terça-feira, 4 de junho de 2019


Cai! Cai! 

Não sei se sou ou estou extemporâneo, talvez ainda não tenha percebido que não estou ou esteja conectado com a realidade da atualidade, pois quase todo dia meus contatos – amigos – em rede social postam e claro, encaminham ao meu aparelho strip-tease de belas jovens em seus banheiros ou em seus aposentos íntimos, em poses provocativas e explicitas que elas mesmo filmam e, de um modo geral a bunda é que ocupa a prateleira principal de seus corpos bem esculturais.
Ok! Como registrei, elas mesmo se filmam e elas mesmo também, claro, fazem as postagens para algum(a) ou alguns contatos e deste(a)para ganhar o mundo é num “teclar de olhos” e encaminhar.
Essa é a realidade atual e, como não detenho conhecimento técnico ou teórico a respeito, não sei explicar esse desejo e deliberada vontade de exposição de nudez e que, há pouco falavam ser ausência de pudor e se em público, atentado ao pudor. Mas o século XXI é hoje.
Ora então, os tempos são outros, os costumes também e ficou apenas no mundo da caça entre o homem caçador e o animal selvagem a ser caçado, este cai cai numa armadilha, arapuca em cujo interior há isca, normalmente um alimento. Ou seja, o irracional cai cai pelo estomago vazio e pelo instinto de preservação da espécie e termina por perder a liberdade e a vida.
Porém, quando saímos da selva, mata de vegetal e vamos para selva de concreto e arranha céu, o animal Homo sapiens também cai cai na armadilha, na arapuca e esta é armada na tela do smart via selfies, cujas iscas são bocas, pose, perfis de corpo inteiro e glúteos principalmente jogadas não pelo caniço mas pelas redes virtuais e, o fim é luxar, usar grife e pousar no mundo do aparecer e óbvio, um quinhão para o estomago, se não ele reclama.
E com certeza, não há falta de que sempre haverá algum “bobo” para cair e cair na armadilha, sendo que no caso é a isca que captura o caçador e não é dentro da malha da tarrafa mas, sobre lençóis e essa caçada, se torna assunto tão relevante quanto que se ohomem já tivesse pisado no sol.
Mas havemos de não esquecer daquela história da maçã, da cobra, de língua convincente e um idiota a cair de quatro. Ou seja, o masculino é bobo mesmo!
O que se conclui é que o bicho homem só não é mais bobo, por que falta espaço na galáxia.  
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil, em 04/06/2019.


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