Estupra mas não mata.
A frase que encima esta crônica, foi dita em
1989 pelo Sr Paulo Maluf, que posteriormente tentou minimizar o impacto
negativo da mesma, o que qualquer cidadão poderá ver e ouvir ao pesquisar no
youtube.
Retorno a questão da prisão desse politico,
óbvio, na condição de simples cidadão e com o olhar que me compete ou do que
sou capaz, a luz dos fatos que acompanho há anos sobre esse agora pertencente
ao sistema prisional brasileiro. E tomo gancho matéria tornada público hoje, no
portal msn.
O causídico do condenado, apela reiteradamente para
justiça manda-lo para prisão domiciliar, com o argumento de que o deputado é
idoso (86 anos) e tem saúde frágil. Na petição os advogados referem sobre
câncer e de “graves problemas cardíacos”. É como canta a letra da canção: o que
dá para rir dá para chorar. E até aqui os despachos são contrários ao pleito.
É muito fácil concluir que se medidas
procrastinadoras não houvessem sido impetradas – o que dá para rir - ao longo
dessas duas décadas, posto que os crimes foram cometidos entre 1993 e 1996,
quando o hoje criminoso foi prefeito de São Paulo, o mesmo já teria sido
condenado – o que dá para chorar - e até já estaria em liberdade - o que dá para rir -, pois foi na
crença da impunidade desses últimos anos que ele e muitos outros, foram se
mantendo em liberdade e tripudiando sobre a cidadania honesta do Brasil.
Paulo Maluf há anos tornou-se o símbolo e
personificação da impunidade e da corrupção em nosso País, inclusive fora do
nosso Território, onde há mandado de prisão e, claro, caso colocasse os pés no exterior seria preso
também e, não teria essa choradeira que por aqui há.
Concordo com o promotor de
justiça Silvio Marques – deduzo que muitos brasileiros também concordam – ao dizer
que o parlamentar “não convence” ao alegar sofrer de sérios problemas
cardiacos.
Esses delinquentes são
assim mesmo, pelo visto é um traço comum em suas personalidades, pois quando
sentem que a “casa caiu” apelam para o emocional e sentimentalismo e pousam de
coitadinhos - até choram -, o que é reforçado por seus advogados.
Só que a sociedade
brasileira, mesmo sendo muito sensível, não engole mais essa pilula, pois esse
tipo de homem público é ou foi o algoz de muitas famílias e, por outro lado, há
ainda os que se penalizam do outrora tripudiador sobre seus direitos.
É bom lembrar que por
outros crimes cometidos como homem público, o Sr P Maluf não foi a julgamento,
em decorrência do decurso de prazo e assim os processos foram arquivados.
Portanto, que pague na forma da lei por esse que não foi arquivado e, se o
tempo lhe beneficiou nas demais ações, é bom que não esqueça que os anos se
somaram a sua idade e assim, agora é o tempo de pagar, ou colher o plantado.
É claro que o operador do
direito e defensor do condenado, está no seu papel, afinal foi contratado para
libertar o contratante e não para deixá-lo na prisão, como deve ficar, pois
enquadrado no art. 5º CF e assim igual a todos os outros brasileiros e, então
usará de todos os argumentos possíveis, tal como invocar o pronunciamento do
Papa Francisco no Twitter, que diz o seguinte: “Quem não sofre com o irmão
sofredor, mesmo se diferente dele por religião, lingua ou cultura, deve
interrogar-se sobre a própria humanidade”. Ora Sr Kakay, há um dito popular a
dizer: quem planta vento colhe tempestade e também posso dizer, quem planta
corrupção colhe condenação e prisão. Portanto, a mensagem do Sumo Pontífice
cabe muito bem como chapéu ou gravata ao seu defendido, pois, pelo visto lá atrás ele não
sofreu com o irmão e a bem da verdade, foi contribuidor para muitos sofrerem
privações e etc...
A assessoria do
parlamentar diz que a declaração do MP é desrespeitosa assim como deveria estar
mais preocupado em discutir “em dar dignidade ao cruel e desumano estado dos
presídios brasileiros”. Será que o ex prefeito, governador e deputado de e por
São Paulo, a quando de seus mandatos, se preocupou severamente em procurar o MP
para tratar dessa e tantas outras realidades crueis do nosso sistema carcerário
e que recaem severa e penosamente sobre a dignidade dos menos favorecidos e só
lembrados na hora do voto?
Quem com ferro fere, com
ferro será ferido! Naturalmente antes ou depois, ou cedo ou tarde! Essa é a
regra.
Lúcio Reis
Belém-Pa-Brasil em
12/01/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário