia neve ele está a posto. No entanto, sua farda não é a prova
d'água e seu estomago precisa de alimento para digerir e seus filhos de escola
para serem educados.
E, possivelmente nenhum militar fuma charuto cubano de R$200,00 a
unidade.
Lúcio Reis
Próximo a Terra do Nunca
Situado às proximidades da Terra do Nunca, onde nasceu e vive
Peter Pan, há um país estranho sem denominação e que, ao analizarmos suas
peculiaridades, tem-se a sensação de que ele nunca será uma terra própria a que
pessoas nela possam viver e morar dignamente.
Lá de dois em dois anos, seu povo compulsoriamente vai às urnas
escolher alguns de seus habitantes, que o representarão com o intuito ou com a
promessa de agir e implantar medidas e providências, que tenham como
objetivo o melhor e o bem estar dos cidadãos do país.
No entanto, já há muito tempo que esses cidadãos ao serem
escolhidos e eleitos, passam a sofrer de uma virose, que os torna insensíveis
aos anseios do povo e passam por uma transformação em que apenas interesse de
grupos são levados em consideração e assim, quem está fica mais rico e quem é
pobre mais pobre fica.
Com o decorrer dos sucessivos pleitos e, em função dos
desmatamentos que vem ocorrendo naquele país, no qual a vegetação tem uma
prevalência da árvore denominada peroba, da qual se extrai um óleo que lustra e
oferece uma camada protetora sobre a pele e que, em virtude de
um maciço uso pela classe dos homens com cargo eletivo, está a mesma em
fase de extinção, alguns politicos passaram a ser atacados por um tipo
virus e que lhes provoca uma amnésia, cujos sintomas são os seguintes:
"quando eles estão nos palanques e em campanha, pronunciam discursos nos
quais declaram com todas as letras, dirigindo-se aos eleitores: nós vamos
enganar voces outra vez; vamos votar medidas só de interesse do poder
econômico; saúde e segurança para vocês nem pensar, pois se vocês ficarem
fortes, como é que vamos ganhar dinheiro corrompendo laboratórios e quanto a
segurança, como é que voces querem que prendamos e exterminemos a
marginalidade, pois se os bandidos não matarem vocês, haverá explosão
democrafica; educação? para que? depois voces ficam politizados e não vão
mais querer engolir nosso lari lari e vão exigir mudanças nas leis, vão querer
acabar com o voto obrigatório, ou seja vão matar nossa galinha dos ovos de
ouro". Em função dessa situação complicada e inusitada, pediram ajuda a
Cininho amiga do Peter Pan e ela através de um pozinho mágico, descobriu que
eles estavam sendo atacados por uma proteina, que foi denominada de "horessepina", ou
seja ho
de honestidade, res
de responsabilidade e se
de seriedade e que, atuava na personalidade higienizando-a de toda a
sujeira acumulada desde o berço até a fase adulta, fazendo com que o
cérebro do cidadão funcionasse com a inocência e limpeza com que veio ao mundo.
Mesmo assim, como o povo já estava saturado de ser enganado e
vilipendiado em seus direitos, aprendeu a lição e passou a escolher com mais
cuidado, renunciando a todos aqueles que pretendiam se manter no poder e, a
partir daí, aquele país passou a conhecer e a conviver com mais igualdade e seu
povo foi se fortalecendo e então concluiram que sem povo não há país e que sem
país não há politico e assim o povo é o elo mais importante da cadeia. E então
criaram um nome para o país que se passou a chamar Brasil Paraiso da Igualdade
e da Felicidade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 30 de outubro de 2004.
PRAGA
No campo da medicina e portanto da biologia, pragas entre tantas como pólio, sarampo, varíola, tuberculose, há muito foram erradicadas através da descoberta de vacinas e assim, em muito ficou melhor o viver das pessoas e em percentuais consideráveis foram reduzidos os índices das estatísticas de óbitos por esses males. O que fez com que o Brasil passasse a ocupar posições melhores nas colocações mundiais no aspecto saúde pública.
No entanto, no campo da moral, da honestidade e dos bons costumes está dissiminada uma praga resistente e que, até agora não foi encontrado antídoto capaz de segurar seu avanço e contaminação de mais pessoas, mesmo a despeito das ações positivas dos agentes de segurança do estado brasileiro e que, têm colocado muito bandido atrás das grades. O pior é que muitos não são nem principiantes, pois já viveram a mesma experiência, logo reincidentes.
A imprensa noticia a prisão dos carteiros que roubavam o dinheiro das financeiras se apoderando dos cartões de crédito de terceiros e que pelo correio deveriam chegar a seus destinatários. Noticia novamente o golpe aplicado pelos hackers - ladrões via internet -, no qual há bandido que já
foi apanhado no mesmo golpe. Informa a prisão em flagrante do Fiscal da DRT e ainda nem esquecemos a quadrilha de funcionários do INSS recém presa em Castanhal e, para variar o golpe no Programa Bolsa-Família do governo federal, sendo que este já de se esperar.
Mas, não é de estranharmos essa avalanche de roubalheira e outros desmandos. A policia prende, e daqui há pouco haverá um juiz a relaxar a prisão em flagrante e deferir um habeas corpus. Portanto fica criado e instituido que circunstancialmente o crime compensa, pelo menos aqui no Brasil e, os exemplos estão aí a cada dia na imprensa: é só observar o tempo em que está em discussão a questão de
corrupção e evasão de divisas envolvendo o Sr. Paulo Maluf e o Sr Celso Pitta, para citar apenas um exemplo dos milhares que conduzem o Brasil à colocação deplorável no âmbito mundial no aspecto sem vergonhice e falta de ética e de moral.
Em função de tudo isso é que a Transparência Internacional vai levar um longo tempo para indicar que o Brasil saiu da 59º colocação de um ranking de um total de 146 países mais corruptos, para uma posição mais decente e assim, poder ser visto com mais seriedade, respeito e confiabilidade lá fora. Ou será que vamos, assim como no futebol, querer ser o primeiro em roubalheira, corrupção, e imoralidade?
Lúcio Reis
Novo Remédio - Blindagem
O Liberal de 29.08.04
À minha época de estudante, curso ciências biológicas foi
ministrada uma informação que dizia o seguinte: uma bactéria patogênica - que
produz danos a saúde da pessoa - ao sentir que o meio ambiente em que está
se desenvolvendo e se multiplicando ficou impróprio para essa função, em
razão da presença de um bacterecida, ela se encapsula e assim em forma de
esporo adquiri resistência ao antibiótico e, quando o meio ambiente volta a ser
propicio às suas funções causadoras de doenças ela retorna a sua forma
original com mais resistência e mais prejuizos ela promove.
Essa passagem na área de CB, me pareceu na prática, familiar
e bem semelhante ao que está acontecendo em nosso País em
termos de administração pública, mas precisamente em referência a Presidência
do Banco Central do Brasil. Pois o Presidente do órgão ao ser levantada a
suspeita ou a informação de suas ações impróprias e incompatíveis com nossas
leis e com a função que o mesmo vem desempenhando junto a administração do
Brasil no momento e, para evitar que ele tivesse de dar explicações ao pessoal
do Poder Legislativo, o Presidente da República ao transformar o status da
função ou cargo de presidente do Banco para o de status de ministro,
envolveu-lhe por uma blindagem, encapsulando-a, assim como o fazem as bacterias
patogênicas.
A questão é que tanto na biologia quanto na administração quer
particular ou pública, a presença de agentes maléficos em nada contribui para o
desenvolvimento e bem estar da comunidade e, no caso comparativo quem perde é a
sociedade, pois não é possível que em nosso vasto território, não exista algum
profissional competente e isento de mazelas que lhe retirem a idoneidade
necessária ao desempenho de função.
O certo é que a sociedade brasileira está no limite de sua
resistência, de tanto ser atacada, massacrada, prejudicada pela presença de
bactérias nocivas, ora nos municipios, ora nos estados e ora na união e que, ao
longo dos anos vem deixando o tecido social em precárias condições, onde a
miseria se alastra em proporções e abrangência incalculáveis.
Como o agente adquiriu mais resistência, so resta aumentar a
dosagem do remédio e assim combater com mais eficacia as consequências de sua
presença no organismo. Caso contrário o paciente ainda vai terminar numa UTI e
daí para o óbito é um pequeno passo.
Lúcio Reis
Sucessão Presidencial
Publicado no Jornal O Liberal de 13.08.2004.
Há alguns anos, década de 80 neste espaço, foi-me dado
guarida e tornado público o meu entendimento e alerta de que pelo fato da
Igreja Católica, via clero progressista ter escolhido como opção a pregação
de cunho social, revolucionária e que, no púlpito deixava de lado o
evangelho da paz, da fraternidade, do perdão e enveredava mais pela escolha da
guerra entre as diferentes classes e camadas sociais, - lembram do tema
da Campanha da Fraternidade: muitos com pouco e poucos com muito - e,
dentro dessa linha de ação provocou insatisfações no seio de seus fieis
e assim promoveu o afastamento de muitos, os quais foram em busca de
outros templos e pregações, e com isso e contando com a astúcia de membros de
outras denominações diferentes da católica e que, também têm em sua base de
doutrinação o evangelho de Cristo, arrebanharam milhares de fieis e que hoje
lotam seus templos e as tornaram em verdadeiros poderios econômicos.
Pois bem! Olhando a história pela outra face da moeda, houve uma
determinada época em que, quem queria conseguir uma cadeira no poder e
principalmente no legislativo, atirava pedras e pedregulhos no telhado dos
governos militares e se apresentavam como aqueles que salvariam nossa Nação. E
assim, vieram pós Figueiredo: Tancredo Neves, Presidente na UTI, José Sarney,
Collor, Itamar, Fernando Henrique e paralelamente corria o PT, que ao longo das
sucessivas derrotas às administrações que sempre deixavam e deixam o
trabalhador e o cidadão comum, ora a mercê de altas taxas de inflação,
ora compondo os altos índices de desemprego, e sempre vitima dos preços abusivos,
da falta de segurança, educação precária, insuficiente segurança pública e
atendimento médico hospitalar precário ou inexistente
Toda essa situação concreta fortaleceu e se tornou bandeira de
mais uma campanha do metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, à presidência da
República do Brasil e assim, a maioria da sociedade brasileira, acreditando que
poderia modificar anos e anos de uma politica que só privilegia quem tem mais e
massacra quem tem menos ou nada tem, conduziu aquele cidadão ao cargo de mandatário
máximo do nosso País. Ledo engano! Os resultados esperados não vieram e
sintomaticamente não virão. Que baita decepção. Mais uma.
Em função dessa realíssima situação, vem aí no final de 2006 mais
uma eleição presidencial e então, os políticos que andam com a Bíblia na mão e
coração no dízimo dos fieis que lotam seus templos e que proliferam um a cada
esquina, se apresentarão, a exemplo do PT, como opção de livramento e salvação
desta Nação, e para que outra vez o povo venha a sustentar benesses, mordomias
e continuar catando sustento de sua família nos monturo de lixões, tirando
parte desse sustento do bico de aves de rapina.
A solução é dar um cartão vermelho para todos aqueles que já estão
acostumados nessa vidinha e substituí-los por caras novas e assim dizer a
eles, que queremos politicas que privilegiem o mais fraco, concretamente.
Lúcio Reis
Nova Av.
Almirante Barroso
A edição desse matutino - O Liberal - de
03 de agosto, neste espaço - Voz do Leitor - com o título acima, o Sr. Paulo Sergio Coutinho de
Oliveira, tece considerações a cerca da obra que a PMB sob a égide do PT vem
realizando nessa importante via de trafego desta Capital e, em seu preambulo
ele registra que o assunto tratado técnicamente não será compreendido pela
maioria dos leitores por serem leigos.
Entre esses leigos incluo-me,
pois não sou técnico em edificações ou estradas e nem engenheiro mas, quando se passa de
meio século de vida e que diariamente se observa as ações públicas custeadas
por verbas do erário e portanto oriunda dos impostos de todos nós e,
constata-se que as mesmas normalmente tem fundo eleitoreiro e politico,
pode-se, com um pouquinho de atenção concluir o que virá e sempre vem para o
desgosto e irritação do cidadão.
Em referência ao tema abordado,
junta-se ao fato ser eu morador do bairro do marco e em via próxima a
Almt. Barroso. E aí já podemos citar alguns fatos concretos: quando a empresa contratada
para atuar nos bueiros das laterais ao longo da A. Barroso próximo a
entrada para o Hospital Belém, retirou uma grelha de ferro, fez o que tinha que
fazer mas, não repos aquela proteção (grade de ferro) - que foi mandada
colocar inicialmente ou pelo Posto de Combustível ou pelo referido hospital -,
tornando o acesso de veículos a passagem alí existente perigosa. Quanto ao
serviço de asfaltamento nos dois sentidos, em que os bueiros centrais foram
tampados e que, o serviço de prevenção da rede de esgoto não será executado a
contento e em tempo amiúde, o deve ser realizado em virtude que o fluxo de
veículos na via é muito grande, haverá com certeza uma obstrução das galerias,
mesmo parcial, sendo que para isso o cidadão contribui de maneira impar jogando
na rua copos, garrafas descartáveis, cocos e outros detritos solidos e, aí já
se pode imaginar que no dia em que um desses aguaceiros que desabam em Belém e
que, perduram por longas horas, o caos em que se transformara a Av Almt Barroso
e, a consequência seguinte após a complicação no trânsito, será sentida pelos
imóveis construidos às margens da mesma, pois com o volume de água pluvial sem
ter por onde escoar por falta de vasão na rede de esgoto, vai invadir casas
comerciais, residenciais e aqueles que lá estão. Como sou leigo, tomará
que esteja equivocado e, neste aspecto consulto o Sr. Paulo Sergio C de
Oliveira, pensei, conclui e escrevi asnice?
O pior de tudo, caso venha a
acontecer é que o "pepino ou o abacaxi" deverá ser descascado
pelo próximo gestor municipal e que, sintomáticamente, não será do PT, posto
que o belemense não aguenta mais 04 anos de incompetência administrativa.
Lúcio Reis
Belém do Pará 03.08.04Belém, Pa, em 04 de Julho de 2004.
Subconsciente
e a "hoserespina"
Um candidato
politico foi tomado momentaneamente de um mal inexplicável pela medicina e, ao
participar de um comicio, ocasião na qual ele se apresentava ao pleito visando
sua reeleição, fez o seguinte pronunciamento de improviso:
"Meus
queridos patetas correligionários eleitores e que, aqui chegaram
depois de enfrentarem um sufoco nos transportes coletivos e agora aí
estão neste comicio, espremidos e desconfortavelmente sob essa chuva e
depois pelo calor infernal que vai estar, para ouvirem as mesmas
mentiras e falsas promessas de todos os pleitos que lhes fazemos e que vocês
até hoje não se deram conta e não compreenderam que a situação de
miserabilidade suas é a contra-partida para que cada vez mais fiquemos ricos e
poderosos economicamente. E, quando daqui sairem vão estar a merce da
bandidagem que assola esta cidade.
Estamos pedindo
outra vez seu voto para por mais quatro anos, fazermos que trabalhamos, pois
nossa semana não é igual a sua que tem 07 dias e, vamos atrasar os assuntos de
seus interesses e assim, seremos convocados extraordinariamente e aumentaremos
nossa sangria ao erário público, vamos enriquecer o quanto pudermos e assim
teremos condições de comprar casas e apartamentos de luxo neste País e no
exterior, carros importados e do ano, enquanto que voces por serem até hoje
bobos e inocentes úteis, vão continuar a viver na corda bamba, fazendo milagre
para sobreviver com um salário mínimo de fome e aqueles que tem a felicidade de
não estar na economia informal, vão pagar caro por esse privilégio, pois já
receberão seus contra-cheques com o desconto de imposto de renda na fonte e com
isso, o leão terá caixa para
arcar com os aumentos que nos daremos em percentuais muito mais elevado ao de
voces e assim enriqueceremos mais ainda e, o dinheiro que não pudermos aqui
apresentar vamos mandar para paraisos fiscais e burlar o fisco nacional e, no
próximo pleito já teremos muitos dolares para investir na próxima campanha
outra vez.
Como voces
gostam de serem administrados por nós que lhes engamos há muito tempo, temos a
lhe dizer que quando estivermos em férias passeando pela Europa, EUA ou em
algum cruzeiro pelo caribe Grecia e voces estiverem veraneando em
Mosqueiro, Icoaraci ou Outeiro, lembrem-se deste conselho que aqui vamos lhes
dar, pois temos muita preocupação com a saúde de nossos eleitores: não abram a
boca quando mergulharem, se não vão engolir muitos coliformes fecais, vão
passar mal e quando chegarem nos postos de atendimento médico que não
encontrarem funcionários e nem medicamentos para vosso socorro, não venham nos
culpar, pois estamos lhes dando o alerta, pois como sabem somos muito
responsáveis e zelosos com voces e, temos pleno conhecimento de que seus
organismos, coitadinhos são debilitados, pois somos comvictos de que se
alimentam precariamente.
De repente
alguem cortou o som de seu microfone, entrou a equipe médica retirou-o
do palanque e dias depois a imprensa noticiou que o candidato estava
sofrendo de mal recém descoberto pela medicina: de tanto enganar o povo, os
neurônios do candidato desenvolveu uma proteina capaz de provocar em
público e no parlamento uma reação que compulsoriamente lhe faz proceder com os
requisitos de honestidade, seriedade e responsabilidade que geneticamente todos
nós nascemos, sendo a mesma denominada de hoserespina. E há uma grande preocupação no meio, pois ao que tudo indica
ela é transmissível atraves do ar e principalmente em ambientes refrigerados.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 01 de julho de 2004.
Indústria de Vidas
Excetuando o objetivo de polemizar mas, e sim em respeito aos
muitos leitores deste Jornal e deste espaço, venho por meio da presente
esclarecer à Prefeitura de Belém - Coordenadoria de Comunicação, que agora sim
entendi a razão de não darem respostas aos recursos que se impetra junto a
CTBEL referente as multas que nos são aplicadas: eles não sabem interpretar a
gramática portuguesa e isso, fica comprovado com a resposta da Coordenadoria de
Comunicação aqui publicada em 01.07.04 à carta que neste espaço foi publicada e
de minha autoria.
Lógico que ninguem é favorável a impunidade e defende crime no
trânsito ou em qualquer outra esfera e portanto gostar de bandidos. Quem nutre
esse tipo de sentimento por pessoas desse quilate é quem conviveu muito tempo
com o Waldomiro Diniz e com a máfia do sangue e que, com o dinheiro oriundo das
ações deles chegaram ao poder. Isto é público e portanto de conhecimento da
sociedade.
Nosso, e o meu questionamento principalmente - pois não
conheço os demais leitores citados -, reitero, foram aplicações de multas
injustas e em locais que pelo horário dificilmente eu estaria trafegando
nos locais alegados e, resta a dúvida pelo tempo decorrido entre a
data da ocorrência da infração e a data do recebimento do auto, quase 30 dias
e, se dignarem em ler meu recurso, levantei a hipotese de clonagem da chapa de
meu carro, pois comprovei documentalmente que no horário registrado não
falava ao telefone, portanto se houve irresponsabilidadde, garanto não foi de
minha parte. É só olharem meu prontuário, que hoje é livre de qualquer
pontuação por infração a dispositivo do código de trânsito.
A falta de discernimento é tamanha que neste espaço li a questão
da jovem que foi multada em represalia, porquê reclamou do procedimento
contrário as leis de trânsito por ocupantes de uma viatura da CTBEL e li também
a resposta do órgão declarando que se a cidadã tivesse anotado a chapa da
viatura a Companhia teria tomada as medidas cabíveis. Ora, outra vez fica
patenteado a falta de bom senso, inteligência e discernimento: 1º - A
jovem jamais poderia crer que seria vitima de vingança e 2º - Não seria
necessário essa anotação, basta irem atras do auto de infração e lá encontrarão
o registro de quem assinou o documento. Esse ou, quem com ele estava na viatura
cometeu a infração.
A serem verdadeiras as estatísticas registradas, parabens, estão
cumprindo a missão pública e de higiene a que o órgão se destina e que é um
direito do cidadão e, nesta oportunidade, a titulo de cooperação informo-vos:
se instruirem vossos agentes a não se camuflarem nas esquinas e que eles sejam
agentes do poder público de alerta, orientação, prevenção ao cidadão que está
nas ruas e que paga impostos, por certo os índices informados serão muito
melhores.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 29 de Junho de 2004.
Lei da Algema
Procuradores, promotores, advogados e etc... estiveram reunidos
recentemente nesta Capital, constando na pauta desse encontro
medidas a serem tomadas para preservar os poderes investigatórios do Ministério
Público, tendo em vista que tramita no Supremo Tribunal Federal ação que visa
a reduzir as atribuições de procuradores e promotores.
Na condição de cidadão assim como o caro leitor, que acompanhamos
democraticamente pela imprensa e aqui O Liberal, os condenáveis fatos
protagonizados por ocupantes de cargos públicos nas três esferas, inclusive
eletivos e que recentemente tem colocado este País no pódio onde a corrupção,
a mal versação do erário, tráfico de influência e outros crimes, dão à
República Federativa do Brasil o triste título de um dos países mais corruptos
deste planeta, somos, com certeza tomados de espanto e ficamos apreensivos
de que aquela alta corte republicana entenda e julgue que o crime perpetrado
por esses verdadeiros bandidos, tais como o Lalau e outros tantos de igual
estirpe, os quais tiveram concreta ação em tirar para si parcela
significativa de dinheiro de nossos impostos, não possa ser razão de ação investigatória
do MP. Dismitificando o ditado popular que diz: o crime não compensa. Ou
seja: a se tornar factível essa proposição, mas do nunca o crime no Brasil
compensa, pois pela lentidão da justiça isso já é uma realidade, pois quem
enriqueceu ilicitamente e subtraindo indevidamente o dinheiro de nossos
impostos, retornou a condição de pobreza por ter devolvido o que furtou ou
roubou?
A sociedade organizada não pode e nem deve se manter silente,
diante desse absurdo que se pretende perpetrar contra a sociedade brasileira e,
democraticamente devemos dizer para nossos homens do judiciário, os quais
entendemos que por ali estarem sejam efetivamente capazes e sensíveis de
perceberem que o cidadão aqui embaixo, não quer pacifica e alienadamente
conviver diariamente com os escandalos protagonizados por quem
deveria zelar pelos interesses gerais da população e portanto do bem comum.
Caso algum membro do MP tenha cometido algo que fugiu às suas
atribuições, aí está o próprio judiciário a tomar medidas que visem coibir e
até mesmo punir o desmando, afinal para eles procuradores, promotores e
etc...também há leis a serem cumpridas, pois ninguem está acima da Constituição
do Brasil.
A questão final é que nenhum ser consegue viver apanhando
indefinidamente, os escravos não aceitaram os grilhões eternammente e, a toda
agressão corresponde uma ação de igual ou maior intensidade em sentido
contrario.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 25 de Junho de 2004.
Edmilson x Wladimir
Assisti via tv a cabo a audiência no STF em cuja sessão
transmitida nesta sexta-feira dia 25.06.04 foi feita a analise e voto do
relator do processo jurídico em que o Prefeito de Belém Edmilson Rodrigues
impetrou ação contra o Deputado Federal Wladimir Costa, tendo havido por
unanimidade a rejeição parcial da ação.
De ante-mão gostaria de registrar que não sou eleitor e não
fui do Deputado em questão e muito menos do Prefeito de Belém mas, sou
munícipe desta Cidade e trafego em suas ruas todo dia e, nessa condição que
gostaria de democratica e constitucionalmente, contando com o beneplácito desse
Jornal, me posicionar e, principalmente como vitima da industria de multa no
trânsito, um dos fatos abordados no processo acima referido.
O Deputado Jornalista, segundo o processo, fez referência em 2003
da volta das famigeradas araras e que, essa ação da Prefeitura seria apenas
revitalizar a indústria da multa, a fim de fazer caixa de campanha. Não posso
ratificar, como cidadão, que o Deputado tenha razão, pois não posso provar mas,
como vitima de multa arbitraria ah!, isso sim posso. Meu veículo foi multado
duas vezes em locais que pelas circunstancias em termos de dia e horário jamais
eu estaria lá e ouvindo radio com fone de ouvido ou falando ao celular.
Tempestivamente e até mesmo antes do vencimento, paguei as multas
e recorri, apresentando meus argumentos e inclusive, levantei a hipótese,
acreditando na seriedade do agente da CTBEL, de que poderia haver a clonagem da
chapa do meu automóvel e, sabe que posição me deram: NENHUMA e isso há mais
de um ano.
Quanto a estar ouvindo som com fone de ouvido hipótese levantada
no dispositivo infringido, meu carro tem rádio para que eu ouça noticiários e
etc, pois não sou nenhum garotão para portar fone de ouvido. Quanto ao uso de
celular, pedi um extrato da Empresa em que tenho a linha cadastrada,
abrangendo o espaço em que se incluia o dia e horário da multa e
documentalmente provei que não falava ao celular dirigindo, pois não havia
ligação no momento da alegada infração e, até porquê quem me conhece, sabe que
faço disciplina consciente.
Em função disso e por ter tido me bolso visitado pela PMB-CTBEL,
não encontro outra explicação para registrar que fui vitima da indústria da
multa e, em função disso, o quanto me for possível farei tudo para
democraticamente (não com baderna e invasão) não deixa-los permanecer no poder
e dizer que o Deputado Wladimir está correto quanto suas colocações em relação
a desgraça que patrocinaram em Mosqueiro e a porcaria que fazem nesta Capital.
Lúcio Reis
BRINCANDO DE PAÍS
Concordo plenamente que sejamos, como brasileiros, os primeiros a
promovermos o que de bom acontece neste País. Mas, sinceramente fica quase que
impossível encontrarmos algo que justifique uma referência elogiosa e, se não
bastasse essa dificuldade de garimpar um feito louvável, a outra face da moda,
isto é os fatos absurdos e que levam quem lá fora vive a crer piamente que este
não é um País sério.
Os fatos a seguir, estão todos na imprensa de 15.06.04 e portanto
de conhecimento público: 1 - Um agente prisional do Centro de Recuperação
Americano 2 (CRA-2), é preso em flagrante por ter assalto um motorista, com o
intuito de juntamente com um comparsa e duas garotas e com o dinheiro roubado
do profissional ir fazer farra; 2 - Ainda repercute o caso dos oficiais de
justiça, posto que o fato ainda não foi concluído pela justiça, em relação ao
julgamento de Valentina (emasculação e morte de menores): 3 - O
concurso que seria o crivo para admissão de membros da PM é anulado - e
registre-se, decisão mais acertada não poderia ser por parte do Comando -,
em função de vazamento total da prova e que é pior, o dono do curso que comprou
o gabarito é membro da Instituição Militar e sequer teve o zelo de evitar que a
fraude se alastrasse e muito pelo contrário, ainda a divulgou em quadro de
aviso em seu cursinho; 4 - Soldado é vitima de assalto e o próprio salva os
bandidos de seus algozes que o linchavam; 5 - Outro jovem é espancado
barbaramente por torcidas organizadas ao sair de estadio de futebol, tendo
afundamento da estrutura óssea do rosto e, 6 - Para completar o dia o
Procon apreende 130 kg
de queijo e 10 kg
de charque estragados e sem documento de procedência e sem o carimbo dos órgãos
de inspeção e, depois de tudo isso nomeou os próprios comerciantes como fieis
depositários da mercadoria, enquanto aguarda que a vigilância sanitária,
responda os oficios dos fiscais para remover a mercadoria;
Sinceramente conclua: parece ou não parece, que pessoas se
reuniram e combinaram, agora vamos brincar de estado, de segurança, de saúde
pública, com a vida dos seres. Mas, teve um que disse, não devemos, e as
autoridades governamentais e a justiça, isso pode não dar certo e então a
maioria em coro arrematou: deixa de ser bobo, este País não tem autoridade, não
tem seriedade e é tudo uma esculhambação e eles que atuam nesse aspecto, não
estão nem um pouco preocupados em mudar esse entendimento e, sabe porquê? Por
que isso foi dito por um presidente da França há muito tempo e jamais houve
interesse na transformação. É só ver a cara de preocupados deles. Acontece o
fato novo, eles vem para frente da televisão e bla bla bla e o tempo
passa, nada é feito até que acontece outro e mais outro e assim vai
passando a caravana.
Lúcio Reis
AFAGO
A imprensa nacional e aqui O Liberal,
informou-nos que o Senador ACM - Antonio Carlos Magalhães - declarou que o salário mínimo de R$260,00 não
passou na aprovação do Senado, porquê o Governo Lula faltou com os
devidos afagos aos senadores da República.
Para poder compreender direitinho
o que aquele senador quiz dizer, fomos pesquisar no dicionário o significado da
palavra afago e lá encontramos, que a mesma quer dizer mimo e esta, tem
sinônimia: coisa delicada que se oferece ou dá; oferenda; presente.
Diante dessa declaração do
representante da Bahia e por dedução lógica, pode-se concluir que não foram
poucos os afagos que o governo do Sr Luis Inacio distribuiu aos que compõem a
Câmara dos Deputados para alí ter sido aprovada a MP do salário em R$260,00.
Prezadíssimo leitor e eleitor,
não é necessário ser nenhum gênio para concluir e até mesmo se torna uma
redundância dizermos: a sociedade brasileira "está num mato sem
cachorro" ou seja, estamos perdidos, pelo menos por mais o tempo em que
durar o mandato do ex-metalúrgico. E porquê? Por que ele era e foi a esperança
da maioria do eleitorado nacional de que haveria mudança e agora vê-se que foi
ledo engano.E para não dizer traição.
No entanto, e por uma questão de
isonomia é importante que se registre, que a mesma decepção e com
característica de traição mesmo é que nos dispensam os representantes do povo
no parlamento, pois é só observarmos a abrangência das declarações acima, para
entendermos que o cidadão que em palanque promete defender os interesses do
cidadão comum, não passa de um pinoquio, pois de fato e realmente, os objetivos deles
são apenas seus interesses particulares e jamais os da sociedade.
Entende-se por outro lado, que
caso o Planalto tivesse afagado os senadores, hoje teriamos concretamente o SM
de R$260,00. E creio não cometer nenhum deslize ao afirmar que o deputado e o
senador, quando atuam nos parlamentos da república e principalmente votando
matérias de interesse do povo, jamais visam o melhor para a sociedade e sim
questões de cunho particular e usando como moeda de troca a representação que
lhes foi conferida pela povo nas urnas.
Mas caríssimo eleitor. Entenda
que concretamente somos caros, importantes e podemos mudar essa situação,
pois enquanto eles só querem serem AFAGADOS pelo governo,
nós podemos e temos meios deles serem por nós AFOGADOS nas urnas.
Lúcio Reis
DERRAMA
"Todo o trabalho realizado até o dia 25 de maio foi destinado
ao pagamento de impostos". Esta é uma afirmação da Associação da Classe
Media, que congrega consumidores de Porto Alegre-RS e que, naquele dia promoveu
as comemorações do Dia da Liberdade dos Impostos, ocasião na qual o protesto se
caracterizou pela venda do litro de gasolina à R$0,85, 42,7% de seu valor ao
consumidor, indicando que a diferença entre este e o preço final na bomba é o
equivalente a impostos.Informando por outro lado que, é a partir do dia 25 que o
trabalhador passou a ganhar o seu sustento e de sua família, pois até
então produziu para os governos municipais, estaduais e União e assim para
pagar salário de vereador, deputado estadual e federal, senador, ministros,
presidente da república, assessores de gabinete de políticos e etc...
A situação real e retratada no parágrafo anterior, leva-nos à uma
reflexão e por conseguinte a uma interrogação: "Será que já não seria
tempo do cidadão tomar uma atitude e determinar que não quer mais essa
realidade". Pois é fato que a depleção atinge nível crítico em cada um de
nós e na sociedade como um todo, portanto.
Caso vissemos e constatassemos que os impostos de nós retirados
fossem efetivamente empregados em prol do bem comum, ainda dava para aceitar.
No entanto, pipocam a cada dia novos casos de corrupção, roubalheira e
dilapidação desses impostos. Poxa, os caras não livram nem o sangue e, todos
sabemos que sangue é vida. Os sujeitos que estão no poder, em função da
dinheirama fácil que conseguem, se tornaram insensíveis e banalizaram a vida do
cidadão comum e, quando um ser morre num posto médico por falta de atendimento,
atropelado no trânsito em função da impunidade ou em seu próprio domicilio
fuzilado por um marginal em liberdade provisória, logo, solto com o aval do
estado, é obvio que a responsabilidade é deste mesmo Estado e, caso dipussemos
de uma justiça célere e leis que não privilegiasse o poder econômico, com
certeza seria tudo diferente.
Mas, tudo tem solução e assim, nem tudo está perdido. Da mesma forma
como você foi às ruas com o slogan agora é Lula, ou Lulaaa. Podemos consertar:
Agora não a Lulaaa e ao PT e assim ficaremos livres dos Waldomiros, dos
vampiros, da Ágora, e possívelmente teremos um salário mínimo mais condizente
com as necessidades do trabalhador brasileiro. Fizemos experiência que não deu certo,
não repitamos o engano, pois assim passará ser um erro.
Lúcio Reis
Campanha Eleitoral 2010
Com o anuncio do valor do salário mínimo em R$260,00 e a cota
de salário de família em R$20,00, o PT deu o ponta-pé inicial em sua campanha
eleitoral para retornar ao poder em 2011, após o pleito de 2010.
Não! Não antecipe suas
conclusões, pois eu explico coerentemente: "com a cota do salário de
família em R$20,00 e ausência de politica e aplicação de verbas suficientes em
educação e orientação social e sexual, fica evidente de que o brasileiro vai
tentar aumentar sua renda família aumentando sua prole e assim, em 2010 teremos
um universo de menores - crianças de 06 anos de idade abandonadas - pedindo em
cada esquina das cidades deste País e assim, o PT lança e planta agora a sua
bandeira de luta, de palanque e de convencimento para o pleito de 2010, pois
pelo que se ouve e sente nas manifestações da sociedade - e este espaço é
espelho disso, além de outros tantos - que dificilmente o Partido do Presidente
Lula, José Dirceu, José Genoino etc..., renova seu mandato para 2007 e
por conseguinte sua outra chance só ocorrerá na campanha de
2010." É bem verdade que o tempo a ser percorrido de um aspecto é
longo mas, de outro é breve, pois em se tratando de politica tudo é fugaz.
Mas a permanecer os interesses
pessoais e de grupos ligados aos nossos políticos, cremos que no tempo de que
dispomos até lá chegar, a situação não se modificará e assim estaremos vivendo
a atual mesmice de que a opinião do politico é diametralmente contrária ao que
ele pensará amanhã em relação ao hoje e isto, tivemos oportunidade de constatar
atraves da TV Globo que mostrou o hoje Senador Aluisio Mercadante do PT, rechaçando categórica
e peremptoriamente em anos atrás na condição de Deputado Federal o
Ministro Malan, quando este anunciou o Salário Mínimo daquele ano e à
época da Presidência de FHC, ocasião na qual comparou o valor do aumento
do salário mínimo, declarando que o mesmo não pagaria o custo da tinta da
caneta montblanc que o Ministro usou para assinar aquele aumento e hoje,
mesmo a despeito do irrisório valor ele, contraditória e
incoerentemente exprime sua opinião concordando que o valor de R$260,00
está muito bom.
O que tento expressar é que cada
vez mais, nossos representantes nos poderes constituídos da República não estão
nem um pouco preocupados e interessados no bem comum e que venha atender os
interesses do cidadão, pois se este fosse o alvo dos frutos positivos que a
Nação gera economicamente falando, eles não estariam preocupados em aumentar a
quantidade de parlamentares mas sim, a qualidade, pois aquela só tem um efeito,
queimar cada vez mais o dinheiro do erário, o qual ao entrar em seus bolsos,
não atende a educação, a segurança, a saúde, ao transporte público, a moradia e
tantos outros bens de interesse da sociedade.
