Ofensas Pessoais Emergidas do Rio
Inconsequente
Não lembro de já ter assistido alguma matéria
jornalística ou noticioso, ou filmagem feita por qualquer pessoa presente ou
próxima de um grupo de delinquentes sabidamente fora da lei e que, na reunião
desse grupo as ofensas gratuitas, raivosas, sem noção houvessem – caso já fosse
uma realidade – nada de espanto, ou admiração e até mesmo indignação causaria,
posto que, no local não tem regimento interno formal, não tem código de ética a
ser respeitado, ninguém traja paletó e gravata mas, portam sim um AR-15, usam
chinelos, bermudas e, como referido é ambiente de bandidagem e portanto, fora
da lei e o prevalecer ali, o normal é o atropelo das leis e assim, o
cometimento de crimes. Logo o absoluto desrespeito e invasão de limites
individuais de quem quer que seja.
Não é novidade para nenhum brasileiro
informado que temos a classe politica mais desacretitada dos últimos tempos e,
mesmo com a considerável renovação de 2018 de algumas cabeças, o sentimento de
limpeza e restabelecimento da moralidade, da credibilidade e do respeito, não
foram percebidos nesses primeiros meses mas, muito pelo contrário, o parlamento
está até mais sujo e isso ficou cabalmente comprovado em recente audiência
pública e, cujo convidado a ser ouvido foi o Ministro da Justiça Sergio Moro e
ex juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba e protagonista de memoráveis sentenças
judiciais, que se tornaram um marco real no combate a corrupção que há muitos
anos vem destruindo como câncer as entranhas desta Nação, e naquela audiência,em
pleno parlamento (Poder Legislativo Federal) quando o convidado foi agredido em
sua honra, primeiro por um deputado psolista que o taxou de ladrão e depois por
outros mais em coro, num franco desrespeito a casa de representação do cidadão
brasileiro e ao ministro de estado. Inconcebível!
Quando se usa a comparação com a reunião
referida inicialmente, será até possível concluir que se fosse uma audiência de
delinquentes e publicamente sabidos, quem sabe haveria mais decoro e respeito,
pois a principio o 38 falaria mais alto e convicente, pois na hora aga, não cusperia
saliva mas sim, um mortal projetil.
Viu-se também a audiência presidida por uma
deputada sem autoridade e que, sem pulso não evitou a triste e condenável cena
e, o que apenas fez foi mandar retirar das notas taquigráficas as ofensas proferidas
em alto e bem som o que, em nada surtirá efeito, uma vez que a transmissão para
o mundo já foi feita e as redes sociais a ecoam abundantemente e inclusive, já
podemos saber quem é a mãe do politico agressor e sem compostura e, assim
concluir que ele usou seus pesos, medidas e referências para adjetivar o Ministro. E por isso mesmo, menos
crédito a sociedade brasileira atribuirá aquele poder da República.
Vimos um deputado raivoso, cheio de valentia e
extremamente agressivo e sem noção de seu efetivo e constitucional papel e,
protegido pela imunidade parlamentar, pelos próprios políticos criada. No
entanto, apesar de que o Ministro Sergio Moro, já ter demonstrado em que
categoria elevada transita, apenas como suposição, gostaria de ver se referido deputado
carioca, sem segurança por perto e fora do parlamento teria aquela valentia
para agredir o cidadão Sergio Moro?
O Rio de Janeiro já elegeu macaco, índio,
Sergio Cabral, Garotinho (esposo e esposa), Pezão e esse deputado e outros mais
e há muitos anos, como contra partida dessas suas representações, a luz do que
mostra o noticiário nacional, sua sociedade vem pagando e, pagando caro e até
mesmo com o valor da vida, o preço da representatividade eleita.
Conheci recentemente moradora da Cidade Maravilhosa
e que, narrou-me já ter sido assaltada 8 (oito) vezes e hoje, sequer consegue
sair dirigindo seu automóvel. Imagina quantos, poderão estar vivendo a mesma
realidade?
Além do fato acima, o preço pago pelas
péssimas escolhas, são mostrados e noticiados sistematicamente tais como, a
queda da passarela Tim Maia, desmoronamento na Musema, incêndio em edifício com
ocupação irregular e perdas de vida, péssimas condições ou nenhum atendimento
médico hospitalar em unidades de saúde pública, a extrema violência com os tiroteios
que recepcionam quem ali chega e está a trafegar na linha vermelha, e isso sem
contar as balas perdidas que só acham inocentes.
É necessário registrar, outrossim, por uma
questão de justiça que não é privilegio apenas do Rio Janeiro esse estado de
calamidade politica social em função da desqualificada representação
parlamentar mas, com raras exceções as demais unidades da federação contam
também com indignos representantes nos poderes da República.
Havemos de esperar 2022 ou até mesmo 2020,
quando o pleito será municipal e proceder verdadeira limpeza politica em nosso
País.
Lúcio Reis
Belém do Pará, Brasil, em 04/07/2019.
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