Credibilidade Incendiada
Mais do que jamais,
atravessamos e, já há algumas décadas perniciosa crise de credibilidade em
nossos administradores governamentais e que, a cada medida tomada, cada vez
mais incendeiam a confiança que se possa ter em suas decisões.
Os assessores nos órgãos
dão de encontro uns com os outros e abalam as estruturas econômicas do erário,
como ocorre no momento e, talvez por isso, ou conseqüência disso, desses
choques entre auxiliares nos corredores das repartições, haja o provocar de
hematomas e assim, machucados não possam
executar cuidadoso planejamento, aprofundar estudos e ter o zelo de não
colocar em prática, para execução da
sociedade, decisões atabalhoadas que só lhe acarreta preocupações em função da
pressão psicológica e ao final só lhe onera o orçamento e outros danos, em função
de autuações pelos agentes do estado.
Há alguns anos,
atravessamos a guerrilha urbana do kit de primeiros socorros a serem portados
nos automóveis de cada cidadão e , após grande parcela o ter comprado e assim
cumprido a determinação e ter feito caixa a algum amigo do rei, que o produziu
e colocou nas farmácias à negociação e que, ante o esperneio generalizado, a
obrigatoriedade veio a ser quebrada e
assim, não se fala mais nisso. E deixa que o bobo que o comprou, fique e use o
mertiolate para qualquer ferimento em casa.
Posteriormente foi a vez
da cadeira para crianças serem transportadas nas conduções particulares do
brasileiro e, depois daquela intensa pressão e fiscalização, com autuações e
etc..., pelo visto amornou e esfriou, mas, as vendas estouraram e o produto
chegou faltar e zerar estoques e, desta feita algum outro comerciante e
industrial bamburrou com o artigo e com a ajuda da mão do estado.
E por fim, desde o inicio
deste ano, chegou a vez dos extintores de incêndio para carros particulares, do
tipo de carga A. B e C e que, novamente com a pressão e o informe das medidas
punitivas da multa e perda de pontos na CNH, o motorista brasileiro foi a campo
pois se viu sob guerra psicológica e amedrontamento e, para complicar, com o
aumento da procura, quando tentou adquirir o dito extintor, nenhum comerciante
o tinha para atender a demanda e assim, iniciaram a transferir para depois os
períodos de tolerância.
Com a escassez dos
extintores A, B e C logo que novos foram chegando para aquisição no varejo, os
proprietários de veículos particulares, os encontraram com preços ao consumidor,
praticamente duplicados e, tanto é que aqui próximo num posto de combustível
estava lá a placa com a oferta da unidade a R$150,00 reais.
E agora a exemplo do Kit
de primeiros socorros, o que decreta o estado? Não é mais obrigatório portar o extintor tipo A, B, C, pois a
tecnologia dos motores e as estatísticas indicam que o referido equipamento em
nada ajuda na hora de incêndio veicular e os motores com ignição eletrônica,
bem como, o tanque de combustível ter sido colocado na parte exterior do automóvel,
reduziram significativamente a necessidade do uso e portar do extintor em questão.
Portanto, mais uma vez o
estado comete o pecado de atazanar a vida do cidadão a troco de nada e por
simples incompetência e mera irresponsabilidade administrativa. Incendiando
outra vez a credibilidade que se lhe possa ter. Ou há outros adjetivos a serem
aplicados?
Lúcio Reis
Belém do Pará – Brasil
Em 18/09/15.
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