Portanto, cabe a nós eleitores
modificarmos este estado de calamidade.
Lúcio Reis
Belém,Pa, em 23 de abril de 2004.
Administração Pública –
Resultados
Não é a primeira vez que a
imprensa estampa a seguinte nota: Brasil tem superavit primário recorde e
cumpre meta do FMI.
Olhando a outra face da moeda,
podemos ver também os seguintes informes: Palocci e Meirelles minimizam
desemprego e observando mais um pouco lemos ainda esta manchete: MPF diz que
taxação de inativos é inconstitucional e ficando um pouquinho mais atento lê-se
até sôbre o alto índice de desemprego e que várias categorias estão em greve e
que outras estão com suas paralisações agendadas.
Salvo engano e creio que não é,
pois também tomei ciência da decepção do artista Toquinho com o Governo
Lula e portanto do PT, e que veio fazer coro a decepção do escritor baiano
ora residindo no Rio João Ubaldo, pode-se concluir estarmos vivendo uma das
maiores provas de incompetência administrativa, pois não há nenhum sinal de que
o dia a dia do cidadão está ou vai melhorar.
Afirma-se essa conclusão, pois
também está na imprensa o seguinte informe: "para dar espaço aos
companheiros o governo usa a máquina estatal desavergonhadamente" e, olhe
que ainda não fechamos o primeiro semestre e no segundo teremos eleições
muncipais.
Para não parecer muito incoerente
e por não ter condições de austeridade no que se refere a reivindicações por
meios de greves, Sua Excelência exorta seus ex-companheiros grevistas e o
pessoal do MST que invade terras alheias e depois as vendem, a não
radicalizarem, pois tomando seus próprios exemplos como metalúrgico ele diz: todas
as vezes que radicalizei eu perdi. É companheiro, fica dificil desencorajar
esse pessoal, pois foi a esse pessoal que foi prometido um outro Brasil, foi a
esse pessoal que foi prometido um salário mínimo não igual ao que vai ser
definido, foi a esse pessoal que foi prometido a redução dos índices de
desemprego e foi a esse pessoal e a todos os que com ele somaram seus em torno
de 70% de votos é que a partir de 2003 o Brasil seria outro e, na realidade
estamos recebendo um novo País mas, para pior.
De que nos adianta o governo
cumprir suas metas com o FMI, se o FMI não usa nossos super-mercados, nossa
energia elétrica, nossa água, nossos meios de transporte, nossa (in)segurança,
nosso sistema de saúde, nossa educação. O governo brasileiro tem e deve cumprir
suas metas é para com o povo brasileiro, pois afinal o Brasil é o cidadão
brasileiro e este é o Brasil, ou será que o Mister Luis Inacio é membro do FMI
aqui dentro de nossa economia, pois o que se conclui é que o FMI está
muitíssimo interessado nos impostos que pagamos e no superavit de nossa
balança comercial.
Lúcio Reis
Marka
e FGTS
O Marka que encima esta, se refere ao Banco
daquele italiano e que juntamente com um outro recebeu substancial ajuda do
Governo Brasileiro via Banco Central e que assim, promoveu um prejuizo de
mais de um bilhão de reais à economia tupiniquim. Foi preso, passou um mês
atrás das grades com mordomia e, por ordem judicial foi liberado, viajou para
seus País de origem e lá, hoje passeia de lambreta.
Nesta semana o Ministério Público, apos
concluir os procedimentos judiciais da questão pede a prisão dele e dos
componentes do Banco Central à época, inclusive do Presidente do órgão.
O FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço e que, normalmente o trabalhador faz seu saque ao ser demitido ou ao
ser aposentado - vai ser usado agora, em função de chuvas que destruiram
casas de trabalhadores participantes do Fundo em alguns Estados da
Federação. Esta foi a decisão governamental que autorizou o saque de R$2.700,00
a cada um, por meio de uma Medida Provisória para o conserto das mesmas.
São medidas
administrativas dessa natureza que não permitem o cidadão brasileiro a
acreditar em nossas autoridades públicas. E porquê? É fácil! Os dois casos são
auto-explicativos se não vejamos: no 1º o governo mete a mão no cofre e dá a
titulo de socorro mais de um milhão de reais a instituição bancária que
se meteu em maus lençois por má administração; no 2º mesmo a despeito de ser um
problema de calamidade pública, o governo não dá nada, posto que o dinheiro do
fundo é do próprio trabalhador. No 1º caso ninguem vai ressarcir o erário
público e portanto nosso dinheiro e no 2º caso também não! Todavia, na 2ª
alternativa o penalizado duplamente será o pobre trabalhador que não contará
com esse crédito ao ser desligado da empresa e que anteriormente teve parte do
que é seu publicamente levado pelo italiano.
O brasileiro humilde que teve sua habitação
destruida pela natureza, tanto aquele da economia informal quanto aquele com
trato laboral regido pela CLT, não contribuiram em nada para que chegassem a
atual situação, posto que não podem controlar os fenomenos naturais, logo, não
seria mais humano, mais igualitário, mais cristão, que o governo usasse o mesmo
sentimento de dó ou de pena que dispensou ao italiano e socorresse nossos
compatriotas usando uma MP para determinar o emprego de parte daquelas
verbas que são gastas a fundo perdido, que são usadas para custear mordomias,
que servem para construir galinheiro de R$25.000,00 e vejam bem: a habitação
das galinhas do planalto custou o equivalente a residencia de quase 10
brasileiros.
Pois é, como se pode ver, da maneira que o
assunto está sendo tratado e buscando solução não é o governo que está
socorrendo o cidadão trabalhador e trata-se, isto sim de auto-ajuda. Afora isso
ainda veremos noticiais sobre a burocracia a ser enfrentada. Espere!
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 11 de
fevereiro de 2004.
Trôco
A Sra. Selene Cunha Barreto Lopes de Almeida
exercendo sua cidadania e contando com a importante cooperação da Coluna a Voz
do Leitor de O Liberal edição
de 11 do corrente, democraticamente dá um puxão de orelhas na senadora Ana
Julia e no deputado federal Paulo Rocha, ambos representantes no Congresso,
aquela deste Estado e este do povo paraense, em função de seus
posicionamentos em relação ao projeto do Senador José Sarney do Amapá mas, com
umbigo enterrado no Maranhão e, de interesse do Estado vizinho - zona franca.
Está certíssima Sra Selene de Almeida. Somos
nós eleitores os responsáveis pelos mandatos eletivos desses cidadãos, somos
nós quem lhes outorgamos nas urnas uma procuração temporária para pugnarem
pelos e, defenderem nossos interesses, somos nós quem lhes dá esse emprego cuja
contra prestação mensal altíssima, o digno trabalhador brasileiro e assalariado
jamais alcançará em toda sua vida, são como nossos representantes que eles
legislam em causa própria e se lhes outorgam benesses e mais benesses a custa
do erário público e que depois vem faltar para que não tenhamos segurança
pública, saúde, transporte coletivo decente, vias públicas sem buracos e sem
lixo e custo de vida compatível com o salário mínimo.
O que nos tranquiliza de certa forma é
estarmos num Páis democrático e podermos promover a cada quatro e oito anos
- e aí está a força do cidadão e que, muitos ainda não se deram conta -,
uma verdadeira limpeza nos poderes da República, dando um cartão
vermelho a todos aqueles que em palanque fizeram um discurso em prol da
sociedade e que, na prática e de posse temporária do mandato, voltaram-se
contra os interesses sociais e de todos e privilegiaram interesses de grupos.
O que importa Sra. Selene é que façamos o que
nos compete e graças a Deus, como podemos contar com O Liberal, que
democraticamente abre este espaço a sociedade, podemos crer de que não bradamos
no deserto e a partir do momento em que outros insatisfeitos saibam que também
tantos mais não tiveram suas espectativas correspondidas pelo PT, passamos a
somar esforços no sentido de promover a substituição e troca dos que não
corresponderam aos interesses do povo e assim, estaremos construindo um Páis
igualitário e justo.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 04 de
fevereiro de 2004.
Cidadania
A
imprensa nacional, inclusive via internet mostrou a sociedade brasileira a
prepotência da Prefeita de São Paulo, que com dedo em riste e na cara da
dentista, não teve estrutura democratica para aceitar o protesto da
cidadão paulista, que teve seu consultório dentário invadido pela enchente e
que não foi a primeira vez, impossibilitando-a de trabalhar e fazer receita
para quitar o exorbitante IPTU.
A cena mostra claramente o porquê dos
governos em qualquer um dos três níveis, municipal, estadual e federal não
aplicarem como deveriam em educação, pois o cidadão educado, instruido,
com conhecimento de seus direitos e, principalmente quando cumpre com suas
obrigações em relação aos impostos, sabe perfeitamente exercer sua cidadania
protestando e reclamando o que lhe é devido de direito e constitucionalmente e,
assim uma obrigação do governante.
É como sempre registramos: os homens públicos
deste País term todas as fórmulas e soluções para os problemas gerais do
Brasil, quando estão em palanque, são democratas por excelência mas, ao
ocuparem o poder, devem pensar e dizer, "quero que vá tudo por
inferno" e, o bobo que me questionar eu amedronto.
O episódio em São Paulo, mostra também
a outra face da moeda, pois surgiu uma outra cidadã para defender a Sra. Marta
Suplicy declarando, que em outras épocas os centimetros de água paradas eram de
mais de 70 e agora ficou em 20
cm. A posição e o conformismo da vizinha da
dentista, nos faz lembrar aquela cínica e indecente desculpa do rouba mas
faz e aí, também nos faz concluir que o brasileiro adora ser administrado
publicamente por corrupto, por desonesto e outros adjetivos que todos tem
ciência e, se isso não fosse verdadeiro, as figurinhas conhecidas de cada
pleito, já estariam fora do poder há muito tempo.
O dedo em riste da Prefeita de São Paulo, a
principal cidade do Brasil em termos economicos, é um bofete e uma ameaça
a democracia deste País, pois com toda aquela sujeira trazida pelas águas
pluviais e ela ainda querer intimidar o povo, e mais os milhões gastos na
aquisição de um avião a nível federal, e tudo praticado pelos componentes de
uma sigla partidária que antes de chegar ao poder se apresentava como tábua de
salvação desta Nação, deve nos levar a refletir seriamente e tomarmos
providências concretas, pois se eles não aceitam discordância nem de quem os
ajudou a galgarem o poder, como foi o caso da Senadora Heloisa Helena e
companhia, imagine de quem efetivamente não os quiz no poder e nem
concorda com suas permanências lá. Pense nisso e as eleições vem aí. Até porque
democracia é alternância de pessoas no poder.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 01 de novembro de 2003.
Verbas
Públicas
O noticiário brasileiro ainda está se
ocupando com manchetes que se referem ao uso indevido ou emprego desvirtuado de
verbas públicas por ocupantes de pastas ministeriais e/ou auxiliares das
mesmas.
É óbvio que o tema tomou o contorno de
excepcionalidade que ora se constata, pelo fato de que os protagonistas dessa
conduta condenável há muito tempo e não apenas de agora, estarem no momento na
posição de vidraça e não de estilingue, como estavam antes de chegarem as
cadeiras do poder.
Caso D. Ruth Cardoso esposa do ex-presidente
FHC, gostasse de criar galinhas e mandasse construir um galinheiro ao custo de
25 mil reais, conforme noticiado, para ter suas aves caipiras alí mesmo em seu
quintal, você já imaginou o prato cheio que esse absurdo teria sido para os
então petistas aspirantes ao Palacio do Planalto e, até então zelosos e
parcimoniosos com a destinação do dinheiro de nossos impostos.
Administrador que não tem o mínimo de
critério para gastaro que é todos nós, existe em todos os poderes da República
e há muito tempo e, está aí o Lalau, aqui o caso SUDAM e tantos outros
como prova indiscutível dessa afirmação, procedimentos esses que inviabilizam
que o cidadão e a sociedade como um todo tenham e acusem índices de melhoria no
seu padrão de vida em todos os aspectos.
No entanto por uma questão de justiça é
imprescendível o registro de que pelo menos na administração atual, mesmo em
valores reduzidos, verbas públicas foram devolvidas aos cofres de União,
diferentemente das anteriores, cujos inumeros casos que foram noticiados
publicamente de desvios e apropriação indevida de dinheiro do estado, via
hiperfaturamento e outras ações e que configuram enriquecimento ilicito, bem
como fortunas remetidas para paraisos fiscais e até agora não foram devolvidas
e nem os bandidos, em sua maioria, foram encarcerados.
Um dia a administração pública e os poderes
da República, serão exercidos por homens com conduta ilibada, que não usem o
nepotismo e outros tipos de maracutaia e, com certeza nesta Nação colherá
melhores frutos em beneficio de seus cidadãos e estes, quando chegarem lá fora
não serão olhados com desconfiança e o alerta: cuidado, brasileiros estão chegando, reforcem a
segurança.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 23 de outubro de 2003.
Erário
O cidadão brasileiro, via imprensa nacional e
aqui pelo Jornal O Liberal, vem acompanhando a lenga lenga, originada com a
viagem da Ministra Benedita da Silva à Argentina às custas do erário público mas,
para fins mais particulares de cunho religioso, disfarçados sob o véu de um
encontro de interesse da Nação Brasileira.
No inicio, antes do tema tomar as proporções
que alcançou, é que o caso ganhou o seu contexto mais sério e grave, que foi o
Presidente da República se dar por satisfeito com as explicações e tentativas
de justificação de sua assessora titular de uma pasta ministerial e portanto,
não ter tido o devido zêlo com verbas originárias do dinheiro dos impostos de
todos nós cidadãos e que, por ter origem em nossos salários, não é dele, não é
do PT e sim da sociedade verde e amarela que o elegeu, para bem administrar o
que é de todos nós.
Não fosse a imprensa tomar a si a
responsabilidade pela cobrança dos devidos esclarecimentos e mostrar à nossa gente
e ao eleitor do PT o mal, e indevido emprego de verba pública, o caso
seria jogado no esgoto pelo qual inúmeras vezes já se esvaiu o que deveria ser
usado em prol do bem comum, socialmente falando.
Lamentavelmente o episódio deixa configurado
que o Sr Presidente Lula, no caso em e tela, foi no mínimo conivente ou não
teve o devido cuidado no administrar o que é nosso enquanto povo e portanto,
tratamento muito diferente ao dado a CPMF que tira de nossos contra-cheques
fortunas e fortunas e é por isso, que há verba para ministro fazer turismo a
nossas custas.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 16 de outubro de 2005.
Praga Territorial
O título poderia abreviar para PT e, nao seria mera coincidência mas sim, Propositadamente Tentado, Pois a Têrmo o objetivo é fazer referência a essa Passagem Terrível que se abateu Pelo Território brasileiro, como uma Praga Travestida no inicio, como Período Tranquilo, para retomada do Processo de Transposição ao crescimento e divisão de riquezas nacionais Por Todos, os agora inocentes e que acreditaram no "sapo barbudo" e suas histórias para peixe dormir, posto que as contadas para boi, já não surtiam mais efeito.
Ressalve-se que se Pusesse Todos no balaio da condenação, seria uma irresponsabilidade, Pois Tenho certeza de que Parte dos Trabalhadores vermelhos, não Pactuam Terminantemente com os Procedimentos Tortos.
Está causando Pruridos Terríveis, às Pessoas Tolerantes os Processos Tenebrosos que Projetam Tendências e ações explicitas de Politicos Traficantes de influências e que, saem do Próprio Terreno do Parlamento Tendência para a realidade nua e concreta da Perdição Total.
Pediram Têmpero via poder judiciário à Pizza Tabefe que Pretendiam Tapar os olhos do cidadão e assim, Poderem Tripudiar com respaldo sôbre a massa verde e amarela, que de tanto ver Patifaria Tramada e executada com maestria em
Palanque Talentoso, esta se tornando massa pálida e sem vida.
Porém Temos certeza, de que Perdidos Totalmente ainda não estamos, Pois Troca ano e estaremos em 2006, quando Poderemos Trocar da cor vermelha para o arco-iris da liberdade de Participarmos Tetroftalmos e assim veremos e
enxergaremos doravante quem quer outra vez nos enganar e trair.
Creia que Para Tudo, há remedio. Podemos Tramar com nosso voto, nossa Participação Terminante para as mudanças necessárias que Projetem Tudo Para Termos um grande Período Terapeutico de cura e salvação de nossas instituições e com isso o Pedaço Triunfal para o Povo Triste de hoje mas que, Pode Ter no amanhã Poderes Testemunhável de satisfação e poder dizer: valeu lutar!
Lúcio Reis.
Belém,
Pa, em 11 de outubro de 2005.
Cheque
de Água
Liberal
de 11/10/05
O Reporter 70 do Jornal O LIberal edição de 07 de outubro p.p., em seu último tópico, publica o seguinte: "O governo vai lançar o cheque-água que beneficiará os consumidores de baixa renda que terão suas contas parcialmente quitadas pelo Estado. A COSANPA ainda não definiu o número de metros cúbicos consumidos para se ter direito ao cheque."
O assunto me fez concluir que em mais um ítem a maioria da sociedade consumidora será convocada a pagar a conta. Não sou contrário que quem tem mais posse, divida com aqueles menos favorecidos. A questão acerca da água vai mais longe, e a ela se insere procedimentos, no mínimo estranhos. De imediato veio-me a mente, a grande dissiminação de lava-jatos de veículos, um a cada esquina em plena via pública e sôbre o passeio que se destina ao ir e vir do pedestres.
O interessante dessa questão é que em conversa informal com funcionário da Companhia de Saneamento, perguntei-lhe se cada uma dessas "empresas" a céu aberto tinha u'a matricula e uma consequente fatura de consumo, pois o que se testemunha de domingo a domingo, são mangueiras a jorrar água direto, num
fantástico desperdício do líquido precioso. Respondeu-me, que a COSANPA já convidou-os ou chamou-os a se cadastrarem, alguns atenderam mas, a maioria não, optando em se manter na irregularidade e assim, desestimulou os demais e todos atuam subtraindo indevidamente a água pública e por consequência, a
maioria da sociedade custeia a atividade.
Prosseguindo, perguntei-lhe que medidas administrativas e coercitivas foram tomadas? Respondeu-me ele que nenhuma. A Empresa optou pela impassividade, pois mesmo tendo praticado procedimentos inibidores, tais como cortando o fornecimento, os lavadores, buscaram outros canos da rede hidraulica e deles, prosseguiram a subtração e uso indevido do solvente universal.
O Reporter 70 do Jornal O LIberal edição de 07 de outubro p.p., em seu último tópico, publica o seguinte: "O governo vai lançar o cheque-água que beneficiará os consumidores de baixa renda que terão suas contas parcialmente quitadas pelo Estado. A COSANPA ainda não definiu o número de metros cúbicos consumidos para se ter direito ao cheque."
O assunto me fez concluir que em mais um ítem a maioria da sociedade consumidora será convocada a pagar a conta. Não sou contrário que quem tem mais posse, divida com aqueles menos favorecidos. A questão acerca da água vai mais longe, e a ela se insere procedimentos, no mínimo estranhos. De imediato veio-me a mente, a grande dissiminação de lava-jatos de veículos, um a cada esquina em plena via pública e sôbre o passeio que se destina ao ir e vir do pedestres.
O interessante dessa questão é que em conversa informal com funcionário da Companhia de Saneamento, perguntei-lhe se cada uma dessas "empresas" a céu aberto tinha u'a matricula e uma consequente fatura de consumo, pois o que se testemunha de domingo a domingo, são mangueiras a jorrar água direto, num
fantástico desperdício do líquido precioso. Respondeu-me, que a COSANPA já convidou-os ou chamou-os a se cadastrarem, alguns atenderam mas, a maioria não, optando em se manter na irregularidade e assim, desestimulou os demais e todos atuam subtraindo indevidamente a água pública e por consequência, a
maioria da sociedade custeia a atividade.
Prosseguindo, perguntei-lhe que medidas administrativas e coercitivas foram tomadas? Respondeu-me ele que nenhuma. A Empresa optou pela impassividade, pois mesmo tendo praticado procedimentos inibidores, tais como cortando o fornecimento, os lavadores, buscaram outros canos da rede hidraulica e deles, prosseguiram a subtração e uso indevido do solvente universal.
Em
função disso a fornecedora de água, optou pela passividade, a ter que
enfrentar e se defender em juizo, segundo ele, em virtude de ações
judiciais que poderiam ser impetradas. Pois, não tem intenção de
enfrentar a opinião pública também, pois deduz que esta será favorável
aos lavadores de carrro
nessa modalidade.
Pois bem, não é novidade para ninguem que os cabeças coroadas do mundo, vem alertando sôbre o desperdicio de água potável e aconselhando o uso racional dela, posto que logo, logo vamos iniciar o convivio com racionamentos em função da escassez. Não é do desconhecimento de ninguem, o que sofrem nossos irmãos nordestinos com a falta de H2O.
O mais estranho da realidade é que, os lava jatos de meio fio só existem pela simples razão de que proprietários de veículos os usam para lavarem seus carros. Portanto, são coniventes com a desgraça que se planta hoje e que as futuras gerações, inclusive descendestes deles mesmos, irão colher e que, por certo será a dificuldade em dispor de água potável.
Hoje ressentimo-nos de uma total falta de seriedade, posto que ontem pessoas foram plantando o jeitinho de todos levarem vantagem sôbre tudo e aí está o nosso querido Brasil, com um belo conceito lá fora.
Lúcio Reis.
nessa modalidade.
Pois bem, não é novidade para ninguem que os cabeças coroadas do mundo, vem alertando sôbre o desperdicio de água potável e aconselhando o uso racional dela, posto que logo, logo vamos iniciar o convivio com racionamentos em função da escassez. Não é do desconhecimento de ninguem, o que sofrem nossos irmãos nordestinos com a falta de H2O.
O mais estranho da realidade é que, os lava jatos de meio fio só existem pela simples razão de que proprietários de veículos os usam para lavarem seus carros. Portanto, são coniventes com a desgraça que se planta hoje e que as futuras gerações, inclusive descendestes deles mesmos, irão colher e que, por certo será a dificuldade em dispor de água potável.
Hoje ressentimo-nos de uma total falta de seriedade, posto que ontem pessoas foram plantando o jeitinho de todos levarem vantagem sôbre tudo e aí está o nosso querido Brasil, com um belo conceito lá fora.
Lúcio Reis.
Belém,
Pa, em 26 de julho de 2003.
Do Próprio Veneno
Ainda não alcançamos 09 meses do atual governo e, rebentos indesejáveis à tranquilidade social de nosso País começam a ser paridos, levando-nos a crer firmemente de que, tudo aquilo que as circunstâncias ao longo do tempo foram condicionando de que se tornariam fatos reais e concretos, mais cedo do que se pensava principiam o seu processo de realizações.
O
assassinato do repórter fotográfico La
Costa, em frente a uma invasão do MST e a pregação de uma
guerra por parte do lider desse movimento contra os latifundiários brasileiros,
são ítens a serem seriamente levados em consideração, posto que suas
consequências - caso os mesmos não sejam entendidos e tratados com a
gravidade e riscos que os mesmos inserem - têm tudo a colocar em jogo a
democracia desta Nação.
Hoje
o Presidente do PT, participante da guerrilha do Araguaia na década de 70, declara
que cometeu um engano ao se tornar quando jovem um guerrilheiro, assim como o
foi o todo poderoso Ministro José Dirceu. No entanto, muitos dos que lutaram em
Xambioa e adjacências, não estão vivos para se arrependerem e, tomando essa
realidade como parâmetro é muito fácil de concluir que as inconsequências das
ações de hoje desse Sr Stedille, futuramente poderão ser motivo de
arrependimento. Entretanto, quem daqui há alguns anos arcará com as
responsabilidades das inconsequências de hoje? Apenas o gesto do arrependimento
não é o suficiente para consertar danos sociais e quem sabe democráticos e ao
Estado de Direito.
A
prosseguir essas invasões cujas bandeiras são todas vermelhas, a autoridade
máxima e constitucional do Brasil terá e deverá assumir e executar as suas
responsabilidades previstas na nossa Constituição e que ela jurou cumprir e
fazer cumprir perante o Congresso Nacional e para todo o brasileiro por ocasião
de sua assunção ao cargo de mandatário máximo deste País.
Sabia-se
infelizmente que aquilo que era uma hipotese, tinha e tem todos os
requisitos de uma fórmula demoníaca a promover grande intranquilidade ao
cidadão comum. Pois o governo atual, cujo berço é exatamente as reivindicações
com têmpero de baderna e pretender a qualquer custo fazer valer seus
objetivos - quem não se lembra que o oficial, responsável à época pela
segurança do governador deste Estado, foi mordido pelo hoje Gestor Municipal,
quando este era colocado para fora do Palácio Lauro Sodre - e assim que a
situação ficar "preta" como diz o dito popular, a autoridade
governamental ironicamente deverá autorizar contra seus companheiros de outrora
o mesmo veneno que lhe foi ministrado e que hoje poderá ser o seu próprio
veneno, pois a uma determinada situação e estagio, somente o rigor da lei
recompõem e retornará a normalidade democratica.
Sinceramente,
esperamos que haja bom senso e que não haja necessidade de ser ministrado a
lição do cassetete.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 23 de fevereiro de 2003.
Aposentadoria
Uma das manchetes do noticiário nacional
neste domingo, chama a atenção do leitor para a seguinte nota: Presidente
Lula e 22 governadores concordam em taxar as aposentadorias.
Ao ler
a chamada, tive a imediata sensação de que estava lendo noticia do governo
Fernando Henrique ou de algum outro presidente anterior.
Antes do pleito de outubro correu
nacionalmente nos comentários de boca em boca que o governo do PT, ao assumir
iria confiscar poupança e se o cidadão tivesse mais de um imóvel o excedente a
um seria também desapropriado pelo estado para fins sociais.
Essas informações foram peremptoriamente desmentidas e o
PT chegou ao tão almejado Poder Executivo da República Federativa do Brasil.
Ainda não são decorridos nem 90 dias do
governo vermelho. Os resultados se não iguais ao anterior são piores: as altas
dos juros, antes condenadas, são também empregadas sem a menor cerimônia, o
salário mínimo que aí vem, não se iludam, terá um acréscimo irrisório, que a
exemplo dos anteriores, soará tipo uma piada de mau gosto, principalmente se
compararmos a diferença entre o que está e como ficará, tendo como parâmetro o
ganho dos senadores e deputados, a CPMF continuará retirando de nossos
depósitos bancários significativo valores e na contra-mão o sistema de saúde
permanece um caos e por aí vai.
Ah! Mas tem o programa fome zero! Não
pretendendo ser profeta mas, se as medidas até agora são idênticas as dos
governos anteriores, por que não acreditar que logo a imprensa vai estar
publicando: que os gêneros estocados em algum depósito estão apodrecendo por
falta de transporte; que algum espertalhão está vendendo os alimentos quando
deveria estar doando; que o político fulano de tal está usando política e
eleitoralmente em seu proveito os produtos da campanha e, como antes nada
acontecerá, ninguém será punido e a bandalheira continua.
Caro leitor, uma Nação existe porque há o
cidadão. Não é um partido, não é um parlamentar e nem um administrador, quer
seja sua legenda que constroem e mantém um Estado, quem edifica e quem é
imprescindível ao ser de uma Nação é o cidadão que no seu conjunto é o povo.
Não vamos permitir que se administre contra
os nossos interesses, e a exemplo do PT que sem respeitar os limites
democráticos praticava absurdos, vamos protestar respeitando as orientações
democráticas de um País livre mas, pelo menos vamos sinalizar de que não é essa
a administração que queremos para nós e que, os aposentados não são
responsáveis pelas péssimas administrações que passaram e passam pelo Planalto.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 28 de abril de
2002.
Publicado no
Jornal O Liberal em 01/06/2002.
TRÔCO COM TROCA
Na cidade e no
País já começam aparecer os primeiros sinais vindos dos políticos, em direção
ao cidadão eleitor, pois se inicia outra vez a sucessão eletiva, para os cargos
de Presidente da República, Senador, Deputados Federais e Estaduais.
Ao longo desses
últimos anos, graças a Deus, o cidadão comum e, a quem efetivamente compete
eleger ou não o candidato, pôde tomar ciência de quão suja é a política
produzida por nossos representantes em todos os níveis: muncipal, estadual e
federal.
A avalanche de
falcatruas, de corrupção e de indecência com o erário, não tem ais limite a
alcançar.
Mesmo assim, o
caro eleitor vai perceber e constatar que os mesmos que enriquecem e
proporcionam aos amigos situações privilegiadas as custas de nossos impostos,
não terão o menor constrangimento em novamente se apresentarem às urnas,
tentando nos convencer de que fizeram o máximo em nosso benefício.
Só para sua
lembrança, é necessário que se mencione que a CPMF – contribuição provisória
sobre movimentação financeira, que numa saída de inteligência do, naquela época
Ministro da Saúde Adib Jatene, se destinava momentaneamente a socorrer o
sistema de saúde da Nação, que se encontrava na UTI.
A saúde
nacional, continua agonizando, a dengue ganhou maior campo e o mosquito fez a
festa, picando e infectando milhões de brasileiros e a CPMF, continua dividindo
o meu, o seu e o nosso dinheiro. O deles não! Basta você lembrar que aqueles
mais de um milhão e trezentos mil lá de São Luiz-Ma, não estavam em contas
bancárias. Eles só seriam alcançados com o “imposto do cheque” quando chegasse
às mãos do cidadão trabalhador.
À que você
tenha noção da realidade, é importante, lembrar as declarações da
ex-governadoramdo Maranhão, ao registrar, segundo a imprensa, o quanto foi
doado à campanha para reeleição presidencial.
É bem verdade,
que ela só trouxe a público esse fato, com o intuito de desviar a atenção da
sociedade, do seu problema relacionado a SUDAM, ao marido e dinheiro vivo nas
suas empresas. Se o dinheiro doado a reeleição do mandatário máximo da Nação,
tem a conotação condenável, com que ela o adjetivou, porquê ela não fez a
denuncia anteriormente? Ou será que efetivamente entre eles, há alguém que
possa atirar a primeira pedra?
Outro fato que
chama atenção, é o acerto que eles entabulam entre si, desconsiderando
concretamente que a decisão final é nossa através da urna e que, efetivamente
nós somos a peça mais importante na democracia, pois é de nós que devem sair as
decisões e são para nós que as ações úteis devam ser destinadas.
Pois be,, nas
próximas eleições façamos algo de bom para nós: vamos dar o trôco a eles,
trocando todos eles.
Lúcio Reis
Belém, Pa,
em 07 de janeiro de 2002.
ESCOLA x
IPTU
Por
acreditar que o cidadão seja bobo ou palhaço e, somente assim é que se pode
entender certos procedimentos de um ser que detem às mãos ações públicas
administrativas e de interesse final da sociedade.
Pasmem! O
Ilustríssimo Senhor Alcaide desta Capital, por intermédio de algum(a) brilhante
assessor(a) da SEMEC através de um folheto orientou as escolas da rede
municipal de Belém, a solicitarem no ato da matricula para ano letivo de 2002 a
apresentação do carnê do IPTU para comprovação de residencia do estudante.
Não é a
SEFIN o orgão competente para fiscalizar o cumprimento desse tributo municipal.
Não foi alardeado pela PMB a quantidade de isenção concedida aos imóveis de
valor venal até R$17.000,00. Será que o Sr Prefeito entende que um pai de
família matricula seu filho na rede pública para economizar reais? Ou será que
o pessoal da PMB crê que uma casa isenta IPTU é sinal de que seja rica? Não é
uma obrigação constitucional do municipio oferecer escola aos jovens? Não é
verdade também que equem é pobre na forma da lei, tem direito a atestado de
vida e residencia expedido gratuitamente pelo Estado? Não é verdadeiro ainda,
que um fatura de água ou de luz, servewm também como comprovação de residencia
e, por fim, um contrato de locação de imóvel também não é documento hábil, para
tal comprovação.
Entramos em
ano eletivo. Faz-se esse tipo de protesto para que as sociedade fique ciente de
quem merece ou não ter às mãos a administração do que é de todos e que, deve
ser transformado em bem comum, no caso aos munícipes.
Lúcio Reis.
Belém, Pa,
em 31 de outubro de 2001.
CREDIBILIDADE
Lí
atentamente o “jus esperneandi” da Coordenadoria de Comunicação Social da
Prefeitura de Belém, na ediçãop de 31/10/2001 na Coluna Voz do Leitor, em
referência a carta expedida pelo Sr Bellarmino Jr, a auql também tomei ciência.
No incio das
considerações a PMB o taxa de completo ignorante e depois concorda que ainda há
por realizar. Não tenho presunção de defender o leitor mas, apenas lembrar ser
ele, como eu e tantos outros cidadãos que vievemos num País democrático e à
quem, devem ser dirigidas as ações governamentais, transformando o erário
oriundo de nossos impostos, em bem comum e muito bem feito e séria aplicação.
Nesse
aspecto, gostaria de sugerir lembrando a Prefeitura Municipal de Belém, que as
grades de proteção do Bosque Rodrigues Alves, alí no Marco, e que, tão celeremente
foram pintadas de vermelho no inicio do 1º mandato do Sr Prefeito, quando houve
o caracter emergencial de avermelhar tudo nesta Cidade, inclusive as lixeiras,
para apagar as cores da administração anterior, estão necessitando há muito
tempo de novo cuidado, pois depopis ficará muito mais caro para os cofres do
Municipio.
Ainda no
Marco, temos que nos referenciar ao elevado da Dr Freitas, cuja inauguração,
pela rapidez com que foi executada a obra, não nos – pessoalmente – inspira
como cidadão tranquilidade para trafegar nem sôbre e nem sob o mesmo.
Portanto,
não foi só o mau cheiro do Ver-opêso que incomodou o cidadão Bellarmino, muitas
outras falhas incomodam a sociedade belemense, posto que as ações politicas
nesta País, como um todo, só deixam a desejar, pela falta total de seriedade e
responsabilidade e, tanto isso é verdadeiro que o Poder Legislativo da Nação e
dos Estados da Federação e até dos Municipios, praticamente tem se transformado
em Posto Policiais, tantos são as CPI em andamento e a serem instaladas.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 04 de outubro de 2001.
VAGA
Acalmada a
tempestade momentaneamente, quando comportamentos antiéticos e indecorosos
estiveram revolvendo o Senado Federal nesses últimos anos e que, uma onda de
decoro e moralidade deverá tirar do Congresso o Senador Jader Barbalho ou por
renuncia ou por outros meios regimentais, inicia-se a discussão sobre sua
substituição por um de seus suplentes.
O prejuizo
ao Poder Legislativo Federal, a democracia e à Nação Brasileira, no período de
investigação e portanto, paralização do mesmo em seu funcionamento em prol da
sociedade, não pode ser mais danoso do que já o foi. Aliás, a moral, a
seriedade e a honestidade de nossos representantes, praticamente inexiste que,
o que não falta em nossos órgãos governamentais são CPIs.
O melhor é
que, em havendo o claro com a renuncia ou por outro meio, que a cadeira de
senador pelo Pará, fique livre, pois a vergonha do povo paraense, não aguenta
mais frequentar diariamente a midia nacional, em função da improbridade de seus
representantes e, como já é de conhecimento nosso e de todo o brasileiro, tanto
os suplentes quanto o atual titular, segundo o noticiário, estão com as mãos
sujas com as verbas do BANPARÁ e assim, incapazes de atos morais e legais
enquanto legisladores.
Lúcio Reis.
Belém, Pa,
em 23 de maio de 2001.
ENERGIA
Para o
desenvolvimento de qualquer organismo ou organização, é imprescíndível que haja
energia.
Lamentavelmente
os homens que administram este País – há até um ministério do planejamento ou já
houve – não se deram conta disso ou, se deram, privilegiaram a politicalia do é
dando que se recebe, para se manterem nos poderes da República, não
investigaram como deviam e assim não puniram as sucessivas denuncias de corrupção,
malversação do erário e hoje, mais uma vez o cidadão é quem paga e pagará pela
incompetência pública, pois não é de hoje que se ouve a frase: “o poder público
gasta muito e gasta mal!”.
A P-7 está
no fundo do mar e com os bilhões de seu custo. Para desviar a atenção desse
fato, sugriu o painel do senado e agora o apagão e ou racionamento de
eletricidade.
O Nicolau e
a Georgina, ainda não devolveram o que levaram. A SUDAM e a SUDENE escoaram
pelo ralo da corrupção muitos milhões de reais, os anões do orçamento, riem da
desgraça do povo, pois à hora do sufoco, saem do País e lá fora, quem sabe, irão
passear de lambreta em companhia do Cacciola.
O que mais
incomoda é a falta de vergonha de ainda pedirem compreensão à sociedade. Teremos,
com certeza complacência e muita boa vontade, sim, a partir do momento que
soubermos que os ladrões do dinheiro público, estão presos e devolveram o que
subtrairam ou então a partir do momento que viermos a tomar conhecimento que as
malandragens foram reduzidas.
Pois não dá
para acreditar que, já tenhamos esquecido do confisco de nossas poupanças na
era Collor.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 04 de maio de 2001.
ACAREAÇÃO
Fato
desnecessário a realização dessa confrontação entre os senadores
Antonio Carmos Magalhães, arruda e a ex-diretora do Prodasen Regina
Borges, pois não é de hoje que uma das caractertísticas da politica
nacional é a mentira e a contradição, onde sim equivale a não e
vice-versa.
Acredito
que ninguem em sã consciência, tinha dúvida quanto as resultado, de que
aquela Senhora sairia dessa acareação fortalecida e comprovadamente
caracterizado ter ela sempre falado a verdade, enquanto que os dois
politicos fragilizados, em função das mais diversas versões apresentadas
para único fato.
Lamentavelmente
situações dessas ocorrem em nosso País, pura e simplesmente pela
ausência de seriedade no trato da questão pública, o que se tornou a
regra geral, ao invés de ser uma raridade e, onde os detentores do
poder, tentam ter os seus pares em suas mãos, refens dos desmandos e
ilicitos que praticam ao longo de suas vidas públicas.
No
caso da votação da cassação do mandato do senador Luis Estevão, à
sociedade não interessa ser ela secreta ou não, o que nos importava
enquanto cidadãos e eleitores é que se faça assim como naquela ocasião e
sempre, uma séria assepsia nos poderes públicos, pois não temos mais
limites para assistir o dinheiro público usado para criação de rãs e
outras imoralidades desse quilate.
Como
observamos, não se fala mais da P-7 da Plataforma que levopu consigo
para as profundezas marinhas vidas humanas e que, por certo estão
fazendo falta às suas famílias que aqui ficaram. Logo, logo, surgirá um
outro absurdo à sepultar a violação do painel de votação do senado e
possível cassação dos politicos.
E
assim de mentira em mentira caminha a república. Ainda bem que a
diferença entre a verdade e a mentira é que, aquela só admite uma versão
e esta várias e, em determinados momentos, o mentiroso não sabe qual
foi a ultima usada, por isso ter a mentira pernas curtas e logo é
alcançada.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 12 de abril de 2001.
QUEBRA TUDO
Existe um programa televisivo que diariamente vai ao ar e que, em dado
momento, em virtude do problema em pauta, normalmente comprovando pelo
resultado de DNA alguma paternidade, gera uma balburdia e o pessoal, inicio o
côro: vamos quebrar tudo, vamos, vamos!
Lendo o desabafo e quixa do Sr Guilherme Carvalho e outros, na coluna Voz
do Leitor em O Liberal nesta data, sôbre o péssimo atendimento e tripudio sôbre
o usuário e consumidor, chega-se a determinado momento em pensar na medida
extrema do vamos quebrar tudo.
Porém, na democracia, não precisamos e nem devemos chegar ao ato próprio de vândalos e anarquistas, pois temos em nossas mãos a maior e mais poderosa arma do relacionamento povo e governo, que é o voto.
Muda-se a nossa representação no parlamento e nos outros poderes de maneira drástica em termos percentuais via urnas e, exigimos de nossos procuradores politicos, que atuem efetivamente em defesa dos interesses da sociedade e assim, sem traumas conseguiremos os serviços e o tratamento digno que merecemos, por todo e qualquer concessionário de serviços públicos, tais como energia elétrica, comunicação, transporte, água e esgoto, segurança e etc...
Vamos quebrar o entendimento de que o cidadão é bobo.
Lúcio Reis
Porém, na democracia, não precisamos e nem devemos chegar ao ato próprio de vândalos e anarquistas, pois temos em nossas mãos a maior e mais poderosa arma do relacionamento povo e governo, que é o voto.
Muda-se a nossa representação no parlamento e nos outros poderes de maneira drástica em termos percentuais via urnas e, exigimos de nossos procuradores politicos, que atuem efetivamente em defesa dos interesses da sociedade e assim, sem traumas conseguiremos os serviços e o tratamento digno que merecemos, por todo e qualquer concessionário de serviços públicos, tais como energia elétrica, comunicação, transporte, água e esgoto, segurança e etc...
Vamos quebrar o entendimento de que o cidadão é bobo.
Lúcio Reis
Belém, Pa,
em 27 de abril de 2001.
NO LIMITE
O espaço no
O Liberal Voz do Leitor há anos, com legitimidade do cidadão que aqui se
expressa, vem denunciando há muito tempo todas as mazelas protagonizadas pelos
homens públicos da república, tais como o enriquecimento a custa da corrupção,
malversação do erário, superfaturamento, sonegação de impostos, de encargos
sociais e etc...
Sem dá bola
para a opinião pública e numa inconteste demonstração de credibilidade na
impunidade, as irregularidades, imoralidades e desonestidades foram se
sucesdendo e acumulando, enquanto na outra ponta a miséria, o desemprego, a
fome, a falta de teto, precária assistência medica hospitalar e etc...foi crescendo
em proporções desastrosas.
Hoje
assistimos os caciques do senado numa troca contundente e gravíssima de
acusações mutuas nas mais variadas modalidades de desmandos, com reflexo direto
na economia, fato que se comprova com a variação cambial pela crescente alta do
dolar diariamente.
Ao término
do mês, constataremos que nossos salarios ficaram com seu combalido poder de
compra mais fragilizado ainda, em função da fatal alata da inflação e assim,
logo, logo estaremos vivendo de novo o inferno economico, no qual inflação
alimenta inflação, ou seja os preços sobrem porque a inflação é alta e vice
verso.
Além dos
adjetivos negativos acima, vimos também que nossos representantes, mentem com
tanta veemência e publicamente em rede nacional de radio e televisão, que se
não soubessemos que alí é a sede de um poder, poderiamos acreditar ser a morada
de anjos de candura.
Mas, como
tudo tem sua compensação, basta olhar e encontrar o lado bom e positivo da
situação: se antes comiamos o pão que o diabo amassou, hoje podemos comer
sanduiche com o pão que o diabo amassou, cujo recheio é file de RÃ, com catchup
marca SUDAM e mostarda marca SUDENE.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 10 de março de 2001.
FARINHA DO MESMO PANEIRO
Com apenas uma breve trégua, em função do óbito do Governador Mario Covas,
a sociedade brasileira vem sendo bombardeada diariamente com sucessivas
denúncias de corrupção, roubalheira, malversação do erário e etc...no stafff da
república tupi niquim.
No que se refere a votação secreta ou não do ex-senador da quadrilha do
Nicolau, o Sr Luis Estevão, o que interessa e vale é que ele não poderia mais
continuar no poder legilativo, posto que não reune condições morais e
integridade de caracter para tal. Ademais a vontade popular foi e é pela sua
expulsão do senado. Aliás o que se tem visto e isto, porque eles mesmo
declaram, é que pouquissimos resistiriam a uma séria assepsia.
Quanto as investidas de instalar CPI aqui, alí ou alhures, tanto faz quanto
fez, pois o que acontecerá já sabemos: os holofotes da imprensa estarão
voltados para as audiências, pilhas e pilhas de processos se avolumarão, a água
da roupa seja a ser lavada não poderá ser mais fétida e pútrida e enquanto
isso, estaremos nos aproximando da eleição presidencial, o picadeiro da CPI
será usado como pretexto de arroubos para alguns aparecerem e colherem
dividendos politicos e no fim, tudo permanecerá, como tem permanecido, em nada:
alguem poderia responder em que cadeia estão os anões do orçamento? Em que data
eles devolveram o que roubaram? O que foi desviado da obra do forum trabalhista
de São Paulo, já foi encaixado no tesouro nacional?
De resultado positivo e concreto, continuaremos a conviver com o aumento da
pobreza absoluta, da miseria total, da fome, do desabrigo, o leão do IR cada
vez mais voraz e sugando os que tem menos.
E assim a gente vai levando, já conseguimos até chegar a um novo milenio.
Lúcio Reis.
Belém, Pa,
em 01 de janeiro de 2001.
IRRESPONSÁVEL
A história
da civilização, dá-nos conta que em determinada época, dirigentes com objetivo
de ofertar “circo” ao povo, colocavam algumas pessoas na arena para serem
devoradas por leões. Como elas tinham que enfrentar as feras, desarmadas, suas
situações de fragilidade e desêspero se tornava motivo de divertimento à
platéia e governantes da época.
O que está
nas entrelinhas acima, se quizermos fazer um têrmo comparativo com os dias de
hoje, vamos constatar não haver na raiz, nenhuma diferença, a não ser nos
pormenores.
O lamentável
fato ocorrido no sábado em São Januário, é apenas um dos exemplos que
sistematicamente ocorrem em nosso País, quando o cidadão é jogado às “feras” da
insegurança urbana e no campo; às “garras” do deficitário atendimento
médico-hospitalar ou a inexistência desse serviço; as crueldades da falta e e
débil educação; a irrascível e insuficiente habitação e tantos outros males
sociais que ao longo dos sucessivos mandatos afligem a sociedade tupi-niquim.
O
comportamento do dirigente vascaíno, não poderia ser mais insano. Nos
torcedores feridos corre em suas veias, além do sangue alví-negro com cheiro de
bacalhau, o vermelho da vida humana e da sensibilidade cristã.
Como pode um
cidadão, detentor de um mandato eletivo representativo da sociedade, ter em seu
coração tamanha insensatez, em entender que havia clima para prosseguir aquele
jogo e que um troféu é mais importante que as vidas alí presentes?
Não foi atoa
e nem por mera coincidência que no concurso de ornamentação de barcos na
passagem de ano, ganhou aquele com o tema Nicolau (Lalau) e os 40 ladrões.
Aliás, pela realidade de hoje, dá para concluir que a história infantil que
mais influenciou a formação de carácter dos nossos vários detentores de poder,
foi sem dúvida e exatamente a leitura infantil Ali Baba e os 40 ladrões.
Oxalá que
essa influência mude, pelo menos, para a história do Robin Hood.
Lúcio Reis
SENADO
A
representação dos Estados da Federação é feita pelo Senado, cujo Presidente, na
falta ou ausência do Presidente da República, de seu Vice-Presidente e, do
Presidente da Câmara Federal – representação da sociedade (povo) – constitucionalmente assume a chefia
de Estado e do Poder da Nação Brasileira, entre outras tantas funções de
interesse e relevante grau de responsabilidade perante a República.
A imprensa
nacional, em todas as suas modalidades e, especialmente ontem dia 06/12/00,
transmitiu e noticiou para toda a Nação a face cruel, podre, indecente e nociva
dos homens que em Brasilia são responsáveis (ou irr...) pelo o amanhã deste
País.
É de
estarrecer o nível a que chegaram dois expoentes da República na troca de
adjetivos curriculares, especificamente no campo da ladroagem.
Eis aí as
razões entre tantas outras, pelas quais os poderes demandam longo e oneroso
tempo discutindo a concessão de um salário mínimo de R$180,00.
Aí está uma
das causas, porque falta verba para saúde, para segurança, para moradia, para
educação e outros ítens de inteira responsabilidades sociais do governo para
com a sociedade.
Ouve-se os
políticos comentarem sobre concentração de renda. Nesse aspecto eles sabem
muito bem do que falam e aí está a prova inconteste de suas caras de pau, em
aprovarem o aumento da alíquota do CPMF de 0,30 para 0,38%.
Resumindo no
estilo bem próprio deles: roubam, roubam e no final é sempre o cidadão quem
paga a conta.
Como querer
que as outras Nações nos respeitem, afinal estamos na contingência de sermos
governados por um ladrão.
Lúcio Reis.
ÉTICA
A imprensa
noticia que a Comissão de Ética da Presidência deverá apresentar resolução que
disciplinará o recebimento de presentes pelo Presidente da República, Ministros
de Estado e Autoridades Públicas governamentais, em função da época natalina.
Cada vez que
se toma conhecimento desse tipo de noticia e procedimento, invade-nos uma
enorme tristeza, por constatarmos que ainda está muito ditstante a época em que
a austeridade e a seriedade no trato dos assuntos públicos e de interesse da
sociedade, seja razão suficiente a que o detentor de cargo não fique e nem se
deixe estar em situação vulnerável perante quem quer que seja.
Ninguem em
sã consciência acredita que, tanto faz ser pessoa física ou jurídica, vá
agradar presenteando os detentores de funções públicas pelo simples fato de ser
cortês ou gentil, pois entre amigos a situação é totalmente diferente e ocorre
no recesso do lar.
A imprensa
está atolada de reportagens a respeito de doações às campanhas eleitorais.
Trata-se no Congresso de legislação que venha a inserir no orçamento da União,
verbas à essa finalidade.
Como se pode
ver, tudo são medidas que redundarão única e simplesmente em prejuizo ao
cidadão, pois não contribuirão para que os poderes passem por uma assepsia.
Ao invés de
tudo isso, psoto que nenhum cidadão é obirgado a se candidatar a qualquer cargo
eletivo, por que não tornar também o voto facultativo e não uma imposição.
Afinal foi o
que o eleitor belemense, por exemplo, entre outros recados, deixou nas urnas
recentemente, através dos sufragios nulos e etc...
Pois a
partir do momento que surgir candidato que a sociedade entenda e acredite ser o
mesmo austero, sério e honesto, ele não precisará dispor de poder financeiro.
Suas virtudes serão o seu maior e invencível cabo eleitoral. É fácil.
Lúcio Reis
DEMOCRACIA
Conhecemos
agora, a vontade popular de nossa capital. O cidadão belemense, mesmo a
despeito do grande número contrário, optou pela permanência do mesmo Gestor
Municipal para os próximo 04 anos e portanto, respeite-se essa vontade, pois
democracia é isso.
Na condição
de munícipe e entendendo que o alvo das ações governamentais somos nós,
aproveitamos para, no sentido de colaboração, informar ao nosso alcaide, três
ações a serem tomadas e que beneficiarão aqueles que transitam nesta Cidade.
- A 1ª de
caráter preventivo: trata-se de um imóvel à Av 16 de novembro com Veiga Cabral,
que mesmo escorado, ameaça a integridade física de quantos por ali transitam
quer andando, quer em veículo;
- A 2ª é no
Bairro de Fátima, próximo ao Santuário, quando no inicio da Duque de Caxias,
exatamente na junção com a José Bonifácio, há uma curva à direita. Se esse
Administrador mandar enlarguecer a pista de rolamento, com consequente estreitamento do canteiro,
acrescentando pelo menos alí, mais uma faixa de rolamento, com certeza, naquele
trecho e principalmente no horário de “rush” haverá melhora considerável, de
vez que com o estrangulamento atual, as consequências são maléficas para quem
por lá transita.
- A 3ª, tem
como sugestão, também visando a melhoria do nosso caótico trânsito. Acreditamos,
que se na Duque de Caxias, for criada uma via expressa com inicio no Bairro de
Fátima e término na Av Dr Freitas, implantada no meio da avenida, cremos que
em muito desafogará o trânsito naquele espaço.
A sim! Os
peladeiros da Duque. A Marquês e a Visconde, com um trato e adaptação, poderá
oferecer-lhes o campinho à suas peladas diárias e assim, o Poder Público,
democraticamente, atenderá os interesses de todos.
Lúcio Reis.
IMORALIDADE
Ainda nem
assimilamos totalmente o escândalo, a indecência, a imoralidade e desonestidade
no uso do erário pelo Juiz Trabalhista de São Paulo, o foragido Nicolau e, vem a
tona aqui, essa atitude da CTBEL em anistiar multa pecuniária com
contra-partida de serviços públicos (O Liberal-Painel-pg7 de 19.10.2000).
A paciência
do cidadão sério e cumpridor de seu dever, tem limite. É bem verdade, que essa
parcela da sociedade não é significativa como o é a dos adeptos do jeitinho
brasileiro, mas é verdadeiro, por outro lado, que nos poderes constituídos da
República, existe, com certeza, homens dignos e cumpridores da legislação
vigente, a qual orienta a ordem e o progresso.
O noticiário
nacional, cientifica a sociedade brasileira, que no Rio de Janeiro, o cidadão
fardado e que, compõe a policia militar da Cidade Maravilhosa, já não pode ostentar
garbosa e orgulhosamente seu uniforme, sob pena de estar decretada sua sentença
capital, para o mundo da droga e do crime, justamente aqueles a quem deveriam
combater.
Como se pode
verificar pela realidade das situações, o brasileiro começa a entrar num
processo de coação, em função da degeneração de alguns detentores da
autoridade. Imagine o que se passa na cabeça do cidadão, que teve sentença
condenativa assinada e decretada por esse Juiz Nicolau – Lau-Lau, como diz a
imprensa brasileira. E o carioca, como estará se sentindo, ao ver seus agentes
de segurança coagidos em plena luz do dia? E nós aqui, que injustamente fomos
vitimas da CTBEL?
Apesar das
declarações do Ruy Barbosa, de que o cidadão sentiria vergonha de ser honesto e
descrer da honra, esta País tem lei e também autoridade de verdade. Só nos
resta aguardar, pois o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever, de vez que
sabemos e confiamos, ser Deus brasileiro e jamais nos abandonará.
Lúcio Reis
ELEIÇÃO
Esta matéria
tem mais um cunho de alerta!
Estamos
chegando a reta final do pleito que decidirá sôbre quem dirigirá os destinos de
nossa querida Cidade das Mangueiras, do Açaí e do Tacacá, à cadeira do
Executivo Municipal, nos próximos anos.
A intenção
da opinião pública, através dos institutos, orienta de que teremos mudanças e aí,
caso ela ocorra é que surge o perigo. O próximo mandatário assumirá no inicio
de 2001, até lá, a situação permanece nas mãos dos atuais detentores do poder
e, os fatos passados e de conhecimento público, nos comprovam que quando eles
tem seus interesses contrariados, reagem violentamente e usam métodos
esquisitos e incomuns: todos devem se lembrar do episódio ocorrido no Palácio
Governamental, quando ativista do PT, reagindo ao ser colocado para fora da
Sede do Governo Estadual, abocanhou a mão do Oficial da Policia Militar,
Ajudante de Ordem e relacionado com a segurança do Governador à época, e a
dentada quase lhe decepa o dedo.
Pois bem! Imaginem
agora, se a vontade popular lhe apear do poder? E, portanto também do Palácio?
Logicamente,
que não devemos temer, afinal nosso País tem Ordem, Justiça e um Estado só
existe, porque existe o cidadão.
Lúcio Reis
AGORA, É
CONOSCO!
Terminou
mais um período de campanha politica, na qual somente ouvimos. E o que nos foi
dito?
As mesmas
baboseiras de muitos anos, as promessas de muitos anos, as promessas que não
serão cumpridas, até mesmo pelo estágio mágico que alcançam e, para complicar
os conhecidos e recíprocos ataques por má atuação quer no executivo, quer no
legislativo, denuncias que não dão em nada, posto que à época e do cometimento
do delito o caminho é o Judiciário para as ações cabíveis.
Arrogar a sí
vantagens, por ter realizado pavimentação de vias e bens sociais e comuns
outros, não podemos e nem devemos entender como um favor à sociedade, pois foi
para exatamente isto que elegemos nossos representantes. Afinal, somos,
enquanto povo, o alvo das realizações sociais, que é o retorno de nossos
impostos.
O que mais
nos espantou nessa campanha, é o fato de que nossos candidatos, ainda
acreditarem que do lado de cá – e somos a maioria – só existe patetas e olha,
já estamos no ano 2000.
Um dos
exemplos, entre tantos, que posso citar, é o retorno da candidatura de um
ex-vereador, ex-deputado, que pleiteia a cadeira de gestor muncipal de Belém, e
que, quando no poder, chegou a ser lider dele mesmo, com todas as mordomias
que, em via pública ao ser por mim – como cidadão e eleitor – questionado sôbre
o gasto do erário, com aquela mordomia, que as invés de saciar fome de menos
favorecidos, servia-o, respondeu-me: te elege, que tu terá o mesmo!
Por sorte
desta sociedade, esse cidadão há pleitos, não volta ao poder e, pelas pesquisas
de opinião pública, detem um grande índice de rejeição, graças a Deus.
Estamos
aprendendo, somos um povo pacifico e não temos os governantes que merecemos,
pois eles não nos merecem como seus representados, porquê na Democracia é o
governo do povo, pelo e para o povo.
Que o Senhor
nos ilumine e saibamos escolher, em nome de Jesus!
Lúcio Reis.
DEMOCRACIA
A Coluna Voz do Leitor, edição de O Liberal desta data, traz
pronunciamento da CTBEL a cerca de sinalização de trânsito, em resposta ao
cidadão André Alves.
Registrarei a seguir um fato e portanto uma realidade que, com certeza,
muitos honestos e sérios condutores de veículos desta Cidade já foram e serão
vitimas, as “araras” ou sinalização eletrônica:
- “No segundo semestre de 99, fui apanhado pelo “fiscal do trânsito”,
afixado em um poste à Trav 14 de março com a rua Bernal do Couto e, por
conseguinte fui autuado.
- Ao receber a notificação de infração, lembrei-me do fato e da data e, por
procurar fazer disciplina consciente e direção defensiva sempre, usei o meu
direito constitucional do recurso. Impetrei-o, quitei tempestivamente a
penalização pecuniária e depois de mais de 120 dias, ao procurar a Companhia de
Transito de Belém, recebi simplesmente como resposta ao meu recurso um curto e
grosso: improcedente.
- A base do meu pleito foi a geometria e a física, posto que o trânsito
está ligado também a engenharia e, por crer nisso, entendi que facilmente iria
ser entendido nos meus argumentos recursais, pois tomei a ilustração do
triângulo retângulo, onde a parte mais alta do cateto vertical é o semáforo e a
altura de minha visão em relação ao semáforo seria reta da hipotenusa e, a
distancia de meu veículo ao angulo de 90º a ser formado com o encontro dos dois
catetos seria a reta do cateto horizontal. No entanto, como lá está registrado,
entre minha visão e o semáforo se antepunha um coletivo – um corpo opaco – que
ao manobrar à Bernal do Couto à direita, desencobriu o sinal, que efetivamente
estava vermelho e, ao constatar isso, incontinente parei e fiquei aguardando o
verde a que continuasse minha trajetória. Não passei para a rua Bernal do
Couto.
- Não desenvolvia velocidade incompatível e tenho plena convicção de que
fui vitima de incompetência julgadora, pois o cidadão não tem como dialogar com
máquina e, quando recorre ao humano é pior ainda. Dirijo há pelo menos três
décadas e com certeza meu prontuário não é de um inconsequente e
irresponsável.”
Já ouvi inúmeros relatos de cidadãos que se sentem vitimas da administração
de nosso trânsito, como é o caso do Helder Serra, que ao interpelar um agente
vermelho por desempenho relapso, foi multado com a justificativa de que não
portava o cinto de segurança – num franco gesto de represália – e, aqui mesmo
neste espaço já vários desabafos foram registrados.
Graças a Deus estamos numa democracia que a cada 4 anos, nos dá chance de
mudar, pois, o que sabemos é que no nosso regime o governo é exercído pelo
povo e para o povo e não, por máquina e para governantes.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 14 de fevereiro de 1995.
RESPOSTA
Na edição de O LIBERAL de hoje, na Coluna Zing, o titular do espaço, em
nome da não frustação do grande público leitor desse Jornal, sugere que eu leve
ao conhecimento popular a carta que recebi do deputado Gerson Peres, em resposta
a matéria de minha lavra que essa Coluna publicou dias atrás.
Ao grande jornalista Luiz Paulo, bem como ao imenso número de leitores
desse Matutino, informo que até a presente data – 14.02 – às 15:00 h, nenhuma
correspondência daquele parlamentar chegou ao meu domicilio.
Aliás, seria de bom tom que o próprio deputado veiculasse sua resposta
através desse veículo de comunicação, não porquê eu o mereça, conforme
registrou no roda-pé de sua crônica domingo 12, mas sim, em respeito e
responsabilidade com o seus eleitores, que lhe outorgaram uma procuração para
zelar pela ética e a moral e não acobertar imoralidade com o erário,
tornando-se, ao meu ver conivente com esse brutal e cruel desrespeito com a
lei.
Quanto a este simples cidadão e leitor, jamais me passou pela cabeça,
omitir do público as considerações do politico, o que convenhamos, infelizmente
de ante-mão, já sabemos qual será o teor da mesma: “ele tentará justificar o
injustificável, tentará nos convencer de que é legal, o que temos certeza de
que é imoral. Em fim, como todo politico calejado ele explicará mas não
justificará”.
Enquanto a decência com o que é público não prevalecer, continuaremos a
conviver com essas imoralidades e atos que só enlameiam e nome desta Nação e
nos provocam naúseas.
Lúcio Reis.
ANISTIA
Nesta data, 31.01, ao ler nesse jornal a coluna ZING, fiquei estarrecido
com a nota “Em Sociedade nem tudo se sabe”, que lista os deputados federais que
votaram a favor do perdão ao Senador Humberto Lucena e mais 14 parlamentares
por uso da gráfica do Senado.
Naquele rol está o Deputado Gerson Peres, entre outros, num total de 8. Desses,
alguns não voltarão ao parlamento, aquele sim.
Num gesto de boa vontade e, pensando no melhor para o Brasil, tenta-se
encontrar qualquer vestígio que nos conduza a acreditar no politico mas, isso é
tarefa impossível e se torna útopica.
O Deputado Gerson Peres, como sabemos, quase fica de fora no mandato
anterior, em função de corrupção e falta de seriedade no trato do que é público,
aliado a uma imoralidade sem fronteiras. Recorreu, lutou e o teve de volta.
O veneno que ele sentiu na pele àquela época, é o mesmo que todos nós
sentimos e que nos é inoculado por todos os políticos diariamente, agravado com
a sensação de fragilidade diante do corporativismo que os protege e da força,
complicado ainda mais, pela parcela da sociedade que vota em troca de uma
camiseta ou de um chaveiro e ainda não aprendeu, que cargo público não é lugar
para indignos e traidores.
Definitivamente o mandato eletivo apaga do carácter da pessoa a mínima noção
de seriedade, moralidade, ética, respeito as leis e aos princípios mínimos de
decência e cidadania. Com esse comportamento também matam em nós o sentimento de
seres humanos. Uma lástima para nós.
Lúcio Reis.
DECEPÇÃO
Segundo a imprensa nacional, o Presidente da República, em obediência a
vontade do Congresso, deverá sancionar a anistia ao Senador Humberto Lucena e
aos que cometeram o mesmo deslize e, vetar o aumento do salário mínimo para
R$100,00.
A sociedade brasileira composta por mais de 130 milhões de indivíduos, que
há muito estão “por aqui...” como diz o personagem da escolhinha do Professor
Raimundo, com nossos políticos e, acreditando que Sua Excia Fernando Henrique Cardoso,
quando em palanque falava em austeridade, honestidade, anti-malandragem e
imoralidade pública, estava convicto de que pregava e que aquilo era real,
confiava que ele não iria se curvar ao corporativismo congressual e sim aos
anseios do povo que o elegeu e que há tempo, quer ver ser passado litros e
litros de detergente nos órgãos e nos seus comportamentos e decisões, os quais
até hoje só nos tem dado motivos de revolta e indignação.
Caso o Presidente concretize o anunciado, estará passando um atestado de
que o virus de todas as mazelas que infestam e infectam nossos senadores,
deputados federais e estaduais e vereadores, ainda está muito presente e
atuante em seu organismo. Será uma decepção.
É inconcebível que um homem de bem se ajoelhe a uma instituição que
comporta em seu quadro, um Humberto Lucena, um Pedro Teixeira (intermediário de
grileiros), só para citar dois exemplos atuais e por onde já passaram um Jabes
Rabelo, um Genebaldo, um João Alves; em detrimento da maioria de uma Nação, que
lhe deu voto de confiança. Acredita-se que um Eneas não teria complacência com
esses bandidos.
Quanto ao salário mínimo que é do interesse do povão, a vontade do
Congresso pode ser vetada. Como você vê, dois pesos e duas medidas.
Essa lei de anistia, em outras palavras, propicia a um homicida que se ele
pagar o enterro de sua vitima, estará perdoado. Por fim indaga-se: “será que já
não estamos vivendo sob a ditadura da maracutaia e da imoralidade com tudo que é
público?”
Lúcio Reis
CULPADO
Toneladas de processos, gasto com material de expediente em geral, gastos
com diligências de delegados da Policia Federal, de comissão de políticos,
gasto com hospedagens, gastos com horas extras e diárias, praticamente a
paralisação do Congresso Nacional, com a consequência maior da não revisão da
Carta Magna e prejuízos ao Brasil.
Inúmeras contas fantasmas, enriquecimento ilícito, movimentação de
montanhas de cruzeiros reais, expedição de carradas de notas fiscais, em fim um
dano à Nação, para que no final, o povo brasileiro em sua maioria esmagadora,
amargasse o sabor da decepção e principalmente os caras pintadas de hoje, os
futuros responsáveis públicos por esta Pátria, sentissem o gosto da frustação,
em função de um problema de ordem técnico judicial, levantado por uma
autoridade nomeada por um dos indiciados.
Absolvidos Collor, PC & Cia Ltda., cuja história não comporta um
mordomo e, já que o Pedro Collor foi chamado e atendeu esse chamamento em razão
de um problema cerebral, podemos concluir que somente um culpado irá pagar por
todas as falcatruas e maracutaias: é o
Eriberto, o motorista que confirmou as denuncias do falecido e acrescentou
outras ao processo de corrupção.
Ele deverá ser processado e condenado, apesar de ter colarinho branco, só
que do uniforme. Seus crimes: injuria, calunia e difamação.
Pois afinal de contas ele é o lado mais fraco da corda e, continuamos no País,
cujas sentenças só alcançam os ladrões de galinha.
E viva a impunidade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em
25 de outubro de 1994.
PRAGA, QUEM
ELIMINA?
Era de
inflação alta, o imposto perverso que se abatia principalmente sobre a massa de
salário, reduzindo a cada dia seu poder aquisitivo e levando o trabalhador ao
desespero. Sindicatos reivindicando reposição dos %% da inflação, para, pelo
menos reduzir a ação catastrófica daquele imposto.
O comércio
varejista, reclamando sistematicamente das progressivas quedas no consumo, pela
falta de poder de compra do dinheiro no bolso do obreiro e, conseqüente encalhe
de estoque, os quais não se renovando, tornavam as indústrias ociosas e que,
por isso mesmo, compulsoriamente reduzem custos cortando no setor de recursos
humanos.
Num efeito
cascata, cresce o índice de desemprego e decresce mais ainda o consumo no
comércio de ponta, que por sua vez também reduz custos, demitindo pessoal.
Desse efeito o estado recebe o seu quinhão, com o encolhimento no recolhimento
de impostos, mui especialmente o de industrialização e circulação de bens e
serviços.
Com a
diminuição do encaixe de impostos, o governo se vê desprovido de meios, para o
atendimento de suas obrigações sociais com o povo. O que reiteradas vezes já
registramos aqui, inclusive pela ação maligna da mediocridade, da corrupção e
etc... Deveres esses como o atendimento medico-hospitalar que não salva e nem
cura, estradas em precárias condições, ensino público em situação de
calamidade, déficit habitacional e outros mais.
Na época de
espiral inflacionária ascendente, o custo do dinheiro é alto e, os empresários
tanto do setor produtivo, quanto do setor a varejo, a cada instante batem à
porta do governo, solicitando retração das taxas de juros, dinheiro a juros
subsidiados, em fim, facilidades que lhes propiciem investir em suas empresas
aumentando e barateando a produção, bem melhorando a qualidade.
Tempo de moeda
forte, inflação em baixa, aumento de consumo, desencalhe de estoques, o pobre podendo beber
água e cerveja gelada em casa, ver sua novela e o time de futebol a cores e
cozinhar com o GLP.
A industria
que tanto reclamava não ter ou não querer ter competência para suprir a
demanda, não contrata duas mãos, mas simplesmente usa as duas que tem em horas
extras. Não enfrenta o consumo com o mesmo critério que usou no desaquecimento
do mercado. Se neste demitiu, naquele deveria readmitir. Prevalece, no entanto,
a ganância da remarcação ou a ladroagem do ágio.
Se o
empresário fustiga o governo pleiteando benesses, qual o porquê do segundo não
exigir do primeiro, aumento de produção ou no mínimo o retorno à capacidade
produtiva, já que a mesma não estava a pleno funcionamento, pois não havia
consumo exagerado.
Onde está e
qual é essa força que direciona as ações governamentais no sentido de que suas
decisões sempre recaem sobre o mais fraco? Que praga e essa que invariavelmente
se abate sobre o assalariado, como agora com essas medidas restritivas ao
consumo, reduzindo os prazos de financiamento à 3 meses. Será que essas forças
são as mesmas que viram seus interesses contrariados e levaram Janio Quadros e
Collor a renunciarem?
Agora mesmo
acabamos de passar pelas urnas, ungindo o brasileiro responsável pela
paternidade do plano que devolveu meteoricamente ao assalariado deste País, as
esperanças de conviver com bens e desfrutar de um pouco de conforto. Mesmo
assim, uma parcela considerável da sociedade nacional, ressabiada com o
estelionatários eleitorais de que todos nós fomos vitimas em vezes anteriores,
depositou essa desconfiança nas urnas através dos votos nulos e brancos.
Neste momento
quando os eleitores estão definidos, os problemas sazonais e de entre-safra, são
os escudos de proteção deles a justificativa para mascarar que mais uma vez o
eleitor verde e amarelo foi enrolado. Tanto isso é verdade, que os noticiários
estão repletos de informações de aumento da cesta básica. A carne bovina é o
carro chefe que puxa os aumentos. Por outro lado, descaradamente os produtores
de frango, em função da troca do boi pela ave, majoram o preço do galináceo
justificando que com a seca no sudoeste, o milho ficou escasso. Enquanto isso,
em qualquer região do Brasil, deve haver um armazém abarrotado de grão, tal
como feijão, arroz,
milho e etc...apodrecendo e, a Nação pegando fábulas por esse armazenamento.
Como não somos
economistas, gostaríamos de entender ou acreditar que estamos enganados com essa
praga e errados nessa conclusão: “sem consumo, não há produção; sem produção
não há consumo; sem emprego não há salário e não há consumo e sem consumo não
há impostos há miséria, violência, fome, morte e desgraça, o caos”. Em fim uma
praga.
Lúcio Reis.
Nota do autor: Escrito, um pouco antes de um pleito eleitoral. Mas, ainda não foi dessa vez que o povo acordou realmente.
Belém, Pa, em 29 de setembro de 1994.
MANDATO E TRÂNSITO
Quatro anos é o tempo de duração de um mandato eletivo para o cargo de
Presidente da República, de deputados federais, estaduais e vereadores.
Cinco anos é o tempo de renovação de uma CNH – Carteira Nacional de
Habilitação – para motorista dirigir veículo.
