Política II


Belém, Pa, em 02 de novembro de 2004.

Vontade Popular


     Aqui neste espaço democrático de O Liberal, ao longo desses meses que antecederam o pleito municipal, a sociedade se manifestou ora registrando seus aplausos às ações administrativas executadas em prol de seu interesse e, ora reclamando e discordando quando a inconsequência, a arrogância e os desmandos atropelavam-no e, mesmo a despeito do "jus esperneandi" aqui também registrado, os agentes públicos fizeram ouvidos de moucos e, numa demonstração de aminésia democrática, esqueceram que é a vontade e a liberdade de escolha do cidadão é que os coloca e os tira da cadeira do poder.
      Graças a Deus, a cada eleição o eleitor toma ciência de que sua força é tamanha e que nem mesmo o poder econômico é maior que ela e nem, que o circo que lhe é ofertado em palanque através de milionárias contratações de artistas a supera, pois é com a grandiosidade e importância de seu sufrágio que hoje ele inicia a construção de seu amanhã e principalmente de sua descendência. É no presente que ele determina aos seus representantes que quer educação, segurança, saúde, salário digno, oportunidade de trabalhar e prover seu sustento com equidade e que, não dá mais para conviver no dia a dia com as sistemáticas noticias reais de corrupção, malversação do erário, enriquecimentos ilícitos e a impunidade propiciada pelo manto de um mandato eletivo.
    O cidadão brasileiro sabe que vivemos num País abençoado e que, se administrado com seriedade e competência, temos potencialidades naturais de reduzirmos a níveis aceitáveis a miséria humana, retirarmos das ruas as crianças pedintes,  colocando-as na escola dando-lhes a noção do exercício
da cidadania e com isso nos igualarmos aos países ditos de primeiro mundo, nos quais o ser humano tem e recebe algum respeito.
      O homem público, por sua vez, deve saber de que somos cientes que a fragilidade dos investimentos em educação, visam manter a sociedade como massa de manobra politica e curral eleitoreiro e que, não mais aceitamos e não mais queremos essa situação, pois já sabemos até que democracia é governo do povo para o povo e pelo povo e que, pretender enganar a sociedade com circo é perda de tempo e jogar dinheiro público fora.
     Portanto, é imprescíndivel que os eleitos colham a lição das urnas de que: é o cidadão quem lhes delega e também lhes retira  poderes e que, suas ações devem visar os interesses do homem e da sociedade como agregação desse individuo.

Lúcio Reis



Aumento de Salário

O Liberal de 13.09.04.

Não há super-mercado, farmacia, sapataria, onibus, escola ou universidade de uso exclusivo dos militares ou de seus dependentes. Seus soldos e proventos são pagos em reais e não em dolares e muitos alcançaram qualificação e capacitação profissional, após muitos anos de permanência numa academia para se tornarem oficiais quer da Marinha, quer do Exército ou da Força Aérea Brasileira.
Ao longo de muitos anos paciente e compreensivelmente os militares como funcionários públicos da União, vem esperando com o cumprimento da disciplina e respeito as leis, que os poderes constituidos desta Nação tomem a decisão de atender a necessidade básica de qualquer trabalhador ou de qualquer profissional, que é ter sua remuneração digna e que represente pelo menos o respeito para com o ser humano e com os mínimos requsitos para uma sobrevivência digna e humana.
A imprensa noticia que o reajuste de 10% que seria votado em 27.08.04 para vigir a partir de setembro, não o foi porquê o Deputado Celso Russomano (PP-SP) e da base governista ameaçou obstruir a sessão com a solicitação de quorom e assim a mesma foi suspensa e retarda-se mais uma vez e por mais tempo uma decisão de interesse de uma grande coletividade deste País, posto que o assunto só retorna a plenário na semana de 13 a 17 setembro. O que aliás, não é novidade para nenhum brasileiro, independente de estar ou não fardado, que invariavelmente os representantes do povo e no povo estão os militares inclusos independente do posto ou graduação, votam ou tomam medidas contra os interesses da sociedade e portando do cidadão, como recentemente ocorreu em relação ao salário mínimo e que se destina ao sustento de uma família mensalmente com R$260,00.
O que intriga é que esse mesmo cuidado de verificação de quorum não é tomado quando a majoração dos salários e verbas para as mordomias dos parlamentares, inclusive o reajuste do sapateiro que lustra os sapatos dos srs deputados e senadores, estão para serem votadas e todas passam e são aprovadas em tempos recordes.
Militar é instruido a cumprir normas, leis, regulamentos e o faz por ter disciplina e ate mesmo amor a Pátria. Não faz greve porquê não lhe é permitido e, há um ditado que diz: soldado é superior ao tempo. Ou seja faça sol, chova, caia neve ele está a posto. No entanto, sua farda não é a prova d'água e seu estomago precisa de alimento para digerir e seus filhos de escola para serem educados.
E, possivelmente nenhum militar fuma charuto cubano de R$200,00 a unidade.
 Lúcio Reis

Belém, Pa, em 09 de setembro de 2004.

Próximo a Terra do Nunca


Situado às proximidades da Terra do Nunca, onde nasceu e vive Peter Pan, há um país estranho sem denominação e que, ao analizarmos suas peculiaridades, tem-se a sensação de que ele nunca será uma terra própria a que pessoas nela possam viver e morar dignamente.
Lá de dois em dois anos, seu povo compulsoriamente vai às urnas escolher alguns de seus habitantes, que o representarão com o intuito ou com a promessa de agir e implantar medidas e providências, que tenham como objetivo o melhor e o bem estar dos cidadãos do país.
No entanto, já há muito tempo que esses cidadãos ao serem escolhidos e eleitos, passam a sofrer de uma virose, que os torna insensíveis aos anseios do povo e passam por uma transformação em que apenas interesse de grupos são levados em consideração e assim, quem está fica mais rico e quem é pobre mais pobre fica.
Com o decorrer dos sucessivos pleitos e, em função dos desmatamentos que vem ocorrendo naquele país, no qual a vegetação tem uma prevalência da árvore denominada peroba, da qual se extrai um óleo que lustra e oferece uma camada protetora sobre a pele e que,  em virtude de um maciço uso pela classe dos homens com cargo eletivo, está a mesma em fase de extinção, alguns politicos passaram a ser atacados por um  tipo virus e que lhes provoca uma amnésia, cujos sintomas são os seguintes: "quando eles estão nos palanques e em campanha, pronunciam discursos nos quais declaram com todas as letras, dirigindo-se aos eleitores: nós vamos enganar voces outra vez; vamos votar medidas só de interesse do poder econômico; saúde e segurança para vocês nem pensar, pois se vocês ficarem fortes, como é que vamos ganhar dinheiro corrompendo laboratórios e quanto a segurança, como é que voces querem que prendamos e exterminemos a marginalidade, pois se os bandidos não matarem vocês, haverá explosão democrafica; educação? para que? depois voces ficam politizados e não vão mais querer engolir nosso lari lari e vão exigir mudanças nas leis, vão querer acabar com o voto obrigatório, ou seja vão matar nossa galinha dos ovos de ouro". Em função dessa situação complicada e inusitada, pediram ajuda a Cininho amiga do Peter Pan e ela através de um pozinho mágico, descobriu que eles estavam sendo atacados por uma proteina, que foi denominada de "horessepina", ou seja ho de honestidade, res de responsabilidade e se de seriedade e que, atuava na personalidade higienizando-a de toda a sujeira acumulada desde o berço até a fase adulta, fazendo com que o cérebro do cidadão funcionasse com a inocência e limpeza com que veio ao mundo.
Mesmo assim, como o povo já estava saturado de ser enganado e vilipendiado em seus direitos, aprendeu a lição e passou a escolher com mais cuidado, renunciando a todos aqueles que pretendiam se manter no poder e, a partir daí, aquele país passou a conhecer e a conviver com mais igualdade e seu povo foi se fortalecendo e então concluiram que sem povo não há país e que sem país não há politico e assim o povo é o elo mais importante da cadeia. E então criaram um nome para o país que se passou a chamar Brasil Paraiso da Igualdade e da Felicidade.


Lúcio Reis

Belém, Pa, em 30 de outubro de 2004.

PRAGA


     No campo da medicina e portanto da biologia, pragas entre tantas como pólio, sarampo, varíola, tuberculose, há muito foram erradicadas através da descoberta de vacinas e assim, em muito ficou melhor o viver das pessoas e em percentuais consideráveis foram reduzidos os índices das estatísticas de óbitos por esses males. O que fez com que o Brasil passasse a ocupar posições melhores nas colocações mundiais no aspecto saúde pública.
     No entanto, no campo da moral, da honestidade e dos bons costumes está dissiminada uma praga resistente e que, até agora não foi encontrado antídoto capaz de segurar seu avanço e contaminação de mais pessoas, mesmo a despeito das ações positivas dos agentes de segurança do estado brasileiro e que, têm colocado muito bandido atrás das grades. O pior é que muitos não são nem principiantes, pois já viveram a mesma experiência, logo reincidentes.
      A imprensa noticia a prisão dos carteiros que roubavam o dinheiro das financeiras se apoderando dos cartões de crédito de terceiros e que pelo correio deveriam chegar a seus destinatários. Noticia novamente o golpe aplicado pelos hackers - ladrões via internet -, no qual há bandido que já
foi apanhado no mesmo golpe. Informa a prisão em flagrante do Fiscal da DRT e ainda nem esquecemos a quadrilha de funcionários do INSS recém presa em Castanhal e, para variar o golpe no Programa Bolsa-Família do governo federal, sendo que este já de se esperar.
    Mas, não é de estranharmos essa avalanche de roubalheira e outros desmandos. A policia prende, e daqui há pouco haverá um juiz a relaxar a prisão em flagrante e deferir um habeas corpus. Portanto fica criado e instituido que circunstancialmente o crime compensa, pelo menos aqui no Brasil e, os exemplos estão aí a cada dia na imprensa: é só observar o tempo em que está em discussão a questão de
corrupção e evasão de divisas envolvendo o Sr. Paulo Maluf e o Sr Celso Pitta, para citar apenas um exemplo dos milhares que conduzem o Brasil à colocação deplorável no âmbito mundial no aspecto sem vergonhice e falta de ética e de moral.
    Em função de tudo isso é que a Transparência Internacional vai levar um longo tempo para indicar que o Brasil saiu da 59º colocação de um ranking de um total de 146 países mais corruptos, para uma posição mais decente e assim, poder ser visto com mais seriedade, respeito  e confiabilidade lá fora. Ou será que vamos, assim como no futebol, querer ser o primeiro em roubalheira, corrupção, e imoralidade?
Lúcio Reis


Novo Remédio - Blindagem

O Liberal de 29.08.04 
À minha época de estudante, curso ciências biológicas foi ministrada uma informação que dizia o seguinte: uma bactéria patogênica - que produz danos a saúde da pessoa - ao sentir que o meio ambiente em que está se desenvolvendo e se multiplicando ficou impróprio para essa função, em razão da presença de um bacterecida, ela se encapsula e assim em forma de esporo adquiri resistência ao antibiótico e, quando o meio ambiente volta a ser propicio às suas funções causadoras de doenças ela retorna a sua forma original  com mais resistência e mais prejuizos ela promove.
Essa passagem na área de CB, me pareceu na prática, familiar e bem semelhante ao que está acontecendo em nosso País em termos de administração pública, mas precisamente em referência a Presidência do Banco Central do Brasil. Pois o Presidente do órgão ao ser levantada a suspeita ou a informação de suas ações impróprias e incompatíveis com nossas leis e com a função que o mesmo vem desempenhando junto a administração do Brasil no momento e, para evitar que ele tivesse de dar explicações ao pessoal do Poder Legislativo, o Presidente da República ao transformar o status da função ou cargo de presidente do Banco para o de status de ministro, envolveu-lhe por uma blindagem, encapsulando-a, assim como o fazem as bacterias patogênicas.
A questão é que tanto na biologia quanto na administração quer particular ou pública, a presença de agentes maléficos em nada contribui para o desenvolvimento e bem estar da comunidade e, no caso comparativo quem perde é a sociedade, pois não é possível que em nosso vasto território, não exista algum profissional competente e isento de mazelas que lhe retirem a idoneidade necessária ao desempenho de função.
O certo é que a sociedade brasileira está no limite de sua resistência, de tanto ser atacada, massacrada, prejudicada pela presença de bactérias nocivas, ora nos municipios, ora nos estados e ora na união e que, ao longo dos anos vem deixando o tecido social em precárias condições, onde a miseria se alastra em proporções e abrangência incalculáveis.
Como o agente adquiriu mais resistência, so resta aumentar a dosagem do remédio e assim combater com mais eficacia as consequências de sua presença no organismo. Caso contrário o paciente ainda vai terminar numa UTI e daí para o óbito é um pequeno passo.
 Lúcio Reis

Sucessão Presidencial

Publicado no Jornal O Liberal de 13.08.2004.

Há alguns anos, década de 80 neste espaço, foi-me dado guarida e tornado público o meu entendimento e alerta de que pelo fato da Igreja Católica, via clero progressista ter escolhido como opção a pregação de cunho social, revolucionária e que, no púlpito deixava de lado o evangelho da paz, da fraternidade, do perdão e enveredava mais pela escolha da guerra entre as diferentes classes e camadas sociais, - lembram do tema da Campanha da Fraternidade: muitos com pouco e poucos com muito - e, dentro dessa linha de ação provocou insatisfações no seio de seus fieis e assim promoveu o afastamento de muitos, os quais foram em busca de outros templos e pregações, e com isso e contando com a astúcia de membros de outras denominações diferentes da católica e que, também têm em sua base de doutrinação o evangelho de Cristo, arrebanharam milhares de fieis e que hoje lotam seus templos e as tornaram em verdadeiros poderios econômicos.
Pois bem! Olhando a história pela outra face da moeda, houve uma determinada época em que, quem queria conseguir uma cadeira no poder e principalmente no legislativo, atirava pedras e pedregulhos no telhado dos governos militares e se apresentavam como aqueles que salvariam nossa Nação. E assim, vieram pós Figueiredo: Tancredo Neves, Presidente na UTI, José Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique e paralelamente corria o PT, que ao longo das sucessivas derrotas às administrações que sempre deixavam e deixam o trabalhador e o cidadão comum, ora a mercê de altas taxas de inflação, ora compondo os altos índices de desemprego, e sempre vitima dos preços abusivos, da falta de segurança, educação precária, insuficiente segurança pública e atendimento médico hospitalar precário ou inexistente
Toda essa situação concreta fortaleceu e se tornou bandeira de mais uma campanha do metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, à presidência da República do Brasil e assim, a maioria da sociedade brasileira, acreditando que poderia modificar anos e anos de uma politica que só privilegia quem tem mais e massacra quem tem menos ou nada tem, conduziu aquele cidadão ao cargo de mandatário máximo do nosso País. Ledo engano! Os resultados esperados não vieram e sintomaticamente não virão. Que baita decepção. Mais uma.
Em função dessa realíssima situação, vem aí no final de 2006 mais uma eleição presidencial e então, os políticos que andam com a Bíblia na mão e coração no dízimo dos fieis que lotam seus templos e que proliferam um a cada esquina, se apresentarão, a exemplo do PT, como opção de livramento e salvação desta Nação, e para que outra vez o povo venha a sustentar benesses, mordomias e continuar catando sustento de sua família nos monturo de lixões, tirando parte desse sustento do bico de aves de rapina.
A solução é dar um cartão vermelho para todos aqueles que já estão acostumados nessa vidinha e substituí-los por caras novas e assim dizer a eles, que queremos politicas que privilegiem o mais fraco, concretamente.
 Lúcio Reis

Belém do Pará em 03 de agosto de  2004.

Nova Av. Almirante Barroso

 A edição desse matutino - O Liberal - de 03 de agosto, neste espaço - Voz do Leitor -  com o título acima, o Sr. Paulo Sergio Coutinho de Oliveira, tece considerações a cerca da obra que a PMB sob a égide do PT vem realizando nessa importante via de trafego desta Capital e, em seu preambulo ele registra que o assunto tratado técnicamente não será compreendido pela maioria dos leitores por serem leigos.
Entre esses leigos incluo-me, pois não sou técnico em edificações ou estradas e nem engenheiro mas, quando se passa de meio século de vida e que diariamente se observa as ações públicas custeadas por verbas do erário e portanto oriunda dos impostos de todos nós e, constata-se que as mesmas normalmente tem fundo eleitoreiro e politico, pode-se, com um pouquinho de atenção concluir o que virá e sempre vem para o desgosto e irritação do cidadão.
Em referência ao tema abordado, junta-se ao fato ser eu morador do bairro do marco e em via próxima a Almt. Barroso. E aí já podemos citar alguns fatos concretos: quando a empresa contratada para atuar nos bueiros das laterais ao longo da A. Barroso próximo a entrada para o Hospital Belém, retirou uma grelha de ferro, fez o que tinha que fazer mas, não repos aquela proteção (grade de ferro) - que foi mandada colocar inicialmente ou pelo Posto de Combustível ou pelo referido hospital -, tornando o acesso de veículos a passagem alí existente perigosa. Quanto ao serviço de asfaltamento nos dois sentidos, em que os bueiros centrais foram tampados e que, o serviço de prevenção da rede de esgoto não será executado a contento e em tempo amiúde, o deve ser realizado em virtude que o fluxo de veículos na via é muito grande, haverá com certeza uma obstrução das galerias, mesmo parcial, sendo que para isso o cidadão contribui de maneira impar jogando na rua copos, garrafas descartáveis, cocos e outros detritos solidos e, aí já se pode imaginar que no dia em que um desses aguaceiros que desabam em Belém e que, perduram por longas horas, o caos em que se transformara a Av Almt Barroso e, a consequência seguinte após a complicação no trânsito, será sentida pelos imóveis construidos às margens da mesma, pois com o volume de água pluvial sem ter por onde escoar por falta de vasão na rede de esgoto, vai invadir casas comerciais, residenciais e aqueles que lá estão. Como sou leigo, tomará que esteja equivocado e, neste aspecto consulto o Sr. Paulo Sergio C de Oliveira, pensei, conclui e escrevi asnice?
O pior de tudo, caso venha a acontecer é que o "pepino ou o abacaxi" deverá ser descascado  pelo próximo gestor municipal e que, sintomáticamente, não será do PT, posto que o belemense não aguenta mais 04 anos de incompetência administrativa.

Lúcio Reis
Belém do Pará 03.08.04

COBRANDO A FATURA

Quando ouvimos  declarações de cunho politico de atores, atrizes, cantores, em fim cidadãos e cidadãs que compõem o mundo artístico deste País e que, o fazem em prol da parcela da sociedade mais necessitada e portanto, contrarias aos interesses dos homens públicos, tem-se a sensação de que algo de bom pode vir a ocorrer, pois suas influências e carisma junto a massa é inquestionável, em virtude de suas artes.
É lógico que todos: ator, interprete, compositor e etc..., democraticamente tem o direito de apoiar ou não, concordar ou discodar e criticar ou elogiar qualqier partido politico e qualquer um de seus representantes, tanto em palanques de campanha, quanto depois quando os mesmos já estejam no poder.
Os dois paragrafos com as considerações acima, têm como finalidade discordar e condenar na condição de cidadão e democraticamente, a cerca dos vergonhosos, deploráveis, condenáveis e imorais procedimentos tanto do Presidente do Banco do Brasil, quanto do BNDES e do PT e, da dupla de interpretes da música sertaneja Zeze de Camargo e Luciano.
Pela ordem, refiro-me: 1º - ter o Banco do Brasil  adquirido R$71 mil reais, destinados a aquisição de 71 mesas para um show daquela dupla, cujo evento visava angariar fundos para construção de uma nova sede para o PT. 2º -  Estar tramitando no BNDES, segundo a imprensa um processo que visa ser concedido a dupla de cantores um emprestimo de R$5 milhões de reais, a ser amortizado a perder de vista e sabe-se lá com que juros.
Ninguem ignora que os artistas subiram no palanque do candidato Luis Inacio Lula da Silva, o que lhes é um direito, mas agora, vir querer "cobrar uma fatura" altíssima e através de um órgão público, sob a administração de seu preferido politico, é no mínimo imoral, incoerente e para não dizer, ser uma pornografia explicita, de vez que o dinheiro que lá está, não é de Sua Excia  o Presidente e nem do PT mas, da sociedade brasileira e portanto do cidadão, nos dois bancos.
O BNDES juntamente com a SUDAM já foram palcos recentes de indecências, imoralidades, desvios de condutas e outros atos condenáveis, que ainda se encontram sob investigações e cujos protagonistas continuam transitando para lá e para cá, como nada de anormal tivesse acontecido e protegidos por uma imunidade indecente.
É bem verdade que a turba há muitos séculos desde o império romano, é enganada com a oferta de circo pelos dirigentes e governantes, mas não é menos verdade que em pleno século XXI,  na era da informática e da clonagem, há muita gente que não engole mais essa pilula e que já está saturada de enganação e brincadeiras com o direito do cidadão. Chega de semvergonhice.

Lúcio Reis


Belém, Pa, em 04 de Julho de 2004.

Subconsciente e a "hoserespina"


 Um candidato politico foi tomado momentaneamente de um mal inexplicável pela medicina e, ao participar de um comicio, ocasião na qual ele se apresentava ao pleito visando sua reeleição, fez o seguinte pronunciamento de improviso:

"Meus queridos patetas correligionários  eleitores e que, aqui chegaram depois de enfrentarem um sufoco nos transportes coletivos e agora aí estão neste comicio, espremidos e desconfortavelmente sob essa chuva e depois pelo calor infernal que vai estar, para ouvirem as mesmas mentiras e falsas promessas de todos os pleitos que lhes fazemos e que vocês até hoje não se deram conta e não compreenderam que a situação de miserabilidade suas é a contra-partida para que cada vez mais fiquemos ricos e poderosos economicamente. E, quando daqui sairem vão estar a merce da bandidagem que assola esta cidade.

Estamos pedindo outra vez seu voto para por mais quatro anos, fazermos que trabalhamos, pois nossa semana não é igual a sua que tem 07 dias e, vamos atrasar os assuntos de seus interesses e assim, seremos convocados extraordinariamente e aumentaremos nossa sangria ao erário público, vamos enriquecer o quanto pudermos e assim teremos condições de comprar casas e apartamentos de luxo neste País e no exterior, carros importados e do ano, enquanto que voces por serem até hoje bobos e inocentes úteis, vão continuar a viver na corda bamba, fazendo milagre para sobreviver com um salário mínimo de fome e aqueles que tem a felicidade de não estar na economia informal, vão pagar caro por esse privilégio, pois já receberão seus contra-cheques com o desconto de imposto de renda na fonte e com isso, o leão terá caixa para arcar com os aumentos que nos daremos em percentuais muito mais elevado ao de voces e assim enriqueceremos mais ainda e, o dinheiro que não pudermos aqui apresentar vamos mandar para paraisos fiscais e burlar o fisco nacional e, no próximo pleito já teremos muitos dolares para investir na próxima campanha outra vez.
Como voces gostam de serem administrados por nós que lhes engamos há muito tempo, temos a lhe dizer que quando estivermos em férias passeando pela Europa, EUA ou em algum cruzeiro pelo caribe Grecia e voces estiverem veraneando em Mosqueiro, Icoaraci ou Outeiro, lembrem-se deste conselho que aqui vamos lhes dar, pois temos muita preocupação com a saúde de nossos eleitores: não abram a boca quando mergulharem, se não vão engolir muitos coliformes fecais, vão passar mal e quando chegarem nos postos de atendimento médico que não encontrarem funcionários e nem medicamentos para vosso socorro, não venham nos culpar, pois estamos lhes dando o alerta, pois como sabem somos muito responsáveis e zelosos com voces e, temos pleno conhecimento de que seus organismos, coitadinhos são debilitados, pois somos comvictos de que se alimentam precariamente.

De repente alguem cortou o som de seu microfone, entrou a equipe médica retirou-o do palanque e dias depois a imprensa noticiou que o candidato estava sofrendo de mal recém descoberto pela medicina: de tanto enganar o povo, os neurônios do candidato desenvolveu uma proteina capaz de provocar em público e no parlamento uma reação que compulsoriamente lhe faz proceder com os requisitos de honestidade, seriedade e responsabilidade que geneticamente todos nós nascemos, sendo a mesma denominada de hoserespina. E há uma grande preocupação no meio, pois ao que tudo indica ela é transmissível atraves do ar e principalmente em ambientes refrigerados.


Lúcio Reis

Belém, Pa, em 01 de julho de 2004.
Indústria de Vidas 

Excetuando o objetivo de polemizar mas, e sim em respeito aos muitos leitores deste Jornal e deste espaço, venho por meio da presente esclarecer à Prefeitura de Belém - Coordenadoria de Comunicação, que agora sim entendi a razão de não darem respostas aos recursos que se impetra junto a CTBEL referente as multas que nos são aplicadas: eles não sabem interpretar a gramática portuguesa e isso, fica comprovado com a resposta da Coordenadoria de Comunicação aqui publicada em 01.07.04 à carta que neste espaço foi publicada e de minha autoria.
Lógico que ninguem é favorável a impunidade e defende crime no trânsito ou em qualquer outra esfera e portanto gostar de bandidos. Quem nutre esse tipo de sentimento por pessoas desse quilate é quem conviveu muito tempo com o Waldomiro Diniz e com a máfia do sangue e que, com o dinheiro oriundo das ações deles chegaram ao poder. Isto é público e portanto de conhecimento da sociedade.
Nosso, e o meu questionamento principalmente - pois não conheço os demais leitores citados -, reitero, foram aplicações de multas injustas e em locais que pelo horário dificilmente eu estaria trafegando nos locais alegados e, resta a dúvida pelo tempo decorrido entre a data da ocorrência da infração e a data do recebimento do auto, quase 30 dias e, se dignarem em ler meu recurso, levantei a hipotese de clonagem da chapa de meu carro, pois comprovei documentalmente que no horário registrado não falava ao telefone, portanto se houve irresponsabilidadde, garanto não foi de minha parte. É só olharem meu prontuário, que hoje é livre de qualquer pontuação por infração a dispositivo do código de trânsito.
A falta de discernimento é tamanha que neste espaço li a questão da jovem que foi multada em represalia, porquê reclamou do procedimento contrário as leis de trânsito por ocupantes de uma viatura da CTBEL e li também a resposta do órgão declarando que se a cidadã tivesse anotado a chapa da viatura a Companhia teria tomada as medidas cabíveis. Ora, outra vez fica patenteado a falta de bom senso, inteligência e discernimento: 1º - A jovem jamais poderia crer que seria vitima de vingança e 2º - Não seria necessário essa anotação, basta irem atras do auto de infração e lá encontrarão o registro de quem assinou o documento. Esse ou,  quem com ele estava na viatura cometeu a infração.
A serem verdadeiras as estatísticas registradas, parabens, estão cumprindo a missão pública e de higiene a que o órgão se destina e que é um direito do cidadão e, nesta oportunidade, a titulo de cooperação informo-vos: se instruirem vossos agentes a não se camuflarem nas esquinas e que eles sejam agentes do poder público de alerta, orientação, prevenção ao cidadão que está nas ruas e que paga impostos, por certo os índices informados serão muito melhores. 
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 29 de Junho de 2004.

Lei da Algema


Procuradores, promotores, advogados e etc... estiveram reunidos recentemente nesta Capital, constando na pauta desse encontro  medidas a serem tomadas para preservar os poderes investigatórios do Ministério Público, tendo em vista que tramita no Supremo Tribunal Federal ação que visa a reduzir as atribuições de procuradores e promotores.
Na condição de cidadão assim como o caro leitor, que acompanhamos democraticamente pela imprensa e aqui O Liberal, os condenáveis fatos protagonizados por ocupantes de cargos públicos nas três esferas, inclusive eletivos e que recentemente tem colocado este País no pódio onde a corrupção, a mal versação do erário, tráfico de influência e outros crimes, dão à República Federativa do Brasil o triste título de um dos países mais corruptos deste planeta, somos, com certeza tomados de espanto e ficamos apreensivos de que aquela alta corte republicana entenda e julgue que o crime perpetrado por esses verdadeiros bandidos, tais como o Lalau e outros tantos de igual estirpe, os quais tiveram concreta ação em tirar para si parcela significativa de dinheiro de nossos impostos, não possa ser razão de ação investigatória do MP. Dismitificando o ditado popular que diz:  o crime não compensa. Ou seja: a se tornar factível essa proposição, mas do nunca o crime no Brasil compensa, pois pela lentidão da justiça isso já é uma realidade, pois quem enriqueceu ilicitamente e subtraindo indevidamente o dinheiro de nossos impostos, retornou a condição de pobreza por ter devolvido o que furtou ou roubou?
A sociedade organizada não pode e nem deve se manter silente, diante desse absurdo que se pretende perpetrar contra a sociedade brasileira e, democraticamente devemos dizer para nossos homens do judiciário, os quais entendemos que por ali estarem sejam efetivamente capazes e sensíveis de perceberem que o cidadão aqui embaixo, não quer pacifica e alienadamente 
conviver diariamente com os escandalos protagonizados por quem deveria zelar pelos interesses gerais da população e portanto do bem comum.
Caso algum membro do MP tenha cometido algo que fugiu às suas atribuições, aí está o próprio judiciário a tomar medidas que visem coibir e até mesmo punir o desmando, afinal para eles procuradores, promotores e etc...também há leis a serem cumpridas, pois ninguem está acima da Constituição do Brasil.
A questão final é que nenhum ser consegue viver apanhando indefinidamente, os escravos não aceitaram os grilhões eternammente e, a toda agressão corresponde uma ação de igual ou maior intensidade em sentido contrario.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 25 de Junho de 2004.


Edmilson x Wladimir

Assisti via tv a cabo a audiência no STF em cuja sessão transmitida nesta sexta-feira dia 25.06.04 foi feita a analise e voto do relator do processo jurídico em que o Prefeito de Belém Edmilson Rodrigues impetrou ação contra o Deputado Federal Wladimir Costa, tendo havido por unanimidade a rejeição parcial da ação.
De ante-mão gostaria de registrar que não sou eleitor e não fui  do Deputado em questão e muito menos do Prefeito de Belém mas, sou munícipe desta Cidade e trafego em suas ruas todo dia e, nessa condição que gostaria de democratica e constitucionalmente, contando com o beneplácito desse Jornal, me posicionar e, principalmente como vitima da industria de multa no trânsito, um dos fatos abordados no processo acima referido.
O Deputado Jornalista, segundo o processo, fez referência em 2003 da volta das famigeradas araras e que, essa ação da Prefeitura seria apenas revitalizar a indústria da multa, a fim de fazer caixa de campanha. Não posso ratificar, como cidadão, que o Deputado tenha razão, pois não posso provar mas, como vitima de multa arbitraria ah!, isso sim posso. Meu veículo foi multado duas vezes em locais que pelas circunstancias em termos de dia e horário jamais eu estaria lá e ouvindo radio com fone de ouvido ou falando ao celular.
Tempestivamente e até mesmo antes do vencimento, paguei as multas e recorri, apresentando meus argumentos e inclusive, levantei a hipótese, acreditando na seriedade do agente da CTBEL, de que poderia haver a clonagem da chapa do meu automóvel e, sabe que posição me deram: NENHUMA e isso há mais de um ano.
Quanto a estar ouvindo som com fone de ouvido hipótese levantada no dispositivo infringido, meu carro tem rádio para que eu ouça noticiários e etc, pois não sou nenhum garotão para portar fone de ouvido. Quanto ao uso de celular, pedi um extrato da Empresa em que tenho a linha cadastrada, abrangendo  o espaço em que se incluia o dia e horário da multa e documentalmente provei que não falava ao celular dirigindo, pois não havia ligação no momento da alegada infração e, até porquê quem me conhece, sabe que faço disciplina consciente.
Em função disso e por ter tido me bolso visitado pela PMB-CTBEL, não encontro outra explicação para registrar que fui vitima da indústria da multa e, em função disso, o quanto me for possível farei tudo para democraticamente (não com baderna e invasão) não deixa-los permanecer no poder e dizer que o Deputado Wladimir está correto quanto suas colocações em relação a desgraça que patrocinaram em Mosqueiro e a porcaria que fazem nesta Capital.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 15 de Junho de 2004.

BRINCANDO DE PAÍS


Concordo plenamente que sejamos, como brasileiros, os primeiros a promovermos o que de bom acontece neste País. Mas, sinceramente fica quase que impossível encontrarmos algo que justifique uma referência elogiosa e, se não bastasse essa dificuldade de garimpar um feito louvável, a outra face da moda, isto é os fatos absurdos e que levam quem lá fora vive a crer piamente que este não é um País sério.
Os fatos a seguir, estão todos na imprensa de 15.06.04 e portanto de conhecimento público: 1 - Um agente prisional do Centro de Recuperação Americano 2 (CRA-2), é preso em flagrante por ter assalto um motorista, com o intuito de juntamente com um comparsa e duas garotas e com o dinheiro roubado do profissional ir fazer farra; 2 - Ainda repercute o caso dos oficiais de justiça, posto que o fato ainda não foi concluído pela justiça, em relação ao julgamento de Valentina (emasculação e morte de menores): 3 - O concurso que seria o crivo para admissão de membros da PM é anulado - e registre-se, decisão mais acertada não poderia ser por parte do Comando -, em função de vazamento total da prova e que é pior, o dono do curso que comprou o gabarito é membro da Instituição Militar e sequer teve o zelo de evitar que a fraude se alastrasse e muito pelo contrário, ainda a divulgou em quadro de aviso em seu cursinho; 4 - Soldado é vitima de assalto e o próprio salva os bandidos de seus algozes que o linchavam; 5 - Outro jovem é espancado barbaramente por torcidas organizadas ao sair de estadio de futebol, tendo afundamento da estrutura óssea do rosto e, 6 - Para completar o dia o Procon apreende 130 kg de queijo e 10 kg de charque estragados e sem documento de procedência e sem o carimbo dos órgãos de inspeção e, depois de tudo isso nomeou os próprios comerciantes como fieis depositários da mercadoria, enquanto aguarda que a vigilância sanitária, responda os oficios dos fiscais para remover a mercadoria;
Sinceramente conclua: parece ou não parece, que pessoas se reuniram e combinaram, agora vamos brincar de estado, de segurança, de saúde pública, com a vida dos seres. Mas, teve um que disse, não devemos, e as autoridades governamentais e a justiça, isso pode não dar certo e então a maioria em coro arrematou: deixa de ser bobo, este País não tem autoridade, não tem seriedade e é tudo uma esculhambação e eles que atuam nesse aspecto, não estão nem um pouco preocupados em mudar esse entendimento e, sabe porquê? Por que isso foi dito por um presidente da França há muito tempo e jamais houve interesse na transformação. É só ver a cara de preocupados deles. Acontece o fato novo, eles vem para frente da televisão e bla bla bla  e o tempo passa, nada é feito até que acontece outro e mais outro e assim vai passando a caravana.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 19 de Junho de 2004

AFAGO

A imprensa nacional e aqui O Liberal, informou-nos que o Senador ACM - Antonio Carlos Magalhães - declarou que o salário mínimo de R$260,00 não passou na aprovação do Senado, porquê o Governo Lula faltou com os devidos afagos aos senadores da República.
Para poder compreender direitinho o que aquele senador quiz dizer, fomos pesquisar no dicionário o significado da palavra afago e lá encontramos, que a mesma quer dizer mimo e esta, tem sinônimia: coisa delicada que se oferece ou dá; oferenda; presente.
Diante dessa declaração do representante da Bahia e por dedução lógica, pode-se concluir que não foram poucos os afagos que o governo do Sr Luis Inacio distribuiu aos que compõem a Câmara dos Deputados para alí ter sido aprovada a MP do salário em R$260,00.
Prezadíssimo leitor e eleitor, não é necessário ser nenhum gênio para concluir e até mesmo se torna uma redundância dizermos: a sociedade brasileira "está num mato sem cachorro" ou seja, estamos perdidos, pelo menos por mais o tempo em que durar o mandato do ex-metalúrgico. E porquê? Por que ele era e foi a esperança da maioria do eleitorado nacional de que haveria mudança e agora vê-se que foi ledo engano.E para não dizer traição.
No entanto, e por uma questão de isonomia é importante que se registre, que a mesma decepção e com característica de traição mesmo é que nos dispensam os representantes do povo no parlamento, pois é só observarmos a abrangência das declarações acima, para entendermos que o cidadão que em palanque promete defender os interesses do cidadão comum, não passa de um pinoquio, pois de fato e realmente, os objetivos deles são apenas seus interesses particulares e jamais os da sociedade.
Entende-se por outro lado, que caso o Planalto tivesse afagado os senadores, hoje teriamos concretamente o SM de R$260,00. E creio não cometer nenhum deslize ao afirmar que o deputado e o senador, quando atuam nos parlamentos da república e principalmente votando matérias de interesse do povo, jamais visam o melhor para a sociedade e sim questões de cunho particular e usando como moeda de troca a representação que lhes foi conferida pela povo nas urnas.
Mas caríssimo eleitor. Entenda que concretamente somos caros, importantes e podemos mudar essa situação, pois enquanto eles só querem serem AFAGADOS pelo governo, nós podemos e temos meios deles serem por nós AFOGADOS nas urnas.

