Abraça,
Beija e Espanca
Vou
reiterar nesta crônica, parcialmente o que já escrevi em outras criações literárias há alguns anos.
Lá
eu dizia o seguinte: nenhum candidato em campanha e portanto aspirando ser
eleito, quando em palanque em qualquer via pública ou em qualquer veiculo de
comunicação, declara a seus ouvintes e possíveis eleitores que se eleito irá
meter a mão ilegalmente no erário, enriquecer a si e familiares e velozmente e cometer toda sorte de delitos e
em série no curso do mandato, fechar olhos e ouvidos aos reclamos da sociedade.
Muito
pelo contrário, em palanque ele tem as mãos a receita mais eficaz e todas as
fórmulas que ofertarão à sociedade o paraíso aqui na terra e que só restara razão
para sorrisos de alegria e cantar de felicidades.
Entre
a postura em campanha e o desempenho do mandato, há radical modificação
comportamental e que, se torna logo de amplo conhecimento popular e que, até
deu o motivo para criação por Chico Anisio do famoso personagem deputado Justo
Veríssimo que satirizava e ironizava grande parcela do politico brasileiro, ao
dizer que seu interesse era apenas o dinheiro público oriundo das maracutaias,
superfaturamentos e empregava o bordão, que dizia: quero que o pobre se
exploda.
E
não será demais também, trazer para estas linhas o João Plenário, interpretado
pelo humorista Saulo Laranjeira e que em sua performance tem os bolsos do paletó
e a bolsa recheados e derramando de cédulas de dólares. E aqui cabe colocar a
realidade dos pacotes de dinheiro na cueca, bolsas de madames politicas e meias
de bandidos nacionais presentes nos parlamentos e em outros orgãos.
Apesar
dos dois humoristas mostrarem ao povo a face suja, cruel dos representantes do
cidadão com mandato via urna, pelo que se testemunha ninguem - eleitor - entendia e nem entendeu
a mensagem e muitos continuaram e continuam sendo reeleitos e eis ai a situação
a que chegamos e atravessamos e agora, parece que a economia saí do fosso e quem
sabe rapidamente os 13 milhões de desempregados consigam recolocação no mercado
de trabalho formal e passem a ter um contrato de trabalho em suas carteiras de
trabalho.
Até
aqui registrei resumidamente o que já havia escrito em outras ocasiões e ao
longo desses anos passados, pois o mote para as considerações que figurarão na
presente é um informe que as mídias sociais estão divulgando e, pelo conteúdo e
em suas entre linhas está inserida a autorização da sociedade para o presidente
enveredar pelos becos do poder e em virtude das realizações elencadas, em cujo
mérito se duvide de que todas realmente foram criadas ou se apenas parte delas são
de sua administração, posto que algumas já haviam sido implantadas e estiveram
presentes na administração Fernando Henrique.
A
seguir eis a relação dos programas alegados: Lula criou o PROUNI, SAMU 192,
Bolsa Família, Cotas, ENEM, FIES, PAC, Fome Zero, Minha Casa Minha Vida, Luz
Para Todos, PETI, Brasil Alfabetizado, UPA, Primeiro Emprego e etc... E arremata
dizendo. A regra é claro. “Pessoa inteligente vota no Lula e, ao lado da foto
do ex presidente a sentença: “Falar mal deste homem é fácil, difícil é fazer
melhor que ele”.
Ante
a cegueira voluntaria que se observa, veio-me a lembrança de um outro personagem
do Chico Anisio, o Tim Tones e sobre o qual escrevi uma crônica em 18/11/1984 há
34 anos, a qual está no meu livro o Brasil Que Merecemos Mas Não Temos,
Por Que Temos os Politicos Que Não Nos Merecem fls 216/217, e que lancei em
28/01/2016. a mesma aborda o
enriquecimento veloz a custa da cegueira da massa e vale também na só
para denominações religiosas quanto para a politica brasileira.
Sabemos
que dos programas acima, alguns já vieram de governos anteriores e foram
aprimorados e até mudaram de nome sob o PT e Lula. Mas hoje se pode concluir
que alguns, como Minha Casa Minha Vida só para citar um caso, serviram apenas
para que a gastança e corrupção avançasse nas verbas destinadas ao mesmo e
muitos ainda hoje estão por serem concluídos e isso sem contar com a péssima
qualidade do material empregado e os super faturamentos e destes o destino que
tomou ou foi direcionado, para contas de políticos aqui ou no exterior em praísos fiscais.
Como
já dito, não é e nem será favor algum qualquer mandatário trabalhar e realizar
em prol da Nação e portanto de seu povo, pois como referido é a isso que se propõem
a fazer para o voto conseguir.
Aliás,é
o caso de se questionar: se todos, independente, da sigla partidária tem como objetivo
final promover o bem comum e social, principalmente no campo da saúde,
segurança, emprego e salário digno, seguridade social, qual então a razão de
ser criado o sentimento de rivalidade e de adversário e, em algumas situações
inimigos ao extremo que em muitos casos culmina em homicídios? Realidade bem
presente em nosso País e que assim, desmente que o povo é o alvo das ações.
Portanto,
usar o que promete fazer como que se tivesse feito um impagável favor ao povo não
vejo como sintoma de bom caracter mas, proceder de quem tem em mente se
beneficiar do mandato e não beneficiar a coletividade. Logo estelionatário
politico eleitoral.
Aliás
de novo, é exatamente o tirar proveito pessoal da procuração e representação
outorgada pelo eleitor via urna, que mergulhou o Brasil nesse pântano de indecências
e imoralidades públicas e que, lá fora enlamearam o nome desta Nação e lhe
colocaram e faixa e a coroa de país da corrupção.
E
assim, ante ainda a vigência dessa mentalidade catanha do rouba mas faz e tendo
em vista que a justiça tem feito sua parte, cabe a nós cidadãos mostrar aos
manjados políticos que o lugar deles não é mais na politica e sim, no
ostracismo da história e de muitos, o destino é a cadeia. Antes que outra vez
venham nos abraçar, beijar e a partir de 2019 nos espancar.
Lúcio
Reis
Belém
do Pará – Brasil em 28/01/2018.
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