No Brasil, tem-se noticia de que as CNH são fornecidas sem que o
candidato preencha todos os requisitos necessários, principalmente
responsabilidade, sensibilidade e aptidão, para bem conduzir um carro e não
transformá-lo em arma letal.
Neste mesmo Brasil, ao longo desses anos, enquanto eleitores, temos
fornecido habilitação a uma gama de irresponsáveis, que com a deslavada mentira
de nos representarem, o tem feito embriagados, levando esta Nação a situação
desesperadora em que se encontra, dentre outros itens, nos que se referem aos
bens sociais e comuns.
O trânsito do Brasil, a cada dia que passa, se torna cada vez mais, o
mais violento do mundo, pois é onde se mata mais do que qualquer guerra que por
aí existiu ou existe.
Um mandato político nas mãos de um inconseqüente, também mata milhares de
pessoas, principalmente crianças, tanto pela falta de atendimento
medico-hospitalar, por falta de segurança pública, pelo alto custo de vida e até
mesmo de frio e etc...
Portanto, caro eleitor, não faça de seu voto uma arma nas mãos de um
tarado por mordomias e etc..., a vitima poderá ser você, seu filho, sua mãe ou
pai ou até mesmo um amigo. Vote certo, vote bem e com a proteção de Deus.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 15 de outubro de
1994.
PREZADO SENHOR ALS
1. Sou um cidadão brasileiro
realmente preocupado com o destino de nosso País. E, fazendo dentro de que me é
possível tornar o convívio entre os seres humanos mais justo. Estou de posse de
todos os meus direitos civis.
2. Esta correspondência, que a
principio parece ser anônima, não o é, pois sei que nossa Constituição condena
o anonimato. Todavia, não há porquê me identificar à V. Sa., pois quando em via
pública lhe dirigi um comentário cívico, esse ex deputado ao invés de tentar
explicar a imoralidade da mordomia que desfrutava como líder de si mesmo,
deu-me como resposta uma das maiores estupidezes que se poderia ouvir de um político,
de um homem público, com um mandato popular e, ato contínuo mandou o motorista
do carro oficial seguir em frente.
3. Eu continuo acreditando, assim
como muitos eleitores acreditam (está aí os votos nulos, brancos e as abstenções),
que se toda mordomia e privilégios que nossos “representantes” desfrutam
pessoalmente ou por seus familiares e cupinchas e, custeadas pelo erário, fosse
transformados em alimentos, mataria a fome de muita criança abandonada e que
literalmente morrem de fome e até mesmo de frio.
4. Naquele dia, como creio em Deus
e, com toda fé, roguei a Ele, que jamais lhe desse oportunidade de ocupar uma
cadeira no poder, pois como V. Sa., mesmo afirmou: “para usufruir mordomias,
basta se eleger”.
5. Em função disso é que resolvi
tomar a presente atitude, para lhe parabenizar duplamente pela sua derrota,
tanto nas urnas em 90, quanto agora em 94. Pela segunda vez o Senhor atendeu
minha súplica.
6. V. Sa., como todos aqueles que
nos enganam ou enganaram, tenham certeza de que são algozes de todos aqueles
que miseravelmente passaram desta para a outra.
Parabens e passe bem.
Assinei como Eleitor Vitorioso
Lúcio Reis.
CAMPANHA
A campanha eleitoral pela TV e radio está chegando ao fim. Até agora não
constatamos nenhum sinal significativo de mudanças.
O refrão manjado e retórico da saúde, habitação, educação, alimentação,
segurança, corrupção, salário, emprego e etc... e que, já não influencia e nem
abala ninguém, pois nossas mentes já estão calejadas desse blá, blá, blá
eleitoreiro, foi mais uma vez cansativamente cantado pelos candidatos e, com
toda cara de pau, por aqueles que pleiteiam a reeleição.
Nenhum candidato ou grupo de candidatos, assumiu o compromisso com as
seguintes aspirações ou insatisfações populares, tais como: acabar com a
propaganda eleitoral obrigatória no radio e TV, ou então fazê-la nas emissoras
do governo, dando ao cidadão condição de escolha; acabar com o voto obrigatório,
tornando-o facultativo à todas as idades; acabar, aplicando rigorosamente os
regimentos internos dos parlamentos, o ócio e a gazeta política; promover
efetivamente o desconto das faltas às sessões de votação; fazer político trabalhar
de segunda à sexta-feira; acabar com as aposentadorias precoces e imorais;
acabar com os privilégios, dentre esses os usos indecentes das estruturas do
poder, em proveito pessoal, como foi o caso do Presidente Humberto Lucena e
seus pares do Congresso, ou seja realmente representar o povo.
Por fim, o almejado exemplo de cima para baixo e crença de concreta e
responsável mudança não veio. Pois como vemos, ainda teremos que esperar que
homens com vergonha na cara e comprometidos com a seriedade, com a ordem e bem
estar comum e geral apareçam. Isto estará acontecendo quando em época de
campanha, você deixar de ver nas esquinas e nas vias públicas, jovens,
crianças, senhoras e senhores, usados nesse sub-emprego eleitoral e
principalmente por candidatos aspirando voltar ao poder, pois quando eles não
tiverem que agitar bandeiras, eles terão cumprido com o seus compromissos de
palanque. Por isso mesmo, esse tipo de político, ele próprio se desaconselha a
merecer o seu voto, caro eleitor.
Lúcio Reis
DINASTIA, ALERTA
Uma
das características da democracia é a alternância dos indivíduos no poder.
Aqui,
segundo o que se tem visto no programa eleitoral gratuito na televisão e, pelos
“out door” espalhados nas vias públicas e demais modalidades de propaganda
política, caracterizando o poder econômico que dispõem, duas famílias deste
Estado, porém interligadas, pretendem abocanhar parcela considerável do PIB
nacional e local, através de cargos políticos.
Um
dos membros desse clã e ex governador, aspira uma cadeira no Senado; sua
esposa, um irmão e um primo, almejam assentos na Câmara; um outro seu irmão e a
cunhada, querem ficar aqui mesmo na Assembléia Legislativa, enquanto que um
cunhado é edil no interior.
Como
podem constatar, ao todo são 7 membros, que visam embolsar mensalmente verbas
do erário, a título de remuneração e privilégios que todos nós já sabemos.
Estes são apenas os gastos diretos e que só não vê quem não quer. Atrás deles vêm
os outros parentes, que já estão lotados nas mais diversas repartições públicas
e, mais aqueles que serão chamados após a posse, para os cargos de confiança e
que somente outros parentes e aderentes tem “capacidade e competência” para
exercer.
Caro
leitor e eleitor, não temos nada contra a candidatura de quem quer que seja,
pois sabemos que constitucionalmente quem vota pode ser votado. Porém, se o
corporativismo sem vínculo sanguíneo já é uma praga na vida pública brasileira,
o que não acontecerá com uma política cujo mesmo fator RH é predominante?
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 22 de junho de 1994.
REAL
O
Governo com antecedência de 52 dias, comunicou à Nação a chegada do Real,
prometendo ampla campanha elucidativa popular. Até agora de eficácia tênue.
Hoje,
com poucos dias a que a nova moeda chegue, 01 de julho, ainda há bastante
dúvida e total desconhecimento por parcela considerável da sociedade, em
relação ao assunto, por falta de maciço e objetivo esclarecimento.
Já
está determinado que os bancos funcionarão nos dias 01, 02 e 03 em esquema de plantão, exclusivamente
para troca de moeda. Até aí, tudo bem!
No
meu entender, o “day after” , será o dia 04 de julho, quando o correntista
puxar o seu extrato bancário no terminal eletrônico e, constatar que seu saldo, contabilmente
expresso, é bem menor que os cruzeiros reais que ele dispunha em 30 de junho.
Em
função dessa realidade, furioso e, por não ter sido devidamente esclarecido por
quem de direito, o cliente partirá para cima de seu gerente ou de sua gerente
de agência, cobrando-lhe explicações, pois estará se sentindo lesado.
A
conclusão acima, não é fruto de imaginação. Ela traduz fatos que hoje estão
ocorrendo nas agências bancárias, entre clientes e gerentes. Quando aqueles tem
alertado e observado a estes, que convertam direitinho seus CR$ em R$, como que
se o procedimento ocorrerá manualmente e um a um e não, através da informática.
Ressalte-se,
por fim, que esses cuidados, não partem somente de pessoas menos esclarecidas
mas, até mesmo de pessoas com 3º grau completo e profissionalmente compelidas a
se inteirar do assunto.
E
haja paciência e profissionalismo dos bancários.
Lúcio
Reis.
GOVERNADOR
O atual Governo do Estado que recém assumiu,
sistematicamente conclama os contribuintes deste Estado à pagarem seus
impostos, a fim de que ele tenha “caixa” para sua administração.
Dentre as medidas antipáticas adotadas, está a
do pagamento do servidor com a URV de 10 de maio, provocando sensível perda no
orçamento familiar de seus auxiliares. Um dos motivos dessa providencia foi o
déficit de CR$800 milhões entre a folha de pessoal e o total arrecadado.
Bem! A esta altura, em função dos fatos e como
perguntar não ofende, cabe portanto uns questionamentos:
- Foi a arrecadação que encolheu ou foi a folha
que inchou?
- O contribuinte paraense estaria sonegando e
assim boicotando o governador Amigo do Povo?
- O atual governo teria recebido o “caixa” com
total visão de seu fundo ou, até mesmo sem o mesmo?
- Se isto for verdadeiro, porquê assumir o onues
de um pecado que não foi seu? Mas, se não for verdade, por que o governo não
diminui suas extensas comitivas à simples inaugurações no interior e, manda sua
secretaria de educação devolver o carrão, que tão logo assumiu, adquiriu. Estes
dois últimos exemplos, para citar gasto com sabor de desperdício dos impostos
recolhidos.
Se até há bem pouco tempo tudo se desenvolvia
com normalidade, como se explicar que de repente tudo desandou? Ou será mais um
caso de adultério, onde o povo é o último a saber?
Lúcio Reis.
REVISÃO II
Todos os dias vimos assistindo e ouvindo o blá blá blá dos atuais
congressistas, sobre a revisão constitucional, como que se eles estivessem
revisando uma Babel e, jamais chegam a um consenso e nem progridem nas mudanças
necessárias à Carta Magna.
Há uma unanimidade em dizerem que com a atual Constituição Federal o
País é ingovernável. Em função disso e pensando no melhor para o Brasil e para
o bom desempenho do próximo presidente, ouso sugerir o seguinte:
- Em 3 de outubro teremos a renovação, se Deus quiser, de pelo menos
75% do atual congresso. Com a eleição dos novos senadores e deputados, os
mesmos tomariam posse imediatamente como Congresso Nacional Constituinte
Revisor e, até o inicio do novo período legislativo, em fevereiro de 95, o novo
Congresso com atuação e participação maciça e total dos eleitos se dedicaria em
tempo integral e exclusivo à revisão constitucional, tornando a mesma capaz de
dar governabilidade ao País e condições ao novo presidente.
Quanto a remuneração de dois congressos, seria o bastante que o
dispositivo legal que viesse a modificar os atuais ditames quanto ao calendário
eleitoral, previsse que nesse período o eleito contribuiria gratuitamente com
seu emprenho em prol da Nação desde que ele fosse oriundo de algum parlamento.
Se o eleito fosse neo político, ou seja estreante, receberia ajuda de custo. Em
relação a moradia, os parlamentares de hoje que não fossem reeleitos, passariam
imediatamente o apartamento funcional para o seu substituto. Poder-se-ia até,
adiantar o primeiro turno para 3 de
setembro, a fim de proporcionar um prazo maior ao Congresso Constituinte
Revisor.
Lúcio Reis.
POLÍTICO BRASILEIRO
Quando estudávamos OSPB há pouco tempo, nas escolas, nos ensinavam nosso professores que esta Pátria, constitucionalmente adota Regime Politico Democrático, portanto, uma Democracia que como outras, significa: “Governo do povo, pelo povo e para o povo”, Soberania Popular, onde esse governo próprio é exercido por representantes eleitos a cada quadriênio.
À que esse pleito ocorra é necessário basicamente que o aspirante esteja apto à cumprir sua obrigação de votar e assim, adquiri o direito de receber o sufrágio dos demais cidadãos. E, para tal, compreende-se o processo com as seguintes etapas: campanha, eleição, mandato, consequências e reação.
É sabido que o brasileiro, por influência cultural, prima pela sua fama de sambista, boa e tranqüila vida e total ojeriza aos temas de caráter mais sérios. Portanto, gerações umas após outras, não se deram conta da política que se praticava no País, principalmente nos seios de grupos adolescentes e juvenis.
Em função desse estado de alienação política, não se apercebeu em que clima, e em que linha de verdade e seriedade as campanhas foram sendo praticadas, a cada renovação dos parlamentos, nas quais o forte e o essencial eram e o são ainda hoje, as promessas mirabolantes, revestidas do mais autêntico cunho demagógico e onde também, a mentira reiteradas vezes proclamada, alcança o status de verdade, a qual invariavelmente promete sempre o paraíso, no qual teremos mais samba, mais água ardente e mais futebol e assim, compõem-se as câmaras deste Brasil, nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal.
Aliado a essa alheação, havemos de considerar a marcante influência de grupos, os chamados “lobby”, principalmente os econômicos e fortes, que investem em determinados candidatos, com o fito de que eles se transformem em seus leais e autênticos escudeiros no confeccionar e votar leis que visem e protejam os interesses que patrocinaram as referidas campanhas.
O arrepio dos dispositivos legais aqui, é fato corriqueiro e sistemático, que o costume transformou, o que seria exceção em regra geral.
Dentro dessa prerrogativa maligna, as eleições são pontuadas por altos e indecentes índices de corrupção, de comércio aviltante da maior, mais justa e poderosa arma que o cidadão dispõe e pode empunhar mirando o alvo de seu bem estar e de sua família, o voto, isso tudo combinado com as descaradas e explicitas fraudes praticadas no decorrer das apurações, fatos de notório conhecimento público. E, o que é nocivo nisso, é a distribuição nojenta e deslavada da impunidade.
O legislador é aquele que faz a lei. Além dessa atribuição, lhe compete a fiscalização contábil, financeira e orçamentária dentre outras, logo, velar pelo cumprimento e execução efetiva das leis em vigor, obviamente, faculdade inerente ao poder executivo.
Presumindo-se que essas serão as diretrizes e a linha mestra a nortear a ação do escolhido, inicia-se o mandato político e aí então, passamos a constatar o desenrolar de um rosário de indignidades, de incoerências, de insensibilidade humana, cristã, profissional e espírito de solidariedade popular nulo.
Quase sempre prevalece a tônica do que é dando que se recebe. O povo passa a ser apenas um mero detalhe. A arrumação da casa, principia pela do próprio eleito e empossado, pois só os seus – esposa, irmãos, pais, filhos e etc...- são os mais competentes, a eles são entregues os cargos, cujos salários de um mês, um trabalhador, por exemplo da construção civil, levaria um ano ou mais para conseguir amealha-lo.
Fizeram seu Regimento Interno, no qual lhes dão poderes de legislar em causa própria e assim, se lhes proporcionam privilégios e mordomias que os transformam quase sempre em latifundiários, fazendeiros, em consequência dos astronômicos salários, subsídios, vantagens indiretas e outros mil benefícios que se atribuem.
É comum copiarem ações e comportamentos dos parlamentos da Europa, dos países desenvolvidos. Todavia, só o fazem em relação, por exemplo ao tempo destinado ao trabalho, o qual proporcionalmente a contra prestação recebida aqui, é infinitamente pequeno. No que concerne as penalidades que lá acontecem efetivamente, quando atropelam artigos, parágrafos e até mesmo a lei inteira, criaram para si a imunidade do mandato e condicionaram o andamento de processos a autorização da assembleia, produzindo a seu favor uma corporação que as vezes, encobre ou protege seríssimos deslizes.
A gazeta o “pianismo” e outras práticas incompatíveis com o decoro interno das casas, são fatos comuns, que a todo ano leva as convocações extraordinárias, não havendo nenhuma penalidade aos faltosos e sim, à sociedade como pagadora desse ônus.
Quando em camapnha, não existe programa partidário mais completo e correto do que o do seu partido. Capaz o suficiente para solucionar todas as mazelas e entraves da Nação. Em desincumbência da representação popular, porém, caso uma outra agremiação partidária desponte como aquela que mais dá e recebe, que mais oferece atrativos e vantagens, o “representante” do cidadão não hesita um segundo sequer, em mudar imediatamente de partido. Os exemplos mais contundentes dessa incoerência, residem nos seguintes fatos: à época do bi-partidarismo, ARENA e MDB, a primeira associação, era a maior da America Latina, pois dava sustentação a situação daqueles anos. Com o término dos governos revolucionários e com isso a devolução dos destinos da Nação à sociedade civil, a segunda agremiação, como resultado de um verdadeiro plebiscito teve sua ascensão ao poder garantida e assim, como num passe de mágica, aquela foi quase que totalmente esvasiada, enquanto a outra teve um inchaço jamais verificada, pois saiu da situação de pedra para situação de vidraça, por isso concluir-se: “político não muda de partido, ele se mantém no poder”. Isto, outrossim, nos é ratificado também, pelas coligações estapafúrdias, onde se juntam sociais progressistas com políticos corruptos; onde comunistas radicais e democratas convictos se aliam com quem compôs forças de governos totalitários, em fim, o preço o custo de alcançar o fim desejado, é apenas um detalhe insignificante e irrelevante. O relevante é o poder.
Como a história e os fatos nos confirmam que o assunto não é encarado de frente e com a seriedade que deveria merecer, só itens orçamentários que visam escolas e educação não correspondem as necessidades da sociedade, por conseguinte as estatísticas nos indicam em elevado número de analfabetos, semi alfabetizados, que constituem a massa que freqüenta o mercado de trabalho e a economia informal, e que não tem acesso aos veículos de comunicação e informação e assim, se transformam na matéria prima de fácil manipulação e condução útil a que espertos e maus brasileiros, a trôco de camisetas, santinhos, aterros e até mesmo chaveiros, galguem os degraus e os patamares do poder. Daí, dizer-se que: “política é tema muito sério, para ser traído e cuidado por político”.
Todos, indistintamente, até enquanto não alcançam o topo do poder, sabem e declaram, que potencialmente somos o Solo mais rico do planeta e, o mais abençoado. Temos a presunção de popularmente dizermos que Deus é brasileiro, pois não temos terremotos nem maremotos, não temos vulcões em atividades e temos o solo mais fértil e que, se adapta a mais diversificada agricultura, bem como serve perfeitamente a cultura de proteínas animal.
Todavia, no atacado, somos uma das menores rendas per-capita, por consequência um dos povos mais pobres, onde o índice de mortalidade infantil e de miséria absoluta é assustador. Enquanto no varejo, o País conta com uma casta de meia dúzia de privilegiados e bem aquinhoados, que através do tráfico de influência, sugaram o estado, o erário e até hoje não se empenharam a fundo em explorar, via leis, e transformar todas as nossas riquezas naturais na catapulta que vai arremessar este Torrão Verde e Amarelo ao pódio, no qual já deveria estar há muito tempo.
Em função desse estado lastimável a que alcançamos, e tendo em vista, que houve a perda de limite do absurdo e do senso crítico, pois os desmandos e os desserviços à Pátria raiam ao inexplicável, o povo principiou, como conseqüência ao mau político, o que infelizmente o adjetivo se encaixa à maioria, o processo de desilusão e desconfiança, adidos até mesmo a uma total incredulidade e partir deste ponto, já dá para sentir a reação implacável de uma sociedade massacrada e sacrificada covardemente.
Essa reação, mesmo a despeito da negativa simplista em concordar de muitos políticos, está espelhada e concretamente no último pleito, quando o percentual de votos nulos e brancos totalizou cifras relevantes e capazes por si só de elegerem governadores, senadores e etc...
Essa mesma reação, porém, põe em risco a representação, proclamada no § único do Art 1º da Constituição Federal, uma vez que a grande maioria daqueles que terão assento no poder, não poderão se arrogar como portadores de uma procuração outorgada pela maioria dos cidadãos, logo, não se trata de um autêntico e legítimo representante da sociedade.
A face positiva da reação, é a renovação das assembleias, algumas das quais os indicarores registram percentuais superiores a 60%. O que nos leva a concluir, sobre o inicio de um processo de depuração lento, porem gradual com isso, quem sabe, esteja havendo a base de concreto à construção de uma democracia sólida e duradoura, com conseqüente distribuição equitativa de riqueza e na qual os produtos e bens sociais sejam comuns a todos indistintamente.
Por fim é necessário e justo que se registre, que em toda categoria, há o excelente, o bom, o razoável e o péssimo profissional. Lamentavelmente, o sistema está há muito viciado e contaminado pelo vírus que transforma a grande parcela em péssimos, pois os que tem resistência ao vírus continuam bons profissionais são em número muito reduzido e assim, incapaz de reunir forças suficientes a promover esta Nação.
Mas, uma verdade é imutável. Em primeiro lugar nosso Berço Natal abençoado por Deus e Gigante Verde, Amarelo, Azul e Branco, que por assim o sê-lo jamais será derrubado ou aniquilado por indesejáveis e indignos filhos.
Por isso tudo é bom desde já modifiquemos o adágio popular que diz: “todo povo tem o político que merece” e passemos a usá-lo assim: “o político brasileiro não tem o povo que merece”, pois afinal de contas, somos um povo ordeiro, cooperador e fraterno, apenas descuidado.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 14 de maio de 1994.
PRÉVIAS
Os candidatos a candidato à sucessão presidencial, tem nessas últimas
semanas ocupado a imprensa nacional, informando-nos sobre as disputas internas e
quem sairia vitorioso nas prévias que se realizarão, havendo maior destaque
para o PMDB.
No PMDB inicialmente engalfinharam-se na luta pela preferência de
escolha, Orestes Quercia, Roberto Requião e José Sarney, todos três com
experiência como ocupantes de mandatários máximos no Poder Executivo, com
registro em carteira e, já devidamente conhecidos nossos e portanto,
contribuidores com maior ou menor parcela e que o Brasil esteja onde está, já
que os mesmos como tantos outros postulantes labutam na política brasileira há
muitos anos.
Sabe-se que todos os partidos políticos tem um programa, no qual está
inserida a transformação deste País num “mar de rosas”, onde haverá justiça
social, divisão equânime de riquezas, onde não haverá mais miséria absoluta, em
fim todo cidadão terá direito a nascer, viver e morrer dignamente.
Em função disso tudo, chega-se a conclusão de que qualquer membro do
partido, pode e tem condição de por em execução o programa de sua agremiação,
pois afinal o objetivo maior e fim é o bem estar do povo e na Nação. Em sendo
assim, qual a razão desse antagonismo?
Como podemos ver, esses senhores continuam a pensar pequeno e se
comportar visando o pessoal, a ganância pelo poder, o interesse de pequenos
grupos em detrimento da grande maioria da sociedade brasileira. Porém, não
esqueçamos que a força do voto é nossa.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 10 de maio de 1994.
REAL
O Governo acaba de anunciar que a nova moeda entrará em vigor no dia 01
de julho vindouro.
Foi dilatado o prazo inicial, havendo agora mais de 50 dias a que todos
tomem conhecimento do que acontecerá. O plano teoricamente é inteligente. Vai
realizar no sistema financeiro, o que gostaríamos de ver no campo político, ou
seja: “passar uma esponja no passado e recomeçar tudo de novo em 1º de julho”.
Do fato concreto que virá, entendemos que o Governo terá muitas
dificuldades em explicar ao brasileiro, por exemplo: “um assalariado que ganha
hoje um salário de 1.000 URV; admitindo, a título de exemplo, que em 30 de
junho uma URV esteja valendo CR$2.000,00 (dois mil cruzeiros reais), ele teria
a receber CR$2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros reais) mas, se o mesmo
deixar para receber seu dinheiro em 01.07, no dia seguinte irá receber R$1.000
(mil reais), já que uma URV será igual a um real. Logo, será difícil justificar
e convencer de que 2 milhões de cruzeiros reais, não é menos do que mil reais.
Outro aspecto é quanto as remarcações em real, pois a MP não prevê
congelamento e nem proíbe a majoração de preços e, como se sabe que a SUNAB
continua a mesma e os dispositivos legais também, além de que a ganância da
indústria e do varejo é uma constante no mercado brasileiro, já podemos
concluir o que acontecerá.
Portanto, mesmo sem a existência da correção monetária, uma das
desculpas para altas abusivas, em breve teremos inflação em real e, queira Deus
o governo não seja quem dará o ponta pé inicial, como já aconteceu. Lembram do
aumento do combustível à época do cruzado?
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 30 de abril de 1994.
CASSAÇÃO
O deputado Ricardo Fiuza, um dos envolvidos na corrupção do orçamento
e, pertencente a “tropa de choque” que defendia com unhas e dentes o ex
presidente Collor, foi absolvido na Comissão de Justiça do Poder Legislativo
Federal.
Segundo o noticiário nacional, ele obteve esse resultado, graças a
“acertos” entre seus pares do PFL e também membros daquela Comissão e políticos
do PMDB, que em troca receberiam o apoio do PFL necessário à absolvição do
deputado Ibsen Pinheiro, o qual conduziu o processo de cassação do amigo de PC.
Na
condição de cidadão, gostaria aqui lembrar a esses digníssimo
senhores, que o ilustre parlamentar Ibsen Nunes já está cassado e com
culpa comprovada, pelo seu companheiro de falcatruas na compra e venda
de uma pick-up
dentre outras, o ex-deputado Genebaldo Correa, que ao renunciar o
mandato para
fugir da cassação, assinou o termo de culpa dos dois, pois um foi o
cúmplice do
outro.
Portanto, que o corporativismo os inocente, até entendemos, pois a
grande maioria deles, um tem que proteger o outro. Porém é bom que saibam que
estamos de olhos neles e não temos memória tão curta como pensam ou possa
parecer.
Lúcio Reis
INFECÇÃO GOVERNAMENTAL
Um dos mais graves problemas da saúde, é a infecção hospitalar,
responsável por muitos óbitos, independente da situação sócio econômica
financeira.
Em termos comparativos, o Brasil, politicamente vem padecendo de uma
gravíssima infecção virótica que paulatinamente a cada legislatura está nos
levando a falência e ao caos.
Os exemplos dessa assertiva, todos nós podemos ver e ler no noticiário
nacional, via televisão, jornal e etc...
O Congresso Nacional e a maioria dos poderes executivos, estão apinhados
de políticos, que ora estão num ou noutro poder. O 1º a presença de
ex-ministros, tal como: Delfim Neto, Francisco Dorneles, Gustavo Krause,
Fernando Henrique, Roberto Campos, dentre tantos outros, que antes de ocuparem
a Pasta Ministerial, traziam na “ponta da língua” a formula capaz de resolver
nossos eternos problemas.
Na passagem deles nas respectivas funções assumidas, se deduz foram
seriamente contaminados pelo vírus da inoperância e ausência de resultados
positivos e benéficos ao Brasil.
Hoje, quando o caos econômico, a saúde, os transportes, a educação, a
habitação, a segurança e tantos outros males que nos afligem, vêm esses mesmos
senhores se arrogando o direito de opinar criticando construtiva ou
destrutivamente sobre essas dificuldades, que eles não conseguiram resolver ou
amenizar.
Logo, só podem ter sido vítimas da infecção governamental, que por
conseqüência imediata, está matando muito brasileiro de fome e ampliando a
miséria entre nós.
Lúcio Reis
REVISÃO
Outra vez o cidadão brasileiro fica frustado em função da inoperância e
irresponsabilidade cívica de seus representantes no Congresso Nacional e
Revisor.
A revisão constitucional foi para o beléleu. Aliás um fato evidente que
qualquer brasileiro de ante mão já sabia que se realizaria. Basta lembrarmos
que em 88 a 8 de outubro, quando a Constituição Cidadã foi promulgada, um
grande número de leis ordinárias seriam necessárias a que ela viesse a
funcionar satisfatoriamente. Até hoje essas leis não foram, em sua grande
maioria, sequer apresentadas à votação.
Estamos há 6 anos que a Carta Magna entrou em vigor, qual deveria ter
sido feita em um ano pela Assembléia Constituinte e gastou 24 meses e, mesmo
assim nasceu sob o “efeito da talidomida”, capenga.
O interessante é que a maioria ou quase a totalidade dos congressistas,
contumazes em promover sistemáticas falta de quorum não havia assembléia,
comparecendo ao poder apenas às 3ª, 4ª e 5ª feiras, ou seja com índices ínfimos
de produtividade e inversamente proporcional a remuneração recebida, estão se
apresentando à sociedade sem o menor acanhamento para a reeleição ou pleiteando
cargos no poder executivo, dando clara e inegável demonstração de que nos
entendem uns perfeitos idiotas, burros e imbecis.
Portanto, caro leitor, você não acha que é chegada a hora de cabalmente
mostrarmos que não sofremos de amnésia e nem tampouco puxamos carroça?
Lúcio Reis
VOTO
A 3 de outubro deveremos voltar às urnas e escolhermos nossos
representantes nos poderes executivo e legislativo, para os próximos 4 e 8
anos.
Para contribuir com a democracia deste País, devemos lembrar que toda
realização que porventura um político venha concretizar durante seu mandato,
ele não esteve, não está e nem estará nos fazendo qualquer favor e sim,
cumprindo com sua obrigação, pois se trata de um direito nosso. Lembremo-nos
também que o cidadão se candidata voluntariamente, logo, de livre e expontânea
vontade. Portanto, se você está satisfeito com o que temos, tal como:
- Ótimo salário; emprego para todos ou para a maioria; atendimento sem
fila pelo INSS; atendimento satisfatório nos hospitais públicos; colégios com
vagas e ensino adequado para todos e, nos particulares mensalidades compatíveis
com a remuneração dos pais; baixa inflação; preços nos super mercados capazes
de atender nossas necessidades alimentares; transporte coletivo condicente e
tarifas alcançáveis pelos nossos salários; vestuário, medicamentos e calçados
ao nosso alcance; rodovias, estradas e ruas bem pavimentadas, resultado da boa
aplicação de nosso IPVA; trânsito urbano legal; energia elétrica, taxa de
consumo d’água que podemos pagar; habitação para todos; alugueis de imóveis a
altura de nossos ganhos; segurança pública em nossas casas e nas vias públicas;
muita corrupção, fraude e ladroagem.
Estando o leitor e eleitor alegre e satisfeito, pois têm a seu dispor
tudo o que acima foi elencado, não mexa no atual time, mas, se todos esses
itens lhe afligem e incomodam, vamos mudar e substituir desde o goleiro, o técnico
até o gândula, pois não podemos e nem devemos continuar a assistir desmantêlos
provocados por anões, por gigantes do orçamento da União, bem como não devemos
silenciar com presença de roletas do bicho dentro dos poderes constituídos.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 06 de abril de 1994.
U R V
Estamos há mais de 30 dias da implantação do Plano Econômico FHC², que
criou a URV, a qual será em breve a nova moeda nacional, o Real.
A esta altura, na condição de leigo, podemos afirmar infelizmente que
será mais um plano fadado ao insucesso, pelo que está inserido na própria
Medida Provisória que o criou, a 434.
A MP converte os salários pela media dos 4 últimos meses que
antecederam o lançamento da URV mas, os preços no varejo e também as tarifas públicas
permaneceram como antes, alguns inclusive com preços liberados, logo, dois
pesos e duas medidas.
O
governo diz que deixou os preços fora da media, para evitar explosão
de consumo mas, se foi mesmo assim, porque não converteu as tarifas
públicas
pela média? Elas não estavam alinhadas? Ou será que se assim o fizesse
iriamos
postar cartas a torto e a direito; ou usar o telefone aleatoriamente; ou
queimar combustível desvairadamente; ou gastar energia elétrica sem
necessidade? Pois se deduz e é lógico eles ficariam mais baratos, pois
como já sabemos agora nossos salários ficaram menores para nós.
Levando em conta que: 1º o resultado aritmético de uma média é menor
do que as últimas parcelas que a constituem; 2º que a URV congela seu valor de
sábado a segunda-feira a cada semana e 3º que os preços continuam subindo, além
de que todos eles já embutiam inflação preventiva, bem como quando for
anunciado o lançamento do real haverá nova onda de remarcação, pode-se concluir
que mais esta vez quem pagará a conta é o trabalhador.
Portanto não esqueçamos aquele “tem que dá certo” eu deu, para os candidatos políticos que lograram êxito
eleitoral através da boa fé do cidadão. Ou será que agora haverá pulso para
prender os sabotadores dos planos econômicos desta País?
Lúcio Reis
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
Ainda bem que o Congresso Revisor manteve o prazo de seis (6) meses
para que os candidatos a cargos eletivos em 3 de outubro de 1994, deixem os
atuais cargos, o que ocorrerá em 02 de abril.
Em função do acima e, tomando conhecimento dos políticos, principalmente
do poder executivo, que vão se desincompatibilizar a fim de concorrerem a novos
mandatos, nota-se claramente que esses políticos sofrem de uma síndrome de
total dependência física e psicológica de estar no poder, seja no legislativo,
no executivo ou mesmo em qualquer cargo público. Ou seja: os interesses
coletivos que se danem e, o que vale realmente são os interesses pessoais e
individuais.
Os prefeitos que estão deixando o executivo municipal, há bem pouco
tempo na função, sem o menor constrangimento renunciam o cargo a fim de poderem
continuar no poder.o O interessante é que, quando em campanha prometeram
executar um plano de governo que viria atender os interesses do povo nos 4 anos
seguintes, mas o que se vê agora é um total desrespeito as promessas de
palanque e a confiabilidade que o eleitor lhe creditou.
Bem caro leitor e eleitor, já que eles não tem a menor consideração
conosco, que tal 3 de outubro vindouro, assinarmos o “Termo de Rescisão de
Contrato de Representação e Mandato Eletivo”, demitindo-os por justa causa ou
seja: falta de cumprimento da palavra empenhada com o cidadão. Vote não a esses
políticos de carreira.
Lúcio Reis
TRÔCO
O Congresso Revisor manteve na Constituição a obrigatoriedade do voto. Apesar
de que a sociedade brasileira, democraticamente prefere que o voto seja
facultativo.
Nossos representantes à época dos pleitos políticos, expontânea e
voluntariamente se apresentam como candidatos a nos representar nas casas
legislativas deste País, prometendo apresentarem projetos de lei e, por
conseguinte votarem aprovando-os ou não, com objetivo de solucionarem nossos
problemas de emprego, salário, saúde, educação, moradia, segurança, transporte
coletivo e etc...
No decorrer dos mandatos eletivos, o que mais se tem conhecimento, é
que as câmaras, as assembléias e o congresso não se reuniram por falta de
quorum, ou seja: nossos representantes não compareceram para sua principal função
legislativa, votar.
O pior é que essa gazeta é altamente remunerada e, não acontece
absolutamente nada em termos de punição, como sucede com você trabalhador, que
ao faltar ao serviço terá seu salário reduzido.
Quanto a nós, podemos votar: sim, não, em branco, anular nosso voto ou
nos abstermos de votar e, com este último procedimento sermos penalizados
pecuniariamente. Todavia, a fim de mostrarmos que nós é quem temos o poder e
que nossa vontade deve prevalecer, vamos votar não a todos esses que não querem
nós representar e sim, os seus interesses pessoais ou dos grandes poderes econômicos
deste País.
Vamos dar o trôco, promovendo uma assepsia 100% em nosso parlamentos,
usando a obrigatoriedade do voto, a qual eles não querem se sujeitar mas nos impõem
a mesma, nós devemos e também podemos.
Lúcio Reis.
Belém,Pa, em 15 de março de 1994.
MEIO GOLPE
A apresentadora de um programa de TV, está ameaçada de uma ação
judicial pelo Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente o
Senador Humberto Lucena e o Deputado Inocêncio Oliveira, por ter genericamente
taxado os congressistas de ladrões, vagabundos e irresponsáveis.
O aspirante a candidato à Presidência da República pelo PT, o Lula, ex
deputado federal rotulou 300 parlamentares de picaretas, praticamente 50% do
Congresso Nacional.
Ressalvando os poucos homens sérios, honestos e responsáveis que por lá
devem existir, conclui-se infelizmente, pelo que a imprensa nacional noticia,
que as duas afirmativas se encaixam como uma luva no parlamento brasileiro.
Quanto ao sindicalista Lula, a situação se torna séria e grave, tendo
em vista suas aspirações futuras. Admitindo-se que ele venha a ser eleito
Presidente do Brasil e, sabendo-se que o Poder Executivo depende do Poder
Legislativo para aprovar seus projetos e dar sustentação política e, sabendo-se
ainda que o PT não tem e nem será a maioria das cadeiras no Congresso, conclui-se
obviamente que o Lula terá de governar com o apoio de 300 picaretas, logo, quem
vir a receber o apoio de picareta, picareta será.
Portanto, das duas uma: ou teremos mais um governo de picaretagem ou
então o Lula promoverá um meio golpe, para alijar o mandato dos 300 picaretas
que ele afirma ter no Poder Legislativo.
Lúcio Reis.
SALÁRIO
A partir de janeiro de 94, a política salarial tem outro procedimento. Desta
vez ancorada ao dólar.
Mais uma vez, de ante mão já sabemos que não beneficiará o assalariado,
tendo em vista que medidas necessárias às mudanças estruturais hoje adotadas não
foram tomadas.
Hoje o governo anuncia em determinado mês que o salário mínimo no mês
seguinte aquele, será de x cruzeiros, em função de uma correção de y%. Incontinente,
as empresas como um todo, procedem as devidas remarcações preventivas, muitas
das vezes em índices superiores aos da inflação projetada.
Ao final do mês o novo salário, ao ser recebido, já estará literalmente
desvalorizado, por dois motivos: 1º o aumento, até mesmo abusivo, realizado
pelo empresariado preventivamente e que, por conseguinte eleva a taxa
inflacionaria e, 2º pelo patamar expressivo que a inflação alcança.
Para que o trabalhador venha a levar alguma vantagem, pelo menos uma vez,
basta inverter a cronologia atual, ou seja: Anuncia-se o valor do novo salário,
paga-se o mesmo no inicio do mês, logo, antecipadamente e controla-se o aumento
dos gêneros, principalmente os de primeira necessidade, nos 30 dias seguintes e
quando houver a remarcação, que ela não extrapole para o absurdo.
As providencias decorrentes, tal como faltas e etc... são de fácil
administração, pois o empregador tem a seu favor um leque de atitudes capazes de
protegê-lo.
O importante é que o trabalho seja colocado na frente do capital e
assim, acredito o trabalhador poderá sorrir e produzir muito mais.
Lúcio Reis.
LIBERDADE
Aliviada está a Nação. Alijado até 2002 está o vilão. O povão, em seus
anseios, graças a Deus, foi atendido. O objetivo do “Caçador de Marajás” a
altura foi respondido. Por 7 x 4, durante 8 anos, nossas poupanças estarão a
salvo. Só no inicio do próximo ´seculo, estaremos sujeitos a outro assalto. Até
lá já estaremos vacinados. O Congresso bem depurado.Sem anões e nem outros
espertalhões. O dinheiro público será sagrado, somente em favor do povo, poderá
ser usado. Não terão mais vez, os PC e nem os Bandeira, de vez que teremos
acabado com toda bandalheira.
Se você acha que é utopia e, portanto impossível, eu acho que não é,
logo é plausível e factível. Se nós soubermos escolher, nenhum “profissional”
da política” ao poder irá volver. Nós fazemos a democracia com o voto na mão,
por isso mesmo, conosco eles tem que ser justos e não ladrão. Com liberdade e
felicidade, somente assim haverá ordem, prosperidade e muito mais LIBERDADE.
Lúcio Reis
VERBA
O Sr Manoel Ailton Reis, Diretor da Construtora Norberto Odebrecht, no
Plenário da CPI do Orçamento, declarou literalmente que sua empresa reservou
US$12 milhões para “ajudar” a campanha política de alguns candidatos no próximo
pleito.
Com essa afirmativa, concluiu-se obviamente, que o quadro funcional
daquela empresa seja muitíssimo bem remunerado, que todos tem casa e condução
própria e que os problemas econômicos para ele não existem. Tudo é um mar de
rosas.
Como se pode constatar, essa foi apenas uma das grandes empresas que
executam as obras do governo, a fazer tal declaração pública. Por conseqüência,
deduz-se que as outras, também tenham reservado alguns dollares destinados a
candidatos “pobrezinhos”.
Essa assertiva do Sr Ailton Reis, leva-nos a uma conclusão lógica: “Como
as grandes empresas é que abrigam o maior contingentes da mão de obra deste
Brasil e, como ela está sendo muito bem remunerada – sim pois está sobrando
dollares para serem distribuídos – conclui-se que a ação dos líderes sindicais
desta Pátria, pleiteando melhores salários, não procede.
Por fim só resta dizermos, como bem diz um jornalista de São Paulo: “é
uma vergonha”. É imoral, pois enquanto o deficit habitacional é alarmante,
enquanto proliferam as favelas, enquanto o sistema de saúde está na UTI e
enquanto a educação é uma droga, a elite nacional destina fortunas a políticos,
que jamais estarão comprometidos com a causa pública. E isto pode crer, sem
nenhum interesse.
Lúcio Reis.
REELEIÇÃO
O articulista desse Jornal O Liberal,
o Sr Joaquim Borges Gomes, em seu artigo de 8 desta data, com o título “Reeleição
de Politico” tece oportunos comentários quanto a volta dos “profissionais da política”
aos parlamentos deste País.
Antes de 87, quando estavam em
funcionamento as Comissões que antecederam o funcionamento da Assembléia
Nacional Constituinte e que, nos foi dado a oportunidade de sugerir e oferecer
idéias àquela Assembléia, como cidadão remeti para lá correspondência que
tratava exatamente do assunto, com esta opinião: “que fosse inserido na Carta
Magna que então era elaborada, um artigo que impedisse a reeleição sucessiva do
político num cargo eletivo para o parlamento em qualquer nível, só o sendo possível
alternadamente e no máximo por 3(três) vezes”. OU seja: senador, deputado e
vereador, só poderiam ocupar no máximo por 12 (doze) anos na vida e função de
legislador.
É obvio que essa minha idéia foi
direto para o lixo, se é que, pelo menos o envelope foi aberto. Agora, ao ler a
crônica semanal do Sr Joaquim Gomes, sinto uma ponta de satisfação ao saber que
não somente eu penso assim, logo não se trata de uma teoria utópica.
Como essa teoria, contraria muitos
interesses, pois ela tem a finalidade de expurgar da vida pública os parasitas
que sugam o dinheiro público, sabe-se de ante mão que as dificuldades serão
enormes a que ela venha a ser implementada e implantada. Isto sem contar, que
algum demagogo, faça dela bandeira de campanha no próximo pleito.
Porém, temos que saber que somos
portadores de mais poderosa arma e de efeito imediato, o voto. A cada eleição
os parlamentos vem sendo renovados em percentuais acima de 50%. Que tal já em
94, elevarmos esse índice para 100%? Já seria um começo.
Essa e muitas outras, é a minha
colaboração.
Lúcio Reis.
PASSAPORTE
Durante o desenrolar da CPI do
orçamento, que ora investiga as traquinagens corruptas do “sortudo” deputado João
Alves, o superintendente da Policia Federal no Rio e diretor da Interpol no
Brasil, recomendou ao presidente da CPI que casse o passaporte daquele político,
a fim de evitar ou complicar sua fuga para o exterior.
Essa recomendação nos faz retornar ao
passado, quando o Sr. PC Farias e seus asseclas negavam todos os crimes a eles atribuídos
e afirmavam aos membros da CPI que os investigavam, - com todas as letras – que
sempre estariam à disposição de nossa Justiça.
O cinismo e a “cara de pau” são as máscaras
que tentam disfarçar o mau caráter de varias personalidades, que em detrimento
da maioria se locupletam e ajuntam riquezas, que a rigor deveria ser comum a
todos. Infelizmente é isso que se presencia em várias atividades neste País.
Hoje o Sr PC se encontra na Inglaterra
e, lá chegou legalmente, com seu passaporte em dia e, portanto nada devendo às
Leis daquele País.
Diz o delegado federal que cassar
passaporte tem amparo legal. Se em relação ao deputado com imunidade, não
parece ser tão difícil. Por que razão, então, essa medida não foi tomada em
relação ao PC, que não detinha mandato eletivo e, mais do que nunca estava
comprovado ser ele um bandido? Seria o Poder Econômico?
Lúcio Reis
INDECOROSOS
O presidente do PP, o político Alvaro
Dias, denunciou à sociedade brasileira, a troca de legenda por alguns deputados
ao custo variável de 30 à 50 mil US$, com o objetivo de conseguirem maior
espaço no horário político na imprensa e o partido obter representatividade a
fim de fazer jus à apresentação de candidato a sucessão presidencial.
A denuncia do Sr Alvaro Dias, é um filme
igualzinho a um outro que passou há poucos anos e, tinha um outro título:
“Caçador de Marajás”. O fim da película todos conhecemos, tendo em vista que
todos eles são atores que seguem o mesmo roteiro e script, em cujos teor em
momento algum o “mocinho”, como se apresentam, jamais salva a estrela, no caso
a Pátria de todos nós.
No caso em tela parecem dois atores que
já marcaram suas presenças em cena. O Sr Nobel Moura não é aquele que deu um
sopapo no olho de sua colega a deputada Raquel Cândido, e ficou por isso mesmo?
O Sr Onaireves (estranhamente Severino ao contrário) não é aquele que emprestou
sua casa para funcionar como cenário a que o ex presidente Collor, agredisse o
deputado Ulisses Guimarães e assim, se enquadrando naquele ditado: “diz-me com
quem andas e te direi quem és”.
O que se conclui é que eles mesmo
promovem o mar de lama em que nadam e nada fazem e, dessa mesma sujeira tentam
levantar a bandeira da moralidade com promessas de que consertarão o Brasil.
Esse concerto, porém, é cantiga para boi dormir e dessa melodia já estamos
fartos.
Nossa vez vem aí e 94 é nossa hora de
darmos uma boa resposta.
Lúcio Reis.
VEREADORES
O
Jornal O Liberal edição de 11 do corrente, reporta que os vereadores de
Belém a portas cerradas e em sigilo discutiam um aumento de 100%.
Fatos
dessa natureza nos remetem a um estado de perplexidade total, tendo em
vista o total descalabro e o absurdo de que se reveste a trama. Depois
querem que a sociedade lhes dê crédito.
Enquanto
o poder legislativo municipal entre 4 paredes conspira para solapar o
erário do Municipio, pobres carentes e indefesos padecem um calvário de
dor e sofrimento no Pronto Socorro, sem condições de atendimento pela
ausência de profissionais, falta de equipamentos e material necessário
ao satisfatório desempenho da medicina, tendo esses problemas sua origem
nos parcos recursos destinados ao Hospital.
O
interessante é que todo candidato, quando se apresenta à sociedade
pleiteando uma cadeira no legislativo, quer federal, estadual ou
municipal, trás consigo a formula mágica para solução de todas as
dificuldades que recaem sobre o povo. Quando senta na cadeira é
acometido de amnésia, esquece tudo e só os $$ que o poder pode lhe
proporcionar ele consegue ver.
Até
parece que os legislativos e os hospitais deste País, têm algo em
comum: “A infecção”. Aqueles a infecção da falta de vergonha, civismo e
sensibilidade pública e estes a infecção hospitalar mesmo. Ambas matam o
povo igualmente.
Lúcio Reis.
Belém,
Pa, em 03 de agosto de 1993.
PRE
DATADO
Mais
uma vez ato governamental traz prejuízo ao cidadão brasileiro.
Há
muito a área econômica do governo federal vem propalando o corte de 3 zeros no
padrão monetário do País. Mesmo assim os tecnocratas da economia não
conseguiram cobrir todos os itens decorrentes da implantação do cruzeiro real,
como adiante se relata:
- A
primeira poêmica foi criada com os cheques pré datados, emitidos em julho com
data de apresentação posterior a 01/08/93.
- Os
favorecidos e detentores dos cheques, tendo em vista a indefinição da medida
governamental e a falta de credibilidade nos homens públicos, apresentaram
aqueles documentos em 30 de julho. Conclusão: “em função do valor dos cheques
no que se refere ao prazo de compensação, quando eles foram debitados nas c/c
dos emitentes, houve o débito do valor em cruzeiro sobre um saldo que já havia
sido transformado em cruzeiro real”. Em função
desse procedimento, quem tinha valor aplicado no Fundo de Aplicação
Financeira (FAF), cujo resgate (liquidez) é automático, ficou com saldo
negativo em conta.
Os
gerentes e o Banco Central ao serem consultados a respeito, simplesmente
declararam que nada podiam fazer, tendo em vista que a Portaria do BC a
respeito do problema, é omissa.
O
pior é que o extorno do lançamento indevido, levou mais de 24 h para ser
efetuado, portanto perdemos em media 1% (hum por cento) de correção sobre o
valor aplicado naquele fundo.
Como
o Ministro Fernando Henrique Cardoso, declarou em público que ninguém tomaria
prejuízo com a Medida, pergunta-se: a quem recorrer?
Lúcio
Reis
Belém,
Pa, em 08 de julho de 1993.
BANDIDO
Chega
a provocar revolta, vermos o bandido Paulo Cesar Farias e seus comparsas,
tentar negociar e condicionar sua prisão em troca de regalias e o não
constrangimento de ser algemado e outras.
Todo
bandido é igual, pois o Código que os enquadra assim o determina. A diferença
entre o ladrão de galinha – o macuqueiro -
e o ladrão do dinheiro público, do traficante, do sonegador e do
corrupto é que, aquele mora, quando mora no alagado em palafita e o outro em
mansões, tem jato, tem concessionárias de carros, freqüenta o “staff” social as
camadas superiores do poder e, por essas razões entende que é superior e que
está acima das leis.
O
ladrão de galinha prejudica no máximo uma família. Os PC da vida, prejudicam
uma sociedade inteira. No caso do alagoano ele deveria se sentir constrangido
quando sonegou impostos e contribuiu para que o sistema de Saúde do Brasil
alcançasse o caos em que se encontra, onde o brasileiro independente da idade,
morre nas filas ou recebe atendimento o mais precário possível.
Nossas
autoridades têm o dever de ir ao encontro da aspiração popular, que não suporta
mais ver bandido solapando o dinheiro do bem comum e depois exigir beneplácito
e mordomias. Coloquem esses bandidos peçonhentos nas grades, mostrem à
sociedade para que sirva de exemplo aos outros que ainda teimam em acreditar
que no Brasil prevalece a impunidade e que portanto, o crime compensa.
Lúcio
Reis.
Belém,
Pa, em 25 de junho de 1993.
ALAGOAS
A
impressão que se tem é que houve uma volta ao passado, no qual o homem ainda
nem sonhava em ir a lua e que os computadores de 4ª geração – aqueles que
raciocinam – não eram nem peça de uma grande ficção científica.
É a
imagem que os “ilustres” dirigentes, governador, 1ª dama e tantos outros do
Estado de Alagoas, refletem para os demais estados da federação, deixando
entrever que eles ainda não se deram conta que estamos no limiar do século XX.
Já foi
dito que o brasileiro não sabe votar. Todavia, o brasileiro não tem forças e
como lutar – por ser pobre e miserável – contra o poder econômico e corruptor
que atua nos bastidores de eleições neste País, em qualquer nível. Fato
comprovado pelo esquema PC.
É
sabido que o governador daquele Estado saiu vitorioso de uma eleição, farta de
fraude e ilícitos e, agora sabe-se também a origem dos US$ que alimentaram a
maracutaia.
Uma
autoridade constituída sem o respaldo do povo e a custo de corrupção, não tem
moral, não se impõem e não representa o poder e, principalmente quando por
detras dela existe uma megalomaníaca e inconseqüente. O resultado está aí.
Alagoas vive uma onda terrível de violência, homicídios, pistolagem e etc... E
com prenuncio de uma possível intervenção.
É!
Por detrás de um grande homem, existe uma grande mulher, mas também, na frente
de uma “grande mulher” pode estar um minúsculo homem.
O
povo de Alagoas, como todos nós brasileiros, não merecemos os “representantes”
que temos.
Lúcio
Reis.
Nossa conclusão aqui registrada, ainda bem, falhou!
Belém,
Pa, em 22 de junho de 1993.
PLANO
O
brasileiro vive a expectativa de bons resultados de mais um plano visando
remendar nossa economia e fazer este País crescer e sair do atoleiro em que foi
metido.
Desta
feita o Ministro Fernando Henrique tem a credibilidade da maioria – quase
unanimidade – das representações organizadas da sociedade, o que nos dá
entender, por conseguinte, que todos os outros planos estavam fadados ao
fracasso, como o foram, pois não contavam com o índice de aprovação, tal qual o
Plano Verdade de FHC.
Porém,
o sucesso e os preofícuos resultados do atual plano está condicionado a cooperação
e atuação do Congresso Nacional, ou seja: senadores e deputados federais,
principalmente no que concerne aos cortes orçamentários das verbas
eleitoreiras. E aí é que está o nó da questão. Pois vejamos apenas alguns
fatos:
- A
Constituição deverá entrar em processo de revisão, pois em outubro ela completa
5 anos de promulgação e até agora as leis ordinárias para seu pleno
funcionamento não foram votadas; o IPMF, mesmo sendo inconstitucional, mas de
relevância aos problemas de caixa da União, até agora também não saiu do
Congresso.
Apenas
com esses dois “bons” exemplos, dentre tantos outros produzidos pelo Poder
Legislativo e, tendo na lembrança que em 94 será ano de eleição e, sabedores
que somos de que nossos representantes visam unicamente não apearem do poder,
pode-se facilmente concluir que apesar da boa receptividade dada ao plano FHC,
será ele mais uma experiência em vão e mais outra decepção para o sofrido
cidadão brasileiro.
Lametavelmente
essa é a nossa vida.
Lúcio
Reis.
Belém,
Pa, em 09 de junho de 1993.
HORÁRIO
POLITICO
Com
que austeridade moral, principio de civismo ou patriotismo e sensibilidade
social, vêm nossos partidos políticos e seu “digníssimos” membros invadir
nossos lares furtando-nos duas vezes por semana através do horário político,
momentos de nosso lazer e entretenimento, via televisão?
Sim!
Porque após um dia de trabalho, tomando conhecimento dentre outros informes,
que os membros do Congresso Nacional lotearam parte do Orçamento da União,
destinando verbas aos mais estranhos fins possíveis, como o caso da boite no
Maranhão; que o Presidente da Câmara Baixa – estranhamente com o nome de
Inocencio, faça uma idéia se não o fosse – usou funcionários do Estado para
beneficiar suas terras, bem como pulou com a vara do tráfico de influência, por
cima de inúmeros candidatos à ligação telefônica, mandando ligar o seu em tempo
recorde; que a falta de quorum é uma constante nos parlamentos brasileiros; que
a aposentadoria é precoce e polpuda, sendo esses poucos, dos muitos maus
exem0plos que pululam nossos legislativos, não dá para aceitar pacificamente
que esses mesmos maus e indignos brasileiros, ainda tenham o displante de
quererem fazer roda em nossas salas de visita.
É
mais do que sabido que o político brasileiro goza de mais baixo índice de
credibilidade junto a sociedade brasileira, logo, já é hora de pelo menos eles
se tocarem de que já estamos cheios de suas demagogias, mentiras e promessas
vãs.
Lúcio
Reis
Com a matéria abaixo, objetivei esclarecer aqueles que ignoravam a situação e que, como sabemos o presidencialismo permanece.
Belém, Pa, em 15 de março de 1993.
FORMA
E SISTEMA
A
exemplo de todos aqueles que entendem não ter o horário político visando o
plebiscito de 21 de abril próximo, esclarecido adequadamente o melhor
procedimento e facilitar o entendimento do eleitor à satisfatória escolha, tomo
a liberdade, com o beneplácito desse Jornal de expor abaixo um esclarecimento.
Há
pouco anos compunha o curriculum escolar u’a matéria denominada OSPB
(Organização Social e Politica Brasileira) que, salvo engano, foi abolida e,
por assim ser, acredito que muitos eleitores estejam desavisados da situação a
ser exposta e, por conseguinte estarão passíveis de terem sua escolha anulada.
Estarão
à escolha a Forma de Governo, que poderá manter a República ou escolherá a
Monarquia. Bem como o Sistema, que manterá o presidencialismo ou implantará o
parlamentarismo. O “x” da questão é o seguinte: a Forma Republicana admite o
Sistema Presidencialismo (o atual) ou o Parlamentarismo, enquanto que a Forma
Monarquia só admite o Parlamentarismo. Logo, se você votar na Forma Monarquia e no Sistema Presidencialismo, terá votado
nulo, pois os 2 não incompatíveis.
É
claro que muitos não alcançarão meu objetivo, pois ele visa o povo menos
esclarecido e que a rigor ainda não se deu conta do momento importante pelo
qual politicamente o Brasil passará e no qual é imprescindível a participação
de todos.
Lúcio
Reis
Belém,
Pa, em 12 de março de 1993.
INCOERENTE
No atual horário político, o mais incoerente e sem a menor credibilidade é o Governador do Rio de Janeiro, Sr Leonel Brizola.
Explica-se:
“Aquele político prega, por uma questão exclusivamente pessoal e para atender
orgulho e vaidade mórbida, o presidencialismo republicano. Chega-se a essa
conclusão pelo seguinte: ele cognominado aqui como o pai do “socialismo
moreno”, logo, sua ideologia política é o socialismo e para ratificar isso, tem
como parceiros no âmbito internacional, o 1º Ministro Felipe Gongalez da
Espanha, o Presidente Mitterrand da França, o Sr Mario Soares de Portugal
dentre outros e todos eles governando com a Monarquia e com o Parlamentarismo
e, todos aqueles países ocupam posição de destaque na conjuntura mundial”.
Diantes
desses
fatos, fica ou não fica configurado o cinismo e a “cara de pau” daquele
gaúcho. O povo carioca e o fluminense que o digam da sua incapacidade
de
governar e nós de sua megalomania pelo poder e sua gana em ser
Presidente do
Brasil.
Lúcio Reis
Nota do autor: O abaixo escrevi há mais de duas décadas e, como se pode constatar pela atual situação e que, não é recente, nossa representação popular nos poderes tentam mudar o sistema mas, em momento algum buscam dar um salto de qualidade para as ações pessoais como políticos e representantes da sociedade.
Belém, Pa, em 08 de março de 1993.
PERGUNTA-SE
A
quem interessar possa: “A Monarquia ou a República Parlamentarista, baixarão a
inflação? Exterminarão com as mordomias patrocinadas com o erário? Os políticos
serão proibidos de auto votar sua remuneração mensal? Acabarão com suas
aposentadorias precoces? O Nordeste deixará de ter a seca? Se tornará solo
fértil? Acabarão com os desperdícios do dinheiro dos impostos? O salário
finalmente será de US$100? Os criminosos de colarinho branco irão parar na
cadeia? Os abusos econômicos dos tubarões será coibido? Os carros oficiais
deixarão de existir? Se continuarem, ainda conduzirão as madames às compras e
as crianças às escolas? Haverá trabalho
ou emprego para todos? Os
recessos parlamentar e judiciário será só de 30 dias ao ano? Haverá alguma
punição aos políticos que não cumprirem suas promessas de campanha? Os jetons
ainda subsistirão? Os homens públicos que enriqueceram ilicitamente através dos
cargos eletivos e etc..., como são os mais variados exemplos pelo Brasil afora,
irão ter os bens confiscados, devolverão à União o dinheiro e o patrimônio
surrupiado? Responderão civil e criminalmente por esse crime? A justiça será
célere? Haverá ensino de qualidade a todos? A segurança do cidadão será
satisfatória? Não haverá mais corrupção? Os menores serão retirados do abandono
da rua? Haverá creche ou abrigo para todos? Não haverá mais miséria no Brasil?
Se
pelo menos algumas dessas perguntas, foram respondidas satisfatoriamente,
valerá a pena mudar. Contudo, será necessário que seja convocada novas eleições
diretas para aqueles que comprão o novo parlamento. Do contrário será a mesma
receita de construir uma nova casa com o madeirame tomado pelo cupim da indecência
que aí está e vem de muito tempo.
Lúcio
Reis.
Belém, Pa, em 04 de março de 1993.
PLEBISCITO
Hoje
se discute sobre parlamentarismo, presidencialismo, república ou monarquia e,
para a solução a plebe brasileiro está convocada à se pronunciar em 21 de abril
de 1993.
No
Brasil o que não falta, são leis, as quais se fossem cumpridas e, para que isso
ocorra há necessidade de homens sérios, responsáveis, com sensibilidade e
comprometidos com os interesses do povo, por isso a saída do País independe da
forma e do sistema de governo que seja adotado.
Tanto
isso é verdade, que nossos homens públicos descumprem desde a Constituição até
uma simples portaria. Até hoje as leis ordinárias imprescindíveis ao efetivo e
total aplicação da CF/88 não foram votadas. O orçamento da União de 93, até
agora também não foi votado.
A
tônica hoje é: pode e deve ser gasto indecentemente o dinheiro e o patrimônio
público e, para isso eles não tem o menor constrangimento, muito pelo
contrário: desfilam com a maior “cara de pau” nos carros oficiais, abarrotados
de bagagem, com os familiares com destino aos balneários, como foi o caso do
Opala OF 7316, sábado gordo dia 27 de fevereiro às 11:00 p/ 11,30 h na Av Pedro
Alvares Cabral com a Tavares Bastos. Os veículos são de uso exclusivo em
serviço e, não adianta denunciar, ninguém toma nenhuma providencia.
Como
se pode concluir com esses pequenos exemplos, o Brasil padece da síndrome da
falta de vergonha e seja lá qual o modelo adotado nãi dará certo. Ele será
executado pelas mesmas velhas e viciadas raposas e, mais uma vez as uvas podres
sobrarão para o povão.
Não
tem jeito!
Lúcio
Reis
Belém,
Pa, em 11 de fevereiro de 1993.
COSTUME
É dito, principalmente em campanha de palanque, por todo candidato que coibirá quando no poder, as mordomias, inclusive implantando seriedade no uso dos carros oficiais.
É
notório publicamente vermos carros oficiais, “de uso exclusivo no serviço
público”, transportando “funcionários” que são deixados e depois apanhados às
portas dos colégios, inclusive usando uniformes das respectivas escolas.
Pela
aparência física e comportamental, percebe-se claramente que são “funcionários”
contratados ainda na tenra idade, alguns, tem-se a nítida impressão que
freqüentam a escola maternal.
Pelo
que se constata, conclui-se que os órgãos públicos, contratam para seus
quadros, crianças cuja função precípua é usar os carros oficiais para irem e
virem a e de seus respectivos colégios, não produzindo nada para o serviço
público, daí o caos em que se encontra essa parcela governamental.
Porém,
o pior é que alguns desses “auxiliares”, já começam a deturpar o uso do
veículo, como por exemplo: dia 09 de fevereiro de 93, um desses “funcionários”
mandou parar o carro que o conduzia, com placa do Tribunal de Contas do
Muncicipio, em frente ao S Mercado Jumbo, a fim de comprar sorvte, isto entre
as 11:30 para 12:00 h.
Como
é fato que quase todos esses “auxiliares públicos” são menores de 14 anos de
idade, deve-se lembrar aos chefes, Secretários e Diretores dessas repartições,
que esse tipo de trabalho é inconstitucional, de acordo com o Art. 7º inciso
XXXIII da Constituição Federal, que diz: “proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores
de quatorze; salvo na condição de aprendiz.”
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 22 de dezembro de 1992.
CHICANA
O Brasil nesse dia 21, foi surpreendido por uma tramoia urdida entre dois advogados do Presidente Collor e este, visando prorrogar seu julgamento no Senado.
Da
chicana promovida, pinça-se com espanto e absoluta indignação: 1º) o ato
pessoal de não querer apear do Poder, após tê-lo enlameado pelos atos
sucessivos de falcatruas e não ter honrado o cargo de Magistrado Supremo da
Nação; 2º) o procedimento dos dois profissionais com mais de três décadas de
atuação nas lides forenses no campo do direito, com renome nacional,
responsabilidade familiar e perante a sociedade, de se prestarem a um papel
menor, preferindo saltar do trem da história, na qual poderiam ter entrado
brilhantemente e honrado a categoria a qual pertencem; 3º) não dá para entender
a dimensão desse egoísmo, que não se importa nem um pouco que uma Nação inteira
tenha prorrogado seu estado de angustia, de padecimento e de expectativa de
conhecer a solução final de um mal que por mais de dois anos lhe perseguiu.
Felizmente
o povo brasileiro pode contar com a ajuda de Deus, que tem iluminado a mente do
Ministro Sidney Sanches, que nas horas de “cheque” encontra a saída e a solução
serena, imparcial e justa, trabalhando para que em breve o Brasil se veja e se
sinta livre desse pesadelo e, o Presidente substituto, que não tem culpa nenhuma
dos trambiques e maracutaias perpetradas no Planalto e Ministérios, possa
implantar seu programa de governo e quem sabe venhamos a vislumbrar a luz no
fim do túnel.
A
saída do Sr PC do País, é mais um fato concreto de sua culpabilidade e de todos
aqueles envolvidos e indiciados nos mais diversos inquéritos abertos na Policia
Federal e no Congresso Nacional e, em virtude disso a verdade é cristalina:
“Contra fatos não há argumentos”.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 21 de dezembro de 1992.
DEDUÇÃO
Apesar de, já ser carta fora do baralho mas, por ter sido o Mandatário Máximo da Nação, ainda é válido que se teça alguns comentários a respeito de suas investidas em provar ou demonstrar sua inocência perante ao povo brasileiro.
Até agora, nas reiteradas vezes que o Presidente afastado falou
à “minha gente” tentando se eximir de culpa, suas palavras reverteram em provas
condenatórias contra si. Lembram do Verde e Amarelo?
A mais recente tentativa do amigo do Sr PC, foi semana
passada quando concedeu uma entrevista a um jornalista de conhecimento
nacional, em sua biblioteca na Casa da Dinda. No decorrer da mesma, o dono da
casa declarou que não era possível que no Brasil, em relação a ele, fosse mais
fácil cassar o mandato de um Presidente do que retirar um inquilino de um
imóvel locado.
Pois bem! Usando um pouco da lógica, é fácil deduzir que,
quando o Sr PC instalou sua “gang” promovendo um arrastão no dinheiro público e
extorquindo empresários e corrompendo pessoas da sociedade brasileira, com
certeza na ocasião da aferição dos riscos de suas ações, devem ter chegado a
essa dedução e, nela acreditaram: “No País da impunidade e contando com o aval
de um Presidente que tem respaldo de urna de 35 milhões de votos, que dispõe de
um Parlamento que reza a oração de São Francisco – do é dando que se recebe –
e, no qual a Justiça morosa leva anos e anos para despejar um inquilino
inadimplente de um imóvel, jamais despejará do Planalto a Autoridade Suprema da
Nação”. Lógico não é?
Porém, como não há crime perfeito, eles também erraram,
quando subestimaram 130 milhões de brasileiros. Pois quem não quis e não quer
mais o Sr Fernando Collor no Planalto, são os descalços e calçados, os
descamisados e vestidos, os famintos e abastados deste Brasil.
Estamos aprendendo que quem tem a força somos nós e que,
nossos governantes e representantes têm o dever de governar e administrar em
prol do povo, pois sem povo não existe Nação.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 23 de outubro de 1992.
REFORMA FISCAL
O Executivo Federal e o Congresso tem discutido ultimamente a
implantação de uma Reforma Fiscal, capaz de resolver o problema de Caixa de
União.
Sabe-se que hoje temos ao todo entre impostos diretos e
indiretos 58 tipos diferentes de impostos, sobrecarregando, principalmente, a
massa de assalariados deste País. Incialmente o governo pretendia acrescer a
esse número de impostos mais dois títulos: o ITF e Imposto sobre energia
elétrica, telefone e etc...
É público e notório que hoje em dia a prática mostra
claramente: que são poucos pagando e muito e muitos pagando pouco ou nada.
Tanto isso é verdade, que recentemente e, somente o resultado da CPI do PC
comprovou que nosso País foi vitima de uma grande quadrilha que além de
surrupiar o erário ainda sonegava impostos escancaradamente, acumulando enorme
fortunas.
Quando vier a público o relatório da CPI da VASP, do PP
(Paulo Leoni) e etc... ficaremos sabendo qual o motivo que provoca a mostra do
fundo do Caixa da União.
Diante desses fatos, todos devidamente comprovados, tal qual
o daquela quadrilha do INSS comandada pelo Juiz Nestor e advogado Escosia, bem
como a ação do Sr Magri, não há sombra de duvida de que o governo já tem em
mãos a solução do problema de caixa, qual seja: 1º meter na cadeia todos
aqueles que fraudaram e roubaram o dinheiro dos órgãos públicos; 2º confiscar
dinheiro e bens móveis e imóveis de todos aqueles e, principalmente dos que detem cargo público (eletivo ou não),
que direta ou indiretamente se locupletaram com o dinheiro do povo; 3º não
deixar que novas quadrilhas se implantem e exterminar com aquelas que
porventura ainda existam.
O que não pode é ampliar o número de impostos, pois no fim o
único a pagar a conta será o assalariado. Como sempre!
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 21 de outubro de 1992.
RIO DE JANEIRO
Quando uma empresa não vai bem ou está mal, a culpa é de
quem a administra, governa ou dirigi.
O estado em termos gerais não deixa de ser uma empresa, que
num determinado período tem como administrador um cidadão, que foi escolhido em
função da apresentação de um programa de governo, no qual preconisava o melhor
para o cidadão (habitante) e para aquele Estado.
A cidade do Rio de Janeiro tem se projetado aqui e lá fora
pela onda de selvageria e violência protagonizada pela ação das quadrilhas de
traficantes de drogas, de seqüestradores e agora, pelo arrastão de gangues,
turmas, galeras e funkeiros, cujo ápice do terror saiu dos bailes e foi
colocado em prática domingo passado na praia de Ipanema e Arpoador, com
promessa de que no próximo domingo o caldo vai entornar.
Como se pode constatar no noticiário nacional, o Estado
esteve omisso ou não se fez presente, a fim de cumprir sua responsabilidade no
que tange a proteção e a segurança do cidadão contribuinte e mantenedor do
mesmo via impostos, deixando-o a mercê dos bandidos e entregue ao pânico e ao
terror, num local que deveria ser de puro e saudável lazer.
Por fim e mais importante é que devemos estar alerta e
lembrarmos clara e nitidamente que o atual e repetente governador do estado
cuja capital é a Cidade Maravilhosa é o Sr Leonel Brizola, cuja meta política
primordial é chegar ao Palácio do Planalto e presidir este País.
Nas duas vezes como governador do Rio de Janeiro, foi a
demonstração cabal da incompetência administrativa, levando aquele Estado e
aquela Cidade à uma insegurança ímpar. Logo, estejamos prevenidos para que
depois não tenhamos que submeter o País à uma nova onda de protestos favoráveis
ao impeachment de um outro Presidente da República.
Lúcio Reis
Nota do autor: Como a data atesta, a materia abaixo foi escrita há 22 anos e como só agora a estou tornando pública neste espaço, pois, lá atrás foi encaminhada ao jornal O Liberal, veículo que deu guarida às minhas criações por mais de três décadas. E faço este registro, tendo em vista que o Sr Hélio Gueiros não se encontra mais entre nós mas, foi participe da história política deste Estado
Belém,
Pa, em 28 de setembro de 1992.
CARTA
Recebi em meu domicilio, assim como muitos amigos, a reprodução da carta que o Sr Hélio Gueiros endereçou ao Jornalista Lúcio Flávio, reprodução esta que não possui remetente.
