quinta-feira, 4 de julho de 2019


Ofensas Pessoais Emergidas do Rio Inconsequente 

Não lembro de já ter assistido alguma matéria jornalística ou noticioso, ou filmagem feita por qualquer pessoa presente ou próxima de um grupo de delinquentes sabidamente fora da lei e que, na reunião desse grupo as ofensas gratuitas, raivosas, sem noção houvessem – caso já fosse uma realidade – nada de espanto, ou admiração e até mesmo indignação causaria, posto que, no local não tem regimento interno formal, não tem código de ética a ser respeitado, ninguém traja paletó e gravata mas, portam sim um AR-15, usam chinelos, bermudas e, como referido é ambiente de bandidagem e portanto, fora da lei e o prevalecer ali, o normal é o atropelo das leis e assim, o cometimento de crimes. Logo o absoluto desrespeito e invasão de limites individuais de quem quer que seja.
Não é novidade para nenhum brasileiro informado que temos a classe politica mais desacretitada dos últimos tempos e, mesmo com a considerável renovação de 2018 de algumas cabeças, o sentimento de limpeza e restabelecimento da moralidade, da credibilidade e do respeito, não foram percebidos nesses primeiros meses mas, muito pelo contrário, o parlamento está até mais sujo e isso ficou cabalmente comprovado em recente audiência pública e, cujo convidado a ser ouvido foi o Ministro da Justiça Sergio Moro e ex juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba e protagonista de memoráveis sentenças judiciais, que se tornaram um marco real no combate a corrupção que há muitos anos vem destruindo como câncer as entranhas desta Nação, e naquela audiência,em pleno parlamento (Poder Legislativo Federal) quando o convidado foi agredido em sua honra, primeiro por um deputado psolista que o taxou de ladrão e depois por outros mais em coro, num franco desrespeito a casa de representação do cidadão brasileiro e ao ministro de estado. Inconcebível!
Quando se usa a comparação com a reunião referida inicialmente, será até possível concluir que se fosse uma audiência de delinquentes e publicamente sabidos, quem sabe haveria mais decoro e respeito, pois a principio o 38 falaria mais alto e convicente, pois na hora aga, não cusperia saliva mas sim, um mortal projetil.
Viu-se também a audiência presidida por uma deputada sem autoridade e que, sem pulso não evitou a triste e condenável cena e, o que apenas fez foi mandar retirar das notas taquigráficas as ofensas proferidas em alto e bem som o que, em nada surtirá efeito, uma vez que a transmissão para o mundo já foi feita e as redes sociais a ecoam abundantemente e inclusive, já podemos saber quem é a mãe do politico agressor e sem compostura e, assim concluir que ele usou seus pesos, medidas e referências  para adjetivar o Ministro. E por isso mesmo, menos crédito a sociedade brasileira atribuirá aquele poder da República.
Vimos um deputado raivoso, cheio de valentia e extremamente agressivo e sem noção de seu efetivo e constitucional papel e, protegido pela imunidade parlamentar, pelos próprios políticos criada. No entanto, apesar de que o Ministro Sergio Moro, já ter demonstrado em que categoria elevada transita, apenas como suposição, gostaria de ver se referido deputado carioca, sem segurança por perto e fora do parlamento teria aquela valentia para agredir o cidadão Sergio Moro?
O Rio de Janeiro já elegeu macaco, índio, Sergio Cabral, Garotinho (esposo e esposa), Pezão e esse deputado e outros mais e há muitos anos, como contra partida dessas suas representações, a luz do que mostra o noticiário nacional, sua sociedade vem pagando e, pagando caro e até mesmo com o valor da vida, o preço da representatividade eleita.
Conheci recentemente moradora da Cidade Maravilhosa e que, narrou-me já ter sido assaltada 8 (oito) vezes e hoje, sequer consegue sair dirigindo seu automóvel. Imagina quantos, poderão estar vivendo a mesma realidade?
Além do fato acima, o preço pago pelas péssimas escolhas, são mostrados e noticiados sistematicamente tais como, a queda da passarela Tim Maia, desmoronamento na Musema, incêndio em edifício com ocupação irregular e perdas de vida, péssimas condições ou nenhum atendimento médico hospitalar em unidades de saúde pública, a extrema violência com os tiroteios que recepcionam quem ali chega e está a trafegar na linha vermelha, e isso sem contar as balas perdidas que só acham inocentes.
É necessário registrar, outrossim, por uma questão de justiça que não é privilegio apenas do Rio Janeiro esse estado de calamidade politica social em função da desqualificada representação parlamentar mas, com raras exceções as demais unidades da federação contam também com indignos representantes nos poderes da República.
Havemos de esperar 2022 ou até mesmo 2020, quando o pleito será municipal e proceder verdadeira limpeza politica em nosso País.
Lúcio Reis
Belém do Pará, Brasil, em 04/07/2019.

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