sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Credibilidade Incendiada

Mais do que jamais, atravessamos e, já há algumas décadas perniciosa crise de credibilidade em nossos administradores governamentais e que, a cada medida tomada, cada vez mais incendeiam a confiança que se possa ter em suas decisões.
Os assessores nos órgãos dão de encontro uns com os outros e abalam as estruturas econômicas do erário, como ocorre no momento e, talvez por isso, ou conseqüência disso, desses choques entre auxiliares nos corredores das repartições, haja o provocar de hematomas e assim, machucados não possam  executar cuidadoso planejamento, aprofundar estudos e ter o zelo de não colocar em prática,  para execução da sociedade, decisões atabalhoadas que só lhe acarreta preocupações em função da pressão psicológica e ao final só lhe onera o orçamento e outros danos, em função de autuações pelos agentes do estado.
Há alguns anos, atravessamos a guerrilha urbana do kit de primeiros socorros a serem portados nos automóveis de cada cidadão e , após grande parcela o ter comprado e assim cumprido a determinação e ter feito caixa a algum amigo do rei, que o produziu e colocou nas farmácias à negociação e que, ante o esperneio generalizado, a obrigatoriedade  veio a ser quebrada e assim, não se fala mais nisso. E deixa que o bobo que o comprou, fique e use o mertiolate para qualquer ferimento em casa.
Posteriormente foi a vez da cadeira para crianças serem transportadas nas conduções particulares do brasileiro e, depois daquela intensa pressão e fiscalização, com autuações e etc..., pelo visto amornou e esfriou, mas, as vendas estouraram e o produto chegou faltar e zerar estoques e, desta feita algum outro comerciante e industrial bamburrou com o artigo e com a ajuda da mão do estado.
E por fim, desde o inicio deste ano, chegou a vez dos extintores de incêndio para carros particulares, do tipo de carga A. B e C e que, novamente com a pressão e o informe das medidas punitivas da multa e perda de pontos na CNH, o motorista brasileiro foi a campo pois se viu sob guerra psicológica e amedrontamento e, para complicar, com o aumento da procura, quando tentou adquirir o dito extintor, nenhum comerciante o tinha para atender a demanda e assim, iniciaram a transferir para depois os períodos de tolerância.
Com a escassez dos extintores A, B e C logo que novos foram chegando para aquisição no varejo, os proprietários de veículos particulares, os encontraram com preços ao consumidor, praticamente duplicados e, tanto é que aqui próximo num posto de combustível estava lá a placa com a oferta da unidade a R$150,00 reais.
E agora a exemplo do Kit de primeiros socorros, o que decreta o estado? Não é mais obrigatório  portar o extintor tipo A, B, C, pois a tecnologia dos motores e as estatísticas indicam que o referido equipamento em nada ajuda na hora de incêndio veicular e os motores com ignição eletrônica, bem como, o tanque de combustível ter sido colocado na parte exterior do automóvel, reduziram significativamente a necessidade do uso e portar do extintor em questão.
Portanto, mais uma vez o estado comete o pecado de atazanar a vida do cidadão a troco de nada e por simples incompetência e mera irresponsabilidade administrativa. Incendiando outra vez a credibilidade que se lhe possa ter. Ou há outros adjetivos a serem aplicados?
Lúcio Reis
Belém do Pará – Brasil
Em 18/09/15.


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