Pelo conteúdo pornográfico, deduz-se logicamente que o
objetivo político é depor negativamente contra o Sr Helio Gueiros, o que,
particularmente quanto a este eleitor em nada moficiou os meus valores e o que
penso e entendo da política que é feita neste País, no âmbito Federal, Estadual
e Municipal.
Pornografia, palavreado chulo e imoral, todos nós estamos
cansados de ver e ouvir nas televisões, inclusive em horário nobre. Os títulos
dos filmes expostos publicamente também por si sós já são um atentado aos bons
costumes. Porém, de tudo isso, o pior é que nenhuma autoridade toma a
iniciativa de coibir e além do que, não podemos esquecer que
constitucionalmente não há censura. E quem fez a Constituição?
Da remessa dessa missiva à nós eleitores, tira-se a
mensagem da cara de pau do remetente, pois muito mais imoral que essa carta é a
política e o esquema que politicamente foi mantado no Brasil, onde, só para
citar alguns exemplos, vimos a Camara de Ananindeua aprovar salários
astronômicos para o prefeito, ex prefeitos e vereadores; convivemos com a
política indecente do que é dando que se recebe; assistimos a imoralidade da
constante falta de quorum nos parlamentos; condenável é sabermos que nossos
“representantes” só se reúnem, quando há quorum às 3ª, 4ª e 5ª e em troca
recebem polpudas remunerações, tornando-os bem de vida, enquanto o povo fica
cada vez mais, pior de vida; pornografia são os sistemáticos casos de fraude,
de corrupção, que tem como consequência o extermínio de crianças e idosos nas
filas de atendimento médico hospitalar. E, quem
até hoje, apresentou um plano efetivo de trabalho, visando reverter a
situação? Quem está politicamente interessado em acabar com isso? Quem?
A tônica da campanha, tem sido os ataques pessoais, que
só nos distanciam cada vez mais dos políticos desta Nação. Essa carta é uma
prova disso ou será, que político não chama palavrão?
Para finalizar é necessário nos lembrarmos que: “quem diz
o que quer, ouve o que não quer”. “Quem se mete com porcos, farelo come e se
suja de lama”.
Lúcio Reis.
Belém, Pa, em 17 de setembro
de 1992.
DIGNIDADE
Os dias de hoje tem sido fartos em demonstrações da falta
de dignidade nos homens que desempenham importantes funções, tanto no âmbito
nacional, quanto no estadual e municipal.
Entendíamos que a dignidade não tem preço capaz de
comprá-la ou corrompê-la. Que o homem possui dignidade e honra pelo fato de ser
racional e portanto, portador da razão.
Hoje, principalmente no decorrer da atual campanha
política, vimos coligações partidárias compostas de candidatos que outrora eram
ferrenhos adversários, que não poupavam sequer os problemas pessoais, não
respeitavam a intimidade familiar e, agora navegam no mesmo barco:
representantes do poder econômico, do latifúndio, junto com representantes dos
trabalhadores, junto com o pessoal da esquerda, formando uma verdadeira salada
de ideologias e indecorosas miscelanias de incoerências políticas e de um ser
dito civilizado.
Tentando justificar ou explicar à opinião pública,
verdadeiros absurdos, jogam para a sociedade que aquelas ofensas são
compreensvivas e aceitáveis, pois foram disparadas no calor da disputa
eleitoral, justificando que agora tudo é feito e aceito em nome do bem estar da
cidade e dos cidadãos.
Pura balela, pois a maioria dos eleitores não é idiota ou
imbecil. O que todos querem na realidade é se manter no poder e continuar ou
tentar conseguir entrar a fim de sugar as tetas do erário e, mandam as favas os
escrepulos.
Portanto, mais uma vez é chegada a hora de dizermos não
ao esquema do pouco trabalho e do muito dinheiro co o remuneração; do tráfico
de influência e do massacre do menos favorecido e favorecimento de uma meia
dúzia que se aproxima do poder.
Eles não estão realmente pensando em nós, o povo. Não
existe nem o menos ruim. Todos só estão pensando em si e em seus apadrinhados.
Lúcio Reis
SINDICATO
Ao longo do desenrolar da CPI do Congresso sobre PC Farias, onde foi constatado inverdades e traições daqueles que foram arrrolados no Relatório do Senador Almir Lando, em relação ao povo brasileiro, um fato deve ser pinçado: é a existência do “Sindicato do Golpe”.
Para informações dos Srs leitores, dou-lhes em primeira a
constituição da Diretoria desse Sindicato:
- Presidente: PC Farias; Vice Presidente: Claudio Vieira
e Luis Romero Farias; 1º Vice Presidentes: Jorge Bandeira e Vagner Canhedo; 2º
Vice Presidente: Najur Turner; 3º Vice Presidente: Paulo Otávio; 1º Secretária:
Ana Acioli; 2ª Secretária: Ronete Melanias; 3ª Secretária: Izabel Teixeira;
Suplentes: Todos os Fantasmas. Empresas de Sustentação: EPC – Brasil’s Garden –
Tratoral – Brasil Jet e outras. Área de atuação: Brasilia – São Paulo – Alagoas
– Canapi e outros.
A finalidade desse Sindicato é realmente golpear a
moralidade, a austeridade no trato do erário , a seriedade administrativa
pública, em fim gopear o dinheiro dos nossos impostos, nos levar a recessão do
desemprego, ao desepero e fortalecer cada vez mais a corrupção neste País e
enfraquecer a democracia.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 21 de julho de 1992.
Sigilo
No
curso das investigações da CPI do PC, muito tem se discutido sobre a violação
do Sigilo Bancário.
Na edição de 21.07, O LIBERAL em sua pag. 15
publica matéria com o título “Movimento de bilhões na conta da Secretária” e
faz referência a Manoel Dantas Araújo, Carlos Alberto de Nóbrega, Jurandir
Castro Menezes e outros, os quais em sua maioria tinha como endereço cadastral
a EPC, Empresa de Paulo Cesar Farias, sendo todavia, todos possuidores de CPF
falsos e assim aquelas pessoas, para o fisco não existem, não são cidadãos ou
cidadãos.
O
Art. 1º da CF de 88, diz que a República Federativa do Brasil tem como
fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania e... No Art.5º inciso XII trata
da inviolabilidade do sigilo da correspondência e etc.
Bem, como se pode
constatar o direito ao sigilo, bem como a República, visa e têm por fundamento
o cidadão. Em função disso, não podemos entender o porque de tanto
condenarem a CPI, alegando que a mesma violou o direito ao sigilo bancário das
pessoas sob suspeita naquele processo investigatório, pois como também se viu,
há formação de uma quadrilha constituída de “fantasmas” sonegando impostos.
E, pelo que se sabe a Constituição foi promulgada para nortear direitos e
obrigações do cidadão. Portanto, que o Governo decrete o confisco de todo o
dinheiro movimentado por esses fantasmas, uma vez que pela sua condição jamais
irão reclamar em qualquer juízo.
E disso se tem certeza, pois nenhuma conta bancária, foi movimentada pelo Jorge
Tadeu. Este sim, fala e faz até mais.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 27 de maio
de 1992.
CALAMIDADE
Esse Jornal O Liberal em
sua edição de 27.05 p.p., na coluna Queixas, estampa a foto de Ary Souza, na
qual o Sr Benedito Pereira, 27 anos, que sobrevive num “lar” improvisado com
restos de madeira e papelão, na Praça dom Pedro II e ainda, tem o otimismo para
gesticular com o polegar, que está tudo OK!
Ele poderia servir de
protótipo de muitos e muitos brasileiros que vivem em miséria absoluta, sem ter
sequer um teto, uma xícara ou caneca de chá pela manhã, não tem educação,
hospital, divertimento, e o que é pior, nem um emprego.
Enquanto isso,
diariamente a imprensa nacional, nos mostra a abastada mesa de café da manhã no
Palácio do Planalto, onde sua Excia., o Presidente da República, acompanhado
por mais de uma dezena de parlamentares, faz seu “breakfast”.
Deduzimos que aquela
primeira refeição matinal é custeada com nosso pobre dinheirinho assim como,
outros privilégios destinados aos nossos homens públicos, inclusive a mordomia
dos chapas oficiais da AL aqui, do Executivo e do Judiciário.
É óbvio, que ninguém
espera e acredita que num passe de mágica se elimine a miséria absoluta, como
chegou a prometer o ex presidente José Sarney.
Seria razoável que pelo
menos essas imensuráveis distancias fossem diminuídas, pois o que agride é a
violência de que muitos tem muito pouco ou nada e, muitos pouco tem demais, ao
ponto de esbanjar e tripudiar sobre o miserável.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 30 de maio de 1992.
CAMPANHA
O Brasil foi tomado, talvez, de
surpresa pelo nenhem nenhem entre o Sr Pedro Collor e o Sr PC Farias. Aquele
irmão de sua Excia o Presidente da República e este, o tesoureiro da campanha
eleitoral do atual Mandatário da Nação Verde e Amarela.
Para os mais avisados, tais
denuncias de tráfico de influência, enriquecimento ilicito e sonegação, não é
nenhuma novidade, pois se a justiça quizesse e houvesse interesse político e
moralizador em fazer cumprir as leis, esses fatos pelo menos seriam reduzidos e
não seriam tão acintosos.
Chega-se a essa conclusão
simplesmente pelas demonstrações e ostentações externas e públicas de poder econômico
dos candidatos a cargos eletivos neste País, mesmo a despeito da existência de
leis soibitivas e principalmente após terem ocupado cargos públicos e eletivos.
Essas demonstrações, não são
privilegio de candidato A ou B, nem de PRN ou do PT ou de qualquer outra
agremiação partidária, elas são comuns a todos. Basta o cidadão se perguntar:
quem custeia os deslocamentos, quase que diários de candidatos em jatinhos, de
norte ao sul, de leste a oeste, neste País em época de campanha eleitoral? Quem
custeia o material de propaganda, como: camisetas, outdoor e etc...?
Por essas é que o País, não tem luz
no fim do túnel, pois quem chega ao poder, o faz comprometido, com duas
pessoas: o diabo e todo mundo, menos com o povo descamisado, descalço e sem
calça.
E
é por isso mesmo que o homem público, só resole os problemas sociais, políticos
e etc... do Brasil, em duas situações: antes e depois de estar no poder.
Durante, ele passa a sofrer de uma amnésia e, só se lembra dos seus bolsos, não
sabe mais dirigir, tem que andar em carro oficial e todas as mordomias que nós ja
sabemos. Mas, nossa vez vai chegar de novo. Aproveitemo-na.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 19 de maio de 1992.
HOMICÍDIO
O Brasil inteiro foi inundado pelo noticiário
oficioso sobre o homicídio do qual foi vitima o Sr Edmundo Pinto, em São Paulo
e que, no momento cumpria o mandato
de governador do Estado do Acre.
Com base e por esse noticiário, ouvimos o Exmo Sr
Ministro da Justiça categoricamente declarar que, por ser um latrocínio não
competia à Policia Federal investigar o crime. O que nos causa espanto e
incontinente as seguintes interrogações: 1º - baseado na declaração de quem –
já que o governador foi fuzilado com um tiro no coração – a policia de São
Paulo afirma o sumiço de CR$600 mil? Quem conferiu a quantia exata? Quem
afirmou estar aquela importância sobre (ou em cima de) uma mesinha?; 2º - Se
foi latrocínio, porque a pasta da vitima também não foi levada? 3º o americano
que estava em outro apto no mesmo andar, será que foi vitima efetivamente dos
mesmos bandidos? 4º - se o crime foi perpetrado no inicio da madrugada, em cujo
horário o movimento de transeuntes era fraco, quem exatamente aquela hora
ocupava o sistema de interfone com a portaria?
5º - se havia funcionário na
portaria atendendo o interfone, como não viu 3 pessoas adentrarem o estabelecimento
hoteleiro? 6º - se o governador ia depor na CPI sobre superfaturamento de obras
em seu Estado, cujo corrupto passivo, e dos US$30 mil já sabemos quem é e, o
corrupto ativo, por dedução lógica é quem superfaturou o serviço, logo, porque
o governador, pela importante a depor na CPI do FGTS, foi receber instrução
quanto ao seu depoimento, exatamente do membro do “staff” da Construtora? 7º -
se o objetivo do trio era o latrocínio e, em apenas duas unidades, porque
iniciaram pelo 7º andar (apto do governador 704), cuja distancia para o terreno
é bem maior? Não seria mais prático e eficaz, começar pelos primeiros aptos,
inclusive para a fuga?
Muitos dirão que não tenho nada com isso! Porém,
todos nós temos tudo a ver com o caso. Já devemos estar saturados de sermos
tidos e havidos como imbecis e além do mais, o dinheiro em jogo, é do
trabalhador brasileiro. E a vitima tinha em suas mãos, por mais alguns anos, o
destino de um povo. Logo, quanto mais gente investigando, melhor.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 15 de maio de 1992.
RESPLENDOR
A semana que
passou foi farta de fatos absurdos, que se não fossem reais, pela
extraordinariedade que eles se revestiram, poderíamos até qualificá-los como
ficção.
Tivemos no nivelamento por baixo dos funcionários
da AL em função da não expulsão dos fraudadores de diplomas, numa
inequívoca demonstração de corrupção; tivemos o Poder Judiciário descontando da
Juiza Marta Inez, os 5 dias, por falta, nos quais a Magistrada esteve
interinamente à frente da PMB, numa clara demonstração de amnésia ou então de
ciúme ou mesmo inveja; e tantos outros.
Por todos esses acontecimentos tragicômicos,
poderíamos concluir que Belém procura imitar a ficção e assim, não seria demais
se viéssemos a denominar nossa Capital, de Cidade de Resplendor, aquela onde
tudo pode acontecer e onde se desenrola a novela “Pedra sobre Pedra”.
Pelo amor de Deus, Srs Dirigentes Públicos, já não
estaria na hora de baixar o seguinte Decreto:
- Art 1º - Todo homem público, deve ter vergonha na
cara;
- Art 2º - Revogam-se todos os dispositivos em
contrário;
- Art 3º - Este Decreto entra em vigor
imediatamente.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 13 de maio de 1992.
QUADRILHA
“Quem se mete com porcos, farelo come”! Este ditado muito antigo e proveniente
da sabedoria popular, retrata muito bem a inter conveniência dos
fraudadores de diplomas da Assembleia Legislativa e o Plenário da Casa,
ressalvando-se aqueles que não compactuaram com mais essa pilhagem ao erário.
Que
credibilidade ainda pode pretender um parlamento, que abriga contraventores,
homicida e corruptos, pois quem é conivente com o crime, logicamente é
criminoso. Como? Com essas atitudes, convencer a sociedade de que não vivemos
numa Ditadura do Parlamento, que se locupleta dos suados e sofridos impostos do
cidadão honesto e trabalhador.
Hoje,
13 de maio comemora-se mais um aniversário da abolição da escravidão. E
hoje, vivemos a escravidão da economia, da corrupção, da impunidade e da falta
de vergonha, por parte daqueles que compõe os poderes.
Existe uma grande diferença entre a Ditadura
da Força e a do Parlamento. A primeira tem como objetivo preservar e
reconstituir os direitos e garantias da grande maioria da sociedade e, para
isso tem que afastar de seu caminho as ideologias contrárias e demagogas dos
pseudos representantes do povo. A segunda só defende os interesses da elite, do
colarinho branco e, por conseguinte arromba todo e qualquer orçamento público,
pois para a corrupção e corruptos não há barreiras e assim, o que se vê, é:
aposentados com míseros proventos morrendo em filas bancárias ou
previdenciárias; crianças morrendo por subnutrição e sem assistência médica;
educação, segurança que não cumprem suas finalidades.
Portanto, não existe outro título que não seja, a formação
de quadrilha, que difere da do Alí Bá Bá, pois a da lenda roubava o tesouro dos
ricos para dar aos pobres e a atual faz exatamente o contrário, sendo que o
tesouro dos pobres são seus impostos.
E não venham declarar que é uma falta de respeito, afronta e
agressão a democracia. Quem não se respeita, não pode exigir o contrário das
pessoas. Espero com mais essa falcatrua, que outra grande parcela popular tenha
aprendido a lição e saiba dar o troco nas urnas.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 24 de abril de 1992.
MAGRI
No dia 22 do corrente, data em que se comemorou o
descobrimento do Brasil, o ex ministro Magri, foi à CPI do Senado e lá, se
recusou a reconhecer sua voz gravada em fita casset, por seu ex assessor Sr
Volney Avila, na qual passara recibo de corrupção no valor de US$30 mil.
Em depoimento anterior, dissera reconhecer
parcialmente ser verdade aquela gravação, negando a veracidade da mesma em
relação a parte dos dólares que caíram do céu.
Por fim a comissão do Senado, entendeu que o laudo
técnico estava incompleto, pois o mesmo não ratificava ser a voz do Sr. Volney
Avila a pessoa que conversava com o eletricitário Magri, concluindo que a fita
deva voltar à nova pericia.
Por mais uma dessas, é que cada vez mais não
podemos e não devemos acreditar, nem com todo o otimismo que se queira
autoconcedermos, nos homens que compõem as instituições constitucionais deste
País, tamanha a mediocridade e a desfaçatez com que se desempenham.
Está mais do que evidente que o objetivo é ganhar
tempo, assim como o fez o Sr. Jabes Rabelo, na tentativa de fazer a opinião
pública esquecer as tramoias, finalidade que de certa forma foi conseguida
quando a imprensa nacional passou a se ocupar e preocupar com a reforma
ministerial, que trouxe ao poder velhas raposas.
Esse Sr Magri não poderia ser mais cara de pau do
que é. Lamenta-se que senadores da República tenham embarcado na dele, pois a
rigor ele já deveria estar enjaulado, uma vez que não interessa se foi ou não o
Sr Avila quem estava conversando com ele, não é o interlocutor do ex ministro
quem está envolvido em corrupção e sim ele. Foi ele quem declarou ter aparado
do céu os US$30 mil.
Não precisa ser computador, ser técnico para
concluir que aquela voz gravada é dele mesmo. E ninguém tem culpa do poder
ter-lhe subido à cabeça ao ponto do mesmo não se dar conta do que fazia.
Nós é que não somos idiotas ou imbecis.
Lúcio Reis.
Belém,
Pa, em 15 de 15 de abril de 1992.
CASSAÇÃO
A sociedade e o cidadão já estão saturados dos
desmandos e até mesmo dos crimes perpetrados por determinados parlamentares
que, através de um mandato conseguido, sabe Deus como, vêm tomando conta dos
noticiários e enxovalhando o nome e o conceito desta Nação.
O dono do mandato eletivo obviamente que é o
eleitor, pois foi ele que o concedeu em eleição livre, apesar de procedimentos
que a maioria da sociedade abomina e condena e que, mesmo tomando conhecimento,
a justiça com peculiar morosidade vai empurrando
o problema com a barriga.
Sabemos que existe dispositivos votados por eles
mesmos, que preceituam ritos a serem cumpridos a que
o plenário se pronuncie:
-1º) concedendo permissão para que um dos
componentes do poder seja processado, mesmo a despeito de que todas as
circunstências e evidências o condene. Na maioria das vezes prevalece o
corporativismo;
-2º) votando secretamente para cassar o mau
brasileiro, o péssimo chefe de família, em fim um ser nocivo a tudo e a todos,
que atropela e arrepia o decoro, a ética e a moral.
Até que se cumpram esses preceitos, a sociedade,
desde o mais humilde até o mais abastado sustenta com o suor de seus impostos
esse mar de lama,
esse mau exemplo, toda essa nojeira.
Portanto, acreditamos que já seria a hora de ser
inserido na legislação pertinente, um artigo com a seguinte redação: “Todo
homem público e principalmente os que detem mandato eletivo, que não se portar
de acordo com as convenções sociais, éticas, judiciais e morais, terá seu cargo
suspenso incontinente, sem ônus para o erário, até que a sociedade por meio de
2/3 dos cidadão que a compõem, ratificarem ou não referida suspensão, a qual na
escolha da opção positiva reverterá em perda definitiva
e irrecorrível em
qualquer instancia.”
A força maior tem que ser e é a do povo.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 13 de abril de 1992.
CREDIÁRIO
O Repórter 70 – Jornal O Liberal -, edição de
sábado 11 deste mês, reporta em Poucas Linhas que a SUNAB reunirá em Brasília
seus delegados a fim de implantar fiscalização sobre a relação
custo/lucro/despesa, em nova investida com o intuito de se fazer em sua função
e cooperar com o sucesso do plano e política econômica do governo.
Com referência ao assunto, seria interessante,
independente de denuncia, que o Órgão iniciasse por analisar os crediários que
o comércio oferece ao consumidor. Para citar um exemplo concreto, uma loja de
grande porte desta Capital, faz a seguinte oferta: geladeira, promoção a vista
680.000 ou 1+2x391,321. Usando-se a aritmética descobre-se um acréscimo da
ordem de 72,6416%. Até aí nada de anormal. O problema reside no seguinte: 1º)
se é promoção, deveria ser publicado o valor original, para que se pudesse
avaliar que vantagem a promoção oferece; 2º) se a prazo você tem de pagar uma
prestação de entrada, logo sobre esse valor não deve incidir nenhum ônus
(juros); 3º) se o plano configura um prazo de 60 dias, isso implica logicamente
numa projeção inflacionária de 36,320% ao mês; 4º) como a TR está oscilando
entre 20 e 25% e se há sistemáticas declarações dos institutos de pesquisas,
bem como da área econômica do governo, de que a inflação está saindo dos 20%,
em baixa, conclui-se que o ganho real está leonino ou de tubarão.
porque
a economia do País não avança e porque cada vez mais, uma minoria fica com muito e a maioria fica com nada e a Nação não progredi e todos
melhoram.
E também se descobre quem não cede nada.
Lúcio Reis
Be
B Belém, Pa, em 10 de abril de 1992
ÔNIBUS
O Sindicato dos donos de ônibus, sob a presidência
do Sr Augusto Nogueira, inimigo público nº 1 dos usuários de ônibus desta
Cidade, novamente solicitou ao CTBEL e à PMB mais uma majoração à tarifa de
coletivos desta Capital.
Dizer que a qualidade do serviço, mesmo a despeito
do Código específico que trata do tema, é o pior possível, onde persiste a
“queima de paradas”, sons em decibéis altos no interior do veículo, ônibus sem
condições e com condutores sem a menor condição de relações humanas para o
trato com o público, é reprisar a mesma tecla e que todos nós já sabemos e
vivemos no dia a dia.
Porém, há um fato que tem chamado atenção, todas as
vezes que o aumento de tarifa é levado à votação pelo Conselho ou Comissão que
delibera sobre a planilha de custos e conseqüente pedido de majoração da passagem,
sempre, se não me falha a memória é 5 a favor do aumento e 2 contra, escore
esse que traduz o desequilíbrio de forças desse colegiado, pois esses 2 votos
contra, representam, salvo melhor juízo, um voto do representante do sindicato
dos motoristas e cobradores e um voto do representante comunitário.
Já que o resultado dessa votação é sempre
prejudicial aos interesses do universo de usuários e favorável a minoria dos
donos de ônibus, creio que por uma questão de equidade já seria a hora de
tornar esses votos e essas forças equilibradas, dando aos votos de nossos
representantes mais força e poder decisório ou então nomeando para compor essa
comissão, uma liderança estudantil secundarista e outra universitária, contanto
que pelo menos houvesse a possibilidade do empate, ficando o voto de minerva ou
desempate sob a consciência e responsabilidade do Prefeito Municipal.
Esse
jogo de favas contadas é que não é justo.
Lúcio
Reis
A matéria abaixo, escrevi há 22 anos e
portanto, quem nasceu naquele 21 de março, caso ainda esteja vivo, posto que a
delinquência juvenil a cada ano cresce absurdamente e muitos e na proporção
direta milhares foram mortos, esse cidadão hoje tem maior idade e pelo que se
tem ciência via imprensa, poucos enveredaram pelo caminho da legalidade e mesmo
a despeito do clamor social, a representação popular nos parlamentos nada fez
com o objetivo de reverter a crítica situação.
Belém, Pa, em 21 de março de 1992
MENOR
Após o advento da Lei de Defesa e Proteção ao
Menor, vimos assistindo sistematicamente o envolvimento e a prática de delitos
por menores, até mesmo homicídios hediondos e, paralelamente tem-se sabido
estarem as autoridades policiais, a principio, de mãos atadas em função daquela
Lei.
Outro comportamento que se
difunde no submundo do crime, é os menores estarem sendo manipulados e usados
por marmanjos contumazes na senda do banditismo, como instrumentos de ataques à
levarem a bom termo suas investidas marginais e não terem sobre si o peso e
rigores da Lei.
Para o problema, que assume proporções inquietantes
e que toma os contornos imensuráveis de calamidade social, acredito que já
seria hora de nossas autoridades, nossos representantes no Parlamento,
inserirem dispositivos na Lei, que penalize os pais ou responsáveis pelos
menores que delinquirem, pois no que entendo a guarda, proteção e
responsabilidade pelos filhos menores de idade e suas atitudes, tal como: aonde
ele vai, o que está fazendo, com quem anda, com o que chega em casa, seja de
competência dos genitores ou responsáveis pelas crianças.
Pobreza não é sinônimo de banditismo ou
marginalidade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 17 de março de 1992.
MINISTRO
Após vários anos com entrada e saída de brasileiros
da vida pública – quer por nomeação ou por eleição – promovendo muitas
decepções com promessas descumpridas, envolvimento em falcatruas, atos de
corrupção, enriquecimento a custa de propinas, gorjetas e etc... Estamos
chegando ao limite de nossas capacidades de aceitação e paciência, ao
testemunharmos uns poucos e inescrupulosos brasileiros, conduzirem esta Nação
para o precipício do caos e transformá-la numa dessas republiquetas que
constituem este planeta.
Felizmente, algo de bom e positivo aconteceu neste
País relativo aos Poderes Constituídos desta República. Refiro-me a nomeação do
competente cardiologista Dr Adib Jatene à direção da Pasta do Ministério da
Saúde.
Pelo menos, quando aquele Ministro se dirige a nós,
por intermédio dos órgãos de imprensa, não usa e nem vem com aquele blá, blá,
blá, com conversa de enrolação, característica dessas velhas raposas que vivem
comendo uvas, ora no Executivo, ora no Legislativo e até mesmo no Judiciário,
tipo “Rolando Lero” e, cada vez mais os resultados são desastrosos para a
sociedade brasileira em função de suas atuações.
O atual Ministro da Saúde, inspira confiança a
partir de seu desempenho profissional e pelo fato de não sabermos de nenhum
procedimento público que desabone sua ilibada conduta, bem como por não ser
mais profissional da política nacional. Esperamos e torcemos para o sistema não
o envolver e venha a prejudicar sua gestão e que, ele realize milagrosos
transplantes, pontes nessa tão combalida Pasta Ministerial.
Que Deus o proteja e guie.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 16 de março de 1992.
ÔNIBUS
O Regulamento da CTBEL, no que se refere a
comodidade dos usuários de ônibus de Belém, continua sendo atropelado tanto por
motoristas quanto por cobradores e, a esses se juntaram vendedores de chocolate
ou de varetas de incenso.
Quanto
aos últimos, compreendessem eles que assim como entendem ser um direito
oferecer seus produtos aos passageiros, esse direito que lhe foi dado
erroneamente pelo motorista – pois eles não pagam passagens – não pode sob
hipótese alguma ser usado por imposição, pois é também um direito do
usuário que paga a tarifa, querer ou não adquirir o incenso ou a bala.
O
fato se complica diante da recusa do usuário, principalmente quando se trata de
uma senhora, a qual passa a sofrer agressões morais, ofensas, por parte desses
teleguiados que prestam seus afazeres ao serviço do Reverendo Moon e tantos
outras que usam o esquema de “lavagem cerebral” a fim de fazer caixa através
desses objetos humanos.
Portanto,
solicitamos às autoridades municipais ou as que cuidam do trânsito desta
Capital, providencias a respeito, pelo menos quanto a esses inoportunos
camelôs.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 20 de fevereiro de 1992
CASA PRÓPRIA
O Jornal
"O LIBERAL" edição de 20.02, tem como manchete de primeira
página: "CASA PRÓPRIA TEM AUMENTO DE 803,64%". No corpo da matéria há
explicação de que aludido índice está consubstanciado pelas Leis nº 8100/90 e 8222/91.
O assunto moradia é de competência do Poder Executivo.
As Leis que orientam ou regulamentam o assunto,
portanto, são de origem do mesmo ou de membros do Congresso que lhe dão
sustentação politica,mas, suas aprovações ou rejeições são da esfera do Poder
Legislativo, isso na minha compreensão de cidadão leigo no assunto.
Ainda como ignorante no tema, arrisco-me a
perguntar e a afirmar: "1º que salário neste País obteve ou
conseguiu um reajuste no prazo de um ano, na mesma ordem?"; 2º quem neste
País pode contar com uma majoração pecuniária nesse índice - e nós sabemos quem
- não é assalariado e logo, não se envolve, a principio, com o SFH (Sistema
Financeiro da Habitação), cuja destinação é amenizar - pois resolver jamais -
o problema social habitacional deste
País.
O irritante é a insensibilidade de mandar
publicar um índice dessa magnitude, capaz
por si só de fuzilar um pobre cardíaco aposentado ou pensionista que,
sequer consegue ver em seu minguado contra cheque o constitucional 147,06% e
depois, o pessoal da área econômica , com ares de espanto, declarar não
entender o porque da inflação teimar em
não baixar.
Com medidas anti-povo, tal qual a presente, não
há governo o nem Poder que adquira
confiança, o apoio e a credibilidade do povo, e mesmo a Caixa Econômica
declarando que ninguém, será prejudicado e que não
precisa recorrer a Justiça aí então, o caso passa a situação de "terrorismo psicológico" condenável na
Carta Magna.
LÚCIO REIS.
Belém, Pa, em 11 de Março de 1992
DO CÉU
Quando um ministro passa recibo de dinheiro “caído do céu”, pode-se
concluir a quantas andam os interesses do povo, de cujo governo ministro desse
quilate faz parte.
Por via direta, encontra-se de imediato as resposta para a negativa do
governo em não querer honrar ou protelar o direito dos aposentados aos 147,06%
e a razão pela qual houve a pretensão de aumentar as alíquotas de recolhimento
para o INSS.
Enquanto o ministro, com toda pompa e autoridade anuncia pelos veículos
de comunicação que o caixa do Instituto não tinha fundos para o pagamento dos
aposentados com o acréscimo dos 147%, sua cabeça estava a mil por hora, bolando
quantas outras empresas ele iria facilitar o parcelamento de débito e assim não
houvesse o desencaixe para elas, encaixe à Previdência e assim provocaria uma
chuva de US$ em sua horta.
Como ele aprontou em Genebra, como colocou um chapa oficial à disposição
da cadela e caindo dólares do céu, o Sr Magri achou que era “imexível”. A
verdade no entanto, é que o Marajá da Eletropaulo, caiu do inferno no
Ministério do Trabalho e Previdência Social, para atazanar a sofrida vida dos
velhinhos desta Nação.
Todavia, há sempre um consolo. A Justiça de Deus, tarda mas não falha.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 04 de fevereiro de 1992
REFORMA
O governo atual, com o respaldo de mais de 35
milhões de brasileiros, ratificado em dois turnos, inaugurou o seu mandato
declarando que, quem já houvesse participado de governos anteriores não
comporia o seu, além da promessa de colocar na cadeia os corruptos (ocaso LBA
está congelando) e, governar em prol dos descamisados e descalços.
Passados todos esses meses
as promessas não foram cumpridas e agora, inicia-se uma reforma ministerial, na
qual seu “Staff” passa a ser composto de políticos, como é o caso do Sr Ricardo
Fiuza e o substituto do Sr Magri.
Outra vez o Governo Collorido
se equivoca, pois, para que passe a galgar o sucesso Elle não precisa dos
políticos, a classe mais desacreditada neste País – as pesquisas estão aí – e
sim, adotar medidas que venham de encontro aos interesses do povo, tal como:
acabar com essa política recessiva, criar novas frentes de trabalho e emprego;
promover o poder aquisitivo dos salários: tomar daqueles que fraudam e
corrompem o erário tudo de econômico que adquiriram, além de colocá-los na
cadeia; cumprir a Carta Magna e não criar dificuldades a que os aposentados
recebam o que lhes é devido, os 147,06%
Com esse elenco de medidas,
o povo voltará a crer no atual governo e, será esse mesmo povo que lhe
proporcionará a força que necessita junto ao Congresso.
Portanto, é hora de reforma em prol da
sociedade carente e sofrida.
Lúcio Reis
Belém, Pa,
em 27 de novembro de 1991
IMPOSTO
ÚNICO
O cidadão brasileiro principia a ficar com a
"pulga atrás da orelha", receando que um novo choque econômico esteja em marcha
nas pautas de
reunião do time da economia comandado pelo Ministro Marcilio Marques.
Os sintomas começam a surgir: recentemente o Jornalista Joelmir Beting em sua coluna diária informou da suspensão da emissão da cédula de CR$100 mil, tendo em vista a futura eliminação de 3 zeros do atual padrão monetário; o governo, através do humorista - não sei porque um humorista - Jô Soares, prega a implantação do Imposto Único de 1%, com o slogan: todos por um e um para todos e; por fim a espiral inflacionária se acentua, além dos patamares que a moeda americana vem alcançando.
Em relação ao Imposto a ser adotado, ao que tudo indica e, numa primeira observação, parece que há a equidade tão almejada e a justiça tributária de que tanto o assalariado reclama. Porém, se determinadas providencias não forem adotadas, a medida tornar-se-á inócua e será mais um imposto a ser acrescido na longa lista já existente, pelo seguinte: o dinheiro da corrupção, das propinas, da economia informal e etc..., dificilmente entram na C/C bancária, pois via de regra se transforma em bens móveis e imóveis, em ouro ou em dólar, daí a situação económica do corrupto ser sempre privilegiada.
Como o governo vai solucionar isso, eu não sei. Mas, arrisco a sugerir o que se segue: "Quando da implantação da cobrança do Imposto Único, o governo avisa que todos aqueles que tem cruzeiros em casa, no bolso que os dspositem de preferência na poupança ou em C/C bancária, num prazo de pelo menos 10 dias úteis. Enquanto isso o Banco Central passa a carimbar toda a moeda em seu poder, com uma determinada marca. Após o prazo estipulado para o depósito acima citado, toda e qualquer cédula que não estiver carimbada, não teria mais nenhum valor comercial e, todos os valores que iriam saindo dos bancos, já sairiam taxados e ter-se-ia em circulação uma moeda nova e mais forte, pois não adiantaria correr para esses ativos especulativos, pois um ou outro teria que arcar com a taxação.
Com o dinheiro devidamente identificado seu dono, o Leão entraria em campo e iria descobrir a origem do mesmo. Com isso, acredito eu o plano dê certo. Caso contrário será apenas mais um.
Os sintomas começam a surgir: recentemente o Jornalista Joelmir Beting em sua coluna diária informou da suspensão da emissão da cédula de CR$100 mil, tendo em vista a futura eliminação de 3 zeros do atual padrão monetário; o governo, através do humorista - não sei porque um humorista - Jô Soares, prega a implantação do Imposto Único de 1%, com o slogan: todos por um e um para todos e; por fim a espiral inflacionária se acentua, além dos patamares que a moeda americana vem alcançando.
Em relação ao Imposto a ser adotado, ao que tudo indica e, numa primeira observação, parece que há a equidade tão almejada e a justiça tributária de que tanto o assalariado reclama. Porém, se determinadas providencias não forem adotadas, a medida tornar-se-á inócua e será mais um imposto a ser acrescido na longa lista já existente, pelo seguinte: o dinheiro da corrupção, das propinas, da economia informal e etc..., dificilmente entram na C/C bancária, pois via de regra se transforma em bens móveis e imóveis, em ouro ou em dólar, daí a situação económica do corrupto ser sempre privilegiada.