Lúcio Reis


Belém do Pará, em 28 de maio de 2004.

DERRAMA

"Todo o trabalho realizado até o dia 25 de maio foi destinado ao pagamento de impostos". Esta é uma afirmação da Associação da Classe Media, que congrega consumidores de Porto Alegre-RS e que, naquele dia promoveu as comemorações do Dia da Liberdade dos Impostos, ocasião na qual o protesto se caracterizou pela venda do litro de gasolina à R$0,85, 42,7% de seu valor ao consumidor, indicando que a diferença entre este e o preço final na bomba é o equivalente a impostos.Informando por outro lado que, é a partir do dia 25 que o trabalhador passou a ganhar o seu sustento e de sua família, pois até então produziu para os governos municipais, estaduais e União e assim para pagar salário de vereador, deputado estadual e federal, senador, ministros, presidente da república, assessores de gabinete de políticos e etc...
A situação real e retratada no parágrafo anterior, leva-nos à uma reflexão e por conseguinte a uma interrogação: "Será que já não seria tempo do cidadão tomar uma atitude e determinar que não quer mais essa realidade". Pois é fato que a depleção atinge nível crítico em cada um de nós e na sociedade como um todo, portanto.
Caso vissemos e constatassemos que os impostos de nós retirados fossem efetivamente empregados em prol do bem comum, ainda dava para aceitar. No entanto, pipocam a cada dia novos casos de corrupção, roubalheira e dilapidação desses impostos. Poxa, os caras não livram nem o sangue e, todos sabemos que sangue é vida. Os sujeitos que estão no poder, em função da dinheirama fácil que conseguem, se tornaram insensíveis e banalizaram a vida do cidadão comum e, quando um ser morre num posto médico por falta de atendimento, atropelado no trânsito em função da impunidade ou em seu próprio domicilio fuzilado por um marginal em liberdade provisória, logo, solto com o aval do estado, é obvio que a responsabilidade é deste mesmo Estado e, caso dipussemos de uma justiça célere e leis que não privilegiasse o poder econômico, com certeza seria tudo diferente.
Mas, tudo tem solução e assim, nem tudo está perdido. Da mesma forma como você foi às ruas com o slogan agora é Lula, ou Lulaaa. Podemos consertar: Agora não a Lulaaa e ao PT e assim ficaremos livres dos Waldomiros, dos vampiros, da Ágora, e possívelmente teremos um salário mínimo mais condizente com as necessidades do trabalhador brasileiro.         Fizemos experiência que não deu certo, não repitamos o engano, pois assim passará ser um erro.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 02 de maio de 2004.

Campanha Eleitoral 2010

  Com o anuncio do valor do salário mínimo em R$260,00 e a cota de salário de família em R$20,00, o PT deu o ponta-pé inicial em sua campanha eleitoral para retornar ao poder em 2011, após o pleito de 2010.
Não! Não antecipe suas conclusões, pois eu explico coerentemente: "com a cota do salário de família em R$20,00 e ausência de politica e aplicação de verbas suficientes em educação e orientação social e sexual, fica evidente de que o brasileiro vai tentar aumentar sua renda família aumentando sua prole e assim, em 2010 teremos um universo de menores - crianças de 06 anos de idade abandonadas - pedindo em cada esquina das cidades deste País e assim, o PT lança e planta agora a sua bandeira de luta, de palanque e de convencimento para o pleito de 2010, pois pelo que se ouve e sente nas manifestações da sociedade - e este espaço é espelho disso, além de outros tantos - que dificilmente o Partido do Presidente Lula, José Dirceu, José Genoino  etc..., renova seu mandato para 2007 e por conseguinte sua outra chance só ocorrerá na campanha de 2010." É bem verdade que o tempo a ser percorrido de um aspecto é longo mas, de outro é breve, pois em se tratando de politica tudo é fugaz.
Mas a permanecer os interesses pessoais e de grupos ligados aos nossos políticos, cremos que no tempo de que dispomos até lá chegar, a situação não se modificará e assim estaremos vivendo a atual mesmice de que a opinião do politico é diametralmente contrária ao que ele pensará amanhã em relação ao hoje e isto, tivemos oportunidade de constatar atraves da TV Globo que mostrou o hoje Senador Aluisio Mercadante do PT, rechaçando  categórica e peremptoriamente  em anos atrás na condição de Deputado Federal o Ministro Malan, quando este  anunciou o Salário Mínimo daquele ano e à época da Presidência de FHC, ocasião na qual comparou o valor do aumento do salário mínimo, declarando que o mesmo não pagaria o custo da tinta da caneta montblanc que o Ministro usou para assinar aquele aumento e hoje, mesmo a despeito do irrisório valor ele, contraditória e incoerentemente exprime sua opinião concordando que o valor de R$260,00 está muito bom.
O que tento expressar é que cada vez mais, nossos representantes nos poderes constituídos da República não estão nem um pouco preocupados e interessados no bem comum e que venha atender os interesses do cidadão, pois se este fosse o alvo dos frutos positivos que a Nação gera economicamente falando, eles não estariam preocupados em aumentar a quantidade de parlamentares mas sim, a qualidade, pois aquela só tem um efeito, queimar cada vez mais o dinheiro do erário, o qual ao entrar em seus bolsos, não atende a educação, a segurança, a saúde, ao transporte público, a moradia e tantos outros bens de interesse da sociedade.
Portanto, cabe a nós eleitores modificarmos este estado de calamidade.
 Lúcio Reis


Belém,Pa, em 23 de abril de 2004.

Administração Pública – Resultados

Não é a primeira vez que a imprensa estampa a seguinte nota: Brasil tem superavit primário recorde e cumpre meta do FMI.
Olhando a outra face da moeda, podemos ver também os seguintes informes: Palocci e Meirelles minimizam desemprego e observando mais um pouco lemos ainda esta manchete: MPF diz que taxação de inativos é inconstitucional e ficando um pouquinho mais atento lê-se até sôbre o alto índice de desemprego e que várias categorias estão em greve e que outras estão com suas paralisações agendadas.
Salvo engano e creio que não é, pois também tomei ciência da decepção do artista Toquinho  com o Governo Lula e portanto do PT, e que veio fazer coro a decepção do escritor baiano ora residindo no Rio João Ubaldo, pode-se concluir estarmos vivendo uma das maiores provas de incompetência administrativa, pois não há nenhum sinal de que o dia a dia do cidadão está ou vai melhorar.
Afirma-se essa conclusão, pois também está na imprensa o seguinte informe: "para dar espaço aos companheiros o governo usa a máquina estatal desavergonhadamente" e, olhe que ainda não fechamos o primeiro semestre e no segundo teremos eleições muncipais.
Para não parecer muito incoerente e por não ter condições de austeridade no que se refere a reivindicações por meios de greves, Sua Excelência exorta seus ex-companheiros grevistas e o pessoal do MST que invade terras alheias e depois as vendem, a não radicalizarem, pois tomando seus próprios exemplos como metalúrgico ele diz: todas as vezes que radicalizei eu perdi. É companheiro, fica dificil desencorajar esse pessoal, pois foi a esse pessoal que foi prometido um outro Brasil, foi a esse pessoal que foi prometido um salário mínimo não igual ao que vai ser definido, foi a esse pessoal que foi prometido a redução dos índices de desemprego e foi a esse pessoal e a todos os que com ele somaram seus em torno de 70% de votos é que a partir de 2003 o Brasil seria outro e, na realidade estamos recebendo um novo País mas, para pior.
De que nos adianta o governo cumprir suas metas com o FMI, se o FMI não usa nossos super-mercados, nossa energia elétrica, nossa água, nossos meios de transporte, nossa (in)segurança, nosso sistema de saúde, nossa educação. O governo brasileiro tem e deve cumprir suas metas é para com o povo brasileiro, pois afinal o Brasil é o cidadão brasileiro e este é o Brasil, ou será que o Mister Luis Inacio é membro do FMI aqui dentro de nossa economia, pois o que se conclui é que o FMI está muitíssimo interessado nos impostos que pagamos e no superavit de nossa balança comercial.
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 19 de fevereiro de 2004.


Marka e FGTS


O Marka que encima esta, se refere ao Banco daquele italiano e que juntamente com um outro recebeu substancial ajuda do Governo Brasileiro via Banco Central e que assim, promoveu um prejuizo de mais de um bilhão de reais à economia tupiniquim. Foi preso, passou um mês atrás das grades com mordomia e, por ordem judicial foi liberado, viajou para seus País de origem e lá, hoje passeia de lambreta.


Nesta semana o Ministério Público, apos concluir os procedimentos judiciais da questão pede a prisão dele e dos componentes do Banco Central à época, inclusive do  Presidente do órgão.


O FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e que, normalmente o trabalhador faz seu saque ao ser demitido ou ao ser aposentado - vai ser usado agora, em função de chuvas que destruiram casas de trabalhadores participantes do Fundo em alguns Estados da Federação. Esta foi a decisão governamental que autorizou o saque de R$2.700,00 a cada um, por meio de uma Medida Provisória para o conserto das mesmas.


São  medidas administrativas dessa natureza que não permitem o cidadão brasileiro a acreditar em nossas autoridades públicas. E porquê? É fácil! Os dois casos são auto-explicativos se não vejamos: no 1º o governo mete a mão no cofre e dá a titulo de socorro mais de um milhão de reais a  instituição bancária que se meteu em maus lençois por má administração; no 2º mesmo a despeito de ser um problema de calamidade pública, o governo não dá nada, posto que o dinheiro do fundo é do próprio trabalhador. No 1º caso ninguem vai ressarcir o erário público e portanto nosso dinheiro e no 2º caso também não! Todavia, na 2ª alternativa o penalizado duplamente será o pobre trabalhador que não contará com esse crédito ao ser desligado da empresa e que anteriormente teve parte do que é seu publicamente levado pelo italiano.


O brasileiro humilde que teve sua habitação destruida pela natureza, tanto aquele da economia informal quanto aquele com trato laboral regido pela CLT, não contribuiram em nada para que chegassem a atual situação, posto que não podem controlar os fenomenos naturais, logo, não seria mais humano, mais igualitário, mais cristão, que o governo usasse o mesmo sentimento de dó ou de pena que dispensou ao italiano e socorresse nossos compatriotas usando uma MP para determinar o emprego de parte daquelas verbas que são gastas a fundo perdido, que são usadas para custear mordomias, que servem para construir galinheiro de R$25.000,00 e vejam bem: a habitação das galinhas do planalto custou o equivalente a residencia de quase 10 brasileiros.


Pois é, como se pode ver, da maneira que o assunto está sendo tratado e buscando solução não é o governo que está socorrendo o cidadão trabalhador e trata-se, isto sim de auto-ajuda. Afora isso ainda veremos noticiais sobre a burocracia a ser enfrentada. Espere!


Lúcio Reis


Belém, Pa, em 11 de fevereiro de 2004.

Trôco

A Sra. Selene Cunha Barreto Lopes de Almeida exercendo sua cidadania e contando com a importante cooperação da Coluna a Voz do Leitor de O Liberal edição de 11 do corrente, democraticamente dá um puxão de orelhas na senadora Ana Julia e no deputado federal Paulo Rocha, ambos representantes no Congresso, aquela  deste Estado e este do povo paraense, em função de seus posicionamentos em relação ao projeto do Senador José Sarney do Amapá mas, com umbigo enterrado no Maranhão e, de interesse do Estado vizinho  - zona franca.

Está certíssima Sra Selene de Almeida. Somos nós eleitores os responsáveis pelos mandatos eletivos desses cidadãos, somos nós quem lhes outorgamos nas urnas uma procuração temporária para pugnarem pelos e, defenderem nossos interesses, somos nós quem lhes dá esse emprego cuja contra prestação mensal altíssima, o digno trabalhador brasileiro e assalariado jamais alcançará em toda sua vida, são como nossos representantes que eles legislam em causa própria e se lhes outorgam benesses e mais benesses a custa do erário público e que depois vem faltar para que não tenhamos segurança pública, saúde, transporte coletivo decente, vias públicas sem buracos e sem lixo e custo de vida compatível com o salário mínimo.

O que nos tranquiliza de certa forma é estarmos num Páis democrático e podermos promover a cada quatro e oito anos - e aí está a força do cidadão e que, muitos ainda não se deram conta -,  uma  verdadeira limpeza nos poderes da República, dando um cartão vermelho a todos aqueles que em palanque fizeram um discurso em prol da sociedade e que, na prática e de posse temporária do mandato, voltaram-se contra os interesses sociais e de todos e privilegiaram interesses de grupos.

O que importa Sra. Selene é que façamos o que nos compete e graças a Deus, como podemos contar com O Liberal, que democraticamente abre este espaço a sociedade, podemos crer de que não bradamos no deserto e a partir do momento em que outros insatisfeitos saibam que também tantos mais não tiveram suas espectativas correspondidas pelo PT, passamos a somar esforços no sentido de promover a substituição e troca dos que não corresponderam aos interesses do povo e assim, estaremos construindo um Páis igualitário e justo.

Lúcio Reis






Belém, Pa, em 04 de fevereiro de 2004.



Cidadania



A imprensa nacional, inclusive via internet mostrou a sociedade brasileira a prepotência da Prefeita de São Paulo, que com dedo em riste e na cara da dentista, não teve estrutura democratica para aceitar o protesto da cidadão paulista, que teve seu consultório dentário invadido pela enchente e que não foi a primeira vez, impossibilitando-a de trabalhar e fazer receita para quitar o exorbitante IPTU.


A cena mostra claramente o porquê dos governos em qualquer um dos três níveis, municipal, estadual e federal não aplicarem como deveriam em educação, pois o cidadão educado,  instruido, com conhecimento de seus direitos e, principalmente quando cumpre com suas obrigações em relação aos impostos, sabe perfeitamente exercer sua cidadania protestando e reclamando o que lhe é devido de direito e constitucionalmente e, assim uma obrigação do governante.


É como sempre registramos: os homens públicos deste País term todas as fórmulas e soluções para os problemas gerais do Brasil, quando estão em palanque, são democratas por excelência mas, ao ocuparem o poder, devem pensar e dizer, "quero que vá tudo por inferno" e, o bobo que me questionar eu amedronto.


O episódio em São Paulo, mostra também a outra face da moeda, pois surgiu uma outra cidadã para defender a Sra. Marta Suplicy declarando, que em outras épocas os centimetros de água paradas eram de mais de 70 e agora ficou em 20 cm. A posição e o conformismo da vizinha da dentista,  nos faz lembrar aquela cínica e indecente desculpa do rouba mas faz e aí, também nos faz concluir que o brasileiro adora ser administrado publicamente por corrupto, por desonesto e outros adjetivos que todos tem ciência e, se isso não fosse verdadeiro, as figurinhas  conhecidas de cada pleito, já estariam fora do poder há muito tempo.


O dedo em riste da Prefeita de São Paulo, a principal cidade do Brasil em termos economicos, é um bofete e uma ameaça a democracia deste País, pois com toda aquela sujeira trazida pelas águas pluviais e ela ainda querer intimidar o povo, e mais os milhões gastos na aquisição de um avião a nível federal, e tudo praticado pelos componentes de uma sigla partidária que antes de chegar ao poder se apresentava como tábua de salvação desta Nação, deve nos levar a refletir seriamente e tomarmos providências concretas, pois se eles não aceitam discordância nem de quem os ajudou a galgarem o poder, como foi o caso da Senadora Heloisa Helena e companhia, imagine de quem efetivamente não os quiz no poder e nem concorda com suas permanências lá. Pense nisso e as eleições vem aí. Até porque democracia é alternância de pessoas no poder.


Lúcio Reis








Belém, Pa, em 01 de novembro de 2003.


Verbas Públicas


O noticiário brasileiro ainda está se ocupando com manchetes que se referem ao uso indevido ou emprego desvirtuado de verbas públicas por ocupantes de pastas ministeriais e/ou auxiliares das mesmas.


É óbvio que o tema tomou o contorno de excepcionalidade que ora se constata, pelo fato de que os protagonistas dessa conduta condenável há muito tempo e não apenas de agora, estarem no momento na posição de vidraça e não de estilingue, como estavam antes de chegarem as cadeiras do poder.


Caso D. Ruth Cardoso esposa do ex-presidente FHC, gostasse de criar galinhas e mandasse construir um galinheiro ao custo de 25 mil reais, conforme noticiado, para ter suas aves caipiras alí mesmo em seu quintal, você já imaginou o prato cheio que esse absurdo teria sido para os então petistas aspirantes ao Palacio do Planalto e, até então zelosos e parcimoniosos com a destinação do dinheiro de nossos impostos.


Administrador que não tem o mínimo de critério para gastaro que é todos nós, existe em todos os poderes da República e há muito tempo e, está aí o Lalau, aqui o caso SUDAM e tantos outros como prova indiscutível dessa afirmação, procedimentos esses que inviabilizam que o cidadão e a sociedade como um todo tenham e acusem índices de melhoria no seu padrão de vida em todos os aspectos.


No entanto por uma questão de justiça é imprescendível o registro de que pelo menos na administração atual, mesmo em valores reduzidos, verbas públicas foram devolvidas aos cofres de União, diferentemente das anteriores, cujos inumeros casos que foram noticiados publicamente de desvios e apropriação indevida de dinheiro do estado, via hiperfaturamento e outras ações e que configuram enriquecimento ilicito, bem como fortunas remetidas para paraisos fiscais e até agora não foram devolvidas e nem os bandidos, em sua maioria, foram encarcerados.


Um dia a administração pública e os poderes da República, serão exercidos por homens com conduta ilibada, que não usem o nepotismo e outros tipos de maracutaia e, com certeza nesta Nação colherá melhores frutos em beneficio de seus cidadãos e estes, quando chegarem lá fora não serão olhados com desconfiança e o alerta: cuidado, brasileiros estão chegando, reforcem a segurança.


Lúcio Reis








Belém, Pa, em 23 de outubro de 2003.


Erário



       O cidadão brasileiro, via imprensa nacional e aqui pelo Jornal O Liberal, vem acompanhando a lenga lenga, originada com a viagem da Ministra Benedita da Silva à Argentina às custas do erário público mas, para fins mais particulares de cunho religioso, disfarçados sob o véu de um encontro de interesse da Nação Brasileira.

     No inicio, antes do tema tomar as proporções que alcançou, é que o caso ganhou o seu contexto mais sério e grave, que foi o Presidente da República se dar por satisfeito com as explicações e tentativas de justificação de sua assessora titular de uma pasta ministerial e portanto, não ter tido o devido zêlo com verbas originárias do dinheiro dos impostos de todos nós cidadãos e que, por ter origem em nossos salários, não é dele, não é do PT e sim da sociedade verde e amarela que o elegeu, para bem administrar o que é de todos nós.

   Não fosse a imprensa tomar a si a responsabilidade pela cobrança dos devidos esclarecimentos e mostrar à nossa gente e ao eleitor do PT o mal,  e indevido emprego de verba pública, o caso seria jogado no esgoto pelo qual inúmeras vezes já se esvaiu o que deveria ser usado em prol do bem comum, socialmente falando.

   Lamentavelmente o episódio deixa configurado que o Sr Presidente Lula, no caso em e tela, foi no mínimo conivente ou não teve o devido cuidado no administrar o que é nosso enquanto povo e portanto, tratamento muito diferente ao dado a CPMF que tira de nossos contra-cheques fortunas e fortunas e é por isso, que há verba para ministro fazer turismo a nossas custas.

Lúcio Reis









Belém, Pa, em 16 de outubro de 2005.


Praga Territorial


             O título poderia abreviar para PT e, nao seria mera coincidência mas sim, Propositadamente Tentado, Pois a Têrmo o objetivo é fazer referência a essa Passagem Terrível que se abateu Pelo Território brasileiro, como uma Praga Travestida no inicio, como Período Tranquilo, para retomada do Processo de Transposição ao crescimento e divisão de riquezas nacionais Por Todos, os agora inocentes e que acreditaram no "sapo barbudo" e suas histórias para peixe dormir, posto que as contadas para boi, já não surtiam mais efeito.
           Ressalve-se que se Pusesse Todos no balaio da condenação, seria uma irresponsabilidade, Pois Tenho certeza de que Parte dos Trabalhadores vermelhos, não Pactuam Terminantemente com os Procedimentos Tortos.
           Está causando Pruridos Terríveis, às Pessoas Tolerantes os Processos Tenebrosos que Projetam Tendências e ações explicitas de Politicos Traficantes de influências e que, saem do Próprio Terreno do Parlamento Tendência para a realidade nua e concreta da Perdição Total.
           Pediram Têmpero via poder judiciário à Pizza Tabefe que Pretendiam Tapar os olhos do cidadão e assim, Poderem Tripudiar com respaldo sôbre a massa verde e amarela, que de tanto ver Patifaria Tramada e executada com maestria em
Palanque Talentoso, esta se tornando massa pálida e sem vida.
           Porém Temos certeza, de que Perdidos Totalmente ainda não estamos, Pois Troca ano e estaremos em 2006, quando Poderemos Trocar da cor vermelha para o arco-iris da liberdade de Participarmos Tetroftalmos e assim veremos e
enxergaremos doravante quem quer outra vez nos enganar e trair.
           Creia que Para Tudo, há remedio. Podemos Tramar com nosso voto, nossa Participação Terminante para as mudanças necessárias que Projetem Tudo Para Termos um grande Período Terapeutico de cura e salvação de nossas instituições e com isso o Pedaço Triunfal para o Povo Triste de hoje mas que, Pode Ter no amanhã Poderes Testemunhável de satisfação e poder dizer: valeu lutar!
Lúcio Reis.














Belém, Pa, em 11 de outubro de 2005.



Cheque de  Água



  Liberal de 11/10/05

          O Reporter 70 do Jornal O LIberal edição de 07 de outubro p.p., em seu último tópico, publica o seguinte: "O governo vai lançar o cheque-água que beneficiará os consumidores de baixa renda que terão suas contas parcialmente quitadas pelo Estado. A COSANPA ainda não definiu o número de metros cúbicos consumidos para se ter direito ao cheque."
         O assunto me fez concluir que em mais um ítem a maioria da sociedade consumidora será convocada a pagar a conta. Não sou contrário que quem tem mais posse, divida com aqueles menos favorecidos. A questão acerca da água vai mais longe, e a ela se insere procedimentos, no mínimo estranhos. De imediato veio-me a mente, a grande dissiminação de lava-jatos de veículos, um a cada esquina em plena via pública e sôbre o passeio que se destina ao ir e vir do pedestres.
         O interessante dessa questão é que em conversa informal com funcionário da Companhia de Saneamento, perguntei-lhe se cada uma dessas "empresas" a céu aberto tinha u'a matricula e uma consequente fatura de consumo, pois o que se testemunha de domingo a domingo, são mangueiras a jorrar água direto, num
fantástico desperdício do líquido precioso. Respondeu-me, que a COSANPA já convidou-os ou chamou-os a se cadastrarem, alguns atenderam mas, a maioria não, optando em se manter na irregularidade e assim, desestimulou os demais e todos atuam subtraindo indevidamente a água pública e por consequência, a
maioria da sociedade custeia a atividade.
         Prosseguindo, perguntei-lhe que medidas administrativas e coercitivas foram tomadas? Respondeu-me ele que nenhuma. A Empresa optou pela impassividade, pois mesmo tendo praticado procedimentos inibidores, tais como  cortando o fornecimento, os lavadores, buscaram outros canos da rede hidraulica e deles, prosseguiram a subtração e uso indevido do solvente universal.     


Em função disso a fornecedora de água, optou pela passividade, a ter que enfrentar e se defender em juizo, segundo ele, em virtude de ações judiciais que poderiam ser impetradas. Pois, não tem intenção de enfrentar a opinião pública também, pois deduz que esta será favorável aos lavadores de carrro
nessa modalidade.
        Pois bem, não é novidade para ninguem que os cabeças coroadas do mundo, vem alertando sôbre o desperdicio de água potável e aconselhando o uso racional dela, posto que logo, logo vamos iniciar o convivio com racionamentos em função da escassez. Não é do desconhecimento de ninguem, o que sofrem nossos irmãos nordestinos com a falta de H2O.
         O mais estranho da realidade é que, os lava jatos de meio fio só existem pela simples razão de que proprietários de veículos os usam para lavarem seus carros. Portanto, são coniventes com a desgraça que se planta hoje e que as futuras gerações, inclusive descendestes deles mesmos, irão colher e que, por certo será a dificuldade em dispor de água potável.
        Hoje ressentimo-nos de uma total falta de seriedade, posto que ontem pessoas foram plantando o jeitinho de todos levarem vantagem sôbre tudo e aí está o nosso querido Brasil, com um belo conceito lá fora.

 Lúcio Reis.















Belém, Pa, em 26 de julho de 2003.



Do Próprio Veneno


Ainda não alcançamos 09 meses do atual governo e, rebentos indesejáveis à tranquilidade social de nosso País começam a ser paridos, levando-nos a crer firmemente de que, tudo aquilo que as circunstâncias ao longo do tempo foram condicionando de que se tornariam fatos reais e concretos, mais cedo do que se pensava principiam o seu processo de realizações.


O assassinato do repórter fotográfico La Costa, em frente a uma invasão do MST e a pregação de uma guerra por parte do lider desse movimento contra os latifundiários brasileiros, são ítens a serem seriamente levados em consideração, posto que suas consequências - caso os mesmos não sejam entendidos e tratados com a gravidade e riscos que os mesmos inserem - têm tudo a colocar em jogo a democracia desta Nação.



Hoje o Presidente do PT, participante da guerrilha do Araguaia na década de 70, declara que cometeu um engano ao se tornar quando jovem um guerrilheiro, assim como o foi o todo poderoso Ministro José Dirceu. No entanto, muitos dos que lutaram em Xambioa e adjacências, não estão vivos para se arrependerem e, tomando essa realidade como parâmetro é muito fácil de concluir que as inconsequências das ações de hoje desse Sr Stedille, futuramente poderão ser motivo de arrependimento. Entretanto, quem daqui há alguns anos arcará com as responsabilidades das inconsequências de hoje? Apenas o gesto do arrependimento não é o suficiente para consertar danos sociais e quem sabe democráticos e ao Estado de Direito.



A prosseguir essas invasões cujas bandeiras são todas vermelhas, a autoridade máxima e constitucional do Brasil terá e deverá assumir e executar as suas responsabilidades previstas na nossa Constituição e que ela jurou cumprir e fazer cumprir perante o Congresso Nacional e para todo o brasileiro por ocasião de sua assunção ao cargo de mandatário máximo deste País.



Sabia-se infelizmente que aquilo que era uma hipotese, tinha e tem todos os requisitos de uma fórmula demoníaca a promover grande intranquilidade ao cidadão comum. Pois o governo atual, cujo berço é exatamente as reivindicações com têmpero de  baderna e pretender a qualquer custo fazer valer seus objetivos - quem não se lembra que o oficial, responsável à época pela segurança do governador deste Estado, foi mordido pelo hoje Gestor Municipal, quando este era colocado para fora do Palácio Lauro Sodre - e assim que a situação ficar "preta" como diz o dito popular, a autoridade governamental ironicamente deverá autorizar contra seus companheiros de outrora o mesmo veneno que lhe foi ministrado e que hoje poderá ser o seu próprio veneno, pois a uma determinada situação e estagio, somente o rigor da lei recompõem e retornará a normalidade democratica.



Sinceramente, esperamos que haja bom senso e que não haja necessidade de ser ministrado a lição do cassetete.



Lúcio Reis













Belém, Pa, em 23 de fevereiro de 2003.



Aposentadoria



Uma das manchetes do noticiário nacional neste domingo, chama a atenção do leitor para a seguinte nota: Presidente Lula e 22 governadores concordam em taxar as aposentadorias.


 Ao ler a chamada, tive a imediata sensação de que estava lendo noticia do governo Fernando Henrique ou de algum outro presidente anterior.


Antes do pleito de outubro correu nacionalmente nos comentários de boca em boca que o governo do PT, ao assumir iria confiscar poupança e se o cidadão tivesse mais de um imóvel o excedente a um seria também desapropriado pelo estado para fins sociais.


Essas informações foram peremptoriamente desmentidas e o PT chegou ao tão almejado Poder Executivo da República Federativa do Brasil.


Ainda não são decorridos nem 90 dias do governo vermelho. Os resultados se não iguais ao anterior são piores: as altas dos juros, antes condenadas, são também empregadas sem a menor cerimônia, o salário mínimo que aí vem, não se iludam, terá um acréscimo irrisório, que a exemplo dos anteriores, soará tipo uma piada de mau gosto, principalmente se compararmos a diferença entre o que está e como ficará, tendo como parâmetro o ganho dos senadores e deputados, a CPMF continuará retirando de nossos depósitos bancários significativo valores e na contra-mão o sistema de saúde permanece um caos e por aí vai.


Ah! Mas tem o programa fome zero! Não pretendendo ser profeta mas, se as medidas até agora são idênticas as dos governos anteriores, por que não acreditar que logo a imprensa vai estar publicando: que os gêneros estocados em algum depósito estão apodrecendo por falta de transporte; que algum espertalhão está vendendo os alimentos quando deveria estar doando; que o político fulano de tal está usando política e eleitoralmente em seu proveito os produtos da campanha e, como antes nada acontecerá, ninguém será punido e a bandalheira continua.


Caro leitor, uma Nação existe porque há o cidadão. Não é um partido, não é um parlamentar e nem um administrador, quer seja sua legenda que constroem e mantém um Estado, quem edifica e quem é imprescindível ao ser de uma Nação é o cidadão que no seu conjunto é o povo.

Não vamos permitir que se administre contra os nossos interesses, e a exemplo do PT que sem respeitar os limites democráticos praticava absurdos, vamos protestar respeitando as orientações democráticas de um País livre mas, pelo menos vamos sinalizar de que não é essa a administração que queremos para nós e que, os aposentados não são responsáveis pelas péssimas administrações que passaram e passam pelo Planalto.
 Lúcio Reis












Belém, Pa, em 28 de abril de 2002.



Publicado no Jornal O Liberal em 01/06/2002.



TRÔCO COM TROCA



Na cidade e no País já começam aparecer os primeiros sinais vindos dos políticos, em direção ao cidadão eleitor, pois se inicia outra vez a sucessão eletiva, para os cargos de Presidente da República, Senador, Deputados Federais e Estaduais.


Ao longo desses últimos anos, graças a Deus, o cidadão comum e, a quem efetivamente compete eleger ou não o candidato, pôde tomar ciência de quão suja é a política produzida por nossos representantes em todos os níveis: muncipal, estadual e federal.


A avalanche de falcatruas, de corrupção e de indecência com o erário, não tem ais limite a alcançar.


Mesmo assim, o caro eleitor vai perceber e constatar que os mesmos que enriquecem e proporcionam aos amigos situações privilegiadas as custas de nossos impostos, não terão o menor constrangimento em novamente se apresentarem às urnas, tentando nos convencer de que fizeram o máximo em nosso benefício.


Só para sua lembrança, é necessário que se mencione que a CPMF – contribuição provisória sobre movimentação financeira, que numa saída de inteligência do, naquela época Ministro da Saúde Adib Jatene, se destinava momentaneamente a socorrer o sistema de saúde da Nação, que se encontrava na UTI.


A saúde nacional, continua agonizando, a dengue ganhou maior campo e o mosquito fez a festa, picando e infectando milhões de brasileiros e a CPMF, continua dividindo o meu, o seu e o nosso dinheiro. O deles não! Basta você lembrar que aqueles mais de um milhão e trezentos mil lá de São Luiz-Ma, não estavam em contas bancárias. Eles só seriam alcançados com o “imposto do cheque” quando chegasse às mãos do cidadão trabalhador.

À que você tenha noção da realidade, é importante, lembrar as declarações da ex-governadoramdo Maranhão, ao registrar, segundo a imprensa, o quanto foi doado à campanha para reeleição presidencial.
É bem verdade, que ela só trouxe a público esse fato, com o intuito de desviar a atenção da sociedade, do seu problema relacionado a SUDAM, ao marido e dinheiro vivo nas suas empresas. Se o dinheiro doado a reeleição do mandatário máximo da Nação, tem a conotação condenável, com que ela o adjetivou, porquê ela não fez a denuncia anteriormente? Ou será que efetivamente entre eles, há alguém que possa atirar a primeira pedra?
Outro fato que chama atenção, é o acerto que eles entabulam entre si, desconsiderando concretamente que a decisão final é nossa através da urna e que, efetivamente nós somos a peça mais importante na democracia, pois é de nós que devem sair as decisões e são para nós que as ações úteis devam ser destinadas.
Pois be,, nas próximas eleições façamos algo de bom para nós: vamos dar o trôco a eles, trocando todos eles.

Lúcio Reis













Belém, Pa, em 07 de janeiro de 2002.



ESCOLA x IPTU



Por acreditar que o cidadão seja bobo ou palhaço e, somente assim é que se pode entender certos procedimentos de um ser que detem às mãos ações públicas administrativas e de interesse final da sociedade.



Pasmem! O Ilustríssimo Senhor Alcaide desta Capital, por intermédio de algum(a) brilhante assessor(a) da SEMEC através de um folheto orientou as escolas da rede municipal de Belém, a solicitarem no ato da matricula para ano letivo de 2002 a apresentação do carnê do IPTU para comprovação de residencia do estudante.



Não é a SEFIN o orgão competente para fiscalizar o cumprimento desse tributo municipal. Não foi alardeado pela PMB a quantidade de isenção concedida aos imóveis de valor venal até R$17.000,00. Será que o Sr Prefeito entende que um pai de família matricula seu filho na rede pública para economizar reais? Ou será que o pessoal da PMB crê que uma casa isenta IPTU é sinal de que seja rica? Não é uma obrigação constitucional do municipio oferecer escola aos jovens? Não é verdade também que equem é pobre na forma da lei, tem direito a atestado de vida e residencia expedido gratuitamente pelo Estado? Não é verdadeiro ainda, que um fatura de água ou de luz, servewm também como comprovação de residencia e, por fim, um contrato de locação de imóvel também não é documento hábil, para tal comprovação.



Entramos em ano eletivo. Faz-se esse tipo de protesto para que as sociedade fique ciente de quem merece ou não ter às mãos a administração do que é de todos e que, deve ser transformado em bem comum, no caso aos munícipes.



Lúcio Reis.















Belém, Pa, em 31 de outubro de 2001.



CREDIBILIDADE



Lí atentamente o “jus esperneandi” da Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura de Belém, na ediçãop de 31/10/2001 na Coluna Voz do Leitor, em referência a carta expedida pelo Sr Bellarmino Jr, a auql também tomei ciência.



No incio das considerações a PMB o taxa de completo ignorante e depois concorda que ainda há por realizar. Não tenho presunção de defender o leitor mas, apenas lembrar ser ele, como eu e tantos outros cidadãos que vievemos num País democrático e à quem, devem ser dirigidas as ações governamentais, transformando o erário oriundo de nossos impostos, em bem comum e muito bem feito e séria aplicação.



Nesse aspecto, gostaria de sugerir lembrando a Prefeitura Municipal de Belém, que as grades de proteção do Bosque Rodrigues Alves, alí no Marco, e que, tão celeremente foram pintadas de vermelho no inicio do 1º mandato do Sr Prefeito, quando houve o caracter emergencial de avermelhar tudo nesta Cidade, inclusive as lixeiras, para apagar as cores da administração anterior, estão necessitando há muito tempo de novo cuidado, pois depopis ficará muito mais caro para os cofres do Municipio.



Ainda no Marco, temos que nos referenciar ao elevado da Dr Freitas, cuja inauguração, pela rapidez com que foi executada a obra, não nos – pessoalmente – inspira como cidadão tranquilidade para trafegar nem sôbre e nem sob o mesmo.



Portanto, não foi só o mau cheiro do Ver-opêso que incomodou o cidadão Bellarmino, muitas outras falhas incomodam a sociedade belemense, posto que as ações politicas nesta País, como um todo, só deixam a desejar, pela falta total de seriedade e responsabilidade e, tanto isso é verdadeiro que o Poder Legislativo da Nação e dos Estados da Federação e até dos Municipios, praticamente tem se transformado em Posto Policiais, tantos são as CPI em andamento e a serem instaladas.



Lúcio Reis.

















Belém, Pa, em 04 de outubro de 2001.



VAGA



Acalmada a tempestade momentaneamente, quando comportamentos antiéticos e indecorosos estiveram revolvendo o Senado Federal nesses últimos anos e que, uma onda de decoro e moralidade deverá tirar do Congresso o Senador Jader Barbalho ou por renuncia ou por outros meios regimentais, inicia-se a discussão sobre sua substituição por um de seus suplentes.



O prejuizo ao Poder Legislativo Federal, a democracia e à Nação Brasileira, no período de investigação e portanto, paralização do mesmo em seu funcionamento em prol da sociedade, não pode ser mais danoso do que já o foi. Aliás, a moral, a seriedade e a honestidade de nossos representantes, praticamente inexiste que, o que não falta em nossos órgãos governamentais são CPIs.



O melhor é que, em havendo o claro com a renuncia ou por outro meio, que a cadeira de senador pelo Pará, fique livre, pois a vergonha do povo paraense, não aguenta mais frequentar diariamente a midia nacional, em função da improbridade de seus representantes e, como já é de conhecimento nosso e de todo o brasileiro, tanto os suplentes quanto o atual titular, segundo o noticiário, estão com as mãos sujas com as verbas do BANPARÁ e assim, incapazes de atos morais e legais enquanto legisladores.



Lúcio Reis.


















Belém, Pa, em 23 de maio de 2001.



ENERGIA



Para o desenvolvimento de qualquer organismo ou organização, é imprescíndível que haja energia.



Lamentavelmente os homens que administram este País – há até um ministério do planejamento ou já houve – não se deram conta disso ou, se deram, privilegiaram a politicalia do é dando que se recebe, para se manterem nos poderes da República, não investigaram como deviam e assim não puniram as sucessivas denuncias de corrupção, malversação do erário e hoje, mais uma vez o cidadão é quem paga e pagará pela incompetência pública, pois não é de hoje que se ouve a frase: “o poder público gasta muito e gasta mal!”.



A P-7 está no fundo do mar e com os bilhões de seu custo. Para desviar a atenção desse fato, sugriu o painel do senado e agora o apagão e ou racionamento de eletricidade.



O Nicolau e a Georgina, ainda não devolveram o que levaram. A SUDAM e a SUDENE escoaram pelo ralo da corrupção muitos milhões de reais, os anões do orçamento, riem da desgraça do povo, pois à hora do sufoco, saem do País e lá fora, quem sabe, irão passear de lambreta em companhia do Cacciola.



O que mais incomoda é a falta de vergonha de ainda pedirem compreensão à sociedade. Teremos, com certeza complacência e muita boa vontade, sim, a partir do momento que soubermos que os ladrões do dinheiro público, estão presos e devolveram o que subtrairam ou então a partir do momento que viermos a tomar conhecimento que as malandragens foram reduzidas.



Pois não dá para acreditar que, já tenhamos esquecido do confisco de nossas poupanças na era Collor.



Lúcio Reis

















Belém, Pa, em 04 de maio de 2001.



ACAREAÇÃO



Fato desnecessário a realização dessa confrontação entre os senadores Antonio Carmos Magalhães, arruda e a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, pois não é de hoje que uma das caractertísticas da politica nacional é a mentira e a contradição, onde sim equivale a não e vice-versa.



Acredito que ninguem em sã consciência, tinha dúvida quanto as resultado, de que aquela Senhora sairia dessa acareação fortalecida e comprovadamente caracterizado ter ela sempre falado a verdade, enquanto que os dois politicos fragilizados, em função das mais diversas versões apresentadas para único fato.



Lamentavelmente situações dessas ocorrem em nosso País, pura e simplesmente pela ausência de seriedade no trato da questão pública, o que se tornou a regra geral, ao invés de ser uma raridade e, onde os detentores do poder, tentam ter os seus pares em suas mãos, refens dos desmandos e ilicitos que praticam ao longo de suas vidas públicas.



No caso da votação da cassação do mandato do senador Luis Estevão, à sociedade não interessa ser ela secreta ou não, o que nos importava enquanto cidadãos e eleitores é que se faça assim como naquela ocasião e sempre, uma séria assepsia nos poderes públicos, pois não temos mais limites para assistir o dinheiro público usado para criação de rãs e outras imoralidades desse quilate.



Como observamos, não se fala mais da P-7 da Plataforma que levopu consigo para as profundezas marinhas vidas humanas e que, por certo estão fazendo falta às suas famílias que aqui ficaram. Logo, logo, surgirá um outro absurdo à sepultar a violação do painel de votação do senado e possível cassação dos politicos.



E assim de mentira em mentira caminha a república. Ainda bem que a diferença entre a verdade e a mentira é que, aquela só admite uma versão e esta várias e, em determinados momentos, o mentiroso não sabe qual foi a ultima usada, por isso ter a mentira pernas curtas e logo é alcançada.



Lúcio Reis.


















Belém, Pa, em 12 de abril de 2001.



QUEBRA TUDO



Existe um programa televisivo que diariamente vai ao ar e que, em dado momento, em virtude do problema em pauta, normalmente comprovando pelo resultado de DNA alguma paternidade, gera uma balburdia e o pessoal, inicio o côro: vamos quebrar tudo, vamos, vamos!

Lendo o desabafo e quixa do Sr Guilherme Carvalho e outros, na coluna Voz do Leitor em O Liberal nesta data, sôbre o péssimo atendimento e tripudio sôbre o usuário e consumidor, chega-se a determinado momento em pensar na medida extrema do vamos quebrar tudo.
Porém, na democracia, não precisamos e nem devemos chegar ao ato próprio de vândalos e anarquistas, pois temos em nossas mãos a maior e mais poderosa arma do relacionamento povo e governo, que é o voto.
Muda-se a nossa representação no parlamento e nos outros poderes de maneira drástica em termos percentuais via urnas e, exigimos de nossos procuradores politicos, que atuem efetivamente em defesa dos interesses da sociedade e assim, sem traumas conseguiremos os serviços e o tratamento digno que merecemos, por todo e qualquer concessionário de serviços públicos, tais como energia elétrica, comunicação, transporte, água e esgoto, segurança e etc...
Vamos quebrar o entendimento de que o cidadão é bobo.
Lúcio Reis




















Belém, Pa, em 27 de abril de 2001.



NO LIMITE



O espaço no O Liberal Voz do Leitor há anos, com legitimidade do cidadão que aqui se expressa, vem denunciando há muito tempo todas as mazelas protagonizadas pelos homens públicos da república, tais como o enriquecimento a custa da corrupção, malversação do erário, superfaturamento, sonegação de impostos, de encargos sociais e etc...



Sem dá bola para a opinião pública e numa inconteste demonstração de credibilidade na impunidade, as irregularidades, imoralidades e desonestidades foram se sucesdendo e acumulando, enquanto na outra ponta a miséria, o desemprego, a fome, a falta de teto, precária assistência medica hospitalar e etc...foi crescendo em proporções desastrosas.



Hoje assistimos os caciques do senado numa troca contundente e gravíssima de acusações mutuas nas mais variadas modalidades de desmandos, com reflexo direto na economia, fato que se comprova com a variação cambial pela crescente alta do dolar diariamente.



Ao término do mês, constataremos que nossos salarios ficaram com seu combalido poder de compra mais fragilizado ainda, em função da fatal alata da inflação e assim, logo, logo estaremos vivendo de novo o inferno economico, no qual inflação alimenta inflação, ou seja os preços sobrem porque a inflação é alta e vice verso.



Além dos adjetivos negativos acima, vimos também que nossos representantes, mentem com tanta veemência e publicamente em rede nacional de radio e televisão, que se não soubessemos que alí é a sede de um poder, poderiamos acreditar ser a morada de anjos de candura.



Mas, como tudo tem sua compensação, basta olhar e encontrar o lado bom e positivo da situação: se antes comiamos o pão que o diabo amassou, hoje podemos comer sanduiche com o pão que o diabo amassou, cujo recheio é file de RÃ, com catchup marca SUDAM e mostarda marca SUDENE.



Lúcio Reis.



















Belém, Pa, em 10 de março de 2001.


FARINHA DO MESMO PANEIRO


Com apenas uma breve trégua, em função do óbito do Governador Mario Covas, a sociedade brasileira vem sendo bombardeada diariamente com sucessivas denúncias de corrupção, roubalheira, malversação do erário e etc...no stafff da república tupi niquim.


No que se refere a votação secreta ou não do ex-senador da quadrilha do Nicolau, o Sr Luis Estevão, o que interessa e vale é que ele não poderia mais continuar no poder legilativo, posto que não reune condições morais e integridade de caracter para tal. Ademais a vontade popular foi e é pela sua expulsão do senado. Aliás o que se tem visto e isto, porque eles mesmo declaram, é que pouquissimos resistiriam a uma séria assepsia.


Quanto as investidas de instalar CPI aqui, alí ou alhures, tanto faz quanto fez, pois o que acontecerá já sabemos: os holofotes da imprensa estarão voltados para as audiências, pilhas e pilhas de processos se avolumarão, a água da roupa seja a ser lavada não poderá ser mais fétida e pútrida e enquanto isso, estaremos nos aproximando da eleição presidencial, o picadeiro da CPI será usado como pretexto de arroubos para alguns aparecerem e colherem dividendos politicos e no fim, tudo permanecerá, como tem permanecido, em nada: alguem poderia responder em que cadeia estão os anões do orçamento? Em que data eles devolveram o que roubaram? O que foi desviado da obra do forum trabalhista de São Paulo, já foi encaixado no tesouro nacional?


De resultado positivo e concreto, continuaremos a conviver com o aumento da pobreza absoluta, da miseria total, da fome, do desabrigo, o leão do IR cada vez mais voraz e sugando os que tem menos.


E assim a gente vai levando, já conseguimos até chegar a um novo milenio.


Lúcio Reis.



Belém, Pa, em 01 de janeiro de 2001.

IRRESPONSÁVEL

A história da civilização, dá-nos conta que em determinada época, dirigentes com objetivo de ofertar “circo” ao povo, colocavam algumas pessoas na arena para serem devoradas por leões. Como elas tinham que enfrentar as feras, desarmadas, suas situações de fragilidade e desêspero se tornava motivo de divertimento à platéia e governantes da época.
O que está nas entrelinhas acima, se quizermos fazer um têrmo comparativo com os dias de hoje, vamos constatar não haver na raiz, nenhuma diferença, a não ser nos pormenores.
O lamentável fato ocorrido no sábado em São Januário, é apenas um dos exemplos que sistematicamente ocorrem em nosso País, quando o cidadão é jogado às “feras” da insegurança urbana e no campo; às “garras” do deficitário atendimento médico-hospitalar ou a inexistência desse serviço; as crueldades da falta e e débil educação; a irrascível e insuficiente habitação e tantos outros males sociais que ao longo dos sucessivos mandatos afligem a sociedade tupi-niquim.
O comportamento do dirigente vascaíno, não poderia ser mais insano. Nos torcedores feridos corre em suas veias, além do sangue alví-negro com cheiro de bacalhau, o vermelho da vida humana e da sensibilidade cristã.
Como pode um cidadão, detentor de um mandato eletivo representativo da sociedade, ter em seu coração tamanha insensatez, em entender que havia clima para prosseguir aquele jogo e que um troféu é mais importante que as vidas alí presentes?
Não foi atoa e nem por mera coincidência que no concurso de ornamentação de barcos na passagem de ano, ganhou aquele com o tema Nicolau (Lalau) e os 40 ladrões. Aliás, pela realidade de hoje, dá para concluir que a história infantil que mais influenciou a formação de carácter dos nossos vários detentores de poder, foi sem dúvida e exatamente a leitura infantil Ali Baba e os 40 ladrões.
Oxalá que essa influência mude, pelo menos, para a história do Robin Hood.
Lúcio Reis







Belém, Pa, em 07 de dezembro de 2000.

SENADO

A representação dos Estados da Federação é feita pelo Senado, cujo Presidente, na falta ou ausência do Presidente da República, de seu Vice-Presidente e, do Presidente da Câmara Federal – representação da sociedade  (povo) – constitucionalmente assume a chefia de Estado e do Poder da Nação Brasileira, entre outras tantas funções de interesse e relevante grau de responsabilidade perante a República.
A imprensa nacional, em todas as suas modalidades e, especialmente ontem dia 06/12/00, transmitiu e noticiou para toda a Nação a face cruel, podre, indecente e nociva dos homens que em Brasilia são responsáveis (ou irr...) pelo o amanhã deste País.
É de estarrecer o nível a que chegaram dois expoentes da República na troca de adjetivos curriculares, especificamente no campo da ladroagem.
Eis aí as razões entre tantas outras, pelas quais os poderes demandam longo e oneroso tempo discutindo a concessão de um salário mínimo de R$180,00.
Aí está uma das causas, porque falta verba para saúde, para segurança, para moradia, para educação e outros ítens de inteira responsabilidades sociais do governo para com a sociedade.
Ouve-se os políticos comentarem sobre concentração de renda. Nesse aspecto eles sabem muito bem do que falam e aí está a prova inconteste de suas caras de pau, em aprovarem o aumento da alíquota do CPMF de 0,30 para 0,38%.
Resumindo no estilo bem próprio deles: roubam, roubam e no final é sempre o cidadão quem paga a conta.
Como querer que as outras Nações nos respeitem, afinal estamos na contingência de sermos governados por um ladrão.
Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 21 de novembro de 2000.

ÉTICA

A imprensa noticia que a Comissão de Ética da Presidência deverá apresentar resolução que disciplinará o recebimento de presentes pelo Presidente da República, Ministros de Estado e Autoridades Públicas governamentais, em função da época natalina.
Cada vez que se toma conhecimento desse tipo de noticia e procedimento, invade-nos uma enorme tristeza, por constatarmos que ainda está muito ditstante a época em que a austeridade e a seriedade no trato dos assuntos públicos e de interesse da sociedade, seja razão suficiente a que o detentor de cargo não fique e nem se deixe estar em situação vulnerável perante quem quer que seja.
Ninguem em sã consciência acredita que, tanto faz ser pessoa física ou jurídica, vá agradar presenteando os detentores de funções públicas pelo simples fato de ser cortês ou gentil, pois entre amigos a situação é totalmente diferente e ocorre no recesso do lar.
A imprensa está atolada de reportagens a respeito de doações às campanhas eleitorais. Trata-se no Congresso de legislação que venha a inserir no orçamento da União, verbas à essa finalidade.
Como se pode ver, tudo são medidas que redundarão única e simplesmente em prejuizo ao cidadão, pois não contribuirão para que os poderes passem por uma assepsia.
Ao invés de tudo isso, psoto que nenhum cidadão é obirgado a se candidatar a qualquer cargo eletivo, por que não tornar também o voto facultativo e não uma imposição.
Afinal foi o que o eleitor belemense, por exemplo, entre outros recados, deixou nas urnas recentemente, através dos sufragios nulos e etc...
Pois a partir do momento que surgir candidato que a sociedade entenda e acredite ser o mesmo austero, sério e honesto, ele não precisará dispor de poder financeiro. Suas virtudes serão o seu maior e invencível cabo eleitoral. É fácil.
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 30 de outubro de 2000.

DEMOCRACIA

Conhecemos agora, a vontade popular de nossa capital. O cidadão belemense, mesmo a despeito do grande número contrário, optou pela permanência do mesmo Gestor Municipal para os próximo 04 anos e portanto, respeite-se essa vontade, pois democracia é isso.
Na condição de munícipe e entendendo que o alvo das ações governamentais somos nós, aproveitamos para, no sentido de colaboração, informar ao nosso alcaide, três ações a serem tomadas e que beneficiarão aqueles que transitam nesta Cidade.
- A 1ª de caráter preventivo: trata-se de um imóvel à Av 16 de novembro com Veiga Cabral, que mesmo escorado, ameaça a integridade física de quantos por ali transitam quer andando, quer em veículo;
- A 2ª é no Bairro de Fátima, próximo ao Santuário, quando no inicio da Duque de Caxias, exatamente na junção com a José Bonifácio, há uma curva à direita. Se esse Administrador mandar enlarguecer a pista de rolamento,  com consequente estreitamento do canteiro, acrescentando pelo menos alí, mais uma faixa de rolamento, com certeza, naquele trecho e principalmente no horário de “rush” haverá melhora considerável, de vez que com o estrangulamento atual, as consequências são maléficas para quem por lá transita.
- A 3ª, tem como sugestão, também visando a melhoria do nosso caótico trânsito. Acreditamos, que se na Duque de Caxias, for criada uma via expressa com inicio no Bairro de Fátima e término na Av Dr Freitas, implantada no meio da avenida, cremos que em muito desafogará o trânsito naquele espaço.
A sim! Os peladeiros da Duque. A Marquês e a Visconde, com um trato e adaptação, poderá oferecer-lhes o campinho à suas peladas diárias e assim, o Poder Público, democraticamente, atenderá os interesses de todos.
Lúcio Reis.




Belém, Pa, em 20 de outubro de 2000.

IMORALIDADE

Ainda nem assimilamos totalmente o escândalo, a indecência, a imoralidade e desonestidade no uso do erário pelo Juiz Trabalhista de São Paulo, o foragido Nicolau e, vem a tona aqui, essa atitude da CTBEL em anistiar multa pecuniária com contra-partida de serviços públicos (O Liberal-Painel-pg7 de 19.10.2000).
A paciência do cidadão sério e cumpridor de seu dever, tem limite. É bem verdade, que essa parcela da sociedade não é significativa como o é a dos adeptos do jeitinho brasileiro, mas é verdadeiro, por outro lado, que nos poderes constituídos da República, existe, com certeza, homens dignos e cumpridores da legislação vigente, a qual orienta a ordem e o progresso.
O noticiário nacional, cientifica a sociedade brasileira, que no Rio de Janeiro, o cidadão fardado e que, compõe a policia militar da Cidade Maravilhosa, já não pode ostentar garbosa e orgulhosamente seu uniforme, sob pena de estar decretada sua sentença capital, para o mundo da droga e do crime, justamente aqueles a quem deveriam combater.
Como se pode verificar pela realidade das situações, o brasileiro começa a entrar num processo de coação, em função da degeneração de alguns detentores da autoridade. Imagine o que se passa na cabeça do cidadão, que teve sentença condenativa assinada e decretada por esse Juiz Nicolau – Lau-Lau, como diz a imprensa brasileira. E o carioca, como estará se sentindo, ao ver seus agentes de segurança coagidos em plena luz do dia? E nós aqui, que injustamente fomos vitimas da CTBEL?
Apesar das declarações do Ruy Barbosa, de que o cidadão sentiria vergonha de ser honesto e descrer da honra, esta País tem lei e também autoridade de verdade. Só nos resta aguardar, pois o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever, de vez que sabemos e confiamos, ser Deus brasileiro e jamais nos abandonará.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 18 de outubro de 2000.

ELEIÇÃO

Esta matéria tem mais um cunho de alerta!
Estamos chegando a reta final do pleito que decidirá sôbre quem dirigirá os destinos de nossa querida Cidade das Mangueiras, do Açaí e do Tacacá, à cadeira do Executivo Municipal, nos próximos anos.
A intenção da opinião pública, através dos institutos, orienta de que teremos mudanças e aí, caso ela ocorra é que surge o perigo. O próximo mandatário assumirá no inicio de 2001, até lá, a situação permanece nas mãos dos atuais detentores do poder e, os fatos passados e de conhecimento público, nos comprovam que quando eles tem seus interesses contrariados, reagem violentamente e usam métodos esquisitos e incomuns: todos devem se lembrar do episódio ocorrido no Palácio Governamental, quando ativista do PT, reagindo ao ser colocado para fora da Sede do Governo Estadual, abocanhou a mão do Oficial da Policia Militar, Ajudante de Ordem e relacionado com a segurança do Governador à época, e a dentada quase lhe decepa o dedo.
Pois bem! Imaginem agora, se a vontade popular lhe apear do poder? E, portanto também do Palácio?
Logicamente, que não devemos temer, afinal nosso País tem Ordem, Justiça e um Estado só existe, porque existe o cidadão.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 29 de setembro de 2000.

AGORA, É CONOSCO!

Terminou mais um período de campanha politica, na qual somente ouvimos. E o que nos foi dito?
As mesmas baboseiras de muitos anos, as promessas de muitos anos, as promessas que não serão cumpridas, até mesmo pelo estágio mágico que alcançam e, para complicar os conhecidos e recíprocos ataques por má atuação quer no executivo, quer no legislativo, denuncias que não dão em nada, posto que à época e do cometimento do delito o caminho é o Judiciário para as ações cabíveis.
Arrogar a sí vantagens, por ter realizado pavimentação de vias e bens sociais e comuns outros, não podemos e nem devemos entender como um favor à sociedade, pois foi para exatamente isto que elegemos nossos representantes. Afinal, somos, enquanto povo, o alvo das realizações sociais, que é o retorno de nossos impostos.
O que mais nos espantou nessa campanha, é o fato de que nossos candidatos, ainda acreditarem que do lado de cá – e somos a maioria – só existe patetas e olha, já estamos no ano 2000.
Um dos exemplos, entre tantos, que posso citar, é o retorno da candidatura de um ex-vereador, ex-deputado, que pleiteia a cadeira de gestor muncipal de Belém, e que, quando no poder, chegou a ser lider dele mesmo, com todas as mordomias que, em via pública ao ser por mim – como cidadão e eleitor – questionado sôbre o gasto do erário, com aquela mordomia, que as invés de saciar fome de menos favorecidos, servia-o, respondeu-me: te elege, que tu terá o mesmo!
Por sorte desta sociedade, esse cidadão há pleitos, não volta ao poder e, pelas pesquisas de opinião pública, detem um grande índice de rejeição, graças a Deus.
Estamos aprendendo, somos um povo pacifico e não temos os governantes que merecemos, pois eles não nos merecem como seus representados, porquê na Democracia é o governo do povo, pelo e para o povo.
Que o Senhor nos ilumine e saibamos escolher, em nome de Jesus!
Lúcio Reis.



Belém, Pa, em 19 de agosto de 2000.

DEMOCRACIA

A Coluna Voz do Leitor, edição de O Liberal desta data, traz pronunciamento da CTBEL a cerca de sinalização de trânsito, em resposta ao cidadão André Alves.
Registrarei a seguir um fato e portanto uma realidade que, com certeza, muitos honestos e sérios condutores de veículos desta Cidade já foram e serão vitimas, as “araras” ou sinalização eletrônica:
- “No segundo semestre de 99, fui apanhado pelo “fiscal do trânsito”, afixado em um poste à Trav 14 de março com a rua Bernal do Couto e, por conseguinte fui autuado.
- Ao receber a notificação de infração, lembrei-me do fato e da data e, por procurar fazer disciplina consciente e direção defensiva sempre, usei o meu direito constitucional do recurso. Impetrei-o, quitei tempestivamente a penalização pecuniária e depois de mais de 120 dias, ao procurar a Companhia de Transito de Belém, recebi simplesmente como resposta ao meu recurso um curto e grosso: improcedente.
- A base do meu pleito foi a geometria e a física, posto que o trânsito está ligado também a engenharia e, por crer nisso, entendi que facilmente iria ser entendido nos meus argumentos recursais, pois tomei a ilustração do triângulo retângulo, onde a parte mais alta do cateto vertical é o semáforo e a altura de minha visão em relação ao semáforo seria reta da hipotenusa e, a distancia de meu veículo ao angulo de 90º a ser formado com o encontro dos dois catetos seria a reta do cateto horizontal. No entanto, como lá está registrado, entre minha visão e o semáforo se antepunha um coletivo – um corpo opaco – que ao manobrar à Bernal do Couto à direita, desencobriu o sinal, que efetivamente estava vermelho e, ao constatar isso, incontinente parei e fiquei aguardando o verde a que continuasse minha trajetória. Não passei para a rua Bernal do Couto.
- Não desenvolvia velocidade incompatível e tenho plena convicção de que fui vitima de incompetência julgadora, pois o cidadão não tem como dialogar com máquina e, quando recorre ao humano é pior ainda. Dirijo há pelo menos três décadas e com certeza meu prontuário não é de um inconsequente e irresponsável.”
Já ouvi inúmeros relatos de cidadãos que se sentem vitimas da administração de nosso trânsito, como é o caso do Helder Serra, que ao interpelar um agente vermelho por desempenho relapso, foi multado com a justificativa de que não portava o cinto de segurança – num franco gesto de represália – e, aqui mesmo neste espaço já vários desabafos foram registrados.
Graças a Deus estamos numa democracia que a cada 4 anos, nos dá chance de mudar, pois, o que sabemos é que no nosso regime o governo é exercído pelo povo e para o povo e não, por máquina e para governantes.

Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 14 de fevereiro de 1995.

RESPOSTA

Na edição de O LIBERAL de hoje, na Coluna Zing, o titular do espaço, em nome da não frustação do grande público leitor desse Jornal, sugere que eu leve ao conhecimento popular a carta que recebi do deputado Gerson Peres, em resposta a matéria de minha lavra que essa Coluna publicou dias atrás.
Ao grande jornalista Luiz Paulo, bem como ao imenso número de leitores desse Matutino, informo que até a presente data – 14.02 – às 15:00 h, nenhuma correspondência daquele parlamentar chegou ao meu domicilio.
Aliás, seria de bom tom que o próprio deputado veiculasse sua resposta através desse veículo de comunicação, não porquê eu o mereça, conforme registrou no roda-pé de sua crônica domingo 12, mas sim, em respeito e responsabilidade com o seus eleitores, que lhe outorgaram uma procuração para zelar pela ética e a moral e não acobertar imoralidade com o erário, tornando-se, ao meu ver conivente com esse brutal e cruel desrespeito com a lei.
Quanto a este simples cidadão e leitor, jamais me passou pela cabeça, omitir do público as considerações do politico, o que convenhamos, infelizmente de ante-mão, já sabemos qual será o teor da mesma: “ele tentará justificar o injustificável, tentará nos convencer de que é legal, o que temos certeza de que é imoral. Em fim, como todo politico calejado ele explicará mas não justificará”.
Enquanto a decência com o que é público não prevalecer, continuaremos a conviver com essas imoralidades e atos que só enlameiam e nome desta Nação e nos provocam naúseas.
Lúcio Reis.



Belém, Pa, em 31 de janeiro de 1995.

ANISTIA

Nesta data, 31.01, ao ler nesse jornal a coluna ZING, fiquei estarrecido com a nota “Em Sociedade nem tudo se sabe”, que lista os deputados federais que votaram a favor do perdão ao Senador Humberto Lucena e mais 14 parlamentares por uso da gráfica do Senado.
Naquele rol está o Deputado Gerson Peres, entre outros, num total de 8. Desses, alguns não voltarão ao parlamento, aquele sim.
Num gesto de boa vontade e, pensando no melhor para o Brasil, tenta-se encontrar qualquer vestígio que nos conduza a acreditar no politico mas, isso é tarefa impossível e se torna útopica.
O Deputado Gerson Peres, como sabemos, quase fica de fora no mandato anterior, em função de corrupção e falta de seriedade no trato do que é público, aliado a uma imoralidade sem fronteiras. Recorreu, lutou e o teve de volta.
O veneno que ele sentiu na pele àquela época, é o mesmo que todos nós sentimos e que nos é inoculado por todos os políticos diariamente, agravado com a sensação de fragilidade diante do corporativismo que os protege e da força, complicado ainda mais, pela parcela da sociedade que vota em troca de uma camiseta ou de um chaveiro e ainda não aprendeu, que cargo público não é lugar para indignos e traidores.
Definitivamente o mandato eletivo apaga do carácter da pessoa a mínima noção de seriedade, moralidade, ética, respeito as leis e aos princípios mínimos de decência e cidadania. Com esse comportamento também matam em nós o sentimento de seres humanos. Uma lástima para nós.

Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 21 de janeiro de 1995.

DECEPÇÃO

Segundo a imprensa nacional, o Presidente da República, em obediência a vontade do Congresso, deverá sancionar a anistia ao Senador Humberto Lucena e aos que cometeram o mesmo deslize e, vetar o aumento do salário mínimo para R$100,00.
A sociedade brasileira composta por mais de 130 milhões de indivíduos, que há muito estão “por aqui...” como diz o personagem da escolhinha do Professor Raimundo, com nossos políticos e, acreditando que Sua Excia Fernando Henrique Cardoso, quando em palanque falava em austeridade, honestidade, anti-malandragem e imoralidade pública, estava convicto de que pregava e que aquilo era real, confiava que ele não iria se curvar ao corporativismo congressual e sim aos anseios do povo que o elegeu e que há tempo, quer ver ser passado litros e litros de detergente nos órgãos e nos seus comportamentos e decisões, os quais até hoje só nos tem dado motivos de revolta e indignação.
Caso o Presidente concretize o anunciado, estará passando um atestado de que o virus de todas as mazelas que infestam e infectam nossos senadores, deputados federais e estaduais e vereadores, ainda está muito presente e atuante em seu organismo. Será uma decepção.
É inconcebível que um homem de bem se ajoelhe a uma instituição que comporta em seu quadro, um Humberto Lucena, um Pedro Teixeira (intermediário de grileiros), só para citar dois exemplos atuais e por onde já passaram um Jabes Rabelo, um Genebaldo, um João Alves; em detrimento da maioria de uma Nação, que lhe deu voto de confiança. Acredita-se que um Eneas não teria complacência com esses bandidos.
Quanto ao salário mínimo que é do interesse do povão, a vontade do Congresso pode ser vetada. Como você vê, dois pesos e duas medidas.
Essa lei de anistia, em outras palavras, propicia a um homicida que se ele pagar o enterro de sua vitima, estará perdoado. Por fim indaga-se: “será que já não estamos vivendo sob a ditadura da maracutaia e da imoralidade com tudo que é público?”
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 21 de dezembro de 1994.

CULPADO

Toneladas de processos, gasto com material de expediente em geral, gastos com diligências de delegados da Policia Federal, de comissão de políticos, gasto com hospedagens, gastos com horas extras e diárias, praticamente a paralisação do Congresso Nacional, com a consequência maior da não revisão da Carta Magna e prejuízos ao Brasil.
Inúmeras contas fantasmas, enriquecimento ilícito, movimentação de montanhas de cruzeiros reais, expedição de carradas de notas fiscais, em fim um dano à Nação, para que no final, o povo brasileiro em sua maioria esmagadora, amargasse o sabor da decepção e principalmente os caras pintadas de hoje, os futuros responsáveis públicos por esta Pátria, sentissem o gosto da frustação, em função de um problema de ordem técnico judicial, levantado por uma autoridade nomeada por um dos indiciados.
Absolvidos Collor, PC & Cia Ltda., cuja história não comporta um mordomo e, já que o Pedro Collor foi chamado e atendeu esse chamamento em razão de um problema cerebral, podemos concluir que somente um culpado irá pagar por todas as falcatruas  e maracutaias: é o Eriberto, o motorista que confirmou as denuncias do falecido e acrescentou outras ao processo de corrupção.
Ele deverá ser processado e condenado, apesar de ter colarinho branco, só que do uniforme. Seus crimes: injuria, calunia e difamação.
Pois afinal de contas ele é o lado mais fraco da corda e, continuamos no País, cujas sentenças só alcançam os ladrões de galinha.
E viva a impunidade.
Lúcio Reis
  
Nota do autor: A seguir mais uma crônica escrita e publicada no Jornal do Grêmio Literário e  Recreativo Português.

Belém, Pa, em 25 de outubro de 1994.

PRAGA, QUEM ELIMINA?

Era de inflação alta, o imposto perverso que se abatia principalmente sobre a massa de salário, reduzindo a cada dia seu poder aquisitivo e levando o trabalhador ao desespero. Sindicatos reivindicando reposição dos %% da inflação, para, pelo menos reduzir a ação catastrófica daquele imposto.
O comércio varejista, reclamando sistematicamente das progressivas quedas no consumo, pela falta de poder de compra do dinheiro no bolso do obreiro e, conseqüente encalhe de estoque, os quais não se renovando, tornavam as indústrias ociosas e que, por isso mesmo, compulsoriamente reduzem custos cortando no setor de recursos humanos.
Num efeito cascata, cresce o índice de desemprego e decresce mais ainda o consumo no comércio de ponta, que por sua vez também reduz custos, demitindo pessoal. Desse efeito o estado recebe o seu quinhão, com o encolhimento no recolhimento de impostos, mui especialmente o de industrialização e circulação de bens e serviços.
Com a diminuição do encaixe de impostos, o governo se vê desprovido de meios, para o atendimento de suas obrigações sociais com o povo. O que reiteradas vezes já registramos aqui, inclusive pela ação maligna da mediocridade, da corrupção e etc... Deveres esses como o atendimento medico-hospitalar que não salva e nem cura, estradas em precárias condições, ensino público em situação de calamidade, déficit habitacional e outros mais.
Na época de espiral inflacionária ascendente, o custo do dinheiro é alto e, os empresários tanto do setor produtivo, quanto do setor a varejo, a cada instante batem à porta do governo, solicitando retração das taxas de juros, dinheiro a juros subsidiados, em fim, facilidades que lhes propiciem investir em suas empresas aumentando e barateando a produção, bem melhorando a qualidade.
Tempo de moeda forte, inflação em baixa, aumento de consumo,  desencalhe de estoques, o pobre podendo beber água e cerveja gelada em casa, ver sua novela e o time de futebol a cores e cozinhar com o GLP.
A industria que tanto reclamava não ter ou não querer ter competência para suprir a demanda, não contrata duas mãos, mas simplesmente usa as duas que tem em horas extras. Não enfrenta o consumo com o mesmo critério que usou no desaquecimento do mercado. Se neste demitiu, naquele deveria readmitir. Prevalece, no entanto, a ganância da remarcação ou a ladroagem do ágio.
Se o empresário fustiga o governo pleiteando benesses, qual o porquê do segundo não exigir do primeiro, aumento de produção ou no mínimo o retorno à capacidade produtiva, já que a mesma não estava a pleno funcionamento, pois não havia consumo exagerado.
Onde está e qual é essa força que direciona as ações governamentais no sentido de que suas decisões sempre recaem sobre o mais fraco? Que praga e essa que invariavelmente se abate sobre o assalariado, como agora com essas medidas restritivas ao consumo, reduzindo os prazos de financiamento à 3 meses. Será que essas forças são as mesmas que viram seus interesses contrariados e levaram Janio Quadros e Collor a renunciarem?
Agora mesmo acabamos de passar pelas urnas, ungindo o brasileiro responsável pela paternidade do plano que devolveu meteoricamente ao assalariado deste País, as esperanças de conviver com bens e desfrutar de um pouco de conforto. Mesmo assim, uma parcela considerável da sociedade nacional, ressabiada com o estelionatários eleitorais de que todos nós fomos vitimas em vezes anteriores, depositou essa desconfiança nas urnas através dos votos nulos e brancos.
Neste momento quando os eleitores estão definidos, os problemas sazonais e de entre-safra, são os escudos de proteção deles a justificativa para mascarar que mais uma vez o eleitor verde e amarelo foi enrolado. Tanto isso é verdade, que os noticiários estão repletos de informações de aumento da cesta básica. A carne bovina é o carro chefe que puxa os aumentos. Por outro lado, descaradamente os produtores de frango, em função da troca do boi pela ave, majoram o preço do galináceo justificando que com a seca no sudoeste, o milho ficou escasso. Enquanto isso, em qualquer região do Brasil, deve haver um armazém abarrotado de grão, tal como feijão,  arroz, milho e etc...apodrecendo e, a Nação pegando fábulas por esse armazenamento.
Como não somos economistas, gostaríamos de entender ou acreditar que estamos enganados com essa praga e errados nessa conclusão: “sem consumo, não há produção; sem produção não há consumo; sem emprego não há salário e não há consumo e sem consumo não há impostos há miséria, violência, fome, morte e desgraça, o caos”. Em fim uma praga.
Lúcio Reis.