Como o governo vai solucionar isso, eu não sei. Mas, arrisco a sugerir o que se segue: "Quando da implantação da cobrança do Imposto Único, o governo avisa que todos aqueles que tem cruzeiros em casa, no bolso que os dspositem de preferência na poupança ou em C/C bancária, num prazo de pelo menos 10 dias úteis. Enquanto isso o Banco Central passa a carimbar toda a moeda em seu poder, com uma determinada marca. Após o prazo estipulado para o depósito acima citado, toda e qualquer cédula que não estiver carimbada, não teria mais nenhum valor comercial e, todos os valores que iriam saindo dos bancos, já sairiam taxados e ter-se-ia em circulação uma moeda nova e mais forte, pois não adiantaria correr para esses ativos especulativos, pois um ou outro teria que arcar com a taxação.
Com o dinheiro devidamente identificado seu dono, o Leão entraria em campo e iria descobrir a origem do mesmo. Com isso, acredito eu o plano dê certo. Caso contrário será apenas mais um.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 26 de novembro de 1991
RESSABIADO
Em julho deste ano, os técnicos, os "bambas" da economia nacional, ora de plantão no Palácio do Planalto, iniciaram a deitar
falação à sociedade brasileira, temendo a explosão de consumo em virtude do
inicio do processo de devolução dos cruzados novos a partir de setembro p.p.,
os quais foram retidos pelo governo
no inicio de sua gestão.
Por
uma questão psicológica, creio eu, a área econômica federal, antecipou a devolução do dinheiro retido no Banco Central para
agosto e, até agora ao que se tem
noticia, nenhuma onda de consumismo ocorreu e, tanto isso é verdade que o nosso
Presidente convoca o consumidor brasileiro à retardar suas compras de fim de
ano, na expectativa de que os empresários desovem seus estoques. Como se
constata o povo frustou mais uma vez as prójeções governamentais, uma vez que alcançamos a quarta parcela da
liberação.
Outro
fato que bem ilustra essa desconfiança popular em relação aos nossos
governantes, é o procedimento do cidadão em atendimento dos questionários
do CENSO demográfico.
Em função
disso tudo, seria interessante que os homens públicos deste País,
principalmente nossos representantes no parlamento, iniciassem - com fatos
concretos - um processo de reversão do estado de desconfiança que tomou conta
de todos nós, pois dentro de poucos anos, novamente teremos eleições para o
cargo máximo deste País e, queira DEUS o sistema financeiro do Brasil, pouco
antes do pleito eleitoral, não venha a entrar em colapso, uma vez que da
experiência amarga do Plano Brasil Novo, no qual nem a cara da poupança foi
poupada, o cidadão está verdadeiramente ressabiado e, não será bobo mais uma
vez ao ponto de deixar suas economias depositadas nos agentes do sistema
financeiro, os bancos e, depois vê-las retidas novamente pelo poder.
Você se arriscaria?
Lúcio
Reis
Belém-Pa, em
15 de outubro de 1991
MONITORAMENTO PREÇOS
Reiteradas vezes a Sra Dorothea Wernekc, o Sr. Ministro da Econonomia e
outros da área do governo que se relacionam com preços, vêm ameaçando retomar
ao controle de preços, através de tabelamento, monitoramento e etc..., em
função de aumentos abusivos de preços de mercadorias, tanto da indústria para o comércio, quanto deste Para nós consumidores final.
Como se pode constatar, eis aí um dos fatores essenciais que contribuem a que a inflação ascenda à patamares insuportáveis, fazendo oom que
o "tigre" que apenas foi ferido de
raspão por aquela única bala, retome a sua verocidade em devorar poder
aquisitivo de salário do trabalhador descamisado e descalço.
Comprimir salários e liberar preços de mercadorias é repetição de
experiências já realizadas neste País e que, não surtiram efeitos produtivos e
positivos nenhum ao trabalhador e a economia nacional. Muito pelo
contrario - já que salário não inflaciona - vem conduzindo e mantendo cada vez
mais a Nação em malfadada recessão, onde os índices de desemprego se elevam cada vez mais.
A título de colaboração, caso a SUNAB ou PROCON, desejem atuar oom o
objetivo de conter pelo menos um desses abusos, que tal fazer uma verificação
nessas empresas que vendem e/ou distribuem água mineral, pois no pequeno espaço
de 30(trinta) dias elevaram o preço do garrafão de 20(vinte)litros, de Cr$900,00(novecentos cruzeiros) para Crf 1.500,00(Hum
Mil e Quinhentos cruzeiros), um índice de reajuste de 66,5%.
Sabe-se, segundo a imprensa, que para este mês a inflação ameaça alcançar os
20%.
Como se pode perceber claramente no exemplo acima, o qual fatalmente deve ocorrer com outros produtos, eles embutem a inflação
propriamente dita, a inflação inércia!, a inflação psicológica,
a inflação especulativa e etc... E,
com isso furam qualquer plano de governo ou qualquer politica econômica.
Esse lamentável e condenável fato, não é novo no mercado e é óbvio que o
mesmo se repitira ao longo dos tempos, uma vez que a ação repressiva e
coercitiva não existem. Ninguém é punido, pelo menos obrigando os preços
retornarem aos valores anteriores ou sequer a preços menos abusivos. Não! O que
o governo faz é ficar prevenindo. Quando ele resolve a tomar uma posição os preços estão lá em cima e os salários lá em baixo. Há muito é assim.
Se apenas uns poucos se sensibilizarem e a maioria não colaborar, não
haverá emendão, entendimento, remendão ou pacto que venha a resolver nosso problema ou do
Brasil.
Lúcio Reis
Belém,PA, em 09 de outubro de 1991
VERGONHA
Em reportagem recente a TV Liberal, mostrou o
absurdo de um vereador de Jaboatão-PE, que usa 92 assessores para o
desempenho de sua função parlamentar, para a qual ele se apresentou de livre e
expontânea vontade.
Em outra matéria, inclusive com imagem,
mostrou-nos o Prefeito de um Interior do Espirito Santo, que
recebe mensalmente mais de 8 milhões de cruzeiros - 4 vezes mais que o
Presidente da República -, a título de remuneração pelo desempenho da
função de chefe do executivo municipal, para o qual também não foi
obrigado a se candidatar.
E, por sua vez o Jornal O Liberal, em sua
edição de 09/10 p.p. pag 15, publica
materia com a seguinte manchete: "Magistrados admitem baixar vencimentos”!
Pelos fatos acima, temos
exemplos deploráveis e de causar a mais profunda revolta e tristeza em qualquer cidadão que
honestamente e com rios de suor que lhes correm da
fronte, tenta levantar o sustento mensal de sua família.
Hoje em dia, o pipocar de greves neste País, por melhoria
salarial é uma
verdade inconteste. Logo, quem admite e aceita receber menos, concorda que legalmente a lei lhe foi benevolente, porém,
em relação aos demais assalariados essa lei
é uma imoralidade e uma
covardia.
Chamo a atenção do caro leitor
que os fatos acima, caracterizam situações lamentáveis que se passara nos três poderes da República:
Legislativo, Executivo e
Judiciário e, são realidades que vazaram ao conhecimento
popular, portanto, imaginem o que ocorre por debaixo dos panos?
Logo, a quem o cidadão vai ou pode recorrer?
Diante desses procedimentos visiveis e daqueles que rolam as ocultas,
ainda ficam nossas autoridades econômicas à cata da origem da inflação, que teima em ascender à
patamares que aniquilam os salários.
Esses descalabros vergonhosos
são uma das molas propulsoras que reforçam o mau carácter daqueles
empresários que só pensam em grandes lucros e que, diante desses
péssimos exemplos de homens públicos, não sabem conviver com a liberdade de
preços, com a lei de mercado, onde os preços oscilam pela oferta e procura e, desandam abusivamente
a aumentar o preço final de suas mercadorias, o que em consequência eleva
os índices inflacionários, pois o poder necessita de mais impostos, pois
os parasitas são muitos.
A lenga, lenga do déficit
público e de que as tarifas dos produtos e serviços do governo estão defasadas
- mesmo com a edição de tarifaços -, não convence mais ninguem, pois a teoria é
divergente da prática.
Existe esperança? Sim, somos nós, enquanto povo, pelo menos em se tratando de
cargos eletivos, capazes de não deixar esses vagabundos e péssimos brasileiros,
voltem a se beneficiar do erário, em detrimento, por exemplo da professora de
Canapi, que recebe 8 mil cruzeiros de salário.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 23 de Setembro de 1991
DIPLOMAS FALSOS
O Jornal O LIBERAL em sua edição
de domingo, dia 22.09, página 8, publica matéria de autoria do Deputado Estadual Ronaldo Passarinho,
intitulada “Os Diplomas Falsos e
a CPI".
Na mesma edição o Presidente da AL, registra que
desde março p.p. o fato veio a baila. Em fins de agosto é que foi
recebido o relatório da SEDUC e, a partir daí, por determinação de
portaria, entrou em ação a Comissão de Servidores Estáveis. Com isso, já decorreram mais de 5 meses.
Quando a Comissão de
Servidores já havia avançado alguns dias, sem que sua tarefa houvesse completado 30(trinta) aias,
eis que foi constituida uma CPI com a mesma
finalidade. Todavia, as conclusões da CPI só poderão ser concretizadas
após a constituição da Comissão Processante.
O servidor que galgou função privativa de quem
possui 3º grau, através de um ou mais diplomas falsos e que, no desempenho da
atividade recebeu todas as regalias de "doutor" - até mesmo a pose e,
o olhar por cima dos ombros para os subalternos esnobando - inclusive a
respectiva paga pecuniária, convenhamos, essa pessoa tem um baita
pistolão, que tanto pode ser do próprio Poder , quanto dos outros dois
poderes ou até mesmo de qualquer órgão público.
Ê óbvio que a sociedade não tolera mais essas
falcatruas, essa roubalheira e essas indecências públicas administrativas, pois
as noções de limites e as de valores morais foram totalmente abolidas no seio
das repartições públicas, com raríssimas
exceções. Porem, esse mesmo povo sabe também que os padrinhos dessee
"doutores de meia pataca" são coniventes com essa orgia com o
erário e, portanto, tão culpado ou mais, quanto ao apadrinhado.
Um Zé Ninguém, um Zé Tolo ou um Zé
Burro qualquer, sozinho não teria meios de alcançar seu
objetivo. Esta claro que o
concurso de muitos outros foi imprescindível. Logo, circunstancialmente há a existencia de
quadrilha.
É necessário
que se registre que ali como em outras repartições, há a exceção, há o
funcionário honesto, trabalhador e cumpridor do seu dever.
Não há duvida também, de que o
corporativismo não deixará, de funcionar neste episódio, O desempenho e "resultados positivos" de
CPI's, são plenamente do conhecimento
popular. A. CPI que ora se instala, esperamos, não esteja pretendendo
ganhar tempo, o qual é por demais propicio em fazer a opinião pública se esquecer
de fatos, mesmo escabrosos. Muitos interesses serão contrariados. Muitas
cabeças poderão rolar.
Apesar de soberana, as conclusões da CPI
estarão condicionadas, no caso, a existência da Comissão Processante.
Porque as duas não atuam paralelamente e depois convergem para o mesmo
fim, qual seja: defender os interesses do povo e tentar limpar o
nome e a imagem do Poder?
Caso não seja assim, só nos resta concluir que:
“Quem entra numa polcilga, pode até não comer farelo, mas que pelo menos vai
sujar o pé de lama, ah! Isto vai”.
Lúcio Reis
Belém-Pa, em 22 de setembro de 1991
CORRUPÇÃO
Acreditando que o Fundador do Brasil Novo, àquela altura, Caçador de Marajás, iria efetivamente colocar os corruptos na cadeia, 35 milhões de brasileiros, conduziram o ex-governador de Alagoas a ocupar o Palácio do Planalto, outorgando-lhe a Procuração de que necessitava para cumprir suas promessas de campanha.
No inicio do atual Governo,
tão logo o Advogado Bernardo Cabral, foi substituído pelo Coronel Jarbas Passarinho, hoje Ministro da
Justiça, o Empresário António Ermirio de
Moraes, com o respaldo industrial e responsabilidade funcional que
possui junto a sociedade brasileira, declarou publicamente que havia corrupção
e por conseguinte corruptos no governo Collorido. Essa declaração causou
susceptibilidade, que provocou interpelação judicial ao dono da Votorantim e
que, o tempo se encarregou de fazer cair no esquecimento
popular.
Depois veio a avalanche de fraudes e a infernal roubalheira aos cofres
do INSS, cuja quadrilha é ou era composta por advogados, juízes e obviamente por funcionários do órgão.
O caso INSS foi amenizado e
desprestigiado com o surgimento do affair Jabes Rabelo, Nobel de Moura x
Raquel Cândido, os quais com mais alguns pares constituem o "Time do
Pó", o qual desbancou do podium o "Time do Poire".
Enquanto entre outros
episódios, rolavam o caso INSS, receptaçao de carro roubado e emissão de carteira falsa de
assessor parlamentar, houve a "reunião
de gente de baixa condição" constituindo u’a MALTA imoral e marginal
que se dispôs a embolsar ilegalmente o dinheiro de imposto do contribuinte que
foi alocado à LBA, com destinação de fazer filantropia aos descamisados e descalços.
À época da eleição para
governador de Alagoas, houve a denuncia de que a verba da LBA, estava sendo usada e
desviada para fins eleitoreiros com o objetivo de beneficiar o candidato da
simpatia da família dos Maltas. Até hoje lá como aqui, as denuncias de
corrupção eleitoral ficaram somente na denuncia. Ninguém foi penalizado pelo
deslize e os cargos foram ocupados via maracutaia, portanto ilegítimos.
Hoje a imprensa tem matéria prima de qualidade,
suficiente para suas edições diárias, tal o volume significativo dos
casos de corrupção que a cada dia vem a tona,
emergindo da LBA, cujos protagonistas são pessoas indicadas para os cargos e com ligações bem próximas
do "Staf" governamental federal,
principalmente com origem no Estado de Alagoas.
Com o caso LBA desviou-se a atenção da sociedade do
problema INSS, narcotráfico no Parlamento Federal, Receptação de roubo,
falsidade ideológica e o que é pior, nem os corruptos de ontem e nem os de
agora, estão ou vão para a cadeia. E assim este País de escândalos em escândalos
de mãos dadas com a impunidade, caminha a passos largos para o caos da inversão
de valores morais e éticos e, um dia alcançará a desgraça total, como ocorre
nessas republiquetas que existem por aí. É só esperar.
Lúcio Reis
Belém , Pa, em 18 de setembro de 1991.
ENTENDIMENTO
Há alguns dias que politicos brasileiros e empresários vêm se reunindo em torno de longas discussões, visando pela enésima vez o entendimento nacional.
O motivo da busca do
entendimento é encontrar a solução para os sérios problemas que afligem nossa República, para
os quais o trabalhador em nada
contribuiu. A crise é concreta; estamos mergulhados em problemas de
moral, de desperdicio, capacidade funcional, de economia, de finanças e por via
de consequência, Institucional.
O entendimento pressupõe abrir
mão voluntariamente em prol do País, de regalias, de lucros astronômicos e portanto,
contribuir pelo menos com uma pequena parcela de sacrifício.
Da cadeia prodrutiva desta Pátria, o único elo
que há muito tempo vem se doando e
cooperando com o suor de sangue do rosto e até mesmo com o sacrifício da
própria vida, é o trabalhador e principalmente o assalariado, o qual mensalmente carreia milhões de
cruzeiros ao cofre do Tesouro Nacional através do imposto que lhe é subtraído na fonte, bem como aos cofres
do INSS via desconto em seu
contracheque. Deste último percentual, todos sabemos,
a priori, qual será sua destinação final.
Os demais elos, ao longo
desses anos todos, pouco ou quase nada têm feito com o intuito de empurrar o Pais
adiante, para o lugar que lhe é de direito.
As noticias que nos chegam, versando sobre o tema, falam de ações de corrupção,
de sonegação, de alta exagerada em seus produtos e o achatamento da remuneração de seus empregados. Isto
realmente tem empurrado a Nação
adiante, porem para o fundo do poço.
Pacto ou entendimento nacional, esse filme
é reprise, a fita é de péssima qualidade, o
cenário é o mesmo. Ao mocinho e aos bandidos foi dado apenas outro
script, o qual situa a ápoca do desenrolar da história em 91. Somente a plateia é a mesma, que há muitas
estreias e reprises vem pagando um alto preço por um ingresso que a
levará à urna sala de espetáculo cheia de ratos, pulgas e outros animais
nocivos.
Pacto, entendimento ou acordo,
é óbvio que com as partes envolvidas e as características do mesmo, infelizmente,
mais uma vez não dará certo.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 25 de agosto de 1991
COMUNISMO
O mundo todo
assistiu o golpe de estado e seu imediato sufoco, patrocinado pelo Partido
Comunista na União Soviética, com o intuito de dar um Cartão Vermelho ao Líder
Soviético Mikhail Gorbachev.
O interessante do
fato histórico, são as consequências advindas dele, tal como e principalmente o
sepultamento da famigerada Policia Secreta, o braço armado do Partido, a
KGB.
Houve uma época na
história política e social do Brasil, que à toda agitação urbana ou rural, como
greves e reuniões de protestos, atribuía-se que ali havia a infiltração e o
dedo de comunistas agitadores, pois naquele tempo e que não está longe, aqui
entre nós o PC era ilegal.
Com a
abertura democrática Verde e Amarelo e o advento do pluripartidarismo, o
Partido Comunista emergiu da clandestinidade e hoje, é uma das ações opositoras
ao Governo Situacionista desta Nação.
Mesmo na
ilegalidade, porém com a pecha das ações radicais e de quem não aceita
discordância, nem dissidência e até mesmo com o rótulo de que “comunista come
criancinha”, os PC daqui lograram grandes avanços, capazes de surtirem efeitos
históricos relevantes.
Na ação
recente da URRS, um dos sentimentos que mais deve ter provocado espanto no
restante do mundo, é termos constatado que não apenas alguns soviéticos ligados
ao universo desportivo, cultural e cientifico de lá, eram contrários e
dissidentes a filosofia e ao regime ali implantado há 74 anos, porém, a grande
maioria daquela sociedade vivia insatisfeita e infeliz sob os tacões
prepotentes, violentos e autoritários da Foice e do Martelo, com o pretexto de
distribuir riquezas equitativamente.
Ao sabermos
que a grande parcela de russos não acatava o regime do Kremlin, conclui-se a
pressão sob a qual o cidadão da URSS vivia, tendo seus passos, pensamentos e ideias
vigiados pelos membros da KGB, tornando oculto aquela insatisfação ao resto do
mundo.
Quanto a ação
física, os métodos já são de nosso conhecimento, pois ainda está fresco em
nossas memórias a batalha campal da Praça da Paz Celestial, na China, onde
milhares que clamavam por liberdade democrática foram esmagados pelos tanques.
Em relação de que
são capazes na pressão psicológica, lembremos que até mesmo o Presidente
Gorbachev não escapou, pois queriam arrancar de suas mãos pela renuncia seus
direitos e autoridade presidencial e constitucional.
Em 92 teremos
eleições municipais. O comunismo foi sepultado em seu berço e fortaleza, logo,
para lá não serviu, pois a casta que assume a Direção e o Destino de um povo,
não abre mão, como aqui, de seus privilégios individuais, os quais são
sustentados pela maioria da sociedade.
Chega portanto de
enganação e de escravizar a sociedade.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 12 de
Agosto de 1991
Publicado no Jornal O Liberal, edição de 13/08/1991 – Coluna
Cartas
NARCOTRÁFICO
Os dias vão se esvaindo e nada de concreto é
resolvido em relação ao deplorável fato que tomou as rodas de conversa e
passou a ocupar os temas de debates diários, principalmente em função dos
protagonistas da ação.
O Brasil, em todos os seus quadrantes, foi
telespectador da brutal agressão física a que foi submetida a deputada federal
Raquel Cândido, vítima de um de seus pares, no plenário do Parlamento Federal e
no decorrer de uma seção. Motivo: a deputada denunciara o
envolvimento de colegas seus com o narcotráfico em seu Estado de origem e pelo
qual foram eleitos.
Poucos
dias depois, mais de ½ tonelada de cocaína é apreendida pela Policia Federal.
Um dos traficantes é portador de uma carteira funcional de assessor
da Câmara Federal, assinada por seu irmão, que no momento detém uma
representação popular.
É praxe neste País as leis e os direitos
individuais serem esmagados pela prepotência, por pessoas que de uma forma ou
de outra desempenham funções de mando e de responsabilidade. Quantos cidadãos
honestos e trabalhadores nesta terra ainda não foram agredidos pela famosa
interrogação: “Sabes com quem estás falando?”.
Pois então imaginem essa frase acompanhada pela
apresentação de uma carteira funcional do poder Legislativo Federal e mais
alguns cruzeiros. É claro: a corrupção abre caminhos facilmente,
inclusive, e principalmente, para 554 kg de cocaína.
Além do narcotráfico, no caso ora em evidência, há
o roubo e receptação de carros roubados e uma gama de outros atropelos dos
ditames legais.
Se fosse um de nós, simples mortais, estaríamos com
toda a família nas barras das grades, sofrendo as piores humilhações e
decepções. Alega-se que o cidadão é protegido pela imunidade parlamentar.
Entende-se, ou pelo menos assim seria o certo, que esse privilégio só deveria
ser usufruído em relação ao que o político fizesse ou dissesse em pleno
exercício do mandato eletivo; logo, na tribuna da Casa.
Os crimes cometidos e dos quais há provas
circunstancias e evidentes não são inerentes ao cargo político; logo são crimes
como quaisquer outros, pois ninguém elege ninguém para que esse representante
cometa desatinos morais e legais.
É óbvio que o poder como um todo é
constituído também por homens de bem e idôneos e por isso limpos, moral e
legalmente. A esses competiria encetar uma campanha com o objetivo de acabar
com o privilégio do Foro Judicial Especial, para aqueles que as evidências do
delito são contundentes, como é o caso.
Assim, em substituição a esse absurdo
registrar-se-ia, na Constituição, que está assegurado ao cidadão o direito de
cassar a procuração que ele conferiu ao legislador através do voto, a partir do
momento que esse procurador envereda pelo caminho da semvergonhice, da
corrupção, do tráfico e tantos outros atos que ao longo desses anos vêm
enlameando a representação democrática deste País.
O voto secreto para conceder licença para que o
político seja ou não processado é outra aberração, pois quem
nada teme e tem como objetivo nobre o melhor para
seu povo e seu país deverá querer aparecer como contrário a esses
maus brasileiros, que a peso de dinheiro sujo buscam um cargo eletivo a fim de ser
protegerem sob o manto do corporativismo e da imunidade parlamentar e, assim,
continuar vivendo à margem das leis.
Lúcio Reis
Belém,PA, em 23 de julho de 1991
DIGNIDADE
Outra
vez o cidadão contribuinte é "presenteado" com o absurdo administrativo de um homem em função
pública, no trato com o dinheiro oriundo dos seus impostos.
O fato da aquisição de 5000
exemplares de jornais pela Secretaria de Estado de Saúde Pública, em apenas um
mês, reflete nitidamente o ânimo de preocupação
com a moralidade que há na cabeça de dirigentes de órgãos públicos e, em relação a sua reputação junto a
sociedade.
Além de
não se preocuparem nem um pouco com o efeito ético, não respeitam sequer, a
dignidade de serem cidadãos chefe de família e, principalmente profissionais,
que acima de tudo deveriam zelar pelo bom nome da categória a que
pertencem.
Obviamente que a justificativa
da má remuneração não existe - com o que
é comum explicar-se essas ações - pois se sabe muito bem que assessores especiais
são marajamente remunerados, o que não dizer de um Secretário de Estado, que ainda pode contar com uma série de
privilégios inerentes ao cargo, os
quais até se estendem aos familiares.
Quanto ao
mérito da distribuição dos jornais entre pacientes e funcionários
da SESPA, não se discute, pois é perfeitamente sabido que o cidadão quanto
mais informado ficar, mais discernimento terá, pois tomará conhecimento de
outras opiniões, receberá via imprensa a sabedoria, malandragem e maracutaias
que ocorrem no dia a dia e, por consequência irá formando sua opinião própria
sob comparação de fatos morais e imorais, consolidando para o bem ou
para o mal sua personalidade e carater.
A
questão reside nos meios empregados e na origem do dinheiro usado para aquisição
dos 5000 exemplares, cujo montante rateado entre os servidores, quando nada
seria de alguma valia, pois qualquer acréscimo sobre os salários de hoje,
sempre será bem vindo. Ha aquisição de medicamento para destribuição entre a
população carente - principalmente remédio para verminose - seria de
excelente efeito.
Agora,
quanto a um profissional não respeitar a dignidade de seu cargo e sua
posição profissional, metamorforseando-se em gazeteiro (é óbvio, de minha parte
com todo o respeito aos distribuidores e vendedores de jornal) bem
reflete o grau de deterioração a que chegou a função pública neste País.
Por fim,
só nos resta esperar que o Conselho de Medicina, entre em ação para proteger e
defender a categoria que congrega e lutar em prol do bem estar do cidadão
comum e sofrido desta Nação, vítima de imperícia, de negligência e de
outras mazelas que, médicos deste Brasil vem lhe impingindo.
Lúcio
Reis
Belém-PA, em 02 de
julho de 1991
Publicado no Jornal O Liberal de 03/07/1991 – Coluna Cartas
PENA DE MORTE
A sociedade brasileira está
prestes a se pronunciar, via plebiscito se concorda ou não com a instituição da
pena capital em nossa querida Pátria.
Ao longo dos anos as elites
dirigentes deste País, vem se portando egoisticamente,
priorizando os interesses pessoais através do nepotismo, do tráfico de influência (QI: quem
indica), da crescente corrupção e do enriquecimento ilícito dentre
tantas outras mazelas que infelicitam nossa gente, pois paralelamente a essas atitudes malignas como um câncer
social-administrativo, os assuntos
de relevância e proveito comum à sociedade foram relegados a planos de somenos importância.
As
consequências diretas dessa irresponsabilidade gerência, tem sido a
crescente miséria absoluta, o caos na educação, a falta de moradia digna, a fome,
alta mortandade infantil, índices absurdos de analfabetismo, de desemprego,
de salário irrisório e quase total desinformação do povo.
Ainda
como resultado dos desmandos, assistimos dia a dia os funestos resultados
dos aparelhos preventivos, coercitivos e punitivos, em função da falta
total de meios capazes a que levem a bom termo suas atividades fim, cumprindo
seus objetivos sociais. E assim, dispomos de um Judiciário a se mover como
“lesma”, órgão policial, onde as viaturas estão aos pedaços e, leis que são
desobedecidas pelo próprio poder que as votaram.
Foi nessa
precária situação, onde campeia a impunidade e cresce a violência e os bárbaros crimes,
sequestros, que o estado de espirito do cidadão brasileiro vem sendo cultivado, em cujo caldo de cultura as
agressões a ele se sucedem em
espantosa velocidade e será, portanto, com esse ânimo que ele irá dizer se quer ou não à pena máxima para nós.
Assim
como está, é óbvio não pode continuar. Ao estágio ao qual chegamos,
acredito que pelas verdades acima, esse onus não deve ser creditado ao povo, bem
como é verdade ainda que a sabedoria popular ensina: que um erro não justifica outro.
Logo, se
já conseguimos diagnosticar o agente causador do mal, porquê então, não
combate-lo eficazmente, pois numa democracia o povo é o objetivo e não
objeto.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 25 de
Junho de 1991.
SUBSÍDIOS
Mais uma vez vem à baila as condenações e severas
criticas ao problema nacional e em todos os Estados e Municípios, dos salários,
subsídios ou vencimento de parlamentares. Aqui o caso específico dos deputados
e vereadores.
O tema é pode demais desgastante, em função de sua
repetitividade e, tendo em vista que mesmo assim, a sociedade não acata, não
concorda e, tantas vezes eles se automajorarem em suas remunerações
pecuniárias, acrescidas de outros privilégios, nesta mesma quantidade de vezes,
o povo em sua maioria absoluta, lançará seu veemente protesto.
As declarações explicativas deles, são as mais
“interessantes possíveis”: é um salário expressivo, mas, as despesas
filantrópicas e beneficentes são grandes. Ora! Em momento algum as Cartas
Magnas preveem que a função do parlamentar é a filantropia e sim, que ao invés
de votarem votos de louvor e congratulações e gastarem tanto tempo em discussões
pueris, que façam e votem leis que sejam capazes de reduzir a necessidade de
parlamento se transformar em casa de amparo ao carente, ou seja: diminuir a
carência no seio da sociedade, a começar como exemplo, que reduzam seus ganhos
e o resultado dessa redução seja repassado a programas de cunho social.
Um outro, teve o displante de declarar que o
dinheiro dos deputados está defasado desde o ano passado. Se hoje em dia uma
remuneração de mais de dois milhões de cruzeiros é defasada, que dizer do
salário de um trabalhador com valor bruto de CR$23.131,00?
Numa democracia, cuja base de sustentação é formada
por um poder, no qual seus membros tripudiam em cima da sociedade que
representam, tornando-a massa de exploração sobre os impostos que ela recolhe,
não pode ser uma democracia consistente e duradoura, como em outros países,
pois sem povo não existe Nação e sem esta, não há necessidade de poderes.
A sorte do povo é que os mandatos se esgotam a cada
4 (quatro) anos. Em campanha gostaria de ouvir aquele deputado em cima de um
palanque em comício, declarar contra a defasagem do salário dos deputados.
Vamos aguardar o próximo pleito.
De tudo, porém, se tira uma lição: se os deputados
majoram seus salários com o intuito de lhes proporcionar moralização, respeito
e responsabilidade, por via indireta podemos concluir e afirmar que a sociedade
brasileira que eles representam é constituída de trabalhadores com salários
aviltados e miserável, logo, é uma sociedade desmoralizada, que não merece
respeito e é irresponsável.
Portanto, vivemos num País onde vale mais, quem
menos contribui para a ordem e o progresso da Pátria.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 02 de junho de 1991
Publicado no Jornal O Liberal edição de 06/06/1991.
IMPOSTO DE RENDA
Imposto de Renda. Eis aí o embrião para o
lançamento de um “best seller”, sua respectiva novela ou até mesmo o roteiro de
excelente filme de trama política, econômica e policial nas cores verde,
amarelo, azul, cinza e roxo.
Ao longo do tempo o cidadão comum, trabalhador e
assalariado, a cada início de exercício financeiro se vê as voltas com sua
declaração anual de imposto de renda – que poderia ser o rito mais simples e
corriqueiro possível – que todo ano sofre alterações, as quais nos levam a
entender que elas são premeditadas a fim de encobrir os tesouros constituídos a
custa da corrupção, da fraude, da malversação do erário, do enriquecimento
ilícito pelo tráfico e outros, por tanto constantes modificações atendem os
interesses das “forças ocultas” que há muito atuam neste País e, que já levaram
a renuncia de um Presidente.
No primeiro trimestre de 1990, o governo confiscou
parcela considerável das finanças que moviam esta Nação, retendo-as sobre seu
controle nos cofres do banco Cental.
O reflexo mais importante daquele confisco, ao meu
ver, seria revelado agora com a declaração de IR exercício de 1991 ano base
1990, quando muitos teriam que justificar a fonte de renda legal – receita –
para dar suporte aquele bem financeiro retido ou a aquisição de bens móveis e
imóveis adquiridos ao longo do ano a
declarar.
O governo já declarou por antecipação, que milhões
de cruzados novos sob sua tutela, os CIC/CPF de seus proprietários são falsos,
daí concluirmos que essa parcela por consequência lógica é fruto de fonte
duvidosa ou suspeita.
Diante desses fatos e considerando ainda, que
nesses anos anteriores, nos quais houve prazo definido à entrega de
declaração do IR, a sonegação é realidade indiscutível, imaginemos neste
exercício, no qual 6 milhões de contribuintes ainda não fizeram suas prestações
de contas com o “Leão” e nem têm prazo estipulado para fazê-la, a quanto andará
a sonegação.
Portanto, analisando o perfil do País no qual
vivemos, os fatos e medidas administrativas anteriores e as medidas atuais
forçadas por ato judicial, até parecem itens de um roteiro literário e a
orquestração afinada de providencias direcionadas, capazes de ocultar o
surgimento de um tumor maligno ou então, a pressão daquelas “forças” com
intuito de dificultar o alcance de suas fontes e origem criminosas.
Al Capone somente caiu, quando o fisco lhe alcançou
por sonegação de imposto. Isto em País sério.
Lúcio Reis
Belém, PA, em 19 de Junho de 1991
MENOR
Há poucos dias, o magnífico articulista desse
Jornal, Jornalista João Malato, teceu comentários em uma de suas crônicas, a
respeito de episódio envolvendo os menores que pululam à área do Ver-o-Pêso e
um ex-assessor governamental, o qual foi vitima de assalto dos jovens
assaltantes e as providências decorrentes que foram tomadas.
Como sempre, fato consumado (assalto), surgiu
Entidade em defesa dos menores infratores, entendendo que os mesmos são
passivos de recuperação e que, a ação coercitiva a eles não se recomenda,
pois os mesmos ao invés de que pensamos, são vitimas da sociedade.
Biologicamente sabemos que à toda agressão
corresponde uma reação de igual ou maior intensidade. Em vista disso o cidadão
comum e que não é membro dessas entidades, todas as vezes que for assaltado,
quer pelo roubo, ou pelo furto, sempre sentir-se-á agredido em seu patrimônio
ou o que é pior, física e psicologicamente. Portanto, como animal que é,
reagirá instintivamente a agressão (perpetuação da espécie) e, dependendo de
seu estado psicológico, cultural e espírito cristão, será a intensidade da
reação.
Pelo que podemos depreender todos os membros de
Entidades defensoras de menor de rua, encontram justificativa ao ato de
delinquir, de vandalismo (pichação), os quais são as reações deles às
violências que a sociedade lhes infligiu.
Pois bem! Acatando esses entendimentos, concluímos
que encontramos a solução para o sério problema que aflige toda a Nação: “Basta
que todos os membros das Entidades, saiam às ruas e principalmente às áreas de
maior trânsito dos menores, devidamente identificados, com os bolsos cheios de
carteiras porta-cédula, relógios nos pulsos, cordões nos pescoço e inscrições
em suas vestes: estamos aqui para sermos vitimas dos menores de rua, aptos a
sermos roubados ou furtados e não reagiremos, aproveitem, deem vazão às suas
revoltas!..
Com esse procedimento, as Entidades se aproximam
mais facilmente dos menores, põe em prática seus planos de recuperação e
solucionam em definitivo o grave problema. Todavia, porém, gerará um impasse.
Exterminando o problema social, automaticamente estarão decretando suas
extinções , pois sem miséria, sem pobreza, não haverá massa de manobra para
muita entidade, que faz disso sua matéria prima. Pimenta no olho dos outros é
refresco.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 27 de maio de 1991.
RECEITA
É comum hoje em dia ouvirmos declarações públicas
de governantes, em tom de lamentações, a respeito da insuficiente arrecadação
de ICMS, uma das principais fontes de Receita dos Estados da Federação
Brasileira.
Os motivos são os mais diversos, merecendo,
todavia, destaque a sonegação e a deficiência fiscalizatória, sendo aquela a
consequência direta desta última, a qual por sua vez é insatisfatória pelo
reduzido número de fiscais, em relação a quantidade de estabelecimentos
comerciais.
Outro item digno de realce é a queda do poder
aquisitivo dos salários, bem como a redução da massa salarial em circulação, em
virtude da recessão e do desemprego.
Outrossim, é do conhecimento público também, que o
maior empregador é o Estado, cujos funcionários percebem mensalmente aqueles
salários que do qual lhe provem o sustento digno seu e de sua família.
Com a pretensão de cooperar à solução ou amenizar
os dois problemas, ouso sugerir o seguinte: “Quem sabe não lograria êxito o
governo instituir uma campanha, na qual todo funcionário público estadual e
municipal que apresentasse a cada mês um determinado montante de Notas Fiscais,
passaria a fazer jus a um percentual sobre seu salário básico,a título de
abono, independente de qualquer sorteio?”
O valor total de Notas Fiscais, seria composto por
aquelas que o funcionário adquirisse em suas compras pessoais, como também
serviriam as que seus amigos, conhecidos e parentes, mesmo que não pertencessem
ao quadro funcional do estado ou do município, lhes doassem.
As consequências diretas da campanha são obvias:
ação fiscalizatória de maior número de cidadãos; exigência do fornecimento das
NF com mais estimulo nessa ação, pois não haveria a figura do sorteio; maior
arrecadação do imposto; maior facilidade no controle; melhoria salarial do
funcionalismo; acréscimo no poder aquisitivo do salário; aumento da demanda de
consumo, forçando incremento na produção e por fim reaquecimento da economia e
abertura de vagas aos atuais desempregados.
Creio que se isso for tentado, a única consequência
é o beneficio da sociedade. Quanto a mecânica de implantação é muito simples:
basta instalar um ponto de troca de NF, nas diversas sedes das regiões fiscais
da SEFA, onde o funcionário receberia em troca uma certidão, a qual seria
entregue no setor de pessoal de sua repartição, a fim de que fosse lançado em
seu contra cheque daquele mês o referido abono. Em relação aos % e ao total em
NF, isso seria estipulado pelo corpo técnico do Órgão Arrecadador.
Lúcio Reis
Nota do autor: As duas publicações a seguir tem correlação, mesmo tendo destinatários distintos e, atente para data de 24 anos atrás:
Belém, Pa, em 10 de abril de
1991.
À
Comissão de Investigaçao da
Previdência
Brasilia – DF
CP – 14.000
Prezados Senhores
A exemplo
do que me propus em 21.06.1985, em remeter ao MPAS, sugestões que pudessem
cooperar em ações administrativas que objetivassem coibir, impedir ou
dificultar as ações fraudulentas e de corrupção sobre o caixa desse Instituto,
volto novamente através da presente e com o mesmo intuito, remeter-vos sugestões
que viabilizam o proposito acima mencionado.
Tendo em
vista que na vez anterior, alguma mudança em relação ao DARF foi efetivada e
que, coincidentemente e indiretamente está relacionada com minhas sugestões,
antes de remeter-vos as idéias constantes do documento em anexo, as remeti ao
Jornal de maior circulação nesta Cidade, o Jornal da Amazônia, O Liberal.
Referente
as ideias ora remetidas, é necessário que se analise as consequências
instrinsicas embutidas em suas entre-linhas:
1º) o segurado automaticamente
passa a ser um fiscal dos tributos devidos à Entidade pelo seu empregador, pois
em função deles, o mesmo terá em mãos sua certidão de tempo de serviço, seus
salários de contribuição e automaticamente ainda, o documento hábil à sua aposentadoria
e outros beneficios. Óbvio uma campanha de esclarecimento é necessaria;
2º) o procedimento facilitará
em muito a ação do corpo fiscal do órgão, tendo em vista as vinculações entre
formulários, principalmente em relação ao repasse do dinheiro arrecadado pela
rede bancária à essa Entidade Previdenciária;
3º) Após algum tempo efetivo
de serviço, como por exemplo, dez (10) anos, o segurando compareceria a uma
secção ou posto do Instituto e trocaria os extratos bancários (certidões) por
uma certidão que englobaria todo aquele perído, o qual seria jogado è memoria
de um computador para arquivo e controle do INSS;
Estas
implicações, dentre outras que a área técnica desse Instituto terá condições
melhor do que eu, em descobrir, pois sou leigo no tema, acredito que serão
capazes em cooperar em algum sentido.
Se
todavia, tudo o que disse acima e está no documento em anexo, não servir para
nada, peço-lhes desculpas pelo tempo que perderam em ler meu expediente.
Lamento, mas o objetivo foi contribuir para quese proceda o melhor para o
Brasil.
Atenciosamente
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 10
de abril de 1991.
SOS INSS
Em consonância com o último
parágrafo da correspondência que remeti à redação desse Jornal no dia 09 p.p.,
passo a expor as sugestões que entendo capazes de cooperar, não de imediato
mas, a médio e a longo prazo, para dificultar as ações fraudulentas e corruptas
sobre o INSS:
- 1º) Institui-se o domicilio
bancário para o recolhimento ao INSS, quer do empregado celetista, quer do
autonomo, empregador e assemelhado, a exemplo do que já acontece com o FGTS,
para o empregado;
- 2º) Em relação ao empregado
com contrato regido pela CLT, exclui-se da RE (relação de empregado) a coluna
“data de opção”, que invariavelmente é a mesma de admissão. Em seu lugar
criar-se-ia a coluna “salário de cotribuição” e respectiva alíquota (8-8,5-9 e
10%) conforme o caso, que as empresas deveriam informar ao
estabelecimento bancário, obviamente quando procedessem o recolhimento do FGTS;
- 3º) De posse dessas informações
os bancos individualizavam, em contas correntes de cada empregado, como já o
faz também para o FGTS, aqueles valores e índices sôbre o INSS, os quais seriam
formalizados ao trabalhador simultaneamente no extrato de conta do FGTS. Esse
documento seria de guarda responsabilidade do empregadi – pois seria uma
espécie de cédula “C” para sua aposentadoria, beneficio e etc... – que
juntamente com sua CTPS seriam os documentos que instruiriam seu processo de
aposentadoria, também de seguro, além de que seria sua certidão de tempo de
serviço, bem como ratificaria o total de suas contribuições previdenciárias;
- 4º) No que concerne ao
autonomo, empregador e assemelhado, a conta corrente dos recolhimentos ao INSS,
seria montada a luz dos recolhimentos nos atuais carnês e além destes, o
segurado passaria também a dispor das informações comprobatórias expedidas e
formalizadas em extrato de conta corrente pelo respectivo estabelecimento
bancário;
- 5º) Quando o contrato de
trbalho fosse rescindido, independente do seu prazo e por iniciativa de quem
quer que seja, até mesmo por justa causa, caberia a empresa por dever,
solicitar ao banco a imediata expedição daquele extrato, o qual seria
entregue contra recibo ao empregado dispensado; Referente ao autônomo e etc...,
caso o mesmo mudasse seu domicilio residencial de municipio ou de estado,
ficaria sob sua responsabilidade solicitar ao banco a expedição do aludido
extrato, cuja emissão a principio, normalmente ocorreria uma vez a cada 12
meses;
- 6º) Em referência a RAIS,
creio talvez, que a mesmo se tornaria obsoleta, uma vez que as informações nela
contidas, como hoje é feito, já estariam prestadas mensalmente juntamente com a
RE do FGTS. Todavia, como item de apoio fiscalizatório e cruzador de
informações, sua permanência poderá tornar-se útil;
- 7º) No que se refere ao
DARP, continuaria da mesma forma, o que com as seugestões acima, iriam
facilitar sobremaneira a ação fiscalizatória, uma vez que o mesmo estaria
vinculado ao FGTS e vice versa, já que o total da coluna recem criada na RE,
seria igual ao valor lançado no campo remuneração paga do DARP;
- 8º) Os bancos quando
procedessem o repasse do numerário ou do crédito dos recolhimentos ao Instituo,
os comprovariam, como entendo que já acontece com o DARP, acompanhado de uma
via da RE, que seriam os documentos que forneceriam a alimentação dos
computadores dos diversos órgãos;
Como
se verifica a sugestão, aproveita o que aí já está. Cria documento apenas para
o estabelecimento bancário, que para isso teria uma compensação como repassar o
dinheiro recolhido após 15 ou 20 dias. Ou então outro procedimento a ser
encontrado pela área técnica do órgão junto a representação bancária.
Os
procedimentos até hoje adotados passariam a ser olhados com maior rigor até que
as sugestões acima, caso plausíveis e factíveis, se transformassem em ações
administrativas capazes de dar bens frutos.
Dar-se-ia necessário uma campanha de esclarecimento público, onde a ação dos sindicatos,
das centrais de trabalhadores, das federações e entidades de classe, seria de
fundamental importância, pois o objetivo maior é o beneficio do trabalhador.
Concomitantemente
a essas medidas, seria necessário que se colocasse dentro do órgão,
representação do trabalhador, com o intuito de acompanhar o destino que é dado
às verbas orçamentárias do Instituto, a fim de evitar ou denunciar os desvios
de rubrica, porventura fosse ensaiado. Essa representação deverá ser
renovada a cada 2 anos, sem que haja a repetencia de uma mesma antes do
intervalo de 4 anos, sendo facultado apenas uma repetição.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 21 de maio de 1991.
Publicada no Jornal O Liberal edição de 24/05/1991 – Colunas CARTAS
GREVE
Outra vez estamos sem ônibus e, por via de
consequência sem aula para nossos filhos, trabalhadores sem condições normais
de chegarem aos seus locais de labor, os enfermos onerando ainda mais seus
orçamentos, pois só dispõem da alternativa taxi para alcançarem o socorro
médico-hospitalar, uma vez que carona é favor. Há nova greve no transporte
coletivo de Belém.
A exemplo da última vez, os rodoviários, dentre
outros itens, reclamam cláusulas sociais conquistadas, via acordo ou dissídio
da categoria com o Sindicato Patronal, homologadas e por tanto com o aval do
TRT (Justiça do Trabalho) e, até então não cumpridas pelos empresários.
Na condição de ignorante, sobre o tema, fico me
questionando: “O que o usuário tem a ver com a não execução de um acordo
firmado, do qual ele não participou e, por qual razão ele é o maior penalizado”?
Será que ao invés de castigar o cidadão com os sacrifícios que lhe são impostos
pela falta do coletivo e, colocando-o a mercê da insana e irresponsável ação de
piqueteiros, baderneiros, vândalos e gans de ruas, que saem por aí quebrando
ônibus – lembram da criança Ana Luzia, que teve a vista cheia de estilhaços de
vidro – com o objetivo condenável de barra pela violência o direito daqueles
que querem trabalhar, não seria de bom tom e mais apropriado que a própria
Justiça do Trabalho, fiscalizasse, determinasse ou condicionasse o incontinente
cumprimento do acordo que ela intermediou, conciliou e homologou?
Os empresários alegam que não podem consrtruir WC
nos finais de linhas por que a PMB não consente, Associação de Moradores não
deixam e por aí afora. É óbvio que qualquer associação, cuja direção com um
pequenino tino de inteligêncvia não deva concordar com uma intenção dessas.
Porém, isso não é motivo relevante a que a orientação judicial pactuada seja
desrespeitada.
A solução está em que seja mudado os finais de
linhas, tirando-os simplesmente dos trechos de via pública que hoje ocupam,
como é o caso por exemplo, da linha Batista Campos, do Telegrafo, da Alcindo
Cacela, Sacramenta Nazaré e etc...transferindo-os para finais de ruas que
propiciem, sem dano a quem quer que seja a construção dos “pipi-room”.
O importante de tudo é que o usuário não pode mais
ser castigado: ora com a queima de paradas, ora com ônibus sujos, ora com
ônibus enguiçados, ora com escassez de coletivos, ora com majoração absurda das
tarifas e por fim, pela falta total do bem de serviço público essencial.
Pois, mesmo que o cidadão seja soft, tenha aqulo de
filó e roxo, mas, depois de tanta ação hard do empresário de ônibus, dos
motoristas e do poder público, tem uma hora que o cidadão chega ao seu limite,
não aguenta mais e aquilo fica preto de raiva e só Deus sabe o que advirá.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 23 de abril de 1991.
SOBERANIA
Por
longo tempo fomos Colônia de Portugal. Mas essa situação de dependência
cultural, econômica, de autoridade
e outras, está sepultada no passado
e faz parte
de nossa história, pois
agora somos um povo livre, desde ao Oiapoque até o
Chuí, que pode
andar com suas próprias pernas e acima de tudo soberano, mesmo como
pertencentes ao 3º mundo, com
malária, com dengue, porém, abençoados por Deus
e, rico,
muito rico por Natureza.
Como
plebeus, temos maior carinho em receber e recepcionar de braços abertos
a realeza, mas também como qualquer
outro visitante, independente da parte do mundo que tenha
vindo, tendo
ou não "sangue azul", pois o
Universo nos dotou com um
coração pacífico
e benevolente. O
Papa que o diga.
Em
função disso tudo é mister que se proteste pacifica
e seriamente, contra
o ultraje que se perpetra contra o
povo deste Estado e desta Região. É
inconcebível que
se realize em nossa casa um congresso,
uma conferência, a fim de tratar de assuntos
que nos dizem respeito direto
e de perto e, os donos da
casa não sejam
cheirados ou
perguntados ou sequer, pelo
menos convidados,
isso é no mínimo uma falta de respeito, de consideração e elegância.
Senhor
Governador, apenas não receber protocolarmente o Príncipe não é o suficiente, proporcional a importância desta Região no cenário internacional. Quer queiram ou
não, V. Excia., no
momento é o nosso representante maior aqui neste Estado, é a,
nossa autoridade máxima e este
País é uma República Federativa.
E
os nossos representantes, os senadores,
deputados federais e estaduais e até mesmo
nossos edis? Queremos e
precisamos ouvir suas vozes
em defesa do que é
nosso, este Estado, esta
gente e estes munícipes.
O mundo
todo está de olho em nosso meio ambiente. As
críticas e condenações se voltam á Amazônia. Porém,
quando é para tratar sobre o
problema, levam o foro do
debate para o Rio de
Janeiro, como é o caso do ECO-92 e, quando nos
visitam, com
a preocupação voltada
para. nossa fauna
e nossa flora, nossos
representantes e entidades, ficam do lado de
fora.
Uma situação
é certa.
Se essa visita fosse programada para um ano atrás, com estas mesmas caracteristicas, com certeza a
situação seria diferente, pois o
Ex governador Helio Gueiros, defendia este 'Estado,
com toda a autoridade
e veemência
que o cargo lhe conferia e assim, não nos decepcionava.
Tudo
é uma questão de se fazer respeitar e não deixar que o povo seja
desconsiderado.
Lúcio Reis
Nota sobre a matéria abaixo, publicada ha 23 anos,
quando um sindicalista agride graciosamente o cidadão que está empregando
e hoje sabemos que uns dos mais conhecidos líder sindical do Brasil o
metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, aquela tempo era o Barba,
codinome usado como informante do DOPS e a serviço do Delegado Romeu
Tuma, tem-se a convicção de que jamais houve seriedade e responsabilidade
nessas organizações.
Belém, Pa, em 23 de maio de 1991.
Publicada no Jornal O Liberal, edição de 08/06/1991 – Colunas
CARTAS.
SINDICALISMO
Recentemente esse Jornal publicou
proposição do Deputado Federal José Diogo, da bancada daqui, sobre
eleição e mandato de líderes sindicais, tanto de empregador, quanto de
empregados, permitindo-lhes apenas uma reeleição.
Diante do que se tem visto nesses últimos meses,
tal atitude do legislador é por demais conveniente, pois os fatos
exemplificam que, ao contrario de organizar a sociedade, e com isso
levá-la a conquista de bem comuns e sociais junto aos poderes
públicos, o que alguns – maioria – dos líderes têm feito, é optar pela
alternativa da radicalização, que por si só, já é uma violência (entra
no direito de alguns), a qual incoerentemente é bandeira que eles
desfraldam em suas pregações.
Via de regra, no organograma operacional, o item
greve é o que ocupa lugar de destaque, preterindo o diálogo, quando
este deveria ser o primeiro e aquele ser o último a ser escolhido. Por
consequência desse comportamento o povo -,o maior prejudicado e
penalizado nesses atividades paredistas – está alcançando o seu limite
de tolerância, de apoio e confiabilidade no uso fruto do direito
constitucional do trabalhador, pois a cada greve os atos de radicalização,
as verdadeiras batalhas campais que se desenrolam, levam-no a desconfiar
dos reais objetivos de nossas lideranças sindicais.
Como exemplo dessas ações mal planejadas, execução
em tempo inoportuno, foi essa “Greve geral” do Sr Jair Menegueli.
Sabe-se que o País vive uma recessão, onde cada um está com o seu emprego
por um fio de cabelo, por tanto, como induzir o trabalhador a paralisação,
se a fila de espera é grande? Líder Sindical não está nessa fila, não
perde emprego e tem estabilidade até mesmo se não for reeleito.
Outro exemplo de irresponsabilidade, inconsequência
e violência, presenciei dia 17/05/91, quando parou em frente a um
Varejão, localizado no Entroncamento, uma Kombi com serviço de som,
convocando os trabalhadores daquele Estabelecimento Comercial à
paralisação nos dias 22 e 23. Ato seguinte o sindicalista que
portava o microfone desandou e enveredou pelo campo das ofensas pessoais
ao dono do comércio, taxando-o publicamente de safado, ladrão e
etc...chegando mesmo a declarar sua disposição de resolver qualquer problema no
tapa, na porrada.
Tanto a mim, quanto a outras pessoas que ali
compravam, o gesto foi inconveniente, grosseiro, pois até comentamos não
acreditar que aquele sindicalista sozinho tenha coragem de cara a cara
agredir aquele cidadão, que de antemão deve registrar, não o conheço nem
de vista.
Por tudo isso é que o Brasil se encontra na atual
situação, pois cargos e funções de relevância estão entregues a mãos
medíocres, incompetentes, cujas ações o que menos prevalece é a razão.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 18 de abril de 1991.
Publicada na edição do Jornal
O Liberal de 20/04/1991 Caderno Cidades.
SALÁRIO MINIMO
Novamente
entra em discussao na pauta nacional, projeto de lei do Poder Executivo versando sobre
salário mínimo do trabalhador
Não dá
para entender como num País, no qual há uma Constituição, que se gaste tanto tempo
discutindo um assunto que se encontra definido na sua Lei Maior.
-
"Todos sabemos que no Capítulo II - Dos Direitos Sociais - Art.
7º diz: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais ...Inciso IV: Salário
Mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e
às de sua família com moradia, alimentação,educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim."
Muito
mais do que nós simples mortais, tanto os membros da cúpula do Poder
Executivo, quanto aqueles que compõem o Legislativo, tem obrigação e dever de saber da existência do Art
79 supra registrado, pois ao serem empossados nos cargos, para os
quais voluntariamente se ofereceram à escolha popular, juraram cumprir e fazer
cumprir a CF, portanto só resta que cumpram
pelo menos uma vez os juramentos prestados e a Constituição que alguns
deles levaram mais de um ano a
construir.
Quanto
a lei que fixará o valor do SM, não há nenhum mistério
em encontra-la: "Sabe-se que em média uma família brasileira é
constituída de 5 a
6 pessoas (o casal e 3 ou 4 filhos), os dietéticos
sabem as necessidades alimentares em proteínas,
hidrocarbonados, glicose,
lipídios e etc...de uma pessoa, o valor médio dos alugueis,
da educação e dos outros itens a serem atendidos pelo Salário é do conhecimento
do governo, o qual tem o
controle deles (congelamento de preços) e sabe-se também,
que o trabalhador recebe
seu pagamento mensalmente,
portanto, onde
está o mistério aritmético?
Todavia,
já que carece ser muito difícil solucionar essa equação matematica, a
qual, quando se trata do salário do parlamento se torna
facílima e brevíssima no
tempo, por que então não instituir: "O salário mínimo será de x (xis) dólares,
cujo valor seria consequência da média em dólar dos salários pagos nos 7 (sete )
países mais ricos,
pois ao que se sabe, o Brasil
é o 8º no ranking mundial.
Lúcio
Reis
Belém, Pa, em 09 de abril de 1991.
CORRUPÇÃO
Ao longo desses 15
dias, não se fala em outro assunto, que não seja em corrupção a fraude no INSS.
Comissões e CPI foram instaladas novamente no afã de encontrar
culpados, que jamais – a exemplos anteriores – serão punidos e, até hoje
ninguem encontrou ou se o fez, tornou público uma maneira que efetiva e
matematicamente evite ou dificulte a ação das quadrilhas de fraudadores e de
corruptos.
Em relação a
19º CPI do Congresso, presidida pelo Senador Amazonino Mendes, apesar do
alardeamento do esforço a ser empregado em chegar a uma conclusão satisfatória,
fica-se com a pulga atrás da orelha, pois a sensação que a mesma nos causa, é
como se fosse o rôto querendo remendar o rasgado.
Que
coerência e respaldo austero e moral, tem uma comissão parlamentar que votou e
vota para sí um salário mensal de muito mais de 50 salários mínimos e tantas
outras regalias e privilégios (mordomias) custeadas pelos impostos públicos e
se tornando ainda muito pior, quando se sabe também, que os parlamentos se
autobeneficiaram com aposentadoria após apenas 8 anos “trabalhando”
poucas horas no dia, de 3ª à 5ª feira e períodos de férias escolares, para
proceder inquerito a respeito de benefícios de aposentadoria de quem trabalhou
mais de 30 anos, cumpriu jornadas diárias de 8 horas e trabalhou de 2ª `a 6ª
feira? E, na maioria das vezes percebendo salários aviltantes.
É lógico que não defendo a
corrupção e fraude. Tanto é que em 21/06/1985 enderecei ao Sr Waldir Pires, na
época Ministro do Ministério da Previdencia Social em governo anterior,
sugestões que entendia eu humildamente, serem capazes de cooperar no sistema
administrativo com intuito de dificultar os mecanismos fraudulentos. Em
resposta telegráfica fui informado que minhas idéias haviam sido encaminhadas à
uma comissão de alto nível para estudo, a qual naquele período, “tal qual o
atual, investigava as investidas dos saqueadores aos cofres previdenciários.
Em minhas sugestões, resumindo-as: vínculava o atual CPF-MF a um CPF/PS
(Cadastro de Pessoa Física-Previdencia Social), ao sistema DATAPREV do MPAS;
vinculava o recolhimento ao IAPAS ao mesmo domicilio bancário do FGTS, em cujo
extrato de depósito surgiria também as informações sobre o recolhimento à
Previdencia; sugeri procedimentos a respeito de consultas, exames e etc...
Novamente pretendo cooperar, com algumas novas idéias, que julgo, na minha
condição de leigo, capazes de colocar obstáculos à corrida veloz daqueles que
enfiam as mãos no caixa do INSS. Todavia, essas idéias serão objeto de outra
missiva que espero esse Matutino de acolhida e seja o porta voz das mesmas.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 22 de março de 1991.
ICMSBZ
Por mais que se tente, relute em reagir, e se
assuma uma atitude passiva e indiferente aos fatos que se nos apresentam, não
dá para segurar e só resta colocar para fora a indignação que nos invade, como
cidadão e assim membro desta sociedade.
Refiro-me aos acontecimentos decorridos a partir do
dia 15 de março último, data na qual se instalou o novo governo deste Estado.
A cada dia o Diário Oficial do Estado publica as
nomeações aos cargos que darão assessoria ao Mandatário Máximo desta Federação
e, é comum nessas publicações vermos que são pessoas – e várias – com vínculos
familiares com o Governador empossado naquele dia 15 e seu cônjuge, o que nos é
dado a assim concluir, em função dos sobrenomes.
Porem, o fato mais horripilante destes últimos
setes dias, foi a providência assumida em relação a Universidade Estadual,
anulando a sua criação e assim exonerar a Reitora.
Entendíamos nós, que num País, onde o índice de
analfabetismo é grande e na mesma grandeza é o problema educacional e, que todo
aspirante a um cargo público, quer no Executivo, quer no Legislativo, prioriza
dentre outros a educação, até mesmo por se tratar de uma das obrigações do
estado, que esse item social não tivesse nenhum matiz político partidário e que
jamais se tornaria trincheira entre discórdias aparentemente de cunho pessoal.
Dizer-se que o trâmite burocrático, jurídico e
legal foi atropelado, não justifica que se leve o terror a quantos lá já
desempenhavam suas funções, tanto no corpo docente, discente e administrativo,
pois se aquele era ou é o problema, que o mesmo seja corrigido, pois acima de
qualquer desentendimento entre homens públicos, está o interesse coletivo, além
do que jamais se mata o paciente, para curá-lo.
A história recente, a campanha política do segundo
semestre de 90 e os procedimentos dos últimos dias, nos indicam que trilhar as
retas da austeridade, da moralidade não é o forte do governo recém empossado,
pois se diferente fosse, parcela relevante do imposto que o estado arrecada na
rubrica ICMS, não iria cair, a título de salário nos bolsos de membros de
apenas duas famílias deste Estado.
Por isso é que seria aconselhável a modificação
daquela sigla ICMS, para ICMSBZ.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 20 de fevereiro de 1991
GABINETE
O que seria de nós, comuns cidadãos responsáveis,
sérios e cumpridores de nossas obrigações, se não fosse a imprensa livre, que
muitas das vezes traz para nosso conhecimento, fatos que a priori pensamos se
tratar de pura e autentica patranha, tamanha a sordidez e absurdo dos mesmos.
Um desses recentes fatos é a manutenção do gabinete
do ex-presidente da Assembleia Legislativa, por mais dois anos, por força de um
Decreto Legislativo. Ela é um assalto pior do que o ocorrido à Agência Centro
do Banco do Brasil, pois é concretizado contra o erário. A única diferença, é
que esse arrombamento é autorizado por quem diz ser defensor e representante do
povo e, no volume de dinheiro que ao fim de 24 meses será de no mínimo de
CR$14.627.280.000,00, para sustentar a quadrilha e as mordomias no decorrer
desses 730 dias.
O que causa espanto é a desfaçatez com que a
maioria de um parlamento aprova matérias dessa natureza, como é também a
aposentadoria precoce de parlamentar, além dessa imoralidade que é o
vice-governador assumir a função por um dia e desfrutar uma pensão vitalícia.
Diante dessas anomalias e que crescem sempre, é que
a cada dia e cada vez mais aumenta o desprestigio e o descrédito dos
parlamentos e respectivos membros, frente a opinião pública, chegando mesmo a
originar reação que levam a acreditar que seria muito melhor e positivo para a
Nação, que não existisse ou que fossem fechados os parlamentos ou então, que
houvesse a representação pelo sentimento de patriotismo, civismo e sem
remuneração pecuniária.
O que mais dói no cidadão é ver essa imundícia
contribuir diretamente para que o cotidiano do contribuinte se torne um
martírio, inclusive com a ocorrência de óbito, como o qual vivemos nesses
recentes dias de alto índice pluviométrico, que provocou alagamentos e
inundações urbanas, em decorrência da precária infra estrutura de redes de
esgotos, cuja responsabilidade é de quem administra os impostos cobrados do
trabalhador e que é compelido desviá-los dos fins sociais, para sustentar
indecências dessa natureza, pois o Poder Legislativo não gera receita.
O que se tem a lamentar é que grande maioria da
sociedade nem toma conhecimento dessas impudicícia, pois seu ganho não lhe
permiti a aquisição de um jornal, todavia, acreditamos que dentro daquele
parlamento, ainda haja alguns que nas veias de suas faces corra sangue e não,
seiva.
Caso contrário, só resta a sociedade presenteá-los
com óleo de peroba.
Lúcio Reis
Belém,
Pa, em 04 de abril de 1991.
QUE PAÍS É ESTE
Corrupção e fraude no Processo
Eleitoral (votação e apuração)
Corrupção e fraude na
Previdência, no Programa de Distribuição do Leite;
Alunos e firmas fantasmas
roubando dinheiro da educação, através do sistema de bolsa de estudos;
Professores comprando
certificados de estágio;
Provas de crime (peças de
processos, como armas e drogas) roubadas dos tribunais;
Agentes Policiais Federais
matando para saquear dolares, facilitando fuga de narcotraficantes e mafiosos;
Corrupção no INCRA;
Homens que em consequência de
suas passagens pelo Poder Público eletivo, foram condenados por malversação do
erário, sendo nomeados com altos salários para funções novamente no poder, a
que outra vez se beneficiem do dinheiro dos impostos do cidadão de bem;
Corrupção nos DETRANS;
Tráfico de drogas;
Contravenção sendo praticada a
cada esquina em todo o território e etc...
É! Se você pensa que isso tudo
é ficção literária, ou se relaciona com alguma civilização pré-histórica ou do
futuro, pode ficar triste, que não é não.
Acredite que o acima descrito
e, muito mais que a memoria falou, está acontecendo ou acontece aqui mesmo no
Brasil, revelando a que grau de deterioração dos nossos órgãos competentes e
responsáveis estão chegando ou já chegaram
Portanto, se o nosso
Presidente tem “aquilo” roxo como identidade de macho corajoso e cabra
desassombrado, está na hora de realmente ele e a quem de direito e
principalmente cada cidadão desta Nação, tentarem e tentarmos mudar as
situações as posições, pois o brasileiro sério e responsável, já está ficando
ou já ficou com “aquilo” vermelho de tanta desilusão, raiva e indignação.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 04 de fevereiro de 1991.
PLANO II
Mais uma vez, foi baixado um novo Plano Econômico,
como que os brasileiros e os trabalhadores, fossem todos uns perfeitos idiotas,
pois vejamos:
A Ministra da Economia, declara que não houve
confisco. Direto? Ou Indireto? Direto foi aquele ocorrido em março de 90. Agora
foi indireto, não tenham nenhuma dúvida, pois observemos:
- 1º) A inflação de janeiro 91, que remuneraria a
poupança em fevereiro 91, foi de 20,21% mas, se você tem conta com data limite
após o dia 03 de fevereiro, já não receberá aquela variação integral, seu
rendimento será deflacionado (parte daquele índice e outra da TR);
- 2º) Seu salário em fevereiro 91, receberá
uma correção pela média dos últimos 12 meses, cujo índice ficará em torno de
25%. Todavia, não esqueçamos que os 84.32% de março de 90 já nos foram
expurgados;
- 3º) Ela declarou o que nós já sabíamos na
prática e no bolso, que o empresariado nas últimas semanas de janeiro 91
praticou aumentos abusivos e que os preços sofreriam uma trégua (congelamento),
valendo os que estavam marcados efetivamente – inclusive os de promoção – no
dia 30/01/91, cujos valores, vale ressaltar eram fruto da liberdade
de preços permitida pelo próprio governo. Hoje dia 04 de fevereiro, o governo
joga na praça uma tabela, majorada em 40% sobre os preços do dia 30 de janeiro,
justificando que a medida visa evitar o desabastecimento. Pergunta-se: mas, os
preços já não haviam sido majorados abusivamente? Isto por si sós já não seria
motivo suficiente para aplicação da Lei de abuso contra a economia popular?
- 4º) O governo pos em prática um tarifaço,
no qual, inclusive, inclui o açúcar. Sabíamos que a glicose é energético, mas
não alternativo e que, tivesse alguma coisa a ver com petróleo, com dólar ou
álcool combustível.
Diante dos itens acima, houve ou não houve
confisco?
Em relação ao funcionalismo público da União, aí
mesmo é que a situação se complica. Ele recebeu um crédito de salário no inicio
da 2ª quinzena de dezembro 90, de 81%. No fim de dezembro de 90 saiu
o índice de inflação de 19,14% e agora dia 31 de janeiro, de 20,21%. Todavia,
ele só receberá o numerário correspondente aquele crédito de 81%, apenas no dia
05 de fevereiro, portanto o dinheiro já não terá o mesmo poder de compra. Logo,
ele perde duas vezes: perde na receita doméstica, pois reduzida duas vezes, uma
pela inflação e outra pelo confisco indireto e perde também, na despesa que foi
acrescida com o tarifaço e outros.
Fiscalizar de novo? Como fazê-lo se o
Ministério é o primeiro a induzir a formação dos carteis, pois que comerciante
neste País, vai vender abaixo da tabela autorizada pelo governo? Além do que,
ele não tem estrutura (pessoal) de fiscalização e até hoje não prendeu ninguém
– quem está preso, por abuso econômico? – e nem vai prender, pois até os
inquéritos serem concluídos, em função da lentidão da justiça, a bagunça já
terá voltado novamente, pois o próprio ministério, já terá feito alguns
realinhamentos de preços e tarifas.
Mais uma vez, apenas e somente os salários
serão realmente controlados, pois independem de qualquer fiscalização, a
exceção dos parlamentares, que daqui a pouco inciarão as investidas de se
auto-majorarem seus salários.
Infelizmente, como foi feito, não dá para acreditar!
Lúcio Reis
Nota
do autor: A
matéria abaixo escrevemos, como podem ver há 24 anos e, àquela época ele
tramava contra a sociedade brasileira e em busca do seu sonho de poder e, hoje
todos sabemos o resto da história com o capitulo do mensalão e um rol
interminável de corrupção e desvio moral e outros crimes. Mas, o filme ainda
não findou! Apenas já podemos afiançar que, o cidadão de bem nesta Nação é que
está desiludido com o politica e politca brasileira.
Belém-PA, em 19 de dezembro de 1990
DESILUDIDO
É assim, DESILUDIDO, que o deputado federal Luis Inácio Lula
da Silva, o Lula, se sente em relação ao
Congresso Nacional, declarando, em reportagem estampada nesse Matutino - Jornal O Liberal - à pag
16, em 19/12, que ali e é "uma casa que causa dissabores às pessoas sérias. Onde grande parte
pratica a politica CANALHA do é dando que se recebe”.
Ainda no mesmo exemplar, um
pouco mais acima, é a vez do nosso Presidente trombetear: "prefiro ficar
isolado dos mediocres. Não suporto conversar com pessoas que, apenas por terem
um título ou um MANDATO, vêm conversar aqui sobre o emprego da tia, da cunhada, da irmã.
Isso me exaspera”.
Voltando ao dia 16.12, lê-se
na Coluna do ZING, no título Em Sociedade nem tudo se sabe..., das facilidades
e inacreditáveis condições que nossos representantes em Brasília, terão para trabalhar e cumprir promessas de
campanha: e então ele desenrola um rosário de mordomias de contos de mil e uma noite.
Bem: depois de tudo isso,
vê-se os problemas nacionais serem "resolvidos" (votados) ou “empurrados com a barriga”,
apenas pela decisão do voto das lideranças de Bancada, posto que votação
nominal, nem pensar, pois mesmo depois de tanto gazetar e tanta ausência para
tratamento de assuntos pessoais, o quorum não existe. E o pior é que tudo é
feito de afogadilho, há pressa em entrar de férias e as vezes os próprios
líderes nem sabem o que estão votando, como recentemente o Senador Mário Covas
interrogou a mesa sobre o tema em votação.
Diante de tudo isso, quem fica
exasperada é a sociedade, é o povo e, e por tudo isso ainda, que o cidadão,
simples mortal, faz sua critica e condenação ao Poder e aos homens que o
constituem, aparecem aqueles que mesmo sujo da lama do desmando, da falta de seriedade com a
causa e coisa pública, sem
nenhum vestígio de patriotismo, tentam distorcer, em suas defesas, a realidade dos fatos, adjetivando aqueles como a
imprensa, que mostram e criticam-nos, como falta de respeito ao Parlamento e um atentado a Democracia.
A realidade é que essa democracia que eles
defendem, não é aquela que os cidadãos
sérios entendem e querem, qual seja: liberdade com salário digno, habitação
condizente, saúde, educação e lazer igual para todos. A democracia por eles defendida é aquela que entra nos
seus bolsos, de suas tias, de suas cunhadas, de suas irmãs.
Portanto, se o Lula que
vivenciou la dentro as maracutaias se desiludiu. Nós aqui fora já o estamos há
muito tempo, por isso a grande maioria reagiu anulando ou votando em branco.
Todavia, entendo que a nós compete mudarmos e situação atual, mudando sempre e
cada vez mais os homens que a constituirão então, para amenizar o préjuizo da Nação, no
próximo pleito não havera
necessidade de tantos politicos, basta que nós mesmos façamos a eleição daqueles que serão os Líderes das Bancadas.
Lúcio Reis
Nenhum comentário:
Postar um comentário