Nota do autor: Escrito, um pouco antes de um pleito eleitoral. Mas, ainda não foi dessa vez que o povo acordou realmente.

Belém, Pa, em 29 de setembro de 1994.

MANDATO E TRÂNSITO

Quatro anos é o tempo de duração de um mandato eletivo para o cargo de Presidente da República, de deputados federais, estaduais e vereadores.
Cinco anos é o tempo de renovação de uma CNH – Carteira Nacional de Habilitação – para motorista dirigir veículo.
No Brasil, tem-se noticia de que as CNH são fornecidas sem que o candidato preencha todos os requisitos necessários, principalmente responsabilidade, sensibilidade e aptidão, para bem conduzir um carro e não transformá-lo em arma letal.
Neste mesmo Brasil, ao longo desses anos, enquanto eleitores, temos fornecido habilitação a uma gama de irresponsáveis, que com a deslavada mentira de nos representarem, o tem feito embriagados, levando esta Nação a situação desesperadora em que se encontra, dentre outros itens, nos que se referem aos bens sociais e comuns.
O trânsito do Brasil, a cada dia que passa, se torna cada vez mais, o mais violento do mundo, pois é onde se mata mais do que qualquer guerra que por aí existiu ou existe.
Um mandato político nas mãos de um inconseqüente, também mata milhares de pessoas, principalmente crianças, tanto pela falta de atendimento medico-hospitalar, por falta de segurança pública, pelo alto custo de vida e até mesmo de frio e etc...
Portanto, caro eleitor, não faça de seu voto uma arma nas mãos de um tarado por mordomias e etc..., a vitima poderá ser você, seu filho, sua mãe ou pai ou até mesmo um amigo. Vote certo, vote bem e com a proteção de Deus.
Lúcio Reis.


Nota do autor: A correspondência abaixo enderecei a um político e que, tendo em vista que hoje ele não está mais entre nós, não declino o nome do mesmo em respeito, pois o mesmo não poderá nada dizer agora, assim como nada disse à época em que a recebeu e ante essa realidade o denominarei ALS. Ele tentou a reeleição e foi derrotado nas urnas.

Belém, Pa, em 15 de outubro de 1994.

PREZADO SENHOR ALS

1.  Sou um cidadão brasileiro realmente preocupado com o destino de nosso País. E, fazendo dentro de que me é possível tornar o convívio entre os seres humanos mais justo. Estou de posse de todos os meus direitos civis.
2.  Esta correspondência, que a principio parece ser anônima, não o é, pois sei que nossa Constituição condena o anonimato. Todavia, não há porquê me identificar à V. Sa., pois quando em via pública lhe dirigi um comentário cívico, esse ex deputado ao invés de tentar explicar a imoralidade da mordomia que desfrutava como líder de si mesmo, deu-me como resposta uma das maiores estupidezes que se poderia ouvir de um político, de um homem público, com um mandato popular e, ato contínuo mandou o motorista do carro oficial seguir em frente.
3.  Eu continuo acreditando, assim como muitos eleitores acreditam (está aí os votos nulos, brancos e as abstenções), que se toda mordomia e privilégios que nossos “representantes” desfrutam pessoalmente ou por seus familiares e cupinchas e, custeadas pelo erário, fosse transformados em alimentos, mataria a fome de muita criança abandonada e que literalmente morrem de fome e até mesmo de frio.
4.  Naquele dia, como creio em Deus e, com toda fé, roguei a Ele, que jamais lhe desse oportunidade de ocupar uma cadeira no poder, pois como V. Sa., mesmo afirmou: “para usufruir mordomias, basta se eleger”.
5.  Em função disso é que resolvi tomar a presente atitude, para lhe parabenizar duplamente pela sua derrota, tanto nas urnas em 90, quanto agora em 94. Pela segunda vez o Senhor atendeu minha súplica.
6.  V. Sa., como todos aqueles que nos enganam ou enganaram, tenham certeza de que são algozes de todos aqueles que miseravelmente passaram desta para a outra.
Parabens e passe bem.
Assinei como Eleitor Vitorioso
Lúcio Reis.



Belém, Pa, em 26 de setembro de 1994.

CAMPANHA

A campanha eleitoral pela TV e radio está chegando ao fim. Até agora não constatamos nenhum sinal significativo de mudanças.
O refrão manjado e retórico da saúde, habitação, educação, alimentação, segurança, corrupção, salário, emprego e etc... e que, já não influencia e nem abala ninguém, pois nossas mentes já estão calejadas desse blá, blá, blá eleitoreiro, foi mais uma vez cansativamente cantado pelos candidatos e, com toda cara de pau, por aqueles que pleiteiam a reeleição.
Nenhum candidato ou grupo de candidatos, assumiu o compromisso com as seguintes aspirações ou insatisfações populares, tais como: acabar com a propaganda eleitoral obrigatória no radio e TV, ou então fazê-la nas emissoras do governo, dando ao cidadão condição de escolha; acabar com o voto obrigatório, tornando-o facultativo à todas as idades; acabar, aplicando rigorosamente os regimentos internos dos parlamentos, o ócio e a gazeta política; promover efetivamente o desconto das faltas às sessões de votação; fazer político trabalhar de segunda à sexta-feira; acabar com as aposentadorias precoces e imorais; acabar com os privilégios, dentre esses os usos indecentes das estruturas do poder, em proveito pessoal, como foi o caso do Presidente Humberto Lucena e seus pares do Congresso, ou seja realmente representar o povo.
Por fim, o almejado exemplo de cima para baixo e crença de concreta e responsável mudança não veio. Pois como vemos, ainda teremos que esperar que homens com vergonha na cara e comprometidos com a seriedade, com a ordem e bem estar comum e geral apareçam. Isto estará acontecendo quando em época de campanha, você deixar de ver nas esquinas e nas vias públicas, jovens, crianças, senhoras e senhores, usados nesse sub-emprego eleitoral e principalmente por candidatos aspirando voltar ao poder, pois quando eles não tiverem que agitar bandeiras, eles terão cumprido com o seus compromissos de palanque. Por isso mesmo, esse tipo de político, ele próprio se desaconselha a merecer o seu voto, caro eleitor.
Lúcio Reis





Belém, Pa, em 23 de setembro de 1994.

DINASTIA, ALERTA

Uma das características da democracia é a alternância dos indivíduos no poder.
Aqui, segundo o que se tem visto no programa eleitoral gratuito na televisão e, pelos “out door” espalhados nas vias públicas e demais modalidades de propaganda política, caracterizando o poder econômico que dispõem, duas famílias deste Estado, porém interligadas, pretendem abocanhar parcela considerável do PIB nacional e local, através de cargos políticos.
Um dos membros desse clã e ex governador, aspira uma cadeira no Senado; sua esposa, um irmão e um primo, almejam assentos na Câmara; um outro seu irmão e a cunhada, querem ficar aqui mesmo na Assembléia Legislativa, enquanto que um cunhado é edil no interior.
Como podem constatar, ao todo são 7 membros, que visam embolsar mensalmente verbas do erário, a título de remuneração e privilégios que todos nós já sabemos. Estes são apenas os gastos diretos e que só não vê quem não quer. Atrás deles vêm os outros parentes, que já estão lotados nas mais diversas repartições públicas e, mais aqueles que serão chamados após a posse, para os cargos de confiança e que somente outros parentes e aderentes tem “capacidade e competência” para exercer.
Caro leitor e eleitor, não temos nada contra a candidatura de quem quer que seja, pois sabemos que constitucionalmente quem vota pode ser votado. Porém, se o corporativismo sem vínculo sanguíneo já é uma praga na vida pública brasileira, o que não acontecerá com uma política cujo mesmo fator RH é predominante?
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 22 de junho de 1994.


REAL

O Governo com antecedência de 52 dias, comunicou à Nação a chegada do Real, prometendo ampla campanha elucidativa popular. Até agora de eficácia tênue.

Hoje, com poucos dias a que a nova moeda chegue, 01 de julho, ainda há bastante dúvida e total desconhecimento por parcela considerável da sociedade, em relação ao assunto, por falta de maciço e objetivo esclarecimento.

Já está determinado que os bancos funcionarão nos dias 01,  02 e 03 em esquema de plantão, exclusivamente para troca de moeda. Até aí, tudo bem!

No meu entender, o “day after” , será o dia 04 de julho, quando o correntista puxar o seu extrato bancário no terminal eletrônico e,  constatar que seu saldo, contabilmente expresso, é bem menor que os cruzeiros reais que ele dispunha em 30 de junho.

Em função dessa realidade, furioso e, por não ter sido devidamente esclarecido por quem de direito, o cliente partirá para cima de seu gerente ou de sua gerente de agência, cobrando-lhe explicações, pois estará se sentindo lesado.

A conclusão acima, não é fruto de imaginação. Ela traduz fatos que hoje estão ocorrendo nas agências bancárias, entre clientes e gerentes. Quando aqueles tem alertado e observado a estes, que convertam direitinho seus CR$ em R$, como que se o procedimento ocorrerá manualmente e um a um e não, através da informática.

Ressalte-se, por fim, que esses cuidados, não partem somente de pessoas menos esclarecidas mas, até mesmo de pessoas com 3º grau completo e profissionalmente compelidas a se inteirar do assunto.

E haja paciência e profissionalismo dos bancários.
Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 02 de junho de 1994.

GOVERNADOR

O atual Governo do Estado que recém assumiu, sistematicamente conclama os contribuintes deste Estado à pagarem seus impostos, a fim de que ele tenha “caixa” para sua administração.

Dentre as medidas antipáticas adotadas, está a do pagamento do servidor com a URV de 10 de maio, provocando sensível perda no orçamento familiar de seus auxiliares. Um dos motivos dessa providencia foi o déficit de CR$800 milhões entre a folha de pessoal e o total arrecadado.

Bem! A esta altura, em função dos fatos e como perguntar não ofende, cabe portanto uns questionamentos:

- Foi a arrecadação que encolheu ou foi a folha que inchou?
- O contribuinte paraense estaria sonegando e assim boicotando o governador Amigo do Povo?
- O atual governo teria recebido o “caixa” com total visão de seu fundo ou, até mesmo sem o mesmo?
- Se isto for verdadeiro, porquê assumir o onues de um pecado que não foi seu? Mas, se não for verdade, por que o governo não diminui suas extensas comitivas à simples inaugurações no interior e, manda sua secretaria de educação devolver o carrão, que tão logo assumiu, adquiriu. Estes dois últimos exemplos, para citar gasto com sabor de desperdício dos impostos recolhidos.

Se até há bem pouco tempo tudo se desenvolvia com normalidade, como se explicar que de repente tudo desandou? Ou será mais um caso de adultério, onde o povo é o último a saber?
Lúcio Reis.



Belém, Pa, em 25 de maio de 1994.

REVISÃO II

Todos os dias vimos assistindo e ouvindo o blá blá blá dos atuais congressistas, sobre a revisão constitucional, como que se eles estivessem revisando uma Babel e, jamais chegam a um consenso e nem progridem nas mudanças necessárias à Carta Magna.
Há uma unanimidade em dizerem que com a atual Constituição Federal o País é ingovernável. Em função disso e pensando no melhor para o Brasil e para o bom desempenho do próximo presidente, ouso sugerir o seguinte:
- Em 3 de outubro teremos a renovação, se Deus quiser, de pelo menos 75% do atual congresso. Com a eleição dos novos senadores e deputados, os mesmos tomariam posse imediatamente como Congresso Nacional Constituinte Revisor e, até o inicio do novo período legislativo, em fevereiro de 95, o novo Congresso com atuação e participação maciça e total dos eleitos se dedicaria em tempo integral e exclusivo à revisão constitucional, tornando a mesma capaz de dar governabilidade ao País e condições ao novo presidente.
Quanto a remuneração de dois congressos, seria o bastante que o dispositivo legal que viesse a modificar os atuais ditames quanto ao calendário eleitoral, previsse que nesse período o eleito contribuiria gratuitamente com seu emprenho em prol da Nação desde que ele fosse oriundo de algum parlamento. Se o eleito fosse neo político, ou seja estreante, receberia ajuda de custo. Em relação a moradia, os parlamentares de hoje que não fossem reeleitos, passariam imediatamente o apartamento funcional para o seu substituto. Poder-se-ia até, adiantar o  primeiro turno para 3 de setembro, a fim de proporcionar um prazo maior ao Congresso Constituinte Revisor.
Lúcio Reis.




Nota do autor: A matéria abaixo escrevi há aproximadamente há 21 anos e dentro alguns outros temas de interesse de nossa sociedade, em nada mudou satisfatoriamente e, até mesmo o que era ruim, ficou péssimo e ainda não se tem perspectivas de melhora, apesar da AP 470 e seus decorrentes resultados.

POLÍTICO BRASILEIRO

Há longos anos que este País se locomove a passos de cágado, transportando em seus ombros o fardo pesadíssimo de abrigar no seu Território a classe mais desacreditada por um povo e que, em proporção direta e esse descrédito contribui, de um modo geral, dentro do principio de nossa ética, à que esta Nação não ocupe o lugar de relevância que lhe é devido no contexto mundial.

Quando estudávamos OSPB há pouco tempo, nas escolas, nos ensinavam nosso professores que esta Pátria, constitucionalmente adota Regime Politico Democrático, portanto, uma Democracia que como outras, significa: “Governo do povo, pelo povo e para o povo”, Soberania Popular, onde esse governo próprio é exercido por representantes eleitos a cada quadriênio.

À que esse pleito ocorra é necessário basicamente que o aspirante esteja apto à cumprir sua obrigação de votar e assim, adquiri o direito de receber o sufrágio dos demais cidadãos. E, para tal, compreende-se o processo com as seguintes etapas: campanha, eleição, mandato, consequências e reação.

É sabido que o brasileiro, por influência cultural, prima pela sua fama de sambista, boa e tranqüila vida e total ojeriza aos temas de caráter mais sérios. Portanto, gerações umas após outras, não se deram conta da política que se praticava no País, principalmente nos seios de grupos adolescentes e juvenis.

Em função desse estado de alienação política, não se apercebeu em que clima, e em que linha de verdade e seriedade as campanhas foram sendo praticadas, a cada renovação dos parlamentos, nas quais o forte e o essencial eram e o são ainda hoje, as promessas mirabolantes, revestidas do mais autêntico cunho demagógico e onde também, a mentira reiteradas vezes proclamada, alcança o status de verdade, a qual invariavelmente promete sempre o paraíso, no qual teremos mais samba, mais água ardente e mais futebol e assim, compõem-se as câmaras deste Brasil, nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal.

Aliado a essa alheação, havemos de considerar a marcante influência de grupos, os chamados “lobby”, principalmente os econômicos e fortes, que investem em determinados candidatos, com o fito de que eles se transformem em seus leais e autênticos escudeiros no confeccionar e votar leis que visem e protejam os interesses que patrocinaram as referidas campanhas.

O arrepio dos dispositivos legais aqui, é fato corriqueiro e sistemático, que o costume transformou, o que seria exceção em regra geral.

Dentro dessa prerrogativa maligna, as eleições são pontuadas por altos e indecentes índices de corrupção, de comércio aviltante da maior, mais justa e poderosa arma que o cidadão dispõe e pode empunhar mirando o alvo de seu bem estar e de sua família, o voto, isso tudo combinado com as descaradas e explicitas fraudes praticadas no decorrer das apurações, fatos de notório conhecimento público. E, o que é nocivo nisso, é a distribuição nojenta e deslavada da impunidade.

O legislador é aquele que faz a lei. Além dessa atribuição, lhe compete a fiscalização contábil, financeira e orçamentária dentre outras, logo, velar pelo cumprimento e execução efetiva das leis em vigor, obviamente, faculdade inerente ao poder executivo.

Presumindo-se que essas serão as diretrizes e a linha mestra a nortear a ação do escolhido, inicia-se o mandato político e aí então, passamos a constatar o desenrolar de um rosário de indignidades, de incoerências, de insensibilidade humana, cristã, profissional e espírito de solidariedade popular nulo.

Quase sempre prevalece a tônica do que é dando que se recebe. O povo passa a ser apenas um mero detalhe. A arrumação da casa, principia pela do próprio eleito e empossado, pois só os seus – esposa, irmãos, pais, filhos e etc...- são os mais competentes, a eles são entregues os cargos, cujos salários de um mês, um trabalhador, por exemplo da construção civil, levaria um ano ou mais para conseguir amealha-lo.

Fizeram seu Regimento Interno, no qual lhes dão poderes de legislar em causa própria e assim, se lhes proporcionam privilégios e mordomias que os transformam quase sempre em latifundiários, fazendeiros, em consequência dos astronômicos salários, subsídios, vantagens indiretas e outros mil benefícios que se atribuem.

É comum copiarem ações e comportamentos dos parlamentos da Europa, dos países desenvolvidos. Todavia, só o fazem em relação, por exemplo ao tempo destinado ao trabalho, o qual proporcionalmente a contra prestação recebida aqui, é infinitamente pequeno. No que concerne as penalidades que lá acontecem efetivamente, quando atropelam artigos, parágrafos e até mesmo a lei inteira, criaram para si a imunidade do mandato e condicionaram o andamento de processos a autorização da assembleia, produzindo a seu favor uma corporação que as vezes, encobre ou protege seríssimos deslizes.

A gazeta o “pianismo” e outras práticas incompatíveis com o decoro interno das casas, são fatos comuns, que a todo ano leva as convocações extraordinárias, não havendo nenhuma penalidade aos faltosos e sim, à sociedade como pagadora desse ônus.

Quando em camapnha, não existe programa partidário mais completo e correto do que o do seu partido. Capaz o suficiente para solucionar todas as mazelas e entraves da Nação. Em desincumbência da representação popular, porém, caso uma outra agremiação partidária desponte como aquela que mais dá e recebe, que mais oferece atrativos e vantagens, o “representante” do cidadão não hesita um segundo sequer, em mudar imediatamente de partido. Os exemplos mais contundentes dessa incoerência, residem nos seguintes fatos: à época do bi-partidarismo, ARENA e MDB, a primeira associação, era a maior da America Latina, pois dava sustentação a situação daqueles anos. Com o término dos governos revolucionários e com isso a devolução dos destinos da Nação à sociedade civil, a segunda agremiação, como resultado de um verdadeiro plebiscito teve sua ascensão ao poder garantida e assim, como num passe de mágica, aquela foi quase que totalmente esvasiada, enquanto a outra teve um inchaço jamais verificada, pois saiu da situação de pedra para situação de vidraça, por isso concluir-se: “político não muda de partido, ele se mantém no poder”. Isto, outrossim, nos é ratificado também, pelas coligações estapafúrdias, onde se juntam sociais progressistas com políticos corruptos; onde comunistas radicais e democratas convictos se aliam com quem compôs forças de governos totalitários, em fim, o preço o custo de alcançar o fim desejado, é apenas um detalhe insignificante e irrelevante. O relevante é o poder.

Como a história e os fatos nos confirmam que o assunto não é encarado de frente e com a seriedade que deveria merecer, só itens orçamentários que visam escolas e educação não correspondem as necessidades da sociedade, por conseguinte as estatísticas nos indicam em elevado número de analfabetos, semi alfabetizados, que constituem a massa que freqüenta o mercado de trabalho e a economia informal, e que não tem acesso aos veículos de comunicação e informação e assim, se transformam na matéria prima de fácil manipulação e condução útil a que espertos e maus brasileiros, a trôco de camisetas, santinhos, aterros e até mesmo chaveiros, galguem os degraus e os patamares do poder. Daí, dizer-se que: “política é tema muito sério, para ser traído e cuidado por político”.

Todos, indistintamente, até enquanto não alcançam o topo do poder, sabem e declaram, que potencialmente somos o Solo mais rico do planeta e, o mais abençoado. Temos a presunção de popularmente dizermos que Deus é brasileiro, pois não temos terremotos nem maremotos, não temos vulcões em atividades e temos o solo mais fértil e que, se adapta a mais diversificada agricultura, bem como serve perfeitamente a cultura de proteínas animal.

Todavia, no atacado, somos uma das menores rendas per-capita, por consequência um dos povos mais pobres, onde o índice de mortalidade infantil e de miséria absoluta é assustador. Enquanto no varejo, o País conta com uma casta de meia dúzia de privilegiados e bem aquinhoados, que através do tráfico de influência, sugaram o estado, o erário e até hoje não se empenharam a fundo em explorar, via leis, e transformar todas as nossas riquezas naturais na catapulta que vai arremessar este Torrão Verde e Amarelo ao pódio, no qual já deveria estar há muito tempo.

Em função desse estado lastimável a que alcançamos, e tendo em vista, que houve a perda de limite do absurdo e do senso crítico, pois os desmandos e os desserviços à Pátria raiam ao inexplicável, o povo principiou, como conseqüência ao mau político, o que infelizmente o adjetivo se encaixa à maioria, o processo de desilusão e desconfiança, adidos até mesmo a uma total incredulidade e partir deste ponto, já dá para sentir a reação implacável de uma sociedade massacrada e sacrificada covardemente.

Essa reação, mesmo a despeito da negativa simplista em concordar de muitos políticos, está espelhada e concretamente no último pleito, quando o percentual de votos nulos e brancos totalizou cifras relevantes e capazes por si só de elegerem governadores, senadores e etc...

Essa mesma reação, porém, põe em risco a representação, proclamada no § único do Art 1º da Constituição Federal, uma vez que a grande maioria daqueles que terão assento no poder, não poderão se arrogar como portadores de uma procuração outorgada pela maioria dos cidadãos, logo, não se trata de um autêntico e legítimo representante da sociedade.

A face positiva da reação, é a renovação das assembleias, algumas das quais os indicarores registram percentuais superiores a 60%. O que nos leva a concluir, sobre o inicio de um processo de depuração lento, porem gradual com isso, quem sabe, esteja havendo a base de concreto à construção de uma democracia sólida e duradoura, com conseqüente distribuição equitativa de riqueza e na qual os produtos e bens sociais sejam comuns a todos indistintamente.

Por fim é necessário e justo que se registre, que em toda categoria, há o excelente, o bom, o razoável e o péssimo profissional. Lamentavelmente, o sistema está há muito viciado e contaminado pelo vírus que transforma a grande parcela em péssimos, pois os que tem resistência ao vírus continuam bons profissionais são em número muito reduzido e assim, incapaz de reunir forças suficientes a promover esta Nação.

Mas, uma verdade é imutável. Em primeiro lugar nosso Berço Natal abençoado por Deus e Gigante Verde, Amarelo, Azul e Branco, que por assim o sê-lo jamais será derrubado ou aniquilado por indesejáveis e indignos filhos.

Por isso tudo é bom desde já modifiquemos o adágio popular que diz: “todo povo tem o político que merece” e passemos a usá-lo assim: “o político brasileiro não tem o povo que merece”, pois afinal de contas, somos um povo ordeiro, cooperador e fraterno, apenas descuidado.



Lúcio Reis

Belém, Pa, em 14 de maio de 1994.

PRÉVIAS

Os candidatos a candidato à sucessão presidencial, tem nessas últimas semanas ocupado a imprensa nacional, informando-nos sobre as disputas internas e quem sairia vitorioso nas prévias que se realizarão, havendo maior destaque para o PMDB.
No PMDB inicialmente engalfinharam-se na luta pela preferência de escolha, Orestes Quercia, Roberto Requião e José Sarney, todos três com experiência como ocupantes de mandatários máximos no Poder Executivo, com registro em carteira e, já devidamente conhecidos nossos e portanto, contribuidores com maior ou menor parcela e que o Brasil esteja onde está, já que os mesmos como tantos outros postulantes labutam na política brasileira há muitos anos.
Sabe-se que todos os partidos políticos tem um programa, no qual está inserida a transformação deste País num “mar de rosas”, onde haverá justiça social, divisão equânime de riquezas, onde não haverá mais miséria absoluta, em fim todo cidadão terá direito a nascer, viver e morrer dignamente.
Em função disso tudo, chega-se a conclusão de que qualquer membro do partido, pode e tem condição de por em execução o programa de sua agremiação, pois afinal o objetivo maior e fim é o bem estar do povo e na Nação. Em sendo assim, qual a razão desse antagonismo?
Como podemos ver, esses senhores continuam a pensar pequeno e se comportar visando o pessoal, a ganância pelo poder, o interesse de pequenos grupos em detrimento da grande maioria da sociedade brasileira. Porém, não esqueçamos que a força do voto é nossa.
Lúcio Reis.




Belém, Pa, em 10 de maio de 1994.


REAL

O Governo acaba de anunciar que a nova moeda entrará em vigor no dia 01 de julho vindouro.
Foi dilatado o prazo inicial, havendo agora mais de 50 dias a que todos tomem conhecimento do que acontecerá. O plano teoricamente é inteligente. Vai realizar no sistema financeiro, o que gostaríamos de ver no campo político, ou seja: “passar uma esponja no passado e recomeçar tudo de novo em 1º de julho”.
Do fato concreto que virá, entendemos que o Governo terá muitas dificuldades em explicar ao brasileiro, por exemplo: “um assalariado que ganha hoje um salário de 1.000 URV; admitindo, a título de exemplo, que em 30 de junho uma URV esteja valendo CR$2.000,00 (dois mil cruzeiros reais), ele teria a receber CR$2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros reais) mas, se o mesmo deixar para receber seu dinheiro em 01.07, no dia seguinte irá receber R$1.000 (mil reais), já que uma URV será igual a um real. Logo, será difícil justificar e convencer de que 2 milhões de cruzeiros reais, não é menos do que mil reais.
Outro aspecto é quanto as remarcações em real, pois a MP não prevê congelamento e nem proíbe a majoração de preços e, como se sabe que a SUNAB continua a mesma e os dispositivos legais também, além de que a ganância da indústria e do varejo é uma constante no mercado brasileiro, já podemos concluir o que acontecerá.
Portanto, mesmo sem a existência da correção monetária, uma das desculpas para altas abusivas, em breve teremos inflação em real e, queira Deus o governo não seja quem dará o ponta pé inicial, como já aconteceu. Lembram do aumento do combustível à época do cruzado?
Lúcio Reis
       
Belém, Pa, em 30 de abril de 1994.

CASSAÇÃO

O deputado Ricardo Fiuza, um dos envolvidos na corrupção do orçamento e, pertencente a “tropa de choque” que defendia com unhas e dentes o ex presidente Collor, foi absolvido na Comissão de Justiça do Poder Legislativo Federal.
Segundo o noticiário nacional, ele obteve esse resultado, graças a “acertos” entre seus pares do PFL e também membros daquela Comissão e políticos do PMDB, que em troca receberiam o apoio do PFL necessário à absolvição do deputado Ibsen Pinheiro, o qual conduziu o processo de cassação do amigo de PC.
Na condição de cidadão, gostaria aqui lembrar a esses digníssimo senhores, que o ilustre parlamentar Ibsen Nunes já está cassado e com culpa comprovada, pelo seu companheiro de falcatruas na compra e venda de uma pick-up dentre outras, o ex-deputado Genebaldo Correa, que ao renunciar o mandato para fugir da cassação, assinou o termo de culpa dos dois, pois um foi o cúmplice do outro.
Portanto, que o corporativismo os inocente, até entendemos, pois a grande maioria deles, um tem que proteger o outro. Porém é bom que saibam que estamos de olhos neles e não temos memória tão curta como pensam ou possa parecer.
Lúcio Reis




Belém, Pa, em 23 de abril de 1994.


INFECÇÃO GOVERNAMENTAL

Um dos mais graves problemas da saúde, é a infecção hospitalar, responsável por muitos óbitos, independente da situação sócio econômica financeira.
Em termos comparativos, o Brasil, politicamente vem padecendo de uma gravíssima infecção virótica que paulatinamente a cada legislatura está nos levando a falência e ao caos.
Os exemplos dessa assertiva, todos nós podemos ver e ler no noticiário nacional, via televisão, jornal e etc...
O Congresso Nacional e a maioria dos poderes executivos, estão apinhados de políticos, que ora estão num ou noutro poder. O 1º a presença de ex-ministros, tal como: Delfim Neto, Francisco Dorneles, Gustavo Krause, Fernando Henrique, Roberto Campos, dentre tantos outros, que antes de ocuparem a Pasta Ministerial, traziam na “ponta da língua” a formula capaz de resolver nossos eternos problemas.
Na passagem deles nas respectivas funções assumidas, se deduz foram seriamente contaminados pelo vírus da inoperância e ausência de resultados positivos e benéficos ao Brasil.
Hoje, quando o caos econômico, a saúde, os transportes, a educação, a habitação, a segurança e tantos outros males que nos afligem, vêm esses mesmos senhores se arrogando o direito de opinar criticando construtiva ou destrutivamente sobre essas dificuldades, que eles não conseguiram resolver ou amenizar.
Logo, só podem ter sido vítimas da infecção governamental, que por conseqüência imediata, está matando muito brasileiro de fome e ampliando a miséria entre nós.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 18 de abril de 1994.
REVISÃO
Outra vez o cidadão brasileiro fica frustado em função da inoperância e irresponsabilidade cívica de seus representantes no Congresso Nacional e Revisor.
A revisão constitucional foi para o beléleu. Aliás um fato evidente que qualquer brasileiro de ante mão já sabia que se realizaria. Basta lembrarmos que em 88 a 8 de outubro, quando a Constituição Cidadã foi promulgada, um grande número de leis ordinárias seriam necessárias a que ela viesse a funcionar satisfatoriamente. Até hoje essas leis não foram, em sua grande maioria, sequer apresentadas à votação.
Estamos há 6 anos que a Carta Magna entrou em vigor, qual deveria ter sido feita em um ano pela Assembléia Constituinte e gastou 24 meses e, mesmo assim nasceu sob o “efeito da talidomida”, capenga.
O interessante é que a maioria ou quase a totalidade dos congressistas, contumazes em promover sistemáticas falta de quorum não havia assembléia, comparecendo ao poder apenas às 3ª, 4ª e 5ª feiras, ou seja com índices ínfimos de produtividade e inversamente proporcional a remuneração recebida, estão se apresentando à sociedade sem o menor acanhamento para a reeleição ou pleiteando cargos no poder executivo, dando clara e inegável demonstração de que nos entendem uns perfeitos idiotas, burros e imbecis.
Portanto, caro leitor, você não acha que é chegada a hora de cabalmente mostrarmos que não sofremos de amnésia e nem tampouco puxamos carroça?
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 14 de abril de 1994.


VOTO

A 3 de outubro deveremos voltar às urnas e escolhermos nossos representantes nos poderes executivo e legislativo, para os próximos 4 e 8 anos.
Para contribuir com a democracia deste País, devemos lembrar que toda realização que porventura um político venha concretizar durante seu mandato, ele não esteve, não está e nem estará nos fazendo qualquer favor e sim, cumprindo com sua obrigação, pois se trata de um direito nosso. Lembremo-nos também que o cidadão se candidata voluntariamente, logo, de livre e expontânea vontade. Portanto, se você está satisfeito com o que temos, tal como:
- Ótimo salário; emprego para todos ou para a maioria; atendimento sem fila pelo INSS; atendimento satisfatório nos hospitais públicos; colégios com vagas e ensino adequado para todos e, nos particulares mensalidades compatíveis com a remuneração dos pais; baixa inflação; preços nos super mercados capazes de atender nossas necessidades alimentares; transporte coletivo condicente e tarifas alcançáveis pelos nossos salários; vestuário, medicamentos e calçados ao nosso alcance; rodovias, estradas e ruas bem pavimentadas, resultado da boa aplicação de nosso IPVA; trânsito urbano legal; energia elétrica, taxa de consumo d’água que podemos pagar; habitação para todos; alugueis de imóveis a altura de nossos ganhos; segurança pública em nossas casas e nas vias públicas; muita corrupção, fraude e ladroagem.
Estando o leitor e eleitor alegre e satisfeito, pois têm a seu dispor tudo o que acima foi elencado, não mexa no atual time, mas, se todos esses itens lhe afligem e incomodam, vamos mudar e substituir desde o goleiro, o técnico até o gândula, pois não podemos e nem devemos continuar a assistir desmantêlos provocados por anões, por gigantes do orçamento da União, bem como não devemos silenciar com presença de roletas do bicho dentro dos poderes constituídos.
Lúcio Reis


Nota do autor: Hoje podemos ratificar que o dito abaixo e há 20 anos, está concretizado, pois quem contribuiu para uma aposentadoria de 10 salários mínimos lá atrás, hoje possivelmente está recebendo como direito, uns três salários mínimos.


Belém, Pa, em 06 de abril de 1994.

U R V

Estamos há mais de 30 dias da implantação do Plano Econômico FHC², que criou a URV, a qual será em breve a nova moeda nacional, o Real.
A esta altura, na condição de leigo, podemos afirmar infelizmente que será mais um plano fadado ao insucesso, pelo que está inserido na própria Medida Provisória que o criou, a 434.
A MP converte os salários pela media dos 4 últimos meses que antecederam o lançamento da URV mas, os preços no varejo e também as tarifas públicas permaneceram como antes, alguns inclusive com preços liberados, logo, dois pesos e duas medidas.
O governo diz que deixou os preços fora da media, para evitar explosão de consumo mas, se foi mesmo assim, porque não converteu as tarifas públicas pela média? Elas não estavam alinhadas? Ou será que se assim o fizesse iriamos postar cartas a torto e a direito; ou usar o telefone aleatoriamente; ou queimar combustível desvairadamente; ou gastar energia elétrica sem necessidade? Pois se deduz e é lógico eles ficariam mais baratos, pois como já sabemos agora nossos salários ficaram menores para nós.
Levando em conta que: 1º o resultado aritmético de uma média é menor do que as últimas parcelas que a constituem; 2º que a URV congela seu valor de sábado a segunda-feira a cada semana e 3º que os preços continuam subindo, além de que todos eles já embutiam inflação preventiva, bem como quando for anunciado o lançamento do real haverá nova onda de remarcação, pode-se concluir que mais esta vez quem pagará a conta é o trabalhador.
Portanto não esqueçamos aquele “tem que dá certo” eu deu,  para os candidatos políticos que lograram êxito eleitoral através da boa fé do cidadão. Ou será que agora haverá pulso para prender os sabotadores dos planos econômicos desta País?
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 29 de março de 1994.


DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Ainda bem que o Congresso Revisor manteve o prazo de seis (6) meses para que os candidatos a cargos eletivos em 3 de outubro de 1994, deixem os atuais cargos, o que ocorrerá em 02 de abril.
Em função do acima e, tomando conhecimento dos políticos, principalmente do poder executivo, que vão se desincompatibilizar a fim de concorrerem a novos mandatos, nota-se claramente que esses políticos sofrem de uma síndrome de total dependência física e psicológica de estar no poder, seja no legislativo, no executivo ou mesmo em qualquer cargo público. Ou seja: os interesses coletivos que se danem e, o que vale realmente são os interesses pessoais e individuais.
Os prefeitos que estão deixando o executivo municipal, há bem pouco tempo na função, sem o menor constrangimento renunciam o cargo a fim de poderem continuar no poder.o O interessante é que, quando em campanha prometeram executar um plano de governo que viria atender os interesses do povo nos 4 anos seguintes, mas o que se vê agora é um total desrespeito as promessas de palanque e a confiabilidade que o eleitor lhe creditou.
Bem caro leitor e eleitor, já que eles não tem a menor consideração conosco, que tal 3 de outubro vindouro, assinarmos o “Termo de Rescisão de Contrato de Representação e Mandato Eletivo”, demitindo-os por justa causa ou seja: falta de cumprimento da palavra empenhada com o cidadão. Vote não a esses políticos de carreira.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 18 de março de 1994.


TRÔCO

O Congresso Revisor manteve na Constituição a obrigatoriedade do voto. Apesar de que a sociedade brasileira, democraticamente prefere que o voto seja facultativo.
Nossos representantes à época dos pleitos políticos, expontânea e voluntariamente se apresentam como candidatos a nos representar nas casas legislativas deste País, prometendo apresentarem projetos de lei e, por conseguinte votarem aprovando-os ou não, com objetivo de solucionarem nossos problemas de emprego, salário, saúde, educação, moradia, segurança, transporte coletivo e etc...
No decorrer dos mandatos eletivos, o que mais se tem conhecimento, é que as câmaras, as assembléias e o congresso não se reuniram por falta de quorum, ou seja: nossos representantes não compareceram para sua principal função legislativa, votar.
O pior é que essa gazeta é altamente remunerada e, não acontece absolutamente nada em termos de punição, como sucede com você trabalhador, que ao faltar ao serviço terá seu salário reduzido.
Quanto a nós, podemos votar: sim, não, em branco, anular nosso voto ou nos abstermos de votar e, com este último procedimento sermos penalizados pecuniariamente. Todavia, a fim de mostrarmos que nós é quem temos o poder e que nossa vontade deve prevalecer, vamos votar não a todos esses que não querem nós representar e sim, os seus interesses pessoais ou dos grandes poderes econômicos deste País.
Vamos dar o trôco, promovendo uma assepsia 100% em nosso parlamentos, usando a obrigatoriedade do voto, a qual eles não querem se sujeitar mas nos impõem a mesma, nós devemos e também podemos.
Lúcio Reis.

 Nota do autor: Duas décadas se passaram, o mensalão foi a tática empregada pela cooptar os 300 picaretas do legislativo e o resultado todos sabemos. Infelizmente até esta publicação o beneficiado pelas picaretagens políticas ainda não caiu!


Belém,Pa, em 15 de março de 1994.

MEIO GOLPE

A apresentadora de um programa de TV, está ameaçada de uma ação judicial pelo Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente o Senador Humberto Lucena e o Deputado Inocêncio Oliveira, por ter genericamente taxado os congressistas de ladrões, vagabundos e irresponsáveis.
O aspirante a candidato à Presidência da República pelo PT, o Lula, ex deputado federal rotulou 300 parlamentares de picaretas, praticamente 50% do Congresso Nacional.
Ressalvando os poucos homens sérios, honestos e responsáveis que por lá devem existir, conclui-se infelizmente, pelo que a imprensa nacional noticia, que as duas afirmativas se encaixam como uma luva no parlamento brasileiro.
Quanto ao sindicalista Lula, a situação se torna séria e grave, tendo em vista suas aspirações futuras. Admitindo-se que ele venha a ser eleito Presidente do Brasil e, sabendo-se que o Poder Executivo depende do Poder Legislativo para aprovar seus projetos e dar sustentação política e, sabendo-se ainda que o PT não tem e nem será a maioria das cadeiras no Congresso, conclui-se obviamente que o Lula terá de governar com o apoio de 300 picaretas, logo, quem vir a receber o apoio de picareta, picareta será.
Portanto, das duas uma: ou teremos mais um governo de picaretagem ou então o Lula promoverá um meio golpe, para alijar o mandato dos 300 picaretas que ele afirma ter no Poder Legislativo.
Lúcio Reis.        


Belém, Pa, em 21 de dezembro de 1993.


SALÁRIO

A partir de janeiro de 94, a política salarial tem outro procedimento. Desta vez ancorada ao dólar.
Mais uma vez, de ante mão já sabemos que não beneficiará o assalariado, tendo em vista que medidas necessárias às mudanças estruturais hoje adotadas não foram tomadas.
Hoje o governo anuncia em determinado mês que o salário mínimo no mês seguinte aquele, será de x cruzeiros, em função de uma correção de y%. Incontinente, as empresas como um todo, procedem as devidas remarcações preventivas, muitas das vezes em índices superiores aos da inflação projetada.
Ao final do mês o novo salário, ao ser recebido, já estará literalmente desvalorizado, por dois motivos: 1º o aumento, até mesmo abusivo, realizado pelo empresariado preventivamente e que, por conseguinte eleva a taxa inflacionaria e, 2º pelo patamar expressivo que a inflação alcança.
Para que o trabalhador venha a levar alguma vantagem, pelo menos uma vez, basta inverter a cronologia atual, ou seja: Anuncia-se o valor do novo salário, paga-se o mesmo no inicio do mês, logo, antecipadamente e controla-se o aumento dos gêneros, principalmente os de primeira necessidade, nos 30 dias seguintes e quando houver a remarcação, que ela não extrapole para o absurdo.
As providencias decorrentes, tal como faltas e etc... são de fácil administração, pois o empregador tem a seu favor um leque de atitudes capazes de protegê-lo.
O importante é que o trabalho seja colocado na frente do capital e assim, acredito o trabalhador poderá sorrir e produzir muito mais.
Lúcio Reis.


Belém, Pa, em 17 de dezembro de 1993.

LIBERDADE

Aliviada está a Nação. Alijado até 2002 está o vilão. O povão, em seus anseios, graças a Deus, foi atendido. O objetivo do “Caçador de Marajás” a altura foi respondido. Por 7 x 4, durante 8 anos, nossas poupanças estarão a salvo. Só no inicio do próximo ´seculo, estaremos sujeitos a outro assalto. Até lá já estaremos vacinados. O Congresso bem depurado.Sem anões e nem outros espertalhões. O dinheiro público será sagrado, somente em favor do povo, poderá ser usado. Não terão mais vez, os PC e nem os Bandeira, de vez que teremos acabado com toda bandalheira.
Se você acha que é utopia e, portanto impossível, eu acho que não é, logo é plausível e factível. Se nós soubermos escolher, nenhum “profissional” da política” ao poder irá volver. Nós fazemos a democracia com o voto na mão, por isso mesmo, conosco eles tem que ser justos e não ladrão. Com liberdade e felicidade, somente assim haverá ordem, prosperidade e muito mais LIBERDADE.
Lúcio Reis

 Belém, Pa, em 09 de dezembro de 1993.


VERBA 

O Sr Manoel Ailton Reis, Diretor da Construtora Norberto Odebrecht, no Plenário da CPI do Orçamento, declarou literalmente que sua empresa reservou US$12 milhões para “ajudar” a campanha política de alguns candidatos no próximo pleito.

Com essa afirmativa, concluiu-se obviamente, que o quadro funcional daquela empresa seja muitíssimo bem remunerado, que todos tem casa e condução própria e que os problemas econômicos para ele não existem. Tudo é um mar de rosas.

Como se pode constatar, essa foi apenas uma das grandes empresas que executam as obras do governo, a fazer tal declaração pública. Por conseqüência, deduz-se que as outras, também tenham reservado alguns dollares destinados a candidatos “pobrezinhos”.

Essa assertiva do Sr Ailton Reis, leva-nos a uma conclusão lógica: “Como as grandes empresas é que abrigam o maior contingentes da mão de obra deste Brasil e, como ela está sendo muito bem remunerada – sim pois está sobrando dollares para serem distribuídos – conclui-se que a ação dos líderes sindicais desta Pátria, pleiteando melhores salários, não procede.

Por fim só resta dizermos, como bem diz um jornalista de São Paulo: “é uma vergonha”. É imoral, pois enquanto o deficit habitacional é alarmante, enquanto proliferam as favelas, enquanto o sistema de saúde está na UTI e enquanto a educação é uma droga, a elite nacional destina fortunas a políticos, que jamais estarão comprometidos com a causa pública. E isto pode crer, sem nenhum interesse.
Lúcio Reis.

           


Belém, Pa, em 08 de novembro de 1993.


         REELEIÇÃO
        
         O articulista desse Jornal O Liberal, o Sr Joaquim Borges Gomes, em seu artigo de 8 desta data, com o título “Reeleição de Politico” tece oportunos comentários quanto a volta dos “profissionais da política” aos parlamentos deste País.
         Antes de 87, quando estavam em funcionamento as Comissões que antecederam o funcionamento da Assembléia Nacional Constituinte e que, nos foi dado a oportunidade de sugerir e oferecer idéias àquela Assembléia, como cidadão remeti para lá correspondência que tratava exatamente do assunto, com esta opinião: “que fosse inserido na Carta Magna que então era elaborada, um artigo que impedisse a reeleição sucessiva do político num cargo eletivo para o parlamento em qualquer nível, só o sendo possível alternadamente e no máximo por 3(três) vezes”. OU seja: senador, deputado e vereador, só poderiam ocupar no máximo por 12 (doze) anos na vida e função de legislador.
          É obvio que essa minha idéia foi direto para o lixo, se é que, pelo menos o envelope foi aberto. Agora, ao ler a crônica semanal do Sr Joaquim Gomes, sinto uma ponta de satisfação ao saber que não somente eu penso assim, logo não se trata de uma teoria utópica.
          Como essa teoria, contraria muitos interesses, pois ela tem a finalidade de expurgar da vida pública os parasitas que sugam o dinheiro público, sabe-se de ante mão que as dificuldades serão enormes a que ela venha a ser implementada e implantada. Isto sem contar, que algum demagogo, faça dela bandeira de campanha no próximo pleito.
          Porém, temos que saber que somos portadores de mais poderosa arma e de efeito imediato, o voto. A cada eleição os parlamentos vem sendo renovados em percentuais acima de 50%. Que tal já em 94, elevarmos esse índice para 100%? Já seria um começo.
           Essa e muitas outras, é a minha colaboração.
     Lúcio Reis.

Belém, Pa, em 26 de outubro de 1993.

PASSAPORTE

         Durante o desenrolar da CPI do orçamento, que ora investiga as traquinagens corruptas do “sortudo” deputado João Alves, o superintendente da Policia Federal no Rio e diretor da Interpol no Brasil, recomendou ao presidente da CPI que casse o passaporte daquele político, a fim de evitar ou complicar sua fuga para o exterior.

         Essa recomendação nos faz retornar ao passado, quando o Sr. PC Farias e seus asseclas negavam todos os crimes a eles atribuídos e afirmavam aos membros da CPI que os investigavam, - com todas as letras – que sempre estariam à disposição de nossa Justiça.

         O cinismo e a “cara de pau” são as máscaras que tentam disfarçar o mau caráter de varias personalidades, que em detrimento da maioria se locupletam e ajuntam riquezas, que a rigor deveria ser comum a todos. Infelizmente é isso que se presencia em várias atividades neste País.
         Hoje o Sr PC se encontra na Inglaterra e, lá chegou legalmente, com seu passaporte em dia e, portanto nada devendo às Leis daquele País.
          Diz o delegado federal que cassar passaporte tem amparo legal. Se em relação ao deputado com imunidade, não parece ser tão difícil. Por que razão, então, essa medida não foi tomada em relação ao PC, que não detinha mandato eletivo e, mais do que nunca estava comprovado ser ele um bandido? Seria o Poder Econômico?
        Lúcio Reis

Belém, Pa, em 06 de outubro de 1993.


INDECOROSOS

O presidente do PP, o político Alvaro Dias, denunciou à sociedade brasileira, a troca de legenda por alguns deputados ao custo variável de 30 à 50 mil US$, com o objetivo de conseguirem maior espaço no horário político na imprensa e o partido obter representatividade a fim de fazer jus à apresentação de candidato a sucessão presidencial.
A denuncia do Sr Alvaro Dias, é um filme igualzinho a um outro que passou há poucos anos e, tinha um outro título: “Caçador de Marajás”. O fim da película todos conhecemos, tendo em vista que todos eles são atores que seguem o mesmo roteiro e script, em cujos teor em momento algum o “mocinho”, como se apresentam, jamais salva a estrela, no caso a Pátria de todos nós.
No caso em tela parecem dois atores que já marcaram suas presenças em cena. O Sr Nobel Moura não é aquele que deu um sopapo no olho de sua colega a deputada Raquel Cândido, e ficou por isso mesmo? O Sr Onaireves (estranhamente Severino ao contrário) não é aquele que emprestou sua casa para funcionar como cenário a que o ex presidente Collor, agredisse o deputado Ulisses Guimarães e assim, se enquadrando naquele ditado: “diz-me com quem andas e te direi quem és”.
O que se conclui é que eles mesmo promovem o mar de lama em que nadam e nada fazem e, dessa mesma sujeira tentam levantar a bandeira da moralidade com promessas de que consertarão o Brasil. Esse concerto, porém, é cantiga para boi dormir e dessa melodia já estamos fartos.
Nossa vez vem aí e 94 é nossa hora de darmos uma boa resposta.
Lúcio Reis.


elém, Pa, em 12 de agosto de 1993.


VEREADORES


O Jornal O Liberal edição de 11 do corrente, reporta que os vereadores de Belém a portas cerradas e em sigilo discutiam um aumento de 100%.


Fatos dessa natureza nos remetem a um estado de perplexidade total, tendo em vista o total descalabro e o absurdo de que se reveste a trama. Depois querem que a sociedade lhes dê crédito.

Enquanto o poder legislativo municipal entre 4 paredes conspira para solapar o erário do Municipio, pobres carentes e indefesos padecem um calvário de dor e sofrimento no Pronto Socorro, sem condições de atendimento pela ausência de profissionais, falta de equipamentos e material necessário ao satisfatório desempenho da medicina, tendo esses problemas sua origem nos parcos recursos destinados ao Hospital.


O interessante é que todo candidato, quando se apresenta à sociedade pleiteando uma cadeira no legislativo, quer federal, estadual ou municipal, trás consigo a formula mágica para solução de todas as dificuldades que recaem sobre o povo. Quando senta na cadeira é acometido de amnésia, esquece tudo e só os $$ que o poder pode lhe proporcionar ele consegue ver.


Até parece que os legislativos e os hospitais deste País, têm algo em comum: “A infecção”. Aqueles a infecção da falta de vergonha, civismo e sensibilidade pública e estes a infecção hospitalar mesmo. Ambas matam o povo igualmente.


Lúcio Reis.






Belém, Pa, em 03 de agosto de 1993.


PRE DATADO


Mais uma vez ato governamental traz prejuízo ao cidadão brasileiro.


Há muito a área econômica do governo federal vem propalando o corte de 3 zeros no padrão monetário do País. Mesmo assim os tecnocratas da economia não conseguiram cobrir todos os itens decorrentes da implantação do cruzeiro real, como adiante se relata:


- A primeira poêmica foi criada com os cheques pré datados, emitidos em julho com data de apresentação posterior a 01/08/93.


- Os favorecidos e detentores dos cheques, tendo em vista a indefinição da medida governamental e a falta de credibilidade nos homens públicos, apresentaram aqueles documentos em 30 de julho. Conclusão: “em função do valor dos cheques no que se refere ao prazo de compensação, quando eles foram debitados nas c/c dos emitentes, houve o débito do valor em cruzeiro sobre um saldo que já havia sido transformado em cruzeiro real”. Em função  desse procedimento, quem tinha valor aplicado no Fundo de Aplicação Financeira (FAF), cujo resgate (liquidez) é automático, ficou com saldo negativo em conta.


Os gerentes e o Banco Central ao serem consultados a respeito, simplesmente declararam que nada podiam fazer, tendo em vista que a Portaria do BC a respeito do problema, é omissa.


O pior é que o extorno do lançamento indevido, levou mais de 24 h para ser efetuado, portanto perdemos em media 1% (hum por cento) de correção sobre o valor aplicado naquele fundo.


Como o Ministro Fernando Henrique Cardoso, declarou em público que ninguém tomaria prejuízo com a Medida, pergunta-se: a quem recorrer?


Lúcio Reis




Belém, Pa, em 08 de julho de 1993.


BANDIDO


Chega a provocar revolta, vermos o bandido Paulo Cesar Farias e seus comparsas, tentar negociar e condicionar sua prisão em troca de regalias e o não constrangimento de ser algemado e outras.


Todo bandido é igual, pois o Código que os enquadra assim o determina. A diferença entre o ladrão de galinha – o macuqueiro -  e o ladrão do dinheiro público, do traficante, do sonegador e do corrupto é que, aquele mora, quando mora no alagado em palafita e o outro em mansões, tem jato, tem concessionárias de carros, freqüenta o “staff” social as camadas superiores do poder e, por essas razões entende que é superior e que está acima das leis.


O ladrão de galinha prejudica no máximo uma família. Os PC da vida, prejudicam uma sociedade inteira. No caso do alagoano ele deveria se sentir constrangido quando sonegou impostos e contribuiu para que o sistema de Saúde do Brasil alcançasse o caos em que se encontra, onde o brasileiro independente da idade, morre nas filas ou recebe atendimento o mais precário possível.


Nossas autoridades têm o dever de ir ao encontro da aspiração popular, que não suporta mais ver bandido solapando o dinheiro do bem comum e depois exigir beneplácito e mordomias. Coloquem esses bandidos peçonhentos nas grades, mostrem à sociedade para que sirva de exemplo aos outros que ainda teimam em acreditar que no Brasil prevalece a impunidade e que portanto, o crime compensa.


Lúcio Reis.





Belém, Pa, em 25 de junho de 1993.


ALAGOAS


A impressão que se tem é que houve uma volta ao passado, no qual o homem ainda nem sonhava em ir a lua e que os computadores de 4ª geração – aqueles que raciocinam – não eram nem peça de uma grande ficção científica.


É a imagem que os “ilustres” dirigentes, governador, 1ª dama e tantos outros do Estado de Alagoas, refletem para os demais estados da federação, deixando entrever que eles ainda não se deram conta que estamos no limiar do século XX.


Já foi dito que o brasileiro não sabe votar. Todavia, o brasileiro não tem forças e como lutar – por ser pobre e miserável – contra o poder econômico e corruptor que atua nos bastidores de eleições neste País, em qualquer nível. Fato comprovado pelo esquema PC.


É sabido que o governador daquele Estado saiu vitorioso de uma eleição, farta de fraude e ilícitos e, agora sabe-se também a origem dos US$ que alimentaram a maracutaia.


Uma autoridade constituída sem o respaldo do povo e a custo de corrupção, não tem moral, não se impõem e não representa o poder e, principalmente quando por detras dela existe uma megalomaníaca e inconseqüente. O resultado está aí. Alagoas vive uma onda terrível de violência, homicídios, pistolagem e etc... E com prenuncio de uma possível intervenção.


É! Por detrás de um grande homem, existe uma grande mulher, mas também, na frente de uma “grande mulher” pode estar um minúsculo homem.


O povo de Alagoas, como todos nós brasileiros, não merecemos os “representantes” que temos.


Lúcio Reis.
Nossa conclusão aqui registrada, ainda bem, falhou!







Belém, Pa, em 22 de junho de 1993.


PLANO


O brasileiro vive a expectativa de bons resultados de mais um plano visando remendar nossa economia e fazer este País crescer e sair do atoleiro em que foi metido.


Desta feita o Ministro Fernando Henrique tem a credibilidade da maioria – quase unanimidade – das representações organizadas da sociedade, o que nos dá entender, por conseguinte, que todos os outros planos estavam fadados ao fracasso, como o foram, pois não contavam com o índice de aprovação, tal qual o Plano Verdade de FHC.


Porém, o sucesso e os preofícuos resultados do atual plano está condicionado a cooperação e atuação do Congresso Nacional, ou seja: senadores e deputados federais, principalmente no que concerne aos cortes orçamentários das verbas eleitoreiras. E aí é que está o nó da questão. Pois vejamos apenas alguns fatos:


- A Constituição deverá entrar em processo de revisão, pois em outubro ela completa 5 anos de promulgação e até agora as leis ordinárias para seu pleno funcionamento não foram votadas; o IPMF, mesmo sendo inconstitucional, mas de relevância aos problemas de caixa da União, até agora também não saiu do Congresso.


Apenas com esses dois “bons” exemplos, dentre tantos outros produzidos pelo Poder Legislativo e, tendo na lembrança que em 94 será ano de eleição e, sabedores que somos de que nossos representantes visam unicamente não apearem do poder, pode-se facilmente concluir que apesar da boa receptividade dada ao plano FHC, será ele mais uma experiência em vão e mais outra decepção para o sofrido cidadão brasileiro.


Lametavelmente essa é a nossa vida.


Lúcio Reis.




Decorridas décadas e a situação só piora!








Belém, Pa, em 09 de junho de 1993.


HORÁRIO POLITICO


Com que austeridade moral, principio de civismo ou patriotismo e sensibilidade social, vêm nossos partidos políticos e seu “digníssimos” membros invadir nossos lares furtando-nos duas vezes por semana através do horário político, momentos de nosso lazer e entretenimento, via televisão?


Sim! Porque após um dia de trabalho, tomando conhecimento dentre outros informes, que os membros do Congresso Nacional lotearam parte do Orçamento da União, destinando verbas aos mais estranhos fins possíveis, como o caso da boite no Maranhão; que o Presidente da Câmara Baixa – estranhamente com o nome de Inocencio, faça uma idéia se não o fosse – usou funcionários do Estado para beneficiar suas terras, bem como pulou com a vara do tráfico de influência, por cima de inúmeros candidatos à ligação telefônica, mandando ligar o seu em tempo recorde; que a falta de quorum é uma constante nos parlamentos brasileiros; que a aposentadoria é precoce e polpuda, sendo esses poucos, dos muitos maus exem0plos que pululam nossos legislativos, não dá para aceitar pacificamente que esses mesmos maus e indignos brasileiros, ainda tenham o displante de quererem fazer roda em nossas salas de visita.


É mais do que sabido que o político brasileiro goza de mais baixo índice de credibilidade junto a sociedade brasileira, logo, já é hora de pelo menos eles se tocarem de que já estamos cheios de suas demagogias, mentiras e promessas vãs.


Lúcio Reis
 
      
Com a matéria abaixo, objetivei esclarecer aqueles que ignoravam a situação e que, como sabemos o presidencialismo permanece.

                

             Belém, Pa, em 15 de março de 1993.


FORMA E SISTEMA










A exemplo de todos aqueles que entendem não ter o horário político visando o plebiscito de 21 de abril próximo, esclarecido adequadamente o melhor procedimento e facilitar o entendimento do eleitor à satisfatória escolha, tomo a liberdade, com o beneplácito desse Jornal de expor abaixo um esclarecimento.


Há pouco anos compunha o curriculum escolar u’a matéria denominada OSPB (Organização Social e Politica Brasileira) que, salvo engano, foi abolida e, por assim ser, acredito que muitos eleitores estejam desavisados da situação a ser exposta e, por conseguinte estarão passíveis de terem sua escolha anulada.


Estarão à escolha a Forma de Governo, que poderá manter a República ou escolherá a Monarquia. Bem como o Sistema, que manterá o presidencialismo ou implantará o parlamentarismo. O “x” da questão é o seguinte: a Forma Republicana admite o Sistema Presidencialismo (o atual) ou o Parlamentarismo, enquanto que a Forma Monarquia só admite o Parlamentarismo. Logo, se você votar na Forma Monarquia  e no Sistema Presidencialismo, terá votado nulo, pois os 2 não incompatíveis.


É claro que muitos não alcançarão meu objetivo, pois ele visa o povo menos esclarecido e que a rigor ainda não se deu conta do momento importante pelo qual politicamente o Brasil passará e no qual é imprescindível a participação de todos.


Lúcio Reis


Belém, Pa, em 12 de março de 1993.









INCOERENTE


No atual horário político, o mais incoerente e sem a menor credibilidade é o Governador do Rio de Janeiro, Sr Leonel Brizola.

Explica-se: “Aquele político prega, por uma questão exclusivamente pessoal e para atender orgulho e vaidade mórbida, o presidencialismo republicano. Chega-se a essa conclusão pelo seguinte: ele cognominado aqui como o pai do “socialismo moreno”, logo, sua ideologia política é o socialismo e para ratificar isso, tem como parceiros no âmbito internacional, o 1º Ministro Felipe Gongalez da Espanha, o Presidente Mitterrand da França, o Sr Mario Soares de Portugal dentre outros e todos eles governando com a Monarquia e com o Parlamentarismo e, todos aqueles países ocupam posição de destaque na conjuntura mundial”.

Diantes desses fatos, fica ou não fica configurado o cinismo e a “cara de pau” daquele gaúcho. O povo carioca e o fluminense que o digam da sua incapacidade de governar e nós de sua megalomania pelo poder e sua gana em ser Presidente do Brasil.


Lúcio Reis



Nota do autor: O abaixo escrevi há mais de duas décadas e, como se pode constatar pela atual situação e que, não é recente, nossa representação popular nos poderes tentam mudar o sistema mas, em momento algum buscam dar um salto de qualidade para as ações pessoais como políticos e representantes da sociedade.



Belém, Pa, em 08 de março de 1993.


PERGUNTA-SE


A quem interessar possa: “A Monarquia ou a República Parlamentarista, baixarão a inflação? Exterminarão com as mordomias patrocinadas com o erário? Os políticos serão proibidos de auto votar sua remuneração mensal? Acabarão com suas aposentadorias precoces? O Nordeste deixará de ter a seca? Se tornará solo fértil? Acabarão com os desperdícios do dinheiro dos impostos? O salário finalmente será de US$100? Os criminosos de colarinho branco irão parar na cadeia? Os abusos econômicos dos tubarões será coibido? Os carros oficiais deixarão de existir? Se continuarem, ainda conduzirão as madames às compras e as crianças às escolas? Haverá trabalho  ou emprego  para todos? Os recessos parlamentar e judiciário será só de 30 dias ao ano? Haverá alguma punição aos políticos que não cumprirem suas promessas de campanha? Os jetons ainda subsistirão? Os homens públicos que enriqueceram ilicitamente através dos cargos eletivos e etc..., como são os mais variados exemplos pelo Brasil afora, irão ter os bens confiscados, devolverão à União o dinheiro e o patrimônio surrupiado? Responderão civil e criminalmente por esse crime? A justiça será célere? Haverá ensino de qualidade a todos? A segurança do cidadão será satisfatória? Não haverá mais corrupção? Os menores serão retirados do abandono da rua? Haverá creche ou abrigo para todos? Não haverá mais miséria no Brasil?


Se pelo menos algumas dessas perguntas, foram respondidas satisfatoriamente, valerá a pena mudar. Contudo, será necessário que seja convocada novas eleições diretas para aqueles que comprão o novo parlamento. Do contrário será a mesma receita de construir uma nova casa com o madeirame tomado pelo cupim da indecência que aí está e vem de muito tempo.


Lúcio Reis.


              Belém, Pa, em 04 de março de 1993.










PLEBISCITO


Hoje se discute sobre parlamentarismo, presidencialismo, república ou monarquia e, para a solução a plebe brasileiro está convocada à se pronunciar em 21 de abril de 1993.


No Brasil o que não falta, são leis, as quais se fossem cumpridas e, para que isso ocorra há necessidade de homens sérios, responsáveis, com sensibilidade e comprometidos com os interesses do povo, por isso a saída do País independe da forma e do sistema de governo que seja adotado.


Tanto isso é verdade, que nossos homens públicos descumprem desde a Constituição até uma simples portaria. Até hoje as leis ordinárias imprescindíveis ao efetivo e total aplicação da CF/88 não foram votadas. O orçamento da União de 93, até agora também não foi votado.


A tônica hoje é: pode e deve ser gasto indecentemente o dinheiro e o patrimônio público e, para isso eles não tem o menor constrangimento, muito pelo contrário: desfilam com a maior “cara de pau” nos carros oficiais, abarrotados de bagagem, com os familiares com destino aos balneários, como foi o caso do Opala OF 7316, sábado gordo dia 27 de fevereiro às 11:00 p/ 11,30 h na Av Pedro Alvares Cabral com a Tavares Bastos. Os veículos são de uso exclusivo em serviço e, não adianta denunciar, ninguém toma nenhuma providencia.


Como se pode concluir com esses pequenos exemplos, o Brasil padece da síndrome da falta de vergonha e seja lá qual o modelo adotado nãi dará certo. Ele será executado pelas mesmas velhas e viciadas raposas e, mais uma vez as uvas podres sobrarão para o povão.


Não tem jeito!


Lúcio Reis



Belém, Pa, em 11 de fevereiro de 1993.










COSTUME


É dito, principalmente em campanha de palanque, por todo candidato que coibirá quando no poder, as mordomias, inclusive implantando seriedade no uso dos carros oficiais.

É notório publicamente vermos carros oficiais, “de uso exclusivo no serviço público”, transportando “funcionários” que são deixados e depois apanhados às portas dos colégios, inclusive usando uniformes das respectivas escolas.

Pela aparência física e comportamental, percebe-se claramente que são “funcionários” contratados ainda na tenra idade, alguns, tem-se a nítida impressão que freqüentam a escola maternal.

Pelo que se constata, conclui-se que os órgãos públicos, contratam para seus quadros, crianças cuja função precípua é usar os carros oficiais para irem e virem a e de seus respectivos colégios, não produzindo nada para o serviço público, daí o caos em que se encontra essa parcela governamental.

Porém, o pior é que alguns desses “auxiliares”, já começam a deturpar o uso do veículo, como por exemplo: dia 09 de fevereiro de 93, um desses “funcionários” mandou parar o carro que o conduzia, com placa do Tribunal de Contas do Muncicipio, em frente ao S Mercado Jumbo, a fim de comprar sorvte, isto entre as 11:30 para 12:00 h.

Como é fato que quase todos esses “auxiliares públicos” são menores de 14 anos de idade, deve-se lembrar aos chefes, Secretários e Diretores dessas repartições, que esse tipo de trabalho é inconstitucional, de acordo com o Art. 7º inciso XXXIII da Constituição Federal, que diz: “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze; salvo na condição de aprendiz.”


Lúcio Reis


  
Belém, Pa, em 22 de dezembro de 1992.


CHICANA



O Brasil nesse dia 21, foi surpreendido por uma tramoia urdida entre dois advogados do Presidente Collor e este, visando prorrogar seu julgamento no Senado.

Da chicana promovida, pinça-se com espanto e absoluta indignação: 1º) o ato pessoal de não querer apear do Poder, após tê-lo enlameado pelos atos sucessivos de falcatruas e não ter honrado o cargo de Magistrado Supremo da Nação; 2º) o procedimento dos dois profissionais com mais de três décadas de atuação nas lides forenses no campo do direito, com renome nacional, responsabilidade familiar e perante a sociedade, de se prestarem a um papel menor, preferindo saltar do trem da história, na qual poderiam ter entrado brilhantemente e honrado a categoria a qual pertencem; 3º) não dá para entender a dimensão desse egoísmo, que não se importa nem um pouco que uma Nação inteira tenha prorrogado seu estado de angustia, de padecimento e de expectativa de conhecer a solução final de um mal que por mais de dois anos lhe perseguiu.

Felizmente o povo brasileiro pode contar com a ajuda de Deus, que tem iluminado a mente do Ministro Sidney Sanches, que nas horas de “cheque” encontra a saída e a solução serena, imparcial e justa, trabalhando para que em breve o Brasil se veja e se sinta livre desse pesadelo e, o Presidente substituto, que não tem culpa nenhuma dos trambiques e maracutaias perpetradas no Planalto e Ministérios, possa implantar seu programa de governo e quem sabe venhamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A saída do Sr PC do País, é mais um fato concreto de sua culpabilidade e de todos aqueles envolvidos e indiciados nos mais diversos inquéritos abertos na Policia Federal e no Congresso Nacional e, em virtude disso a verdade é cristalina: “Contra fatos não há argumentos”.


Lúcio Reis



    
Belém, Pa, em 21 de dezembro de 1992.

DEDUÇÃO

         
           Apesar de, já ser carta fora do baralho mas, por ter sido o Mandatário Máximo da Nação, ainda é válido que se teça alguns comentários a respeito de suas investidas em provar ou demonstrar sua inocência perante ao povo brasileiro.

        Até agora, nas reiteradas vezes que o Presidente afastado falou à “minha gente” tentando se eximir de culpa, suas palavras reverteram em provas condenatórias contra si. Lembram do Verde e Amarelo?

        A mais recente tentativa do amigo do Sr PC, foi semana passada quando concedeu uma entrevista a um jornalista de conhecimento nacional, em sua biblioteca na Casa da Dinda. No decorrer da mesma, o dono da casa declarou que não era possível que no Brasil, em relação a ele, fosse mais fácil cassar o mandato de um Presidente do que retirar um inquilino de um imóvel locado.

        Pois bem! Usando um pouco da lógica, é fácil deduzir que, quando o Sr PC instalou sua “gang” promovendo um arrastão no dinheiro público e extorquindo empresários e corrompendo pessoas da sociedade brasileira, com certeza na ocasião da aferição dos riscos de suas ações, devem ter chegado a essa dedução e, nela acreditaram: “No País da impunidade e contando com o aval de um Presidente que tem respaldo de urna de 35 milhões de votos, que dispõe de um Parlamento que reza a oração de São Francisco – do é dando que se recebe – e, no qual a Justiça morosa leva anos e anos para despejar um inquilino inadimplente de um imóvel, jamais despejará do Planalto a Autoridade Suprema da Nação”. Lógico não é?

        Porém, como não há crime perfeito, eles também erraram, quando subestimaram 130 milhões de brasileiros. Pois quem não quis e não quer mais o Sr Fernando Collor no Planalto, são os descalços e calçados, os descamisados e vestidos, os famintos e abastados deste Brasil.

        Estamos aprendendo que quem tem a força somos nós e que, nossos governantes e representantes têm o dever de governar e administrar em prol do povo, pois sem povo não existe Nação.

        
           Lúcio Reis



 Belém, Pa, em 23 de outubro de 1992.


        REFORMA FISCAL


        O Executivo Federal e o Congresso tem discutido ultimamente a implantação de uma Reforma Fiscal, capaz de resolver o problema de Caixa de União.


        Sabe-se que hoje temos ao todo entre impostos diretos e indiretos 58 tipos diferentes de impostos, sobrecarregando, principalmente, a massa de assalariados deste País. Incialmente o governo pretendia acrescer a esse número de impostos mais dois títulos: o ITF e Imposto sobre energia elétrica, telefone e etc...


        É público e notório que hoje em dia a prática mostra claramente: que são poucos pagando e muito e muitos pagando pouco ou nada. Tanto isso é verdade, que recentemente e, somente o resultado da CPI do PC comprovou que nosso País foi vitima de uma grande quadrilha que além de surrupiar o erário ainda sonegava impostos escancaradamente, acumulando enorme fortunas.


        Quando vier a público o relatório da CPI da VASP, do PP (Paulo Leoni) e etc... ficaremos sabendo qual o motivo que provoca a mostra do fundo do Caixa da União.


        Diante desses fatos, todos devidamente comprovados, tal qual o daquela quadrilha do INSS comandada pelo Juiz Nestor e advogado Escosia, bem como a ação do Sr Magri, não há sombra de duvida de que o governo já tem em mãos a solução do problema de caixa, qual seja: 1º meter na cadeia todos aqueles que fraudaram e roubaram o dinheiro dos órgãos públicos; 2º confiscar dinheiro e bens móveis e imóveis de todos aqueles e, principalmente  dos que detem cargo público (eletivo ou não), que direta ou indiretamente se locupletaram com o dinheiro do povo; 3º não deixar que novas quadrilhas se implantem e exterminar com aquelas que porventura ainda existam.


        O que não pode é ampliar o número de impostos, pois no fim o único a pagar a conta será o assalariado. Como sempre!


        Lúcio Reis




Belém, Pa, em 21 de outubro de 1992.










         RIO DE JANEIRO      


         Quando uma empresa não vai bem ou está mal, a culpa é de quem a administra, governa ou dirigi.


         O estado em termos gerais não deixa de ser uma empresa, que num determinado período tem como administrador um cidadão, que foi escolhido em função da apresentação de um programa de governo, no qual preconisava o melhor para o cidadão (habitante) e para aquele Estado.


         A cidade do Rio de Janeiro tem se projetado aqui e lá fora pela onda de selvageria e violência protagonizada pela ação das quadrilhas de traficantes de drogas, de seqüestradores e agora, pelo arrastão de gangues, turmas, galeras e funkeiros, cujo ápice do terror saiu dos bailes e foi colocado em prática domingo passado na praia de Ipanema e Arpoador, com promessa de que no próximo domingo o caldo vai entornar.


         Como se pode constatar no noticiário nacional, o Estado esteve omisso ou não se fez presente, a fim de cumprir sua responsabilidade no que tange a proteção e a segurança do cidadão contribuinte e mantenedor do mesmo via impostos, deixando-o a mercê dos bandidos e entregue ao pânico e ao terror, num local que deveria ser de puro e saudável lazer.


         Por fim e mais importante é que devemos estar alerta e lembrarmos clara e nitidamente que o atual e repetente governador do estado cuja capital é a Cidade Maravilhosa é o Sr Leonel Brizola, cuja meta política primordial é chegar ao Palácio do Planalto e presidir este País.


         Nas duas vezes como governador do Rio de Janeiro, foi a demonstração cabal da incompetência administrativa, levando aquele Estado e aquela Cidade à uma insegurança ímpar. Logo, estejamos prevenidos para que depois não tenhamos que submeter o País à uma nova onda de protestos favoráveis ao impeachment de um outro Presidente da República.


         Lúcio Reis


        

                  Nota do autor: Como a data atesta, a materia abaixo foi escrita há 22 anos e como só agora a estou tornando pública neste espaço, pois, lá atrás foi encaminhada ao jornal O Liberal, veículo que deu guarida às minhas criações por mais de três décadas. E faço este registro, tendo em vista que o Sr Hélio Gueiros não se encontra mais entre nós mas, foi participe da história política deste Estado




Belém, Pa, em 28 de setembro de 1992.









            

                         CARTA

             

                   Recebi em meu domicilio, assim como muitos amigos, a reprodução da carta que o Sr Hélio Gueiros endereçou ao Jornalista Lúcio Flávio, reprodução esta que não possui remetente.

            Pelo conteúdo pornográfico, deduz-se logicamente que o objetivo político é depor negativamente contra o Sr Helio Gueiros, o que, particularmente quanto a este eleitor em nada moficiou os meus valores e o que penso e entendo da política que é feita neste País, no âmbito Federal, Estadual e Municipal.

            Pornografia, palavreado chulo e imoral, todos nós estamos cansados de ver e ouvir nas televisões, inclusive em horário nobre. Os títulos dos filmes expostos publicamente também por si sós já são um atentado aos bons costumes. Porém, de tudo isso, o pior é que nenhuma autoridade toma a iniciativa de coibir e além do que, não podemos esquecer que constitucionalmente não há censura. E quem fez a Constituição?

            Da remessa dessa missiva à nós eleitores, tira-se a mensagem da cara de pau do remetente, pois muito mais imoral que essa carta é a política e o esquema que politicamente foi mantado no Brasil, onde, só para citar alguns exemplos, vimos a Camara de Ananindeua aprovar salários astronômicos para o prefeito, ex prefeitos e vereadores; convivemos com a política indecente do que é dando que se recebe; assistimos a imoralidade da constante falta de quorum nos parlamentos; condenável é sabermos que nossos “representantes” só se reúnem, quando há quorum às 3ª, 4ª e 5ª e em troca recebem polpudas remunerações, tornando-os bem de vida, enquanto o povo fica cada vez mais, pior de vida; pornografia são os sistemáticos casos de fraude, de corrupção, que tem como consequência o extermínio de crianças e idosos nas filas de atendimento médico hospitalar. E, quem  até hoje, apresentou um plano efetivo de trabalho, visando reverter a situação? Quem está politicamente interessado em acabar com isso? Quem?

            A tônica da campanha, tem sido os ataques pessoais, que só nos distanciam cada vez mais dos políticos desta Nação. Essa carta é uma prova disso ou será, que político não chama palavrão?

            Para finalizar é necessário nos lembrarmos que: “quem diz o que quer, ouve o que não quer”. “Quem se mete com porcos, farelo come e se suja de lama”.

            Lúcio Reis.




Belém, Pa, em 17 de setembro de 1992.










            DIGNIDADE  


            Os dias de hoje tem sido fartos em demonstrações da falta de dignidade nos homens que desempenham importantes funções, tanto no âmbito nacional, quanto no estadual e municipal.


            Entendíamos que a dignidade não tem preço capaz de comprá-la ou corrompê-la. Que o homem possui dignidade e honra pelo fato de ser racional e portanto, portador da razão.


            Hoje, principalmente no decorrer da atual campanha política, vimos coligações partidárias compostas de candidatos que outrora eram ferrenhos adversários, que não poupavam sequer os problemas pessoais, não respeitavam a intimidade familiar e, agora navegam no mesmo barco: representantes do poder econômico, do latifúndio, junto com representantes dos trabalhadores, junto com o pessoal da esquerda, formando uma verdadeira salada de ideologias e indecorosas miscelanias de incoerências políticas e de um ser dito civilizado.


            Tentando justificar ou explicar à opinião pública, verdadeiros absurdos, jogam para a sociedade que aquelas ofensas são compreensvivas e aceitáveis, pois foram disparadas no calor da disputa eleitoral, justificando que agora tudo é feito e aceito em nome do bem estar da cidade e dos cidadãos.


            Pura balela, pois a maioria dos eleitores não é idiota ou imbecil. O que todos querem na realidade é se manter no poder e continuar ou tentar conseguir entrar a fim de sugar as tetas do erário e, mandam as favas os escrepulos.


            Portanto, mais uma vez é chegada a hora de dizermos não ao esquema do pouco trabalho e do muito dinheiro co o remuneração; do tráfico de influência e do massacre do menos favorecido e favorecimento de uma meia dúzia que se aproxima do poder.


            Eles não estão realmente pensando em nós, o povo. Não existe nem o menos ruim. Todos só estão pensando em si e em seus apadrinhados.


            Lúcio Reis


           
Belém, Pa, em 26 de agosto de 1992.










SINDICATO


             
                 Ao longo do desenrolar da CPI do Congresso sobre PC Farias, onde foi constatado inverdades e traições daqueles que foram arrrolados no Relatório do Senador Almir Lando, em relação ao povo brasileiro, um fato deve ser pinçado: é a existência do “Sindicato do Golpe”.


            Para informações dos Srs leitores, dou-lhes em primeira a constituição da Diretoria desse Sindicato:


            - Presidente: PC Farias; Vice Presidente: Claudio Vieira e Luis Romero Farias; 1º Vice Presidentes: Jorge Bandeira e Vagner Canhedo; 2º Vice Presidente: Najur Turner; 3º Vice Presidente: Paulo Otávio; 1º Secretária: Ana Acioli; 2ª Secretária: Ronete Melanias; 3ª Secretária: Izabel Teixeira; Suplentes: Todos os Fantasmas. Empresas de Sustentação: EPC – Brasil’s Garden – Tratoral – Brasil Jet e outras. Área de atuação: Brasilia – São Paulo – Alagoas – Canapi e outros.


            A finalidade desse Sindicato é realmente golpear a moralidade, a austeridade no trato do erário , a seriedade administrativa pública, em fim gopear o dinheiro dos nossos impostos, nos levar a recessão do desemprego, ao desepero e fortalecer cada vez mais a corrupção neste País e enfraquecer a democracia.


            
                   Lúcio Reis


           


                   



                          Belém, Pa, em 21 de julho de 1992.


Sigilo
                 

     No curso das investigações da CPI do PC, muito tem se discutido sobre a violação do Sigilo Bancário.
      Na edição de 21.07, O LIBERAL em sua pag. 15 publica matéria com o título “Movimento de bilhões na conta da Secretária” e faz referência a Manoel Dantas Araújo, Carlos Alberto de Nóbrega, Jurandir Castro Menezes e outros, os quais em sua maioria tinha como endereço cadastral a EPC, Empresa de Paulo Cesar Farias, sendo todavia, todos possuidores de CPF falsos e assim aquelas pessoas, para o fisco não existem, não são cidadãos ou cidadãos.
        O Art. 1º da CF de 88, diz que a República Federativa do Brasil tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania e... No Art.5º inciso XII trata da inviolabilidade do sigilo da correspondência e etc.
        Bem, como se pode constatar o direito ao sigilo, bem como a República, visa e têm por fundamento o cidadão. Em função disso, não podemos  entender o porque de tanto condenarem a CPI, alegando que a mesma violou o direito ao sigilo bancário das pessoas sob suspeita naquele processo investigatório, pois como também se viu, há formação de uma quadrilha constituída de “fantasmas” sonegando impostos.
            E, pelo que se sabe a Constituição foi promulgada para nortear direitos e obrigações do cidadão. Portanto, que o Governo decrete o confisco de todo o dinheiro movimentado por esses fantasmas, uma vez que pela sua condição jamais irão reclamar em qualquer juízo.
            E disso se tem certeza, pois nenhuma conta bancária, foi movimentada pelo Jorge Tadeu. Este sim, fala e faz até mais.
            
             Lúcio Reis
           


Belém, Pa, em 27 de maio de 1992.

CALAMIDADE
             

           Esse Jornal O Liberal em sua edição de 27.05 p.p., na coluna Queixas, estampa a foto de Ary Souza, na qual o Sr Benedito Pereira, 27 anos, que sobrevive num “lar” improvisado com restos de madeira e papelão, na Praça dom Pedro II e ainda, tem o otimismo para gesticular com o polegar, que está tudo OK!
             Ele poderia servir de protótipo de muitos e muitos brasileiros que vivem em miséria absoluta, sem ter sequer um teto, uma xícara ou caneca de chá pela manhã, não tem educação, hospital, divertimento, e o que é pior, nem um emprego.
             Enquanto isso, diariamente a imprensa nacional, nos mostra a abastada mesa de café da manhã no Palácio do Planalto, onde sua Excia., o Presidente da República, acompanhado por mais de uma dezena de parlamentares, faz seu “breakfast”.
              Deduzimos que aquela primeira refeição matinal é custeada com nosso pobre dinheirinho assim como, outros privilégios destinados aos nossos homens públicos, inclusive a mordomia dos chapas oficiais da AL aqui, do Executivo e do Judiciário.
É óbvio, que ninguém espera e acredita que num passe de mágica se elimine a miséria absoluta, como chegou a prometer o ex presidente José Sarney.
          Seria razoável que pelo menos essas imensuráveis distancias fossem diminuídas, pois o que agride é a violência de que muitos tem muito pouco ou nada e, muitos pouco tem demais, ao ponto de esbanjar e tripudiar sobre o miserável.

Lúcio Reis
                  
 Belém, Pa, em 30 de maio de 1992.

            
 CAMPANHA

            O Brasil foi tomado, talvez, de surpresa pelo nenhem nenhem entre o Sr Pedro Collor e o Sr PC Farias. Aquele irmão de sua Excia o Presidente da República e este, o tesoureiro da campanha eleitoral do atual Mandatário da Nação Verde e Amarela.

            Para os mais avisados, tais denuncias de tráfico de influência, enriquecimento ilicito e sonegação, não é nenhuma novidade, pois se a justiça quizesse e houvesse interesse político e moralizador em fazer cumprir as leis, esses fatos pelo menos seriam reduzidos e não seriam tão acintosos.
             Chega-se a essa conclusão simplesmente pelas demonstrações e ostentações externas e públicas de poder econômico dos candidatos a cargos eletivos neste País, mesmo a despeito da existência de leis soibitivas e principalmente após terem ocupado cargos públicos e eletivos.
          Essas demonstrações, não são privilegio de candidato A ou B, nem de PRN ou do PT ou de qualquer outra agremiação partidária, elas são comuns a todos. Basta o cidadão se perguntar: quem custeia os deslocamentos, quase que diários de candidatos em jatinhos, de norte ao sul, de leste a oeste, neste País em época de campanha eleitoral? Quem custeia o material de propaganda, como: camisetas, outdoor e etc...?
           Por essas é que o País, não tem luz no fim do túnel, pois quem chega ao poder, o faz comprometido, com duas pessoas: o diabo e todo mundo, menos com o povo descamisado, descalço e sem calça.
         E é por isso mesmo que o homem público, só resole os problemas sociais, políticos e etc... do Brasil, em duas situações: antes e depois de estar no poder. Durante, ele passa a sofrer de uma amnésia e, só se lembra dos seus bolsos, não sabe mais dirigir, tem que andar em carro oficial e todas as mordomias que nós ja sabemos. Mas, nossa vez vai chegar de novo. Aproveitemo-na.
                Lúcio Reis
                    


              Belém, Pa, em 19 de maio de 1992.
            

            HOMICÍDIO
  

           O Brasil inteiro foi inundado pelo noticiário oficioso sobre o homicídio do qual foi vitima o Sr Edmundo Pinto, em São Paulo e que, no momento cumpria o mandato 
de governador do Estado do Acre.
          Com base e por esse noticiário, ouvimos o Exmo Sr Ministro da Justiça categoricamente declarar que, por ser um latrocínio não competia à Policia Federal investigar o crime. O que nos causa espanto e incontinente as seguintes interrogações: 1º - baseado na declaração de quem – já que o governador foi fuzilado com um tiro no coração – a policia de São Paulo afirma o sumiço de CR$600 mil? Quem conferiu a quantia exata? Quem afirmou estar aquela importância sobre (ou em cima de) uma mesinha?; 2º - Se foi latrocínio, porque a pasta da vitima também não foi levada? 3º o americano que estava em outro apto no mesmo andar, será que foi vitima efetivamente dos mesmos bandidos? 4º - se o crime foi perpetrado no inicio da madrugada, em cujo horário o movimento de transeuntes era fraco, quem exatamente             aquela hora ocupava o sistema de interfone com a portaria? 

       
         5º - se havia funcionário na portaria atendendo o interfone, como não viu 3 pessoas adentrarem o estabelecimento hoteleiro? 6º - se o governador ia depor na CPI sobre superfaturamento de obras em seu Estado, cujo corrupto passivo, e dos US$30 mil já sabemos quem é e, o corrupto ativo, por dedução lógica é quem superfaturou o serviço, logo, porque o governador, pela importante a depor na CPI do FGTS, foi receber instrução quanto ao seu depoimento, exatamente do membro do “staff” da Construtora? 7º - se o objetivo do trio era o latrocínio e, em apenas duas unidades, porque iniciaram pelo 7º andar (apto do governador 704), cuja distancia para o terreno é bem maior? Não seria mais prático e eficaz, começar pelos primeiros aptos, 
inclusive para a fuga?

                     Muitos dirão que não tenho nada com isso! Porém, todos nós temos tudo a ver com o caso. Já devemos estar saturados de sermos tidos e havidos como imbecis e além do mais, o dinheiro em jogo, é do trabalhador brasileiro. E a vitima tinha em suas mãos, por mais alguns anos, o destino de um povo. Logo, quanto mais gente investigando, melhor.

Lúcio Reis
                          
                       

 Belém, Pa, em 15 de maio de 1992.
          

RESPLENDOR
             

          A semana que passou foi farta de fatos absurdos, que se não fossem reais, pela extraordinariedade que eles se revestiram, poderíamos até qualificá-los como ficção.
                Tivemos no nivelamento por baixo dos funcionários da AL em função da não expulsão dos fraudadores de diplomas, numa  inequívoca demonstração de corrupção; tivemos o Poder Judiciário descontando da Juiza Marta Inez, os 5 dias, por falta, nos quais a Magistrada esteve interinamente à frente da PMB, numa clara demonstração de amnésia ou então de ciúme ou mesmo inveja; e tantos outros.
Por todos esses acontecimentos tragicômicos, poderíamos concluir que Belém procura imitar a ficção e assim, não seria demais se viéssemos a denominar nossa Capital, de Cidade de Resplendor, aquela onde tudo pode acontecer e onde se desenrola a novela “Pedra sobre Pedra”.
                   Pelo amor de Deus, Srs Dirigentes Públicos, já não estaria na hora de baixar o seguinte Decreto:
- Art 1º - Todo homem público, deve ter vergonha na cara;
- Art 2º - Revogam-se todos os dispositivos em contrário;
- Art 3º - Este Decreto entra em vigor imediatamente.

Lúcio Reis
                             

                      Belém, Pa, em 13 de maio de 1992.

        
               QUADRILHA

                      

        “Quem se mete com porcos, farelo come”! Este ditado muito antigo e proveniente da sabedoria popular, retrata muito bem a inter conveniência dos fraudadores de diplomas da Assembleia Legislativa e o Plenário da Casa, ressalvando-se aqueles que não compactuaram com mais essa pilhagem ao erário.
            Que credibilidade ainda pode pretender um parlamento, que abriga contraventores, homicida e corruptos, pois quem é conivente com o crime, logicamente é criminoso. Como? Com essas atitudes, convencer a sociedade de que não vivemos numa Ditadura do Parlamento, que se locupleta dos suados e sofridos impostos do cidadão honesto e trabalhador.
                        Hoje, 13 de maio comemora-se mais um aniversário da abolição da escravidão. E hoje, vivemos a escravidão da economia, da corrupção, da impunidade e da falta de vergonha, por parte daqueles que compõe os poderes.
                       Existe uma grande diferença entre a Ditadura da Força e a do Parlamento. A primeira tem como objetivo preservar e reconstituir os direitos e garantias da grande maioria da sociedade e, para isso tem que afastar de seu caminho as ideologias contrárias e demagogas dos pseudos representantes do povo. A segunda só defende os interesses da elite, do colarinho branco e, por conseguinte arromba todo e qualquer orçamento público, pois para a corrupção e corruptos não há barreiras e assim, o que se vê, é: aposentados com míseros proventos morrendo em filas bancárias ou previdenciárias; crianças morrendo por subnutrição e sem assistência médica; educação, segurança que não cumprem suas finalidades.

                  Portanto, não existe outro título que não seja, a formação de quadrilha, que difere da do Alí Bá Bá, pois a da lenda roubava o tesouro dos ricos para dar aos pobres e a atual faz exatamente o contrário, sendo que o tesouro dos pobres são seus impostos.

              E não venham declarar que é uma falta de respeito, afronta e agressão a democracia. Quem não se respeita, não pode exigir o contrário das pessoas. Espero com mais essa falcatrua, que outra grande parcela popular tenha aprendido a lição e saiba dar o troco nas urnas.
          

           Lúcio Reis

  
              Belém, Pa, em 24 de abril de 1992.


MAGRI

No dia 22 do corrente, data em que se comemorou o descobrimento do Brasil, o ex ministro Magri, foi à CPI do Senado e lá, se recusou a reconhecer sua voz gravada em fita casset, por seu ex assessor Sr Volney Avila, na qual passara recibo de corrupção no valor de US$30 mil.

      Em depoimento anterior, dissera reconhecer parcialmente ser verdade aquela gravação, negando a veracidade da mesma em relação a parte dos dólares que caíram do céu.

            Por fim a comissão do Senado, entendeu que o laudo técnico estava incompleto, pois o mesmo não ratificava ser a voz do Sr. Volney Avila a pessoa que conversava com o eletricitário Magri, concluindo que a fita deva voltar à nova pericia.

              Por mais uma dessas, é que cada vez mais não podemos e não devemos acreditar, nem com todo o otimismo que se queira autoconcedermos, nos homens que compõem as instituições constitucionais deste País, tamanha a mediocridade e a desfaçatez com que se desempenham.

             Está mais do que evidente que o objetivo é ganhar tempo, assim como o fez o Sr. Jabes Rabelo, na tentativa de fazer a opinião pública esquecer as tramoias, finalidade que de certa forma foi conseguida quando a imprensa nacional passou a se ocupar e preocupar com a reforma ministerial, que trouxe ao poder velhas raposas.

Esse Sr Magri não poderia ser mais cara de pau do que é. Lamenta-se que senadores da República tenham embarcado na dele, pois a rigor ele já deveria estar enjaulado, uma vez que não interessa se foi ou não o Sr Avila quem estava conversando com ele, não é o interlocutor do ex ministro quem está envolvido em corrupção e sim ele. Foi ele quem declarou ter aparado do céu os US$30 mil.

Não precisa ser computador, ser técnico para concluir que aquela voz gravada é dele mesmo. E ninguém tem culpa do poder ter-lhe subido à cabeça ao ponto do mesmo não se dar conta do que fazia.

Nós é que não somos idiotas ou  imbecis.
Lúcio Reis.

  

          Belém, Pa, em 15 de 15 de abril de 1992.

CASSAÇÃO
            
              A sociedade e o cidadão já estão saturados dos desmandos e até mesmo dos crimes perpetrados por determinados parlamentares que, através de um mandato conseguido, sabe Deus como, vêm tomando conta dos noticiários e enxovalhando o nome e o conceito desta Nação.
             O dono do mandato eletivo obviamente que é o eleitor, pois foi ele que o concedeu em eleição livre, apesar de procedimentos que a maioria da sociedade abomina e condena e que, mesmo tomando conhecimento, a justiça com peculiar morosidade vai empurrando 
o problema com a barriga.
            Sabemos que existe dispositivos votados por eles mesmos, que preceituam ritos a serem cumpridos a que 
o plenário se pronuncie:
               -1º) concedendo permissão para que um dos                    componentes do poder seja processado, mesmo a despeito de que todas as circunstências e evidências o condene. Na maioria das vezes prevalece o corporativismo;
         -2º) votando secretamente para cassar o mau brasileiro, o péssimo chefe de família, em fim um ser nocivo a tudo e a todos, que atropela e arrepia o decoro, a ética e a moral.
              Até que se cumpram esses preceitos, a sociedade, desde o mais humilde até o mais abastado sustenta com o suor de seus impostos esse mar de lama, 
esse mau exemplo, toda essa nojeira.
Portanto, acreditamos que já seria a hora de ser inserido na legislação pertinente, um artigo com a seguinte redação: “Todo homem público e principalmente os que detem mandato eletivo, que não se portar de acordo com as convenções sociais, éticas, judiciais e morais, terá seu cargo suspenso incontinente, sem ônus para o erário, até que a sociedade por meio de 2/3 dos cidadão que a compõem, ratificarem ou não referida suspensão, a qual na escolha da opção positiva reverterá em perda definitiva 
e irrecorrível em qualquer instancia.”
A força maior tem que ser e é a do povo.

Lúcio Reis



Belém, Pa, em 13 de abril de 1992.


CREDIÁRIO

     

        O Repórter 70 – Jornal O Liberal -, edição de sábado 11 deste mês, reporta em Poucas Linhas que a SUNAB reunirá em Brasília seus delegados a fim de implantar fiscalização sobre a relação custo/lucro/despesa, em nova investida com o intuito de se fazer em sua função e cooperar com o sucesso do plano e política econômica do governo.


        Com referência ao assunto, seria interessante, independente de denuncia, que o Órgão iniciasse por analisar os crediários que o comércio oferece ao consumidor. Para citar um exemplo concreto, uma loja de grande porte desta Capital, faz a seguinte oferta: geladeira, promoção a vista 680.000 ou 1+2x391,321. Usando-se a aritmética descobre-se um acréscimo da ordem de 72,6416%. Até aí nada de anormal. O problema reside no seguinte: 1º) se é promoção, deveria ser publicado o valor original, para que se pudesse avaliar que vantagem a promoção oferece; 2º) se a prazo você tem de pagar uma prestação de entrada, logo sobre esse valor não deve incidir nenhum ônus (juros); 3º) se o plano configura um prazo de 60 dias, isso implica logicamente numa projeção inflacionária de 36,320% ao mês; 4º) como a TR está oscilando entre 20 e 25% e se há sistemáticas declarações dos institutos de pesquisas, bem como da área econômica do governo, de que a inflação está saindo dos 20%, em baixa, conclui-se que o ganho real está leonino ou de tubarão.
      porque a economia do País não avança e porque cada vez mais, uma minoria fica com muito e a maioria fica com nada e a Nação não progredi e todos melhoram.
E também se descobre quem não cede nada.

Lúcio Reis

Be



B        Belém, Pa, em 10 de abril de 1992

ÔNIBUS

O Sindicato dos donos de ônibus, sob a presidência do Sr Augusto Nogueira, inimigo público nº 1 dos usuários de ônibus desta Cidade, novamente solicitou ao CTBEL e à PMB mais uma majoração à tarifa de coletivos desta Capital.

Dizer que a qualidade do serviço, mesmo a despeito do Código específico que trata do tema, é o pior possível, onde persiste a “queima de paradas”, sons em decibéis altos no interior do veículo, ônibus sem condições e com condutores sem a menor condição de relações humanas para o trato com o público, é reprisar a mesma tecla e que todos nós já sabemos e vivemos no dia a dia.

Porém, há um fato que tem chamado atenção, todas as vezes que o aumento de tarifa é levado à votação pelo Conselho ou Comissão que delibera sobre a planilha de custos e conseqüente pedido de majoração da passagem, sempre, se não me falha a memória é 5 a favor do aumento e 2 contra, escore esse que traduz o desequilíbrio de forças desse colegiado, pois esses 2 votos contra, representam, salvo melhor juízo, um voto do representante do sindicato dos motoristas e cobradores e um voto do representante comunitário.
Já que o resultado dessa votação é sempre prejudicial aos interesses do universo de usuários e favorável a minoria dos donos de ônibus, creio que por uma questão de equidade já seria a hora de tornar esses votos e essas forças equilibradas, dando aos votos de nossos representantes mais força e poder decisório ou então nomeando para compor essa comissão, uma liderança estudantil secundarista e outra universitária, contanto que pelo menos houvesse a possibilidade do empate, ficando o voto de minerva ou desempate sob a consciência e responsabilidade do Prefeito Municipal.
Esse jogo de favas contadas é que não é justo.
Lúcio Reis

A matéria abaixo, escrevi há 22 anos e portanto, quem nasceu naquele 21 de março, caso ainda esteja vivo, posto que a delinquência juvenil a cada ano cresce absurdamente e muitos e na proporção direta milhares foram mortos, esse cidadão hoje tem maior idade e pelo que se tem ciência via imprensa, poucos enveredaram pelo caminho da legalidade e mesmo a despeito do clamor social, a representação popular nos parlamentos nada fez com o objetivo de reverter a crítica situação.

Belém, Pa, em 21 de março de 1992

MENOR
     
Após o advento da Lei de Defesa e Proteção ao Menor, vimos assistindo sistematicamente o envolvimento e a prática de delitos por menores, até mesmo homicídios hediondos e, paralelamente tem-se sabido estarem as autoridades policiais, a principio, de mãos atadas em função daquela Lei.
    Outro comportamento que se difunde no submundo do crime, é os menores estarem sendo manipulados e usados por marmanjos contumazes na senda do banditismo, como instrumentos de ataques à levarem a bom termo suas investidas marginais e não terem sobre si o peso e rigores da Lei.
Para o problema, que assume proporções inquietantes e que toma os contornos imensuráveis de calamidade social, acredito que já seria hora de nossas autoridades, nossos representantes no Parlamento, inserirem dispositivos na Lei, que penalize os pais ou responsáveis pelos menores que delinquirem, pois no que entendo a guarda, proteção e responsabilidade pelos filhos menores de idade e suas atitudes, tal como: aonde ele vai, o que está fazendo, com quem anda, com o que chega em casa, seja de competência dos genitores ou responsáveis pelas crianças.

Pobreza não é sinônimo de banditismo ou marginalidade.

Lúcio Reis



Belém, Pa, em 17 de março de 1992.


MINISTRO

 Após vários anos com entrada e saída de brasileiros da vida pública – quer por nomeação ou por eleição – promovendo muitas decepções com promessas descumpridas, envolvimento em falcatruas, atos de corrupção, enriquecimento a custa de propinas, gorjetas e etc... Estamos chegando ao limite de nossas capacidades de aceitação e paciência, ao testemunharmos uns poucos e inescrupulosos brasileiros, conduzirem esta Nação para o precipício do caos e transformá-la numa dessas republiquetas que constituem este planeta.    
Felizmente, algo de bom e positivo aconteceu neste País relativo aos Poderes Constituídos desta República. Refiro-me a nomeação do competente cardiologista Dr Adib Jatene à direção da Pasta do Ministério da Saúde.    
Pelo menos, quando aquele Ministro se dirige a nós, por intermédio dos órgãos de imprensa, não usa e nem vem com aquele blá, blá, blá, com conversa de enrolação, característica dessas velhas raposas que vivem comendo uvas, ora no Executivo, ora no Legislativo e até mesmo no Judiciário, tipo “Rolando Lero” e, cada vez mais os resultados são desastrosos para a sociedade brasileira em função de suas atuações. 
O atual Ministro da Saúde, inspira confiança a partir de seu desempenho profissional e pelo fato de não sabermos de nenhum procedimento público que desabone sua ilibada conduta, bem como por não ser mais profissional da política nacional. Esperamos e torcemos para o sistema não o envolver e venha a prejudicar sua gestão e que, ele realize milagrosos transplantes, pontes nessa tão combalida Pasta Ministerial. 
Que Deus o proteja e guie.

Lúcio Reis 

Belém, Pa, em 16 de março de 1992.

ÔNIBUS
      
O Regulamento da CTBEL, no que se refere a comodidade dos usuários de ônibus de Belém, continua sendo atropelado tanto por motoristas quanto por cobradores e, a esses se juntaram vendedores de chocolate ou de varetas de incenso.
   Quanto aos últimos, compreendessem eles que assim como entendem ser um direito oferecer seus produtos aos passageiros, esse direito que lhe foi dado erroneamente pelo motorista – pois eles não pagam passagens – não pode sob hipótese alguma ser usado por imposição, pois é também um  direito do usuário que paga a tarifa, querer ou não adquirir o incenso ou a bala.
 O fato se complica diante da recusa do usuário, principalmente quando se trata de uma senhora, a qual passa a sofrer agressões morais, ofensas, por parte desses teleguiados que prestam seus afazeres ao serviço do Reverendo Moon e tantos outras que usam o esquema de “lavagem cerebral” a fim de fazer caixa através desses objetos humanos.
    Portanto, solicitamos às autoridades municipais ou as que cuidam do trânsito desta Capital, providencias a respeito, pelo menos quanto a esses inoportunos camelôs.

Lúcio Reis
  


Belém, Pa, em 20 de fevereiro de 1992


CASA PRÓPRIA

O Jornal "O LIBERAL" edição de 20.02, tem como manchete de primeira página: "CASA PRÓPRIA TEM AUMENTO DE 803,64%". No corpo da matéria há explicação de que aludido índice está consubstanciado pe­las Leis nº 8100/90 e 8222/91.
O assunto moradia é de competência do Poder Executivo.

As Leis que orientam ou regulamentam o assunto, portanto, são de origem do mesmo ou de membros do Congresso que lhe dão sustentação politica,mas, suas aprovações ou rejeições são da esfera do Poder Legislativo, isso na minha compreensão de cidadão leigo no assunto.
Ainda como ignorante no tema, arrisco-me a perguntar e afirmar: "1º que salário neste País obteve ou conseguiu um reajuste no prazo de um ano, na mesma ordem?"; 2º quem neste País pode contar com uma majoração pecuniária nesse índice - e nós sabemos quem - não é assa­lariado e logo, não se envolve, a principio, com o SFH (Sistema Financeiro da Habitação), cuja destinação é amenizar - pois resolver jamais - o problema social habitacional deste País.
O irritante é a insensibilidade de mandar publicar um índice dessa magnitude, capaz por si só de fuzilar um pobre cardíaco aposentado ou pensionista que, sequer consegue ver em seu minguado contra cheque o constitucional 147,06% e depois, o pessoal da área econômica , com ares de espanto, declarar não entender o porque da inflação teimar em não baixar.
Com medidas anti-povo, tal qual a presente, não há go­verno o nem Poder que adquira confiança, o apoio e a credibilidade do povo, e mesmo a Caixa Econômica declarando que ninguém, será prejudicado que não precisa recorrer a Justiça aí então, o caso passa a situação de "terrorismo psicológico" condenável na Carta Magna.

LÚCIO REIS.


Belém, Pa, em 11 de Março de 1992


DO CÉU

Quando um ministro passa recibo de dinheiro “caído do céu”, pode-se concluir a quantas andam os interesses do povo, de cujo governo ministro desse quilate faz parte.
Por via direta, encontra-se de imediato as resposta para a negativa do governo em não querer honrar ou protelar o direito dos aposentados aos 147,06% e a razão pela qual houve a pretensão de aumentar as alíquotas de recolhimento para o INSS.
Enquanto o ministro, com toda pompa e autoridade anuncia pelos veículos de comunicação que o caixa do Instituto não tinha fundos para o pagamento dos aposentados com o acréscimo dos 147%, sua cabeça estava a mil por hora, bolando quantas outras empresas ele iria facilitar o parcelamento de débito e assim não houvesse o desencaixe para elas, encaixe à Previdência e assim provocaria uma chuva de US$ em sua horta.
Como ele aprontou em Genebra, como colocou um chapa oficial à disposição da cadela e caindo dólares do céu, o Sr Magri achou que era “imexível”. A verdade no entanto, é que o Marajá da Eletropaulo, caiu do inferno no Ministério do Trabalho e Previdência Social, para atazanar a sofrida vida dos velhinhos desta Nação.
Todavia, há sempre um consolo. A Justiça de Deus, tarda mas não falha.
Lúcio Reis 

Belém, Pa, em 04 de fevereiro de 1992

REFORMA

        O governo atual, com o respaldo de mais de 35 milhões de brasileiros, ratificado em dois turnos, inaugurou o seu mandato declarando que, quem já houvesse participado de governos anteriores não comporia o seu, além da promessa de colocar na cadeia os corruptos (ocaso LBA está congelando) e, governar em prol dos descamisados e descalços.
    Passados todos esses meses as promessas não foram cumpridas e agora, inicia-se uma reforma ministerial, na qual seu “Staff” passa a ser composto de políticos, como é o caso do Sr Ricardo Fiuza e o substituto do Sr Magri.
     Outra vez o Governo Collorido se equivoca, pois, para que passe a galgar o sucesso Elle não precisa dos políticos, a classe mais desacreditada neste País – as pesquisas estão aí – e sim, adotar medidas que venham de encontro aos interesses do povo, tal como: acabar com essa política recessiva, criar novas frentes de trabalho e emprego; promover o poder aquisitivo dos salários: tomar daqueles que fraudam e corrompem o erário tudo de econômico que adquiriram, além de colocá-los na cadeia; cumprir a Carta Magna e não criar dificuldades a que os aposentados recebam o que lhes é devido, os 147,06%
    Com esse elenco de medidas, o povo voltará a crer no atual governo e, será esse mesmo povo que lhe proporcionará a força que necessita junto ao Congresso.
  Portanto, é hora de reforma em prol da sociedade carente e sofrida.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 27 de novembro de 1991

IMPOSTO ÚNICO

O cidadão brasileiro principia a ficar com a "pulga atrás da orelha", receando que um novo choque econômico esteja em marcha nas pau­tas de reunião do time da economia comandado pelo Ministro Marcilio Marques.

Os sintomas começam a surgir: recentemente o Jornalista Joelmir Beting em sua coluna diária informou da suspensão da emissão da cédula de CR$100 mil, tendo em vista a futura eliminação de 3 zeros do atual padrão monetário; o governo, através do humorista - não sei porque um humorista - Jô Soares, prega a implantação do Imposto Único de 1%, com o slogan: todos por um e um para todos e; por fim a espiral inflacionária se acentua, além dos patamares que a moeda americana vem alcançando.

Em relação ao Imposto a ser adotado, ao que tudo indica e, numa primeira observação, parece que há a equidade tão almejada e a justiça tributária de que tanto o assalariado reclama. Porém, se determinadas provi­dencias não forem adotadas, a medida tornar-se-á inócua e será mais um imposto a ser acrescido na longa lista já existente, pelo seguinte: o dinheiro da corrupção, das propinas, da economia informal e etc..., dificilmente entram na C/C bancária, pois via de regra se transforma em bens móveis e imóveis, em ouro ou em dólar, daí a situação económica do corrupto ser sempre privilegiada.

Como o governo vai solucionar isso,   eu não sei. Mas,  arrisco a sugerir o que se segue:   "Quando da implantação da cobrança do Imposto Único,  o governo avisa que todos aqueles que tem cruzeiros em casa,  no bolso que os dspositem de preferência na poupança ou  em C/C bancária, num prazo de pelo menos 10 dias úteis.  Enquanto isso  o Banco Central passa a carimbar toda a moeda em seu poder,  com uma determinada marca.   Após o prazo  estipulado para o depósito acima citado,  toda e qualquer cédula que não estiver ca­rimbada, não teria mais nenhum valor comercial e,   todos os valores que iriam saindo dos bancos,   já sairiam taxados e ter-se-ia em circulação uma moeda nova e mais forte,   pois não adiantaria correr para esses ativos especulativos, pois um ou outro teria que arcar com a taxação.

Com o dinheiro devidamente identificado seu dono, o Leão entraria em campo e iria descobrir a origem do mesmo. Com isso, acredito eu o plano dê certo. Caso contrário será apenas mais um.
Lúcio Reis
  

Belém, Pa, em 26 de novembro de 1991

RESSABIADO       
      
 Em julho deste ano, os técnicos, os "bambas" da economia nacional, ora de plantão no Palácio do Planalto, iniciaram a deitar falação à sociedade brasileira, temendo a explosão de consumo em virtude do inicio do processo de devolução dos cruzados novos a partir de setembro p.p., os quais foram retidos pelo governo no inicio de sua gestão.
 Por uma questão psicológica, creio eu, a área econômica federal, antecipou a devolução do dinheiro retido no Banco Central para agosto e, até agora ao que se tem noticia, nenhuma onda de consumismo ocorreu e, tanto isso é verdade que o nosso Presidente convoca o consumidor brasileiro à retardar suas compras de fim de ano, na expectativa de que os empresários desovem seus estoques. Como se constata o povo frustou mais uma vez as prójeções governamentais, uma vez que alcançamos a quarta parcela da liberação.
Outro fato que bem ilustra essa desconfiança popular em relação aos nossos governantes, é o procedimento do cidadão em atendimento dos questionários do CENSO demográfico.
Em função disso tudo, seria interessante que os homens pú­blicos deste País, principalmente nossos representantes no parlamento, ini­ciassem - com fatos concretos - um processo de reversão do estado de desconfiança que tomou conta de todos nós, pois dentro de poucos anos, novamente teremos eleições para o cargo máximo deste País e, queira DEUS o sistema financeiro do Brasil, pouco antes do pleito eleitoral, não venha a entrar em colapso, uma vez que da experiência amarga do Plano Brasil Novo, no qual nem a cara da poupança foi poupada, o cidadão está verdadeiramente ressabiado e, não será bobo mais uma vez ao ponto de deixar suas economias depositadas nos agentes do sistema financeiro, os bancos e, depois vê-las retidas novamente pelo poder.
           Você se arriscaria?
Lúcio Reis



Belém-Pa, em 15 de outubro de 1991

MONITORAMENTO PREÇOS

Reiteradas vezes a Sra Dorothea Wernekc, o Sr. Ministro da Econonomia e outros da área do governo que se relacionam com preços, vêm ameaçando retomar ao controle de preços, através de tabelamento, monitoramento e etc..., em função de aumentos abusivos de preços de mercadorias, tanto da indústria para o comércio, quanto deste Para nós consumidores final.
Como se pode constatar, eis aí um dos fatores essenciais que contribuem a que a inflação ascenda à patamares insuportáveis, fazendo oom que o "tigre" que apenas foi ferido de raspão por aquela única bala, retome a sua verocidade em devorar poder aquisitivo de salário do trabalhador descamisa­do e descalço.
Comprimir salários e liberar preços de mercadorias é repetição de experiências já realizadas neste País e que, não surtiram efeitos produtivos e positivos nenhum ao trabalhador e a economia nacional. Muito pelo contrario - já que salário não inflaciona - vem conduzindo e mantendo cada vez mais a Nação em malfadada recessão, onde os índices de desemprego se elevam cada vez mais.
A título de colaboração, caso a SUNAB ou PROCON, desejem atuar oom o objetivo de conter pelo menos um desses abusos, que tal fazer uma verifi­cação nessas empresas que vendem e/ou distribuem água mineral, pois no pequeno espaço de 30(trinta) dias elevaram o preço do garrafão de 20(vinte)litros, de Cr$900,00(novecentos cruzeiros) para Crf 1.500,00(Hum Mil e Quinhentos cruzeiros), um índice de reajuste de 66,5%. Sabe-se, segundo a imprensa, que para este mês a inflação ameaça alcançar os 20%.
  Como se pode perceber claramente no exemplo acima, o qual fatalmen­te deve ocorrer com outros produtos, eles embutem a inflação propriamente dita, a inflação inércia!, a inflação psicológica, a inflação especulativa e etc... E, com isso furam qualquer plano de governo ou qualquer politica eco­nômica.
Esse lamentável e condenável fato, não é novo no mercado e é óbvio que o mesmo se repitira ao longo dos tempos, uma vez que a ação repressiva e coercitiva não existem. Ninguém é punido, pelo menos obrigando os preços retornarem aos valores anteriores ou sequer a preços menos abusivos. Não! O que o governo faz é ficar prevenindo. Quando ele resolve a tomar uma posição os preços estão lá em cima e os salários lá em baixo. Há muito é assim.
Se apenas uns poucos se sensibilizarem e a maioria não colaborar, não haverá emendão, entendimento, remendão ou pacto que venha a resolver nosso problema ou do Brasil.

Lúcio Reis


Belém,PA,  em 09 de outubro de 1991

VERGONHA

Em reportagem recente a TV Liberal, mostrou o absurdo de um vereador de Jaboatão-PE,  que usa 92 assessores para o desempenho de sua função parlamentar, para a qual ele se apresentou de livre e expontânea vontade.
Em outra matéria, inclusive com imagem, mostrou-nos o Prefeito   de um Interior do Espirito Santo,  que recebe mensalmente mais de 8 milhões de cruzei­ros - 4 vezes mais que o Presidente da República -,  a título de remuneração pelo desempenho da função de chefe do  executivo municipal, para o qual também não foi obrigado a se candidatar.
E,  por sua vez o Jornal O Liberal, em sua edição de 09/10 p.p. pag 15, publica materia com a seguinte manchete: "Magistrados admitem baixar ven­cimentos”! 
Pelos fatos acima, temos exemplos deploráveis e de causar a mais profunda revolta e tristeza em qualquer cidadão que honestamente e com  rios de suor que lhes  correm da fronte,   tenta levantar o sustento mensal de sua famí­lia.
Hoje em dia,  o pipocar de greves neste País,  por melhoria salarial é uma verdade inconteste. Logo, quem admite e aceita receber menos, concorda que legalmente a lei lhe foi benevolente, porém, em relação aos demais assa­lariados essa lei é uma  imoralidade e uma covardia.
Chamo a atenção do caro leitor que os fatos acima,  caracterizam situações lamentáveis que se passara nos três poderes da República:  Legislativo, Executivo  e Judiciário  e,  são realidades  que vazaram ao conhecimento popular, portanto,  imaginem o que ocorre por debaixo dos panos? Logo,  a quem o cidadão vai ou pode recorrer? 
Diante desses procedimentos visiveis e daqueles que rolam as ocultas, ainda ficam nossas autoridades econômicas à cata da origem da inflação,   que  teima em ascender à patamares que aniquilam os salários.
Esses descalabros vergonhosos são uma das molas propulsoras que reforçam o mau carácter daqueles empresários que só pensam em grandes lucros e que, diante desses péssimos  exemplos de homens públicos,  não sabem conviver com a liberdade de preços,  com a lei de mercado,   onde os preços oscilam pela oferta e procura e,  desandam abusivamente a aumentar o preço final de suas mercadorias,  o que em consequência eleva os índices inflacionários, pois o poder necessita de mais impostos,  pois os parasitas são muitos.
A lenga,  lenga do déficit público e de que as tarifas dos produtos e serviços do governo estão defasadas - mesmo com a edição de tarifaços -, não convence mais ninguem, pois a teoria é divergente da prática.         
Existe esperança? Sim,   somos nós,   enquanto povo, pelo menos em se tratando de cargos eletivos, capazes de não deixar esses vagabundos e péssimos brasileiros, voltem a se beneficiar do erário, em detrimento, por exemplo da professora de Canapi, que recebe 8 mil cruzeiros de salário.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 23 de Setembro de 1991

DIPLOMAS FALSOS   

O Jornal O LIBERAL em sua edição de domingo, dia 22.09, página 8, publica matéria de autoria do Deputado Estadual Ronaldo Passarinho, intitulada Os Diplomas Falsos e a CPI".
Na mesma edição o Presidente da AL, registra que desde março p.p. o fato veio a baila.  Em fins de agosto é que foi recebido o relatório da SEDUC e, a par­tir daí, por determinação de portaria,  entrou em ação a Comissão de Servidores Estáveis.  Com isso, já decorreram mais de 5 meses.
Quando a Comissão de Servidores já havia avançado alguns dias, sem que sua tarefa houvesse completado 30(trinta) aias, eis que foi constituida uma CPI com a mesma finalidade.  Todavia, as conclusões da CPI só poderão ser con­cretizadas após a constituição da Comissão Processante.
O servidor que galgou função privativa de quem possui 3º grau, através de um ou mais diplomas falsos e que, no desempenho da atividade recebeu todas as regalias de "doutor" - até mesmo a pose e, o olhar por cima dos ombros para os subalternos esnobando - inclusive a respectiva paga pecuniária, convenhamos,  essa pessoa tem um baita pistolão,  que tanto pode ser do próprio Poder , quanto dos outros dois poderes ou até mesmo de qualquer órgão público.
Ê óbvio que a sociedade não tolera mais essas falcatruas, essa roubalheira e essas indecências públicas administrativas, pois as noções de limi­tes e as de valores morais foram totalmente abolidas no seio das repartições públicas, com raríssimas exceções. Porem, esse mesmo povo sabe também que os padrinhos dessee "doutores de meia pataca" são coniventes com essa orgia com o erário  e, portanto, tão culpado ou mais, quanto ao apadrinhado.
Um Zé Ninguém, um Zé Tolo ou um Zé Burro qualquer,  sozinho não teria meios de alcançar seu objetivo.  Esta claro que o concurso de muitos outros foi imprescindível. Logo,  circunstancialmente há a existencia de quadrilha.
      É necessário que se registre que ali como em outras repartições, há a exceção, há o funcionário honesto, trabalhador e cumpridor do seu dever.
Não há duvida também, de que o corporativismo não deixará, de funcionar neste episódio, O desempenho e "resultados positivos" de CPI's, são plenamente do conhecimento popular. A. CPI que ora se instala, esperamos, não esteja pretendendo ganhar tempo, o qual é por demais propicio em fazer a opinião pública se esquecer de fatos, mesmo escabrosos. Muitos interesses serão contrariados. Muitas cabeças poderão rolar.
Apesar de soberana,  as conclusões da CPI estarão condicionadas, no caso, a existência da Comissão Processante.  Porque as duas não atuam paralelamente e depois convergem para o mesmo fim,  qual seja:  defender os interesses do povo e tentar limpar o nome e a imagem do Poder?
Caso não seja assim, só nos resta concluir que: “Quem entra numa polcilga, pode até não comer farelo, mas que pelo menos vai sujar o pé de lama, ah! Isto vai”.

Lúcio Reis 

Belém-Pa,  em 22 de setembro de 1991


CORRUPÇÃO


Acreditando que o Fundador do Brasil Novo,  àquela altura, Caçador de Marajás,  iria efetivamente colocar os corruptos na cadeia, 35 milhões de brasileiros, conduziram o ex-governador de Alagoas a ocupar o Palácio do Planalto, outorgando-lhe a Procuração de que necessitava para cumprir suas promessas de campanha.
No inicio do atual Governo, tão logo o Advogado Bernardo Cabral, foi substituído pelo Coronel Jarbas Passarinho, hoje Ministro da Justiça, o Empresário António Ermirio de Moraes, com o respaldo industrial e responsa­bilidade funcional que possui junto a sociedade brasileira, declarou publi­camente que havia corrupção e por conseguinte corruptos no governo Collorido. Essa declaração causou susceptibilidade, que provocou interpelação judicial ao dono da Votorantim e que, o tempo se encarregou de fazer cair no esquecimento popular.
Depois veio a avalanche de fraudes e a infernal roubalheira aos cofres do INSS, cuja quadrilha é ou era composta por advogados,  juízes e obviamente por funcionários do órgão.
       O caso INSS foi amenizado e desprestigiado com o surgimento do affair Jabes Rabelo, Nobel de Moura x Raquel Cândido,  os quais com mais alguns pa­res constituem o "Time do Pó", o qual desbancou do podium o "Time do Poire".
Enquanto entre outros  episódios, rolavam o caso INSS,  receptaçao de carro roubado e emissão de carteira falsa de assessor parlamentar, houve a "reunião de gente de baixa condição" constituindo u’a MALTA imoral e mar­ginal que se dispôs a embolsar ilegalmente o dinheiro de imposto do contri­buinte que foi alocado à LBA, com destinação de fazer filantropia aos desca­misados e descalços.
À época da eleição para governador de Alagoas, houve a denuncia de que a verba da LBA,  estava sendo usada e desviada para fins eleitoreiros com o objetivo de beneficiar o candidato da simpatia da família dos Maltas. Até hoje lá como aqui, as denuncias de corrupção eleitoral ficaram somente na denuncia. Ninguém foi penalizado pelo deslize e os cargos foram ocupados via maracutaia, portanto ilegítimos.
Hoje a imprensa tem matéria prima de qualidade, suficiente para su­as edições diárias,  tal o volume significativo dos casos de corrupção que a cada dia vem a tona,  emergindo da LBA, cujos protagonistas são pessoas indi­cadas para os cargos e com ligações bem próximas do "Staf" governamental federal, principalmente com origem no Estado de Alagoas.
Com o caso LBA desviou-se a atenção da sociedade do problema INSS, narcotráfico no Parlamento Federal, Receptação de roubo, falsidade ideológica e o que é pior, nem os corruptos de ontem e nem os de agora, estão ou vão para a cadeia. E assim este País de escândalos em escândalos de mãos dadas com a impunidade, caminha a passos largos para o caos da inversão de valores morais e éticos e, um dia alcançará a desgraça total, como ocorre nessas republiquetas que existem por aí. É só esperar.

Lúcio Reis


Belém , Pa, em 18 de setembro de 1991.

ENTENDIMENTO

Há alguns dias que politicos brasileiros e empresários vêm se reunindo em torno de longas discussões, visando pela enésima vez o entendimento nacional.
O motivo da busca do entendimento é encontrar a solução para os sérios problemas que afligem nossa República, para os quais o trabalhador em nada contribuiu.  A crise é concreta;  estamos mergulhados em problemas de moral, de desperdicio, capacidade funcional, de economia, de finanças e por via de consequência, Institucional.
O entendimento pressupõe abrir mão voluntariamente em prol do País, de regalias, de lucros astronômicos e portanto, contribuir pelo menos com uma pequena parcela de sacrifício.
Da cadeia prodrutiva desta Pátria, o único elo que há muito tempo vem se doando e cooperando com o suor de sangue do rosto e até mesmo com o sacrifício da própria vida, é o trabalhador e principalmente o assalariado, o qual mensalmente carreia milhões de cruzeiros  ao cofre do Tesouro Nacio­nal através do imposto que lhe é subtraído na fonte, bem como aos cofres do INSS via desconto em seu contracheque.  Deste último percentual,  todos sabemos,  a priori,  qual será sua destinação final.
Os demais elos, ao longo desses anos todos,  pouco ou quase nada têm feito com o intuito de empurrar o Pais  adiante, para o lugar que lhe é de direito. As noticias que nos chegam, versando sobre o tema, falam de ações de corrupção, de sonegação, de alta exagerada em seus produtos e o achatamento da remuneração de seus empregados. Isto realmente tem empurrado a Nação adiante, porem para o fundo do poço.
Pacto ou entendimento nacional,  esse filme é reprise, a fita é de péssima qualidade, o cenário é o mesmo. Ao mocinho e aos bandidos foi dado apenas outro script,  o qual situa a ápoca do desenrolar da história em 91. Somente a plateia é a mesma,  que há muitas estreias e reprises vem pagando um alto preço por um ingresso que a levará à urna sala de espetáculo cheia de ratos, pulgas e outros animais nocivos.
Pacto, entendimento ou acordo, é óbvio que com as partes envolvidas e as características do mesmo, infelizmente, mais uma vez não dará certo.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 25 de agosto de 1991
 COMUNISMO
O mundo todo assistiu o golpe de estado e seu imediato sufoco, patrocinado pelo Partido Comunista na União Soviética, com o intuito de dar um Cartão Vermelho ao Líder Soviético Mikhail Gorbachev.
O interessante do fato histórico, são as consequências advindas dele, tal como e principalmente o sepultamento da famigerada Policia Secreta, o braço  armado do Partido, a KGB.
Houve uma época na história política e social do Brasil, que à toda agitação urbana ou rural, como greves e reuniões de protestos, atribuía-se que ali havia a infiltração e o dedo de comunistas agitadores, pois naquele tempo e que não está longe, aqui entre nós o PC era ilegal.
 Com a abertura democrática Verde e Amarelo e o advento do pluripartidarismo, o Partido Comunista emergiu da clandestinidade e hoje, é uma das ações opositoras ao Governo Situacionista desta Nação.
 Mesmo na ilegalidade, porém com a pecha das ações radicais e de quem não aceita discordância, nem dissidência e até mesmo com o rótulo de que “comunista come criancinha”, os PC daqui lograram grandes avanços, capazes de surtirem efeitos históricos relevantes.
 Na ação recente da URRS, um dos sentimentos que mais deve ter provocado espanto no restante do mundo, é termos constatado que não apenas alguns soviéticos ligados ao universo desportivo, cultural e cientifico de lá, eram contrários e dissidentes a filosofia e ao regime ali implantado há 74 anos, porém, a grande maioria daquela sociedade vivia insatisfeita e infeliz sob os tacões prepotentes, violentos e autoritários da Foice e do Martelo, com o pretexto de distribuir riquezas equitativamente.
  Ao sabermos que a grande parcela de russos não acatava o regime do Kremlin, conclui-se a pressão sob a qual o cidadão da URSS vivia, tendo seus passos, pensamentos e ideias vigiados pelos membros da KGB, tornando oculto aquela insatisfação ao resto do mundo.
 Quanto a ação física, os métodos já são de nosso conhecimento, pois ainda está fresco em nossas memórias a batalha campal da Praça da Paz Celestial, na China, onde milhares que clamavam por liberdade democrática foram esmagados pelos tanques.
Em relação de que são capazes na pressão psicológica, lembremos que até mesmo o Presidente Gorbachev não escapou, pois queriam arrancar de suas mãos pela renuncia seus direitos e autoridade presidencial e constitucional.
Em 92 teremos eleições municipais. O comunismo foi sepultado em seu berço e fortaleza, logo, para lá não serviu, pois a casta que assume a Direção e o Destino de um povo, não abre mão, como aqui, de seus privilégios individuais, os quais são sustentados pela maioria da sociedade.
Chega portanto de enganação e de escravizar a sociedade.

Lúcio Reis

Belém, Pa, em 12 de Agosto de 1991

Publicado no Jornal O Liberal, edição de 13/08/1991 – Coluna Cartas

NARCOTRÁFICO

Os dias vão se esvaindo e nada de concreto é  resolvido em relação ao deplorável fato que tomou as rodas de conversa e passou a ocupar os temas de debates diários, principalmente em função dos protagonistas da ação.
O Brasil, em todos os seus quadrantes, foi telespectador da brutal agressão física a que foi submetida a deputada federal Raquel Cândido, vítima de um de seus pares, no plenário do Parlamento Federal e no  decorrer de uma seção. Motivo: a deputada denunciara o envolvimento de colegas seus com o narcotráfico em seu Estado de origem e pelo qual foram eleitos.
 Poucos dias depois, mais de ½ tonelada de cocaína é apreendida pela Policia Federal. Um dos traficantes é portador de uma carteira funcional de  assessor da Câmara Federal, assinada por seu irmão, que no momento detém uma representação popular.
 É praxe neste País as leis e os direitos individuais serem esmagados pela prepotência, por pessoas que de uma forma ou de outra desempenham funções de mando e de responsabilidade. Quantos cidadãos honestos e trabalhadores nesta terra ainda não foram agredidos pela famosa interrogação: “Sabes com quem estás falando?”.
Pois então imaginem essa frase acompanhada pela apresentação de uma carteira funcional do poder Legislativo Federal e mais alguns cruzeiros. É claro: a corrupção abre caminhos facilmente, inclusive,  e  principalmente, para 554 kg de cocaína.
Além do narcotráfico, no caso ora em evidência, há o roubo e receptação de carros roubados e uma gama de outros atropelos dos ditames legais.
Se fosse um de nós, simples mortais, estaríamos com toda a família nas barras das grades, sofrendo as piores humilhações e decepções. Alega-se que o cidadão é protegido pela imunidade parlamentar. Entende-se, ou pelo menos assim seria o certo, que esse privilégio só deveria ser usufruído em relação ao que o político fizesse ou dissesse em pleno exercício do mandato eletivo; logo, na tribuna da Casa.
Os crimes cometidos e dos quais há provas circunstancias e evidentes não são inerentes ao cargo político; logo são crimes como quaisquer outros, pois ninguém elege ninguém para que esse representante cometa desatinos morais e legais.
É óbvio que o poder como um  todo é constituído também por homens de bem e idôneos e por isso limpos, moral e legalmente. A esses competiria encetar uma campanha com o objetivo de acabar com o privilégio do Foro Judicial Especial, para aqueles que as evidências do delito são contundentes, como é o caso.
Assim, em substituição a esse absurdo registrar-se-ia, na Constituição, que está assegurado ao cidadão o direito de cassar a procuração que ele conferiu ao legislador através do voto, a partir do momento que esse procurador envereda pelo caminho da semvergonhice, da corrupção, do tráfico e tantos outros atos que ao longo desses anos vêm enlameando a representação democrática deste País.

O voto secreto para conceder licença para que o político seja ou não processado é outra aberração, pois quem nada  teme e tem como objetivo nobre o melhor para seu  povo e seu país deverá querer aparecer como contrário a esses maus brasileiros, que a peso de dinheiro sujo buscam um cargo eletivo a fim de ser protegerem sob o manto do corporativismo e da imunidade parlamentar e, assim, continuar vivendo à margem das leis.
Lúcio Reis

Belém,PA, em 23 de julho de 1991

DIGNIDADE

Outra vez o cidadão contribuinte é "presenteado" com o absurdo administrativo de um homem em função pública, no trato com o dinheiro oriundo dos seus impostos.
O fato da aquisição de 5000 exemplares de jornais pela Secretaria de Estado de Saúde Pública, em apenas um mês, reflete nitidamente o ânimo de preocupação com a moralidade que há na cabeça de dirigentes de órgãos públicos e, em relação a sua reputação junto a sociedade.
Além de não se preocuparem nem um pouco com o efeito ético, não respeitam sequer, a dignidade de serem cidadãos chefe de família e, principalmen­te profissionais, que acima de tudo deveriam zelar pelo bom nome da categó­ria a que pertencem.
Obviamente que a justificativa da má remuneração não existe - com o que é comum explicar-se essas ações - pois se sabe muito bem que assessores especiais são marajamente remunerados, o que não dizer de um Secretário de Estado, que ainda pode contar com uma série de privilégios inerentes ao cargo, os quais até se estendem aos familiares.
Quanto ao mérito da distribuição dos jornais entre pacientes e funcio­nários da SESPA, não se discute, pois é perfeitamente sabido que o cidadão quanto mais informado ficar, mais discernimento terá, pois tomará conhecimento de outras opiniões, receberá via imprensa a sabedoria, malandragem e maracutaias que ocorrem no dia a dia e, por consequência irá formando sua opinião própria sob comparação de fatos morais e imorais, consolidando para o bem ou para o mal sua personalidade e carater.
A questão reside nos meios empregados e na origem do dinheiro usado para aquisição dos 5000 exemplares, cujo montante rateado entre os servidores, quando nada seria de alguma valia, pois qualquer acréscimo sobre os salários de hoje, sempre será bem vindo. Ha aquisição de medicamento para destribui­ção entre a população carente - principalmente remédio para verminose - se­ria de excelente efeito.
Agora, quanto a um profissional não respeitar a dignidade de seu cargo e sua posição profissional, metamorforseando-se em gazeteiro (é óbvio, de minha parte com todo o respeito aos distribuidores e vendedores de jornal) bem reflete o grau de deterioração a que chegou a função pública neste País.
Por fim, só nos resta esperar que o Conselho de Medicina, entre em ação para proteger e defender a categoria que congrega e lutar em prol do bem es­tar do cidadão comum e sofrido desta Nação, vítima de imperícia, de negligência e de outras mazelas que, médicos deste Brasil vem lhe impingindo.
Lúcio Reis

Belém-PA, em 02 de julho de 1991

Publicado no Jornal O Liberal de 03/07/1991 – Coluna Cartas

PENA DE MORTE    

A sociedade brasileira está prestes a se pronunciar, via plebiscito se concorda ou não com a instituição da pena capital em nossa querida Pátria.
Ao longo dos anos as elites dirigentes deste País, vem se portando egoisticamente, priorizando os interesses pessoais através do nepotismo, do tráfico de influência (QI:  quem indica),  da crescente corrupção e do enriquecimento ilícito dentre tantas outras mazelas que infelicitam nossa gente, pois paralelamente a essas atitudes malignas como um câncer social-administrativo, os assuntos de relevância e proveito comum à sociedade foram relegados a pla­nos de somenos importância.
As consequências diretas dessa irresponsabilidade gerência, tem sido a crescente miséria absoluta, o caos na educação, a falta de moradia digna, a fome, alta mortandade infantil, índices absurdos de analfabetismo, de desem­prego, de salário irrisório e quase total desinformação do povo.
Ainda como resultado dos desmandos, assistimos dia a dia os funestos resultados dos aparelhos preventivos, coercitivos e punitivos,  em função da falta total de meios capazes a que levem a bom termo suas atividades fim, cumprindo seus objetivos sociais. E assim, dispomos de um Judiciário a se mover como “lesma”, órgão policial,  onde as viaturas estão aos pedaços e, leis que são desobedecidas pelo próprio poder que as votaram.
Foi nessa precária situação, onde campeia a impunidade e cresce a violência e os bárbaros crimes, sequestros,  que o estado de espirito do cidadão brasileiro vem sendo cultivado,  em cujo caldo de cultura as agressões a ele se sucedem em espantosa velocidade e será, portanto, com esse ânimo que ele irá dizer se quer ou não à pena máxima para nós.
Assim como está,  é óbvio não pode continuar.  Ao estágio ao qual chegamos, acredito que pelas verdades acima,  esse onus não deve ser creditado ao povo, bem como é verdade ainda que a sabedoria popular ensina:  que um erro não justifica outro.
Logo, se já conseguimos diagnosticar o agente causador do mal, porquê então, não combate-lo eficazmente, pois numa democracia o povo é o objetivo e não objeto.
Lúcio  Reis
Belém, Pa, em 25 de Junho de 1991.

SUBSÍDIOS

Mais uma vez vem à baila as condenações e severas criticas ao problema nacional e em todos os Estados e Municípios, dos salários, subsídios ou vencimento de parlamentares. Aqui o caso específico dos deputados e vereadores.
O tema é pode demais desgastante, em função de sua repetitividade e, tendo em vista que mesmo assim, a sociedade não acata, não concorda e, tantas vezes eles se automajorarem em suas remunerações pecuniárias, acrescidas de outros privilégios, nesta mesma quantidade de vezes, o povo em sua maioria absoluta, lançará seu veemente protesto.
As declarações explicativas deles, são as mais “interessantes possíveis”: é um salário expressivo, mas, as despesas filantrópicas e beneficentes são grandes. Ora! Em momento algum as Cartas Magnas preveem que a função do parlamentar é a filantropia e sim, que ao invés de votarem votos de louvor e congratulações e gastarem tanto tempo em discussões pueris, que façam e votem leis que sejam capazes de reduzir a necessidade de parlamento se transformar em casa de amparo ao carente, ou seja: diminuir a carência no seio da sociedade, a começar como exemplo, que reduzam seus ganhos e o resultado dessa redução seja repassado a programas de cunho social.
Um outro, teve o displante de declarar que o dinheiro dos deputados está defasado desde o ano passado. Se hoje em dia uma remuneração de mais de dois milhões de cruzeiros é defasada, que dizer do salário de um trabalhador com valor bruto de CR$23.131,00?
Numa democracia, cuja base de sustentação é formada por um poder, no qual seus membros tripudiam em cima da sociedade que representam, tornando-a massa de exploração sobre os impostos que ela recolhe, não pode ser uma democracia consistente e duradoura, como em outros países, pois sem povo não existe Nação e sem esta, não há necessidade de poderes.
A sorte do povo é que os mandatos se esgotam a cada 4 (quatro) anos. Em campanha gostaria de ouvir aquele deputado em cima de um palanque em comício, declarar contra a defasagem do salário dos deputados. Vamos aguardar o próximo pleito.
De tudo, porém, se tira uma lição: se os deputados majoram seus salários com o intuito de lhes proporcionar moralização, respeito e responsabilidade, por via indireta podemos concluir e afirmar que a sociedade brasileira que eles representam é constituída de trabalhadores com salários aviltados e miserável, logo, é uma sociedade desmoralizada, que não merece respeito e é irresponsável.
Portanto, vivemos num País onde vale mais, quem menos contribui para a ordem e o progresso da Pátria.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 02 de junho de 1991
Publicado no Jornal O Liberal edição de 06/06/1991.

IMPOSTO DE RENDA

Imposto de Renda. Eis aí o embrião para o lançamento de um “best seller”, sua respectiva novela ou até mesmo o roteiro de excelente filme de trama política, econômica e policial nas cores verde, amarelo, azul, cinza e roxo.
Ao longo do tempo o cidadão comum, trabalhador e assalariado, a cada início de exercício financeiro se vê as voltas com sua declaração anual de imposto de renda – que poderia ser o rito mais simples e corriqueiro possível – que todo ano sofre alterações, as quais nos levam a entender que elas são premeditadas a fim de encobrir os tesouros constituídos a custa da corrupção, da fraude, da malversação do erário, do enriquecimento ilícito pelo tráfico e outros, por tanto constantes modificações atendem os interesses das “forças ocultas” que há muito atuam neste País e, que já levaram a renuncia de um Presidente.
No primeiro trimestre de 1990, o governo confiscou parcela considerável das finanças que moviam esta Nação, retendo-as sobre seu controle nos cofres do banco Cental.
O reflexo mais importante daquele confisco, ao meu ver, seria revelado agora com a declaração de IR exercício de 1991 ano base 1990, quando muitos teriam que justificar a fonte de renda legal – receita – para dar suporte aquele bem financeiro retido ou a aquisição de bens móveis e imóveis adquiridos ao longo do ano a declarar.      
O governo já declarou por antecipação, que milhões de cruzados novos sob sua tutela, os CIC/CPF de seus proprietários são falsos, daí concluirmos que essa parcela por consequência lógica é fruto de fonte duvidosa ou suspeita.
Diante desses fatos e considerando ainda, que nesses anos anteriores,  nos quais houve prazo definido à entrega de declaração do IR, a sonegação é realidade indiscutível, imaginemos neste exercício, no qual 6 milhões de contribuintes ainda não fizeram suas prestações de contas com o “Leão” e nem têm prazo estipulado para fazê-la, a quanto andará a sonegação.
Portanto, analisando o perfil do País no qual vivemos, os fatos e medidas administrativas anteriores e as medidas atuais forçadas por ato judicial, até parecem itens de um roteiro literário e a orquestração afinada de providencias direcionadas, capazes de ocultar o surgimento de um tumor maligno ou então, a pressão daquelas “forças” com intuito de dificultar o alcance de suas fontes e origem criminosas.
Al Capone somente caiu, quando o fisco lhe alcançou por sonegação de imposto. Isto em País sério.
Lúcio Reis

Belém, PA, em 19 de Junho de 1991

MENOR

Há poucos dias, o magnífico articulista desse Jornal, Jornalista João Malato, teceu comentários em uma de suas crônicas, a respeito de episódio envolvendo os menores que pululam à área do Ver-o-Pêso e um ex-assessor governamental, o qual foi vitima de assalto dos jovens assaltantes e as providências decorrentes que foram tomadas.
Como sempre, fato consumado (assalto), surgiu Entidade em defesa dos menores infratores, entendendo que os mesmos são passivos de recuperação e  que, a ação coercitiva a eles não se recomenda, pois os mesmos ao invés de que pensamos, são vitimas da sociedade.
Biologicamente sabemos que à toda agressão corresponde uma reação de igual ou maior intensidade. Em vista disso o cidadão comum e que não é membro dessas entidades, todas as vezes que for assaltado, quer pelo roubo, ou pelo furto, sempre sentir-se-á agredido em seu patrimônio ou o que é pior, física e psicologicamente. Portanto, como animal que é, reagirá instintivamente a agressão (perpetuação da espécie) e, dependendo de seu estado psicológico, cultural e espírito cristão, será a intensidade da reação.

Pelo que podemos depreender todos os membros de Entidades defensoras de menor de rua, encontram justificativa ao ato de delinquir, de vandalismo (pichação), os quais são as reações deles às violências que a sociedade lhes infligiu.

Pois bem! Acatando esses entendimentos, concluímos que encontramos a solução para o sério problema que aflige toda a Nação: “Basta que todos os membros das Entidades, saiam às ruas e principalmente às áreas de maior trânsito dos menores, devidamente identificados, com os bolsos cheios de carteiras porta-cédula, relógios nos pulsos, cordões nos pescoço e inscrições em suas vestes: estamos aqui para sermos vitimas dos menores de rua, aptos a sermos roubados ou furtados e não reagiremos, aproveitem, deem vazão às suas revoltas!..

Com esse procedimento, as Entidades se aproximam mais facilmente dos menores, põe em prática seus planos de recuperação e solucionam em definitivo o grave problema. Todavia, porém, gerará um impasse. Exterminando o problema social, automaticamente estarão decretando suas extinções , pois sem miséria, sem pobreza, não haverá massa de manobra para muita entidade, que faz disso sua matéria prima. Pimenta no olho dos outros é refresco.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 27 de maio de 1991.

RECEITA

É comum hoje em dia ouvirmos declarações públicas de governantes, em tom de lamentações, a respeito da insuficiente arrecadação de ICMS, uma das principais fontes de Receita dos Estados da Federação Brasileira.
Os motivos são os mais diversos, merecendo, todavia, destaque a sonegação e a deficiência fiscalizatória, sendo aquela a consequência direta desta última, a qual por sua vez é insatisfatória pelo reduzido número de fiscais, em relação a quantidade de estabelecimentos comerciais.
Outro item digno de realce é a queda do poder aquisitivo dos salários, bem como a redução da massa salarial em circulação, em virtude da recessão e do desemprego.
Outrossim, é do conhecimento público também, que o maior empregador é o Estado, cujos funcionários percebem mensalmente aqueles salários que do qual lhe provem o sustento digno seu e de sua família.
Com a pretensão de cooperar à solução ou amenizar os dois problemas, ouso sugerir o seguinte: “Quem sabe não lograria êxito o governo instituir uma campanha, na qual todo funcionário público estadual e municipal que apresentasse a cada mês um determinado montante de Notas Fiscais, passaria a fazer jus a um percentual sobre seu salário básico,a título de abono, independente de qualquer sorteio?”
O valor total de Notas Fiscais, seria composto por aquelas que o funcionário adquirisse em suas compras pessoais, como também serviriam as que seus amigos, conhecidos e parentes, mesmo que não pertencessem ao quadro funcional do estado ou do município, lhes doassem.
As consequências diretas da campanha são obvias: ação fiscalizatória de maior número de cidadãos; exigência do fornecimento das NF com mais estimulo nessa ação, pois não haveria a figura do sorteio; maior arrecadação do imposto; maior facilidade no controle; melhoria salarial do funcionalismo; acréscimo no poder aquisitivo do salário; aumento da demanda de consumo, forçando incremento na produção e por fim reaquecimento da economia e abertura de vagas aos atuais desempregados.
Creio que se isso for tentado, a única consequência é o beneficio da sociedade. Quanto a mecânica de implantação é muito simples: basta instalar um ponto de troca de NF, nas diversas sedes das regiões fiscais da SEFA, onde o funcionário receberia em troca uma certidão, a qual seria entregue no setor de pessoal de sua repartição, a fim de que fosse lançado em seu contra cheque daquele mês o referido abono. Em relação aos % e ao total em NF, isso seria estipulado pelo corpo técnico do Órgão Arrecadador.
Lúcio Reis


Nota do autor: As duas publicações a seguir tem correlação, mesmo tendo destinatários distintos e, atente para data de 24 anos atrás:

Belém, Pa, em 10 de abril de 1991.
À
Comissão de Investigaçao da Previdência
Brasilia – DF
CP – 14.000
Prezados Senhores 

    A exemplo do que me propus em 21.06.1985, em remeter ao MPAS, sugestões que pudessem cooperar em ações administrativas que objetivassem coibir, impedir ou dificultar as ações fraudulentas e de corrupção sobre o caixa desse Instituto, volto novamente através da presente e com o mesmo intuito, remeter-vos sugestões que viabilizam o proposito acima mencionado. 

    Tendo em vista que na vez anterior, alguma mudança em relação ao DARF foi efetivada e que, coincidentemente e indiretamente está relacionada com minhas sugestões, antes de remeter-vos as idéias constantes do documento em anexo, as remeti ao Jornal de maior circulação nesta Cidade, o Jornal da Amazônia, O Liberal.

    Referente as ideias ora remetidas, é necessário que se analise as consequências instrinsicas embutidas em suas entre-linhas:

1º) o segurado automaticamente passa a ser um fiscal dos tributos devidos à Entidade pelo seu empregador, pois em função deles, o mesmo terá em mãos sua certidão de tempo de serviço, seus salários de contribuição e automaticamente ainda, o documento hábil à sua aposentadoria e outros beneficios. Óbvio uma campanha de esclarecimento é necessaria;

2º) o procedimento facilitará em muito a ação do corpo fiscal do órgão, tendo em vista as vinculações entre formulários, principalmente em relação ao repasse do dinheiro arrecadado pela rede bancária à essa Entidade Previdenciária;

3º) Após algum tempo efetivo de serviço, como por exemplo, dez (10) anos, o segurando compareceria a uma secção ou posto do Instituto e trocaria os extratos bancários (certidões) por uma certidão que englobaria todo aquele perído, o qual seria jogado è memoria de um computador para arquivo e controle do INSS; 
Estas implicações, dentre outras que a área técnica desse Instituto terá condições melhor do que eu, em descobrir, pois sou leigo no tema, acredito que serão capazes em cooperar em algum sentido.
   
   Se todavia, tudo o que disse acima e está no documento em anexo, não servir para nada, peço-lhes desculpas pelo tempo que perderam em ler meu expediente. Lamento, mas o objetivo foi contribuir para quese proceda o melhor para o Brasil.

Atenciosamente
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 10 de abril de 1991.

SOS INSS

Em consonância com o último parágrafo da correspondência que remeti à redação desse Jornal no dia 09 p.p., passo a expor as sugestões que entendo capazes de cooperar, não de imediato mas, a médio e a longo prazo, para dificultar as ações fraudulentas e corruptas sobre o INSS:

- 1º) Institui-se o domicilio bancário para o recolhimento ao INSS, quer do empregado celetista, quer do autonomo, empregador e assemelhado, a exemplo do que já acontece com o FGTS, para o empregado;

- 2º) Em relação ao empregado com contrato regido pela CLT, exclui-se da RE (relação de empregado) a coluna “data de opção”, que invariavelmente é a mesma de admissão. Em seu lugar criar-se-ia a coluna “salário de cotribuição” e respectiva alíquota (8-8,5-9 e 10%) conforme o caso, que as empresas deveriam informar ao estabelecimento bancário, obviamente quando procedessem o recolhimento do FGTS;

- 3º) De posse dessas informações os bancos individualizavam, em contas correntes de cada empregado, como já o faz também para o FGTS, aqueles valores e índices sôbre o INSS, os quais seriam formalizados ao trabalhador simultaneamente no extrato de conta do FGTS. Esse documento seria de guarda  responsabilidade do empregadi – pois seria uma espécie de cédula “C” para sua aposentadoria, beneficio e etc... – que juntamente com sua CTPS seriam os documentos que instruiriam seu processo de aposentadoria, também de seguro, além de que seria sua certidão de tempo de serviço, bem como ratificaria o total de suas contribuições previdenciárias;

- 4º) No que concerne ao autonomo, empregador e assemelhado, a conta corrente dos recolhimentos ao INSS, seria montada a luz dos recolhimentos nos atuais carnês e além destes, o segurado passaria também a dispor das informações comprobatórias expedidas e formalizadas em extrato de conta corrente pelo respectivo estabelecimento bancário;

- 5º) Quando o contrato de trbalho fosse rescindido, independente do seu prazo e por iniciativa de quem quer que seja, até mesmo por justa causa, caberia a empresa por dever,  solicitar ao banco a imediata expedição daquele extrato, o qual seria entregue contra recibo ao empregado dispensado; Referente ao autônomo e etc..., caso o mesmo mudasse seu domicilio residencial de municipio ou de estado, ficaria sob sua responsabilidade solicitar ao banco a expedição do aludido extrato, cuja emissão a principio, normalmente ocorreria uma vez a cada 12 meses;

- 6º) Em referência a RAIS, creio talvez, que a mesmo se tornaria obsoleta, uma vez que as informações nela contidas, como hoje é feito, já estariam prestadas mensalmente juntamente com a RE do FGTS. Todavia, como item de apoio fiscalizatório e cruzador de informações, sua permanência poderá tornar-se útil;

- 7º) No que se refere ao DARP, continuaria da mesma forma, o que com as seugestões acima, iriam facilitar sobremaneira a ação fiscalizatória, uma vez que o mesmo estaria vinculado ao FGTS e vice versa, já que o total da coluna recem criada na RE, seria igual ao valor lançado no campo remuneração paga do DARP;

- 8º) Os bancos quando procedessem o repasse do numerário ou do crédito dos recolhimentos ao Instituo, os comprovariam, como entendo que já acontece com o DARP, acompanhado de uma via da RE, que seriam os documentos que forneceriam a alimentação dos computadores dos diversos órgãos;
    
Como se verifica a sugestão, aproveita o que aí já está. Cria documento apenas para o estabelecimento bancário, que para isso teria uma compensação como repassar o dinheiro recolhido após 15 ou 20 dias. Ou então outro procedimento a ser encontrado pela área técnica do órgão junto a representação bancária.
   
Os procedimentos até hoje adotados passariam a ser olhados com maior rigor até que as sugestões acima, caso plausíveis e factíveis, se transformassem em ações administrativas capazes de dar bens frutos.
   
Dar-se-ia necessário uma campanha de esclarecimento público, onde a ação dos sindicatos, das centrais de trabalhadores, das federações e entidades de classe, seria de fundamental importância, pois o objetivo maior é o beneficio do trabalhador.
   
Concomitantemente a essas medidas, seria necessário que se colocasse dentro do órgão, representação do trabalhador, com o intuito de acompanhar o destino que é dado às verbas orçamentárias do Instituto, a fim de evitar ou denunciar os desvios de rubrica, porventura fosse ensaiado. Essa representação deverá ser renovada a cada 2 anos, sem que haja a repetencia de uma mesma antes do intervalo de 4 anos, sendo facultado apenas uma repetição.
              Lúcio Reis

Belém, Pa, em 21 de maio de 1991.


Publicada no Jornal O Liberal edição de 24/05/1991 – Colunas CARTAS

GREVE

Outra vez estamos sem ônibus e, por via de consequência sem aula para nossos filhos, trabalhadores sem condições normais de chegarem aos seus locais de labor, os enfermos onerando ainda mais seus orçamentos, pois  só dispõem da alternativa taxi para alcançarem o socorro médico-hospitalar, uma vez que carona é favor. Há nova greve no transporte coletivo de Belém.
A exemplo da última vez, os rodoviários, dentre outros itens, reclamam cláusulas sociais conquistadas, via acordo ou dissídio da categoria com o Sindicato Patronal, homologadas e por tanto com o aval do TRT (Justiça do Trabalho) e, até então não cumpridas pelos empresários.
Na condição de ignorante, sobre o tema, fico me questionando: “O que o usuário tem a ver com a não execução de um acordo firmado, do qual ele não participou e, por qual razão ele é o maior penalizado”? Será que ao invés de castigar o cidadão com os sacrifícios que lhe são impostos pela falta do coletivo e, colocando-o a mercê da insana e irresponsável ação de piqueteiros, baderneiros, vândalos e gans de ruas, que saem por aí quebrando ônibus – lembram da criança Ana Luzia, que teve a vista cheia de estilhaços de vidro – com o objetivo condenável de barra pela violência o direito daqueles que querem trabalhar, não seria de bom tom e mais apropriado que a própria Justiça do Trabalho, fiscalizasse, determinasse ou condicionasse o incontinente cumprimento do acordo que ela intermediou, conciliou e homologou?

Os empresários alegam que não podem consrtruir WC nos finais de linhas por que a PMB não consente, Associação de Moradores não deixam e por aí afora. É óbvio que qualquer associação, cuja direção com um pequenino tino de inteligêncvia não deva concordar com uma intenção dessas. Porém, isso não é motivo relevante a que a orientação judicial pactuada seja desrespeitada.

A solução está em que seja mudado os finais de linhas, tirando-os simplesmente dos trechos de via pública que hoje ocupam, como é o caso por exemplo, da linha Batista Campos, do Telegrafo, da Alcindo Cacela, Sacramenta Nazaré e etc...transferindo-os para finais de ruas que propiciem, sem dano a quem quer que seja a construção dos “pipi-room”.

O importante de tudo é que o usuário não pode mais ser castigado: ora com a queima de paradas, ora com ônibus sujos, ora com ônibus enguiçados, ora com escassez de coletivos, ora com majoração absurda das tarifas e por fim, pela falta total do bem de serviço público essencial.
Pois, mesmo que o cidadão seja soft, tenha aqulo de filó e roxo, mas, depois de tanta ação hard do empresário de ônibus, dos motoristas e do poder público, tem uma hora que o cidadão chega ao seu limite, não aguenta mais e aquilo fica preto de raiva e só Deus sabe o que advirá.
Lúcio Reis

Belém, Pa, em 23 de abril de 1991.

SOBERANIA

Por longo tempo fomos Colônia de Portugal. Mas essa situação de dependência  cultural,   econômica,   de  autoridade   e   outras,   está  sepultada no passa­do  e  faz   parte  de nossa história,   pois  agora  somos  um  povo livre,   desde ao  Oiapoque  até   o   Chuí,   que  pode  andar com suas próprias  pernas  e acima de tudo soberano,   mesmo  como   pertencentes  ao  3º mundo,   com malária,   com dengue,   porém, abençoados  por  Deus  e,   rico,   muito rico  por Natureza.
Como plebeus,   temos  maior  carinho  em  receber e  recepcionar de braços abertos  a  realeza,   mas  também  como  qualquer  outro visitante,   independente  da parte  do mundo  que  tenha vindo,   tendo  ou não  "sangue azul",   pois  o   Universo nos  dotou  com um   coração  pacífico  e  benevolente.   O Papa  que  o diga.
Em  função  disso tudo  é  mister que  se  proteste  pacifica  e  seriamente, contra  o  ultraje  que  se   perpetra  contra  o povo deste   Estado  e  desta   Região. É inconcebível   que  se  realize   em nossa   casa  um  congresso,   uma   conferência, a fim de  tratar de  assuntos  que  nos  dizem  respeito  direto  e   de  perto  e,   os donos da   casa não  sejam   cheirados   ou  perguntados   ou  sequer,   pelo  menos   convidados,   isso  é no mínimo  uma   falta   de  respeito,   de consideração e   elegância.
Senhor   Governador,   apenas não receber protocolarmente   o  Príncipe não é   o  suficiente,   proporcional  a  importância  desta   Região no  cenário  internacional.    Quer queiram  ou não,   V. Excia.,  no momento  é   o nosso  representante maior aqui neste   Estado,   é  a,  nossa autoridade  máxima  e   este País é  uma   Repú­blica  Federativa.
E  os nossos  representantes,   os  senadores,   deputados  federais  e  esta­duais  e  até mesmo nossos  edis?   Queremos  e   precisamos   ouvir suas vozes  em de­fesa  do  que  é nosso,   este Estado,   esta   gente  e  estes munícipes.
O mundo todo  está  de   olho  em nosso   meio ambiente. As críticas  e   condenações se  voltam á   Amazônia.   Porém,   quando  é  para  tratar  sobre   o  problema, levam  o foro do debate   para   o   Rio  de   Janeiro,   como é  o  caso do  ECO-92 e, quando nos   visitam,    com  a   preocupação  voltada   para. nossa   fauna   e   nossa  flora, nossos  representantes   e  entidades,   ficam  do  lado  de  fora.
Uma situação  é   certa.   Se  essa visita  fosse  programada   para um ano atrás, com  estas  mesmas caracteristicas,   com  certeza situação  seria  diferente, pois   o   Ex governador Helio Gueiros, defendia  este   'Estado,   com  toda a autoridade  e veemência  que o cargo lhe conferia  e  assim,   não nos  decepcionava.
Tudo  é  uma   questão de  se  fazer respeitar e não  deixar que   o   povo  seja desconsiderado.
Lúcio Reis


Nota sobre a matéria abaixo, publicada ha 23 anos, quando um sindicalista agride graciosamente o cidadão que está empregando e hoje sabemos que uns dos mais conhecidos líder sindical do Brasil o metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, aquela tempo era o Barba, codinome usado como informante do DOPS e a serviço do Delegado Romeu Tuma, tem-se a convicção de que jamais houve seriedade e responsabilidade nessas organizações. 

Belém, Pa, em 23 de maio de 1991.
Publicada no Jornal O Liberal, edição de 08/06/1991 – Colunas CARTAS.

SINDICALISMO

Recentemente esse Jornal publicou proposição do Deputado Federal José Diogo, da bancada daqui, sobre eleição e mandato de líderes sindicais, tanto de empregador, quanto de empregados, permitindo-lhes apenas uma reeleição.
Diante do que se tem visto nesses últimos meses, tal atitude do legislador é por demais conveniente, pois os fatos exemplificam que, ao contrario de organizar a sociedade, e com isso levá-la a conquista de bem comuns e sociais junto aos poderes públicos, o que alguns – maioria – dos líderes têm feito, é optar pela alternativa da radicalização, que por si só, já é uma violência (entra no direito de alguns), a qual incoerentemente é bandeira que eles desfraldam em suas pregações.
Via de regra, no organograma operacional, o item greve é o que ocupa lugar de destaque, preterindo o diálogo, quando  este deveria ser o primeiro e aquele ser o último a ser escolhido. Por consequência desse comportamento o povo -,o maior prejudicado e penalizado nesses atividades paredistas – está alcançando o seu limite de tolerância, de apoio e confiabilidade no uso fruto do direito constitucional do trabalhador, pois a cada greve os atos de radicalização, as verdadeiras batalhas campais que se desenrolam, levam-no a desconfiar dos reais objetivos de nossas lideranças sindicais.
Como exemplo dessas ações mal planejadas, execução em tempo inoportuno, foi essa “Greve geral” do Sr Jair Menegueli. Sabe-se que o País vive uma recessão, onde cada um está com o seu emprego por um fio de cabelo, por tanto, como induzir o trabalhador a paralisação, se a fila de espera é grande? Líder Sindical não está nessa fila, não perde emprego e tem estabilidade até mesmo se não for reeleito.
Outro exemplo de irresponsabilidade, inconsequência e violência, presenciei dia 17/05/91, quando parou em frente a um Varejão, localizado no Entroncamento, uma Kombi com serviço de som, convocando os trabalhadores daquele Estabelecimento Comercial à paralisação nos  dias 22 e 23. Ato seguinte o sindicalista que portava o microfone desandou e enveredou pelo campo das ofensas pessoais ao dono do comércio, taxando-o publicamente de safado, ladrão e etc...chegando mesmo a declarar sua disposição de resolver qualquer problema no tapa, na porrada.

Tanto a mim, quanto a outras pessoas que ali compravam, o gesto foi inconveniente, grosseiro, pois até comentamos não acreditar que aquele sindicalista sozinho tenha coragem de cara a cara agredir aquele cidadão, que de antemão deve registrar, não o conheço nem de vista.
Por tudo isso é que o Brasil se encontra na atual situação, pois cargos e funções de relevância estão entregues a mãos medíocres, incompetentes, cujas ações o que menos prevalece é a razão.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 18 de abril de 1991.
Publicada na edição do Jornal O Liberal de 20/04/1991 Caderno Cidades.

SALÁRIO MINIMO

Novamente entra em discussao na pauta nacional, projeto de lei do Poder Executivo versando sobre salário mínimo do trabalhador
Não dá para entender como num País, no qual há uma Constituição, que se gaste tanto tempo discutindo um assunto que se encontra definido na sua Lei Maior.
- "Todos sabemos que no Capítulo II - Dos Direitos Sociais - Art. 7º diz: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais ...Inciso IV: Salário Mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo veda­da sua vinculação para qualquer fim."
Muito mais do que nós simples mortais, tanto os membros da cúpula do Poder Executivo, quanto aqueles que compõem o Legislativo, tem obrigação e dever de saber da existência do Art 79 supra registrado, pois ao serem empossados nos cargos, para os quais voluntariamente se ofereceram à esco­lha popular, juraram cumprir e fazer cumprir a CF, portanto só resta  que cumpram pelo menos uma vez os juramentos prestados e a Constituição que alguns  deles  levaram mais  de  um ano a  construir.
Quanto a  lei  que fixará  o valor do  SM, não há nenhum mistério em encontra-la:   "Sabe-se  que em média  uma  família brasileira  é   constituída  de  5 a  6  pessoas   (o   casal   e  3  ou 4  filhos),   os  dietéticos  sabem as necessidades alimentares  em proteínas,  hidrocarbonados,   glicose,   lipídios etc...de uma pessoa,   o valor médio dos alugueis,   da  educação e dos  outros  itens a serem atendidos  pelo   Salário é do conhecimento do governo,   o qual tem o controle deles   (congelamento de  preços) e  sabe-se também,   que  o trabalhador re­cebe  seu   pagamento mensalmente,   portanto,   onde  está  o mistério aritmético?
Todavia,   já   que   carece  ser muito difícil  solucionar essa  equação mate­matica,   a  qual,   quando se trata do salário do  parlamento se torna  facílima e  brevíssima no  tempo,   por que  então não  instituir:   "O salário mínimo será de x   (xis) dólares,   cujo valor seria  consequência  da média  em dólar dos  sa­lários   pagos nos  7   (sete ) países mais  ricos,   pois  ao que  se  sabe,   o  Brasil  é  o  8º no  ranking mundial.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 09 de abril de 1991.
  
CORRUPÇÃO
               
 Ao longo desses 15 dias, não se fala em outro assunto, que não seja em corrupção a fraude no INSS.
      Comissões e CPI foram instaladas novamente no afã de encontrar culpados, que jamais – a exemplos anteriores – serão punidos e, até hoje ninguem encontrou ou se o fez, tornou público uma maneira que efetiva e matematicamente evite ou dificulte a ação das quadrilhas de fraudadores e de corruptos.
   Em relação a 19º CPI do Congresso, presidida pelo Senador Amazonino Mendes, apesar do alardeamento do esforço a ser empregado em chegar a uma conclusão satisfatória, fica-se com a pulga atrás da orelha, pois a sensação que a mesma nos causa, é como se fosse o rôto querendo remendar o rasgado.
   Que coerência e respaldo austero e moral, tem uma comissão parlamentar que votou e vota para sí um salário mensal de muito mais de 50 salários mínimos e tantas outras regalias e privilégios (mordomias) custeadas pelos impostos públicos e se tornando ainda muito pior, quando se sabe também, que os parlamentos se autobeneficiaram com aposentadoria após apenas 8 anos  “trabalhando” poucas horas no dia, de 3ª à 5ª feira e períodos de férias escolares, para proceder inquerito a respeito de benefícios de aposentadoria de quem trabalhou mais de 30 anos, cumpriu jornadas diárias de 8 horas e trabalhou de 2ª `a 6ª feira? E, na maioria das vezes percebendo salários aviltantes.
É lógico que não defendo a corrupção e fraude. Tanto é que em 21/06/1985 enderecei ao Sr Waldir Pires, na época Ministro do Ministério da Previdencia Social em governo anterior, sugestões que entendia eu humildamente, serem capazes de cooperar no sistema administrativo com intuito de dificultar os mecanismos fraudulentos. Em resposta telegráfica fui informado que minhas idéias haviam sido encaminhadas à uma comissão de alto nível para estudo, a qual naquele período, “tal qual o atual, investigava as investidas dos saqueadores aos cofres previdenciários.
               Em minhas sugestões, resumindo-as: vínculava o atual CPF-MF a um CPF/PS (Cadastro de Pessoa Física-Previdencia Social), ao sistema DATAPREV do MPAS; vinculava o recolhimento ao IAPAS ao mesmo domicilio bancário do FGTS, em cujo extrato de depósito surgiria também as informações sobre o recolhimento à Previdencia; sugeri procedimentos a respeito de consultas, exames e etc...
               Novamente pretendo cooperar, com algumas novas idéias, que julgo, na minha condição de leigo, capazes de colocar obstáculos à corrida veloz daqueles que enfiam as mãos no caixa do INSS. Todavia, essas idéias serão objeto de outra missiva que espero esse Matutino de acolhida e seja o porta voz das mesmas.

               Lúcio Reis


Belém, Pa, em 22 de março de 1991.

ICMSBZ

Por mais que se tente, relute em reagir, e se assuma uma atitude passiva e indiferente aos fatos que se nos apresentam, não dá para segurar e só resta colocar para fora a indignação que nos invade, como cidadão e assim membro desta sociedade.
Refiro-me aos acontecimentos decorridos a partir do dia 15 de março último, data na qual se instalou o novo governo deste Estado.
A cada dia o Diário Oficial do Estado publica as nomeações aos cargos que darão assessoria ao Mandatário Máximo desta Federação e, é comum nessas publicações vermos que são pessoas – e várias – com vínculos familiares com o Governador empossado naquele dia 15 e seu cônjuge, o que nos é dado a assim concluir, em função dos sobrenomes.
Porem, o fato mais horripilante destes últimos setes dias, foi a providência assumida em relação a Universidade Estadual, anulando a sua criação e assim exonerar a Reitora.
Entendíamos nós, que num País, onde o índice de analfabetismo é grande e na mesma grandeza é o problema educacional e, que todo aspirante a um cargo público, quer no Executivo, quer no Legislativo, prioriza dentre outros a educação, até mesmo por se tratar de uma das obrigações do estado, que esse item social não tivesse nenhum matiz político partidário e que jamais se tornaria trincheira entre discórdias aparentemente de cunho pessoal.
Dizer-se que o trâmite burocrático, jurídico e legal foi atropelado, não justifica que se leve o terror a quantos lá já desempenhavam suas funções, tanto no corpo docente, discente e administrativo, pois se aquele era ou é o problema, que o mesmo seja corrigido, pois acima de qualquer desentendimento entre homens públicos, está o interesse coletivo, além do que jamais se  mata o paciente, para curá-lo.
A história recente, a campanha política do segundo semestre de 90 e os procedimentos dos últimos dias, nos indicam que trilhar as retas da austeridade, da moralidade não é o forte do governo recém empossado, pois se diferente fosse, parcela relevante do imposto que o estado arrecada na rubrica ICMS, não iria cair, a título de salário nos bolsos de membros de apenas duas famílias deste Estado.
Por isso é que seria aconselhável a modificação daquela sigla ICMS, para ICMSBZ.
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 20 de fevereiro de 1991

GABINETE

O que seria de nós, comuns cidadãos responsáveis, sérios e cumpridores de nossas obrigações, se não fosse a imprensa livre, que muitas das vezes traz para nosso conhecimento, fatos que a priori pensamos se tratar de pura e autentica patranha, tamanha a sordidez e absurdo dos mesmos.
Um desses recentes fatos é a manutenção do gabinete do ex-presidente da Assembleia Legislativa, por mais dois anos, por força de um Decreto Legislativo. Ela é um assalto pior do que o ocorrido à Agência Centro do Banco do Brasil, pois é concretizado contra o erário. A única diferença, é que esse arrombamento é autorizado por quem diz ser defensor e representante do povo e, no volume de dinheiro que ao fim de 24 meses será de no mínimo de CR$14.627.280.000,00, para sustentar a quadrilha e as mordomias no decorrer desses 730 dias.
O que causa espanto é a desfaçatez com que a maioria de um parlamento aprova matérias dessa natureza, como é também a aposentadoria precoce de parlamentar, além dessa imoralidade que é o vice-governador assumir a função por um dia e desfrutar uma pensão vitalícia.
Diante dessas anomalias e que crescem sempre, é que a cada dia e cada vez mais aumenta o desprestigio e o descrédito dos parlamentos e respectivos membros, frente a opinião pública, chegando mesmo a originar reação que levam a acreditar que seria muito melhor e positivo para a Nação, que não existisse ou que fossem fechados os parlamentos ou então, que houvesse a representação pelo sentimento de patriotismo, civismo e sem remuneração pecuniária.
O que mais dói no cidadão é ver essa imundícia contribuir diretamente para que o cotidiano do contribuinte se torne um martírio, inclusive com a ocorrência de óbito, como o qual vivemos nesses recentes dias de alto índice pluviométrico, que provocou alagamentos e inundações urbanas, em decorrência da precária infra estrutura de redes de esgotos, cuja responsabilidade é de quem administra os impostos cobrados do trabalhador e que é compelido desviá-los dos fins sociais, para sustentar indecências dessa natureza, pois o Poder Legislativo não gera receita.
O que se tem a lamentar é que grande maioria da sociedade nem toma conhecimento dessas impudicícia, pois seu ganho não lhe permiti a aquisição de um jornal, todavia, acreditamos que dentro daquele parlamento, ainda haja alguns que nas veias de suas faces corra sangue e não, seiva.
Caso contrário, só resta a sociedade presenteá-los com óleo de peroba.
Lúcio Reis


Belém, Pa, em 04 de abril de 1991.

QUE PAÍS É ESTE

Corrupção e fraude no Processo Eleitoral (votação e apuração)
Corrupção e fraude na Previdência, no Programa de Distribuição do Leite;
Alunos e firmas fantasmas roubando dinheiro da educação, através do sistema de bolsa de estudos;
Professores comprando certificados de estágio;
Provas de crime (peças de processos, como armas e drogas) roubadas dos tribunais;
Agentes Policiais Federais matando para saquear dolares, facilitando fuga de narcotraficantes e mafiosos;
Corrupção no INCRA;
Homens que em consequência de suas passagens pelo Poder Público eletivo, foram condenados por malversação do erário, sendo nomeados com altos salários para funções novamente no poder, a que outra vez se beneficiem do dinheiro dos impostos do cidadão de bem;
Corrupção nos DETRANS;
Tráfico de drogas;
Contravenção sendo praticada a cada esquina em todo o território e etc...
É! Se você pensa que isso tudo é ficção literária, ou se relaciona com alguma civilização pré-histórica ou do futuro, pode ficar triste, que não é não.
Acredite que o acima descrito e, muito mais que a memoria falou, está acontecendo ou acontece aqui mesmo no Brasil, revelando a que grau de deterioração dos nossos órgãos competentes e responsáveis estão chegando ou já chegaram
Portanto, se o nosso Presidente tem “aquilo” roxo como identidade de macho corajoso e cabra desassombrado, está na hora de realmente ele e a quem de direito e principalmente cada cidadão desta Nação, tentarem e tentarmos mudar as situações as posições, pois o brasileiro sério e responsável, já está ficando ou já ficou com “aquilo” vermelho de tanta desilusão, raiva e indignação.
Lúcio Reis



Belém, Pa, em 04 de fevereiro de  1991.

PLANO II

Mais uma vez, foi baixado um novo Plano Econômico, como que os brasileiros e os trabalhadores, fossem todos uns perfeitos idiotas, pois vejamos:

A Ministra da Economia, declara que não houve confisco. Direto? Ou Indireto? Direto foi aquele ocorrido em março de 90. Agora foi indireto, não tenham nenhuma dúvida, pois observemos:
- 1º) A inflação de janeiro 91, que remuneraria a poupança em fevereiro 91, foi de 20,21% mas, se você tem conta com data limite após o dia 03 de fevereiro, já não receberá aquela variação integral, seu rendimento será deflacionado (parte daquele índice e outra da TR);
 - 2º) Seu salário em fevereiro 91, receberá uma correção pela média dos últimos 12 meses, cujo índice ficará em torno de 25%. Todavia, não esqueçamos que os 84.32% de março de 90 já nos foram expurgados;
 - 3º) Ela declarou o que nós já sabíamos na prática e no bolso, que o empresariado nas últimas semanas de janeiro 91 praticou aumentos abusivos e que os preços sofreriam uma trégua (congelamento), valendo os que estavam marcados efetivamente – inclusive os de promoção – no dia 30/01/91, cujos valores,  vale ressaltar eram fruto da liberdade de preços permitida pelo próprio governo. Hoje dia 04 de fevereiro, o governo joga na praça uma tabela, majorada em 40% sobre os preços do dia 30 de janeiro, justificando que a medida visa evitar o desabastecimento. Pergunta-se: mas, os preços já não haviam sido majorados abusivamente? Isto por si sós já não seria motivo suficiente para aplicação da Lei de abuso contra a economia popular?
 - 4º) O governo pos em prática um tarifaço, no qual, inclusive, inclui o açúcar. Sabíamos que a glicose é energético, mas não alternativo e que, tivesse alguma coisa a ver com petróleo, com dólar ou álcool combustível.

Diante dos itens acima, houve ou não houve confisco?

Em relação ao funcionalismo público da União, aí mesmo é que a situação se complica. Ele recebeu um crédito de salário no inicio da 2ª quinzena de dezembro 90, de 81%. No fim de  dezembro de 90 saiu o índice de inflação de 19,14% e agora dia 31 de janeiro, de 20,21%. Todavia, ele só receberá o numerário correspondente aquele crédito de 81%, apenas no dia 05 de fevereiro, portanto o dinheiro já não terá o mesmo poder de compra. Logo, ele perde duas vezes: perde na receita doméstica, pois reduzida duas vezes, uma pela inflação e outra pelo confisco indireto e perde também, na despesa que foi acrescida com o tarifaço e outros.
 Fiscalizar de novo? Como fazê-lo se o Ministério é o primeiro a induzir a formação dos carteis, pois que comerciante neste País, vai vender abaixo da tabela autorizada pelo governo? Além do que, ele não tem estrutura (pessoal) de fiscalização e até hoje não prendeu ninguém – quem está preso, por abuso econômico? – e nem vai prender, pois até os inquéritos serem concluídos, em função da lentidão da justiça, a bagunça já terá voltado novamente, pois o próprio ministério, já terá feito alguns realinhamentos de preços e tarifas.

Mais uma vez, apenas e somente os salários serão realmente controlados, pois independem de qualquer fiscalização, a exceção dos parlamentares, que daqui a pouco inciarão as investidas de se auto-majorarem seus salários.
 Infelizmente, como foi feito, não dá para acreditar!
 Lúcio Reis


Nota do autor: A matéria abaixo escrevemos, como podem ver há 24 anos e, àquela época ele tramava contra a sociedade brasileira e em busca do seu sonho de poder e, hoje todos sabemos o resto da história com o capitulo do mensalão e um rol interminável de corrupção e desvio moral e outros crimes. Mas, o filme ainda não findou! Apenas já podemos afiançar que, o cidadão de bem nesta Nação é que está desiludido com o politica e politca brasileira.


Belém-PA, em 19 de dezembro de 1990   


DESILUDIDO

É assim, DESILUDIDO,  que o deputado federal Luis Inácio Lula da Silva, o Lula, se sente em relação ao Congresso Nacional, declarando, em reportagem estampada nesse Matutino - Jornal O Liberal - à pag 16, em 19/12, que ali e é "uma casa que causa dissabores às pessoas sérias. Onde grande parte pratica a politica CANALHA do é dando que se recebe”.


Ainda no mesmo exemplar, um pouco mais acima, é a vez do nosso Presiden­te trombetear: "prefiro ficar isolado dos mediocres. Não suporto conversar com pessoas que, apenas por terem um título ou um MANDATO, vêm conversar aqui sobre o emprego da tia, da cunhada, da irmã. Isso me exaspera”.


Voltando ao dia 16.12, lê-se na Coluna do ZING, no título Em Sociedade nem tudo se sabe..., das facilidades e inacreditáveis condições que nossos representantes em Brasília, terão para trabalhar e cumprir promessas de campanha: e então ele desenrola um rosário de mordomias de contos de mil e uma noite.


Bem: depois de tudo isso, vê-se os problemas nacionais serem "resolvidos" (votados) ou “empurrados com a barriga”, apenas pela decisão do voto das lideranças de Bancada, posto que votação nominal, nem pensar, pois mesmo depois de tanto gazetar e tanta ausência para tratamento de assuntos pessoais, o quorum não existe. E o pior é que tudo é feito de afogadilho, há pressa em entrar de férias e as vezes os próprios líderes nem sabem o que estão votando, como recentemente o Senador Mário Covas interrogou a mesa sobre o tema em votação.


Diante de tudo isso, quem fica exasperada é a sociedade, é o povo e, e por tudo isso ainda, que o cidadão, simples mortal, faz sua critica e condenação ao Poder e aos homens que o constituem, aparecem aqueles que mesmo sujo da lama do desmando, da falta de seriedade com a causa e coisa pública, sem nenhum vestígio de patriotismo, tentam distorcer, em suas defesas, a realidade dos fatos, adjetivando aqueles como a imprensa, que mostram e criticam-nos, como falta de respeito ao Parlamento e um atentado a Democracia.


A realidade é que essa democracia que eles defendem, não é aquela que os cidadãos sérios entendem e querem, qual seja: liberdade com salário dig­no, habitação condizente, saúde, educação e lazer igual para todos. A demo­cracia por eles defendida é aquela que entra nos seus bolsos, de suas tias, de suas cunhadas, de suas irmãs.


Portanto, se o Lula que vivenciou la dentro as maracutaias se desiludiu. Nós aqui fora já o estamos há muito tempo, por isso a grande maioria reagiu anulando ou votando em branco. Todavia, entendo que a nós compete mudarmos e situação atual, mudando sempre e cada vez mais os homens que a constituirão então, para amenizar o préjuizo da Nação, no próximo pleito não ha­vera necessidade de tantos politicos, basta que nós mesmos façamos a eleição daqueles que serão os Líderes das Bancadas.

Lúcio Reis

Nenhum comentário:

Postar